O jantar tinha sido uns dos jantares mais silenciosos na mesa dos Nakajima. Momo, a mãe, tinha caprichado. Um polvo magnifico com especiarias do outro lado do continente, o prato preferido de Airi, mas curiosamente nem ela estava com apetite para comer mais do que meio prato. Sendo que o meio prato que conseguiu comer foi em respeito da sua mãe. O pai estava completamente desolado, acabou o jantar, saiu da mesa e afogou-se: Uma vez mais numa bebida alcóolica qualquer. A partida de Isamu tinha deixado marcas. Marcas bem fortes. Taiti foi enviado para o quarto, para acabar alguns trabalhos da Academia, de seguida a mãe de Airi olhou para a sua filha e
- Ajudas-me a limpar a cozinha? - Perguntou ela, Airi como todas as noites, levantou-se e começou a recolher os copos e os talheres. A mãe focava-se nos pratos e restantes utensílios. Chegaram a cozinha, vagarosamente, sem uma única palavra. Mas eis que o silêncio foi interrompido, devido a mãe de Airi
- Vamos receber um casamento aqui nos nossos terrenos. - Afirmou Momo para surpresa da sua filha. Airi olhou para a mãe para saber mais informações e a mulher decidiu de imediato dar essas mesmas informações que Airi procurava
- É de uns primos afastados. Eles não têm tanto terreno como nós, e para esquecer estes últimos dias, nada que ver vidas conjuntas a começar. - Comentou Momo. Airi percebia a atitude da mãe, percebia que queria o quanto menos pensar em Isamu, porque também lhe machucava o coração.
A cozinha rapidamente foi limpa, Airi despediu-se da mãe com um beijo carinhoso, deitou os olhos no corpo do seu pai já adormecido devido ao excesso do álcool e subiu para os seus aposentos. Retirou a sua roupa, e nua, abriu a janela para sentir o frio de Kirigakure. Não tinha qualquer problema em que alguém a visse nua, porque da sua janela, apenas dava para ver terrenos e terrenos cheios de nevoeiro, seria complicado alguém ver alguma coisa. Era algo que Airi fazia recorrentemente, adorava sentir o frio no corpo branco para sentir-se viva, para refrescar a cabeça e pensar no que vinha aí. E para ela, o que vinha aí, era um casamento.
_________________
Já na batalha, em Iwagakure
Ippei está a tentar-se levantar, Isamu levanta-se e vê que o seu braço esta completamente ensanguentado, o cheiro a cobre espalha-se pela a região e Ippei inspira fundo.
- Sangue dá-me vontade de fazer mais sangue. - Comentou Ippei, mostrando o quão doente ele também ela. O braço esquerdo de Isamu quase não respondia, só com muito esforço é que o Nunkenin conseguia mexer aquele membro superior. Yaichiro estava longe a observar, respeitando Isamu, pois ele queria combater sozinho. Ippei levantou-se, inspirou novamente aquele cheiro a cobre, lançou para Isamu, contudo, Isamu já estava pronto. Com sons de dor, Isamu tentou fazer os selos o mais rápido possível e do nada saem balas de lava da boca de Isamu,
Youton: Kyuuyougan (Balas de Lava), apercebendo-se Ippei tenta-se afastar mas vai tarde e toda a região esquerda do seu corpo começa a queimar. O segurança geme de dor, fecha os olhos e quase não consegue conter o sofrimento, contudo Isamu nem quer pensar nisso. Respira fundo e lança-se para Ippei aplicando-lhe mais um golpe no peito, na zona que agora é apenas carne esponjosa pois devido as queimaduras. O segurança caí no chão com estrondo, gemendo uma vez mais de dor, e quando o Nakajima pensava que tinha acabado: Ippei nega esse desejo. Levanta-se com muito esforço, sorri mais uma vez para surpresa de Isamu, e começa a concentrar o chakra nas mãos, enquanto avança para Isamu.
Enquanto se esquivava, Isamu aplicava um e outro soco na cara de Ippei mas ele recusava-se a desistir, apesar dos socos ele avançava cada vez mais até que Isamu embate numa parede e Ippei disfere um dos golpes mais estrondosos, violentos que Isamu sentiu. Um enorme soco bem na cara que derrubou mais uma parede da casa. Casa essa que começava a ceder, Yaichiro com medo, levantou-se e começou a correr para fora da casa. Ippei e Isamu eram os únicos presentes, até porque o dono do manto já tinha ficado sem vida debaixo de um pilar que anteriormente tinha caído. A casa a desfazer-se não era preocupação para os dois. O Nakajima levantava-se com esforço, sentindo a sua cara dormente, Ippei agarrava-se uma e outra vez ao seu lado esquerdo devido as queimaduras e a pele que era inexistente.
- Desiste. - Ordenava Isamu. O Nakajima que entrou sem querer combater estava naquele momento a travar umas das batalhas mais violentas que ele se tinha lembrado. Ippei disse não, num aceno de cabeça, avançou mais uma vez para o Nakajima.
Com o avanço do adversário, Isamu não teve outra escolha. (
Yōton Yoroi (Armadura de Lava)) e o seu corpo começou a ficar envolto numa armadura de Lava, uma armadura que defendia mas também atacava. Ippei não queria saber. A cada soco que dava, queimava-se, mas ele queria derrotar Isamu e violentamente socava a armadura.
- Vais te queimar ainda mais. - Dizia Isamu entre golpes por parte de Ippei, foi então que um soco mais ponto e o controlo de chakra de Isamu cedeu. Uma abertura bem no peito da armadura e as mãos queimadas de Ippei lançaram-se para socar fortemente o peito do irmão de Airi. Voou uma vez mais para trás, só que desta vez, Ippei voou com o seu adversário queria colocar um final naquele momento. Mas o antigo shinobi de Kirigakure foi mais inteligente, apesar da dor, rodopiou sobre o seu corpo e retirou uma adaga. Num golpe certo atingiu o peito, meio queimado, de Ippei. Uma poça de sangue caiu no chão e o mesmo deixou-se cair rebolando pelo chão, outrora, envernizado. Isamu levantou-se com esforço
- Eu não te quero matar. - Disse o Nunkenin aproximando-se do corpo caído de Ippei.
- Foi raptado, violado, torturado, retiraram-me a liberdade e mataram a única mulher que eu amei. - Informou Ippei olhando nos olhos de Isamu, levantou-se rapidamente, sacudindo a poça de sangue que se espalhava por todo lado
- Não achas que eu já não estou morto? - Ippei estava sério, aquela batalha só iria acabar quando algum dos dois morresse, Isamu agora sabia disso porque Ippei... Ippei era um homem morte, já morto há bastante tempo.
_________________
Do outro lado do mapa, nas portas de Kirigakure
- Com cuidado. - Dizia Mizukage-sama com uma mão apoiada no ombro de Oda Sadako. Oda, a kunoichi que estava por dentro do caso de Isamu, estava prestes abandonar a sua aldeia, o seu vilarejo, para ir numa missão solo. Sozinha, sem ninguém. Mizukage-sama tinha pedido a Sadako para esta entrar em Iwagakure, perceber onde estava Isamu, perceber os estragos e fazer um relatório de como é que a habilidade do récem-nunkenin se encontrava.
- É um prazer servi-lo. - Informou Oda, virando o seu corpo, desaparecendo no horizonte depois de uma corrida. O destino? Iwagakure.