O tempo estava fresco naquela manhã, apesar de ser verão o sol não castigava Konoha naquele dia. Um grupo de estudantes esstava reunido no Campo de Treinamento e no meio deles estava Kazumi Aburame. Naquele dia haveria um treino em conjunto ao ar livre.

O primeiro exercício fora polichinelos. Kazumi nunca foi dos melhores fisicamente, mas estava disposto a esforçar-se. Realizou o primeiro movimento sem reclamar, forçou as pernas para pular e ergueu os braços e em seguida gerou mais força para voltar a posição inicial, não demorou muito para que seu corpo estivesse suado, não só pelas roupas que vestia mas pelo cansaço. Quando parou as pernas já doíam, lhe incomodava e além disto estava esbaforido.

“Não suporto treinos físicos.” Reclamou Yutta Nara, o melhor amigo de Kazumi. O Aburame limitou-se a um aceno de cabeça. Logo lançou-se no chão como pedido pelo professor. Em posição de flexão o garoto tencionou os músculos para levar o corpo o mais próximo do chão, em seguida forçou os braços para voltar a posição inicial. Uma careta de dor surgiu em seu rosto, mas era difícil ver com sua vestimenta e óculos. Os braços latejavam ao final do exercício, massageou-os por um tempo para tentar aliviar a dor.

Um descanso lhes foi concedido antes da corrida pelo campo. Já melhor e mais aliviado Kazumi saltou de pé com o máximo de agilidade possível. “Vamos correr.” Falou o ruivo com seu amigo Nara. O Aburame tensionou os músculos das pernas e impulsionou-se para frente o mais rápido que era capaz. Correu junto ao grupo, as pernas começaram a reclamar após algum tempo, entretanto continou a correr até o momento de parar. Desabou sentado com as pernas doloridas, ofegante e cansado. “Descansem, a rodada de combate começa em seguida.”

Um bom tempo foi dado para que todos descansem e logo a rodada de combates teve inicio. “Kazumi Aburame e Yutta Nara.” Anunciou o professor após algumas lutas. Os dois se posicionaram em lados opostos da área de combates, ambos pareciam não muito animados, afinal aquelas lutas entre eles nunca eram tão emocionantes quanto a dos outros. “Comecem!” Gritou o professor.

O primeiro movimento partiu de Kazumi que realizou um selo e concentrou chakra nas pernas, utilizando um Shunshin aproximou-se em alta velocidade de seu oponente. Forçou as pernas e impulsionou-se para o alto e tento desferir um chute lateral na altura da cabeça do Nara. Mas o loiro não era nada bobo, esquivou-se do golpe acertou um soco em seu amigo ainda em trajetória de queda. O soco atingira o estomago do Aburame e lhe causou uma vasta dor na região, ainda o lançando ao chão.

Kazumi rolou enquanto levava a mão ao abdômen magoado. Saltou com velocidade na direção de Yutta, desta vez o garoto realizou um selo durante a trajetória e enviou chackra para os insetos residentes de seu corpo. Os insetos atacaram em um turbilhão, atingindo o Nara e dificultando a sua visão. Aproveitando-se disto o Aburame realizou uma cadencia de selos e deixou sua energia elemental percorrer por todo o corpo e então afundou na terra no local onde se encontrava. Ainda embaixo da terra pode coordenar para que os insetos atingissem o oponente nas costas o fazendo movimentar para frente na sua direção.

Yutta logo estava acima de Kazumi, o rapaz logo canalizou mais uma pequena parcela de chakra para emergir da terra e puxar o seu adversário para baixo, porém o Nara já sentia que aquilo iria ocorrer e pulou no momento exato em que o ruivo tentou lhe agarrar a perna. Yutta então movimentou-se rápido o suficiente para golpear com uma cotovelada o rosto do Aburame, ferindo-o ainda mais. O jovem cambaleou para trás e levou a mão para massagear o rosto dolorido.

“Maldito.” Disse Yutta ofegante e cansado. “Foi durante o primeiro soco que lhe acertei, não é mesmo?” Questionou o loiro sentindo-se incapaz de continuar a luta.

“Sim. Quando me acertou eu coloquei alguns dos meus insetos em você, com isso eles estão sugando suas reservas de chakra desde então.” Explicou Kazumi, mostrando sua estratégia clara desde o inicio do combate. Os dois soltaram um sorriso e Yutta caiu sentado no chão. “Afinal nossas lutas nunca são tão emocionantes.” Irromperam em uma gargalhada. O professor anunciou o fim do combate para dar espaço a outros combatentes.