...Após a formação da N.I.S.O., foram distribuídas as primeiras tarefas aos vários membros. A Senshou foi-lhe encarregue uma missão de "última hora", requisitada pela primeira pessoa a pedir ajuda ao grupo, no mesmo dia em que este iniciou a atividade. Trarava-se de uma mulher desesperada, e Ikuza decidiu que o gennin seria capaz de lidar com o assunto sozinho. Enquanto tudo isso, Yasumi ficou encarregue de tomar conta do estabelicimento...
Himura Senshou regressou quase no final do dia, entrando na sede da N.I.S.O. com pouco fôlego. Viu Yasumi sentada na mesa quadrada, virada para a porta, folheando e lendo alguns arquivos. Corou quando se deparou na visibilidade que o top dela lhe dava dos seus seios enquanto que estava ligeiramente debruçada sobre a papelada. Corou ainda mais quando ela se apercebeu da sua presença e se ergueu olhando para ele, e ainda mais quando a viu com uns óculos de leitura que a deixavam extremamente "sexy".
- Senshou! Chegaste finalmente! - Com um sorriso suave, fechou os arquivos, retirou os óculos e levantou-se da cadeira. - Já pensava que ia ter de fechar isto hoje sem ti!
- Ha... Gomen, pela demora. - Só então, enquanto Yasumi arrumava a cadeira e levava os ficheiros de volta para a sala de arquivo, reparou nas pequenas mudanças que Yasumi tinha feito. - Vejo que estiveste ocupada. Parece-me fantástico! Acho que o Ikuza-sensei vai gostar.
- Obrigada! - Saindo da sala de arquivo, fechando a respetiva porta. Dirigiu-se ao balcão e abriu uma gaveta. Senshou ouviu o leve metálico "tilintar" das chaves chocarem umas nas outras, depois a fricção da madeira do fechar da gaveta. - Eles já não devem regressar hoje. Vamos embora, não podemos ter isto aberto durante mais tempo. Também estou um pouco cansada.
- É! - Senshou sorriu. Olhou para o ficheiro que estava em cima do balcão. Correspondia à sua missão.
- Amanhã tratamos de arquivar isso. Depois fazes o relatório.
- Claro. Talvez o fassa ainda hoje.
Acompanhados um do outro, saíram. Yasumi fechou a porta e guardou as chaves sem qualquer necessidade de argumentação. Senshou esperou por ela, porém, assim que entraram na rua principal despediram-se com um «até amanhã» e um simpático aceno, e seguiram sentidos diferentes.
Enquanto que Yasumi ia para casa, Senshou foi para casa de Ikuza. Pelo caminho viu duas casas à venda. Uma delas numa rua inclinada, curva, com pouco movimento, mas que acabava por encortar o caminho entre a sede da N.I.S.O. e a casa de Ikuza. Não era nova, mas parecia estar em boas condições, por fora, pelo menos. Seria uma possibilidade que Senshou iria considerar...
No dia seguinte, a luz do sol aqueceu a face de Senshou, despertando-o. Ele espreguiçou-se lentamente, mas depois ficou sobressaltado!
- Shibatta! Já é tarde! - De facto, já tinha amanhecido à algumas horas. O sol estava alto e entrava pelo teto vítrico da sala de Ikuza. Senshou tinha feito o relatório na noite anterior, o que o cansara ainda mais. Agarrou nele e em dois pães, e saiu porta fora em direção à "NISO".
A porta estava obviamente aberta. Senshou entrou. À sua direira viu Yasumi atrás do balcão, com uma pasta de ficheiros na mão.
- Até que enfim! - Disse ela, com um ar aflito e impaciente. Viu o papel na mão de Senshou. - Dá cá! - Apontou com a mão estendida. Senshou entregou-lhe o relatório e ela colocou-o numa mica juntamente com o ficheiro da sua missão. Entregou-lhe alguns ryos, - Ela veio pagar esta manhã e agradeceu. - Explicou Yasumi enquanto se dirigia para o arquivo com a mica. Saiu de lá segundos depois sem ela. - Agora temos uma nova tarefa!
- Temos!?
- Sim, explico-te pelo caminho.
- Então e quem...
Yasumi interrompeu-o realizando um selo:
- Kage Bunshin no Jutsu!
- Ah, okey...
- Sinto-me lisongeada pela confiança de Ikuza, mas não posso ficar aqui um dia inteiro sem agir! Além do mais, este assunto é da maior importância! - Já estava lá fora. - Vens!? Chamou. A sua clone foi para trás do balcão reunir todos os ficheiros. Senshou saiu atrás de Yasumi.
Os dois gennins saltavam pelos telhados em direção à saída da vila. A trança loira de Yasumi voava atrás dela. Senshou achava-a cada vez mais atraente, em cada vez mais situações. Tentou desprender-se desse seu hipnotismo:
- Calma! Onde vamos!?
- Para o país do rio, numa pequena vila a norte. - Um homem morto foi encontrado lá, era tio do primo de um rapaz que passou pela "nossa" rua ontem e viu a placa.
- Ah...
- Não digas "Ah!!!" - Ralhou, e Senshou enguliu em seco. - O homem estava ficou sem sangue, mas nenhum vestígio de sangue à sua volta! - Senshou ficou calado a ouvir, mas Yasumi só voltou a falar depois de ambos passarem para lá das muralhas da vila da areia. - Ontem li um dos arquivos pendentes de Ikuza, que reúne algumas ocorrências semelhantes. Porém, estava lá anexada uma nota.
- O que dizia?
- Que primeiro temos que ir a um bar em Takumigakure e procurar um tal de "Shadow Striker". Num pequeno relatório diz que ele tem informações sobre o assunto.
- Certo.
Acelararam o passo pelo deserto fora em direção ao país dos rios.
~ ~ ~
No país do pássaro, junto à fronteira com Iwakagakure...
- Jubei, despacha-te! - Chamou Raijin enquanto corria pelo terreno florestal descendente com suas grandes lâminas nas mãos. - Eles estão a fugir! - Cortava árvores e arbustos que estivessem no seu caminho.
- Haaaii!!! - Apesar do entusiasmo da aventura da missão, Jubei tinha dificuldade em acompanhar o jounin. - Se não me apresso, ele ainda resolve tudo sozinho! - Entretanto criou duas esferas. - Raito Kyuuni!
Quando o grupo de ladrões viu que já não tinha pernas para fugir, virou-se para trás, preparando-se para o confronto. O matulão que estava mais recuado viu Raijin aproximar-se e preparou-se para balancear o seu machado. Bakura Raijin surgiu à sua frente, sacudiu o machado com a sua lâmina da mão esquerda, sem realizar selos, lançou um:
- Endan! - À queima roupa! Depois, deixou-o K.O. com uma cabeçada e avançou para o seguinte que ficou com as pernas a tremer quando o viu aproximar-se...
~ ~ ~
Ao final do dia, em Sunagakure no Sato...
- Bolas... - O clone de Yasumi, com as chaves da NISO na mão. - Se não chega ninguém o que faço!? Certamente irei desaparecer com o cansaço não tarda! Será que me tranco cá dentro!? Ikuza deve ter uma chave com ele. E se não tiver!? Aff... Raios! Não devia ter saído sem fechar a NISO! Ter-me deixado no meu lugar talvez não tenha sido boa ideia.
Ouviu uma rajada de vento levantar-se lá fora. Depois, passos. Suas orelhas ficaram atentas, tal como seu grandes brilhantes olhos. Uma kunoichi surgiu à porta. O céu amarelado e a inclinação dos raios solares faziam um jogo de luz e sombra que não deu para entender quem era logo no primeiro instante.
- Marikah!
- Huh!? Oi! - A jounin sorriu-lhe. - Estás sozinha!? Coitadinha.
- Erm... - Coçou o cabelo loiro. - Mais'ó menos! ^.^"
- Olha o que eu trouxe de prenda para ti! - Lançou-lhe uma shuriken cor-de-rosa.
O clone de Yasumi, já enfraquecido, viu o shuriken desfocado no ar e tentou agarra-lo com ambas as mãos. Porém, as mãos apertaram-no pelas pontas deixando Kibagami Marikah estupefacta ao ver o shuriken trespassar as mãos da gennin. - 0.0"!!! - Mas depois ela desapareceu. - Kage Bunshin!? Mas o que significa isto!? Ah!!! Que andam estes dois a tram... - Interrompeu-se ao ver as pastas de ficheiros em cima do balcão. Apressou-se a folheá-los. - Masaka! - Agitadamente, agarrou nas chaves caídas e saiu porta fora fechando a porta da sede da NISO atrás de si. - Tenho que ir rapidamente falar com Ikuza sobre isto...
O jounin do olho selado estava numa divisão com pouca luz. A que existia, artificial, pendurada ao teto em forma de cúpula, era fraca e iluminava pouco mais que a mesa redonda abaixo de si. Com Najime Ikuza estavam também o taichou Yaaroi, dois ANBUs de Suna mascarados e ainda os dois companheiros de equipa de Enpuu: Artemiza e Pao.
- Os vestígios que descobrimos na areia não me deixam dúvidas. - Explicava-lhes Ikuza. - Raptaram o "Dragão-Marinho" do mar da "Ilha-Prisão". Levaram-no para terra e arrastaram-no pelo solo fora. Quem o fez tentoy apagar os rastos e não consegui descobrir para onde foram, mas acabaram por deixar ligeiros vestígios... Não sei porque o fizeram, mas não devem ser uns shinobis quaisqueres. Capturá-lo seria tudo menos fácil!
- O que te faz pensar que foi um grupo? - Perguntou Artemiza.
- Ah! Acho que nem Bakura Raijin conseguiria arrastar aquela pesada criatura sozinho! E os vestígios que eu e Marikah encontramos dão a sensação de que fora puxado por vários pontos, não terá sido puxado por um só ponto, ao comprido...
- E Enpuu!? - Perguntou Yazuki Pao.
- Talvez tenha sido apanhado pelo mesmo grupo. Quem capturou a "serpente-dragão-marinha", também estaria ao seu nível. É provável que o mesmo tenha acontecido a Oshan e Shibishi.
- Oshan é um veterano. - Yaaroi era o único sentado, com os cotovelos apoiados na mesa. - Surpreende-me que não tenha superado as tuas provas. - Chamou um dos ANBUs que estavam atrás dele com um gesto de dois dedos. A máscara de manchas vermelhas revelou-se ao aproximar-se da luz. O mascarado colocou um pano em cima da mesa. Depois, abriu-o. Os três não-ANBU ficaram epantados a olhar para:
- Encontrámos escondido na areia com a ajuda da divisão de rastreamento, na mesma zona onde tinhamos também descoberto vestígios de sangue...
Em cima do pano estava um dedo do pé de Oshan, o mais pequeno do seu pé esquerdo.