Otogakure

Nara Artemiza regressava a casa ao final do dia...
...Quando se aproximou ouviu gemidos vindos do interior, ou seriam gritos!?
- Mãe!!! - Alertada e preocupada, Artemiza acelarou para dentro. Empurrou porta após porta, todas elas já abertas, ou arrombadas!? Quando chegou ao quarto da sua mãe paralizou perante a visão aterradora da cena a que assistia...

Spoiler:

- “I”! - Chamou “N” apontando com a cabeça na direção da porta.
- Huh!? - Ele parou e olhou para lå. Viu a adolescente e sorriu.
- Miza!?... - Murmurou Marizah, enlagrimecida, com rouquidão. Aí “Gi” puxou as correntes deixando-a novamente entalada.
“I” retirou o seu “membro” do interior de Nara Marizah ao recuar. Artemiza viu-o, ereto e húmido... 《nojento!》
- “Gi” acaba com essa aí de uma vez. - Ordenou “I” virando-se para a gennin. - Agora temos carne tenra para nos divertirmos!
“Gi” puxou as correntes, erguendo o dorso despido de Marizah pelo seu pescoço estrangulado. Os olhos dela já quase não tingam cor... Em contrapartida, o olhar de Artemiza ganhou a cor de raiva num pestanegar. Enlagrimecida e aterrorizada, ou enojada... Finalmente conseguiu reagir:
- YAMERO!!! - Gritou!
“I” e “S” imobilizaram-se de imediato ao vê-la!
- Aqueles olhos vermelhos!!! - Viram o seu olhar avermelhado, transmitindo uma invulgar intenção assassina. - Serão eles da mesma linhagem!?
“N” olhou de lado para os dois companheiros.
- Masaka...! - “I” gaguejava. - Jamais o Shikumi no Jutsu me paralizaria desta forma.
- ...Então a ajudo... - Murmurou “N” cabisbaixo enquanto sacava de uma foice... - ...a te libertar desse genjutsu!!! - A foice envolta em chakra Fuuton rasgou a carne do pescoço de “I”, quebrando mesmo o osso da coluna que lhe segurava o crânio. A cabeça dele rolou pelo chão. O seu “coiso” perdeu o tesão e o seu corpo caiu.
Ao assistir a tal atitute por parte de um dos seus inimigos, Artemiza ficou pálida e seus olhos escureceram novamente. “S” sentiu-se também ele liberto daquele genjutsu. Seu braço já estava recolhido no tamanho normal e ele estava agora pronto a agir. Nara Marizah tinha os olhos vermelhos de sangue e já não resistia...
Nesse instante, uma lança vinda do exterior voou e atravessou a cabeça de “Gi” que largou de imediato as correntes. Marizah caiu na sua cama sem sentidos.
Os outros dois ninjas demoraram dois segundos a reagir, enquanto que Nara Artemiza se sentia frustradamente paralizada.
- Que vem a ser esta atrocidade!? - Perguntou-se “S” em voz alta ao ver o cabo metálico da pesada lança atravessar o olho esquerdo de “Gi”, que não caiu porque a lança se cravou na parede atrás dele.
- Dessa vez não temos escolha. - Falava “N”. - Vamos acabar com isto bem rapidinho... - Hien! - Uma foice em cada mão.
Nara Artemiza foi subitamente puxada e o seu grito de susto fez os “bandidos virarem-se novamente, quase estonteados! Então um shinobi vendado entrou pela janela, Daiko. Sua expressão facial não parecia simpática. Então enquanto que “N” se virou para ele, “S” focou-se no que “raptara” Artemiza, que era na verdade também ele um shinobi vendado: Daiko!
- Artemiza, nigero. - Disse-lhe o jounin libertando-a. - Ela afastou-se para outra divisão e Daiko começou a realizar alguns selos bem rápidos enquanto que o outro Daiko correu para agarrar a esfera metálica da sua lança. Puxou-a atempadamente, rasgando feiamente a cabeça de “Gi” para conseguir bliquear uma investida com a foice feita por “N”. Enquanto o corpo de “Gi” caiu, Daiko sacudiu a foice com o cabo da sua lança e pontapeou o estômago de “N” enviando-o contra a parede. Correu para ele e atravessou a sua lança em frente ao pescoço... - Katon! - Exalou o Daiko do outro lado.
- Shibatta! - “S” não foi tão rápido a criar uma nova parede de terra.
Daiko exalou uma violenta rajada de fogo que atravessou o quarto em direção à janela, esturricando “à queima roupa” o ninja “S”, mas queimando também o corpo de “N” e, inevitavelmente, destruindo o seu Kage Bunshin! Após o cessar fogo, assegurou-se que esse “tipo das foices” morria ali. Numa rápida aproximação, esmagou-lhe a face contra a parede com uma poderosa cotovelada. O sangue do bandido saiu-lhe pelo nariz, olhos e ouvidos e espalhou-se por todo o interior da máscara negra.
. . .
...Nara Marizah, despida e violada, sem sentidos, na sua cama... Sangue, pelo chão, pelas paredes... Corpos retalhados, atrocidados... Mobiliário danificado, madeira e lixo espalhado pelo quarto...
- Se eu não tivesse vindo para dar uma mensagem a Artemiza... - No silêncio, Daiko estava furioso. A prioridade era reanimar Nara Marizah e tirar a respetiva filha para longe daquele cenário de terror.
. . .

. . .
Várias horas depois...

- Não sabes quem eram!? - Perguntou Daiko a Marizah que estava deitada numa maca em recuperação nos cuidados médicos shinobi de Otigakure.
- Não... - Respondeu rouca. - Não conseguiram descobrir!?
- Estavam todos um pouco desfigurados, mas deu para entender que dois deles eram de Konoha. Isso preocupa Otogakure que colocou logo em cima da mesa da vila da folha estar a enviar alguém para assassinar uma kunoichi fugida do seio de um dos seus clãs. Duvido que seja por ordens de Naruto-kage, mas não vamos entrar em contacto com ele sem ter mais certezas. Há a hipótese do re-surgimentono de uma “ANBU"secreta como a que fora liderada por Danzou. Qualquer dessas hipóteses é reprovável e Oto não aceitará com amistosidade, pois és uma Otonin, e é melhor que esses shinobis da folha não comecem uma guerra conosco, ou dessa vez será diferente do que aconteceu com Orochimaru e seus subordinados no Exame Chuunin há mais de dez anos atrás. Se quiserem guerra, nós os esmagaremos! - Sem se aperceber, o cego foi subindo o tom de voz e acabou por chamar a atenção de todos os ninjas-médicos em redor. - Erm... Gomen... - Agachou-se e silenciou-se.
- Calma... - Pediu Marizah, ainda com a voz alterada devido aos danos que sofrera na garganta. - Eu tenho outras suspeitas. Não sei se tenho medo ou se até esperança de que sejam verdade, mas...
- Huh!? Sim...!?
- Estava já quase sem sentidos, mas lembro-me de ouvir um deles dizer...*
《Aqueles olhos vermelhos!!!... Serão...da...linhagem!?》
*...Sim, estou certa que não foi imaginação. Eles se poderiam estar a referir a...
Daiko escutou-a com o seu sentido de audição duplamente atento...

Naquela noite, Daiko alojou Artemiza em sua casa enquanto que ele tinha ficado toda a noite com Marizah nos cuidados shinobi...

~

Na tarde do dia seguinte...

Nara Artemiza treinava o seu lançamento de kunais junto à casa de Daiko quando avistou três silhuetas aproximarem-se. Reconheceu duas delas de imediato, mas só uma recebeu toda a sua atenção:
- Mãe! - Correu até ela.
A naranin estava acompanhada por Daiko e um outro shinibi peculiar: de sobrancelhas loiras e pele clara, ou escura!?, “bastante” pele, já que não usava nada além de umas calças pretas seguras pelo seu hayate de Oto adaptado a um cinto. Todo o seu corpo estava repleto de diversas tatuagens negras: peito, abdómen, costas e até mesmo a face e a careca, daí que da sua “pele clara” via-se bem menos que cinquenta por cento.
- Artemiza, estás bem? - Sorriu-lhe Marizah.
- Isso pergunto eu!!! - Abraçou-a de olhos fechados.
Segundos depois a sua mãe interrompeu o abraço. Os olhos ficaram húmidos...:
- Gomen... - Murmurou.
Artemiza recuou um passo para olhar para ela:
- Huh!? Porquê!?
Daiko avançou para facilitar:
- ‘Miza, ontem tinha uma mensagem para ti, transmito-ta agora! - Estendeu a mão com um pergaminho que a gennin pegou. - Está aí a localização z encontrar para poderes participar numas provas shinobi que se irão realizar em breve. Está aí tudo explicado... Já nós três vamos partir numa missão.
- Hei! Matê! - Um pouco revoltada. - É por causa daqueles filhos da p...
- Miza! - Mariza fez um gesto com a mão, num sorriso sereno e sério. - Calma. Perdoa-me por te abandonar de novo, mas tenho que o fazer. Desta vez voltarei tão brevemente quanto possível, prometo.
- ...E depois nós os dois vamos com ela, por isso, nada a preocupar! - Exclamou o cego.
Artemiza enguliu em seco, mas falou no segundo seguinte:
- É só que... - Primeiro cabisbaixa, mas depois fitando-os... - Eu sei que sou fraca, mas também eu me queria vingar!
- Oi! - Aclamou Daiko, com uma voz quase furiosa. - Os tipos que enviaram estes certamente serão ainda mais fortes! Achas que estás à altura!? - Ao ouvi-lo, Miza, novamente cabisbaixa, cerrou os dentes sentido uma fúria interior sobre si mesma. - Essas provas serão uma grande chance para ganhares experiência e ficares mais forte!
O mais alto, o tatuado, quebrou o silêncio para tentar aliviar aquela tensão:
- ...Mas não tenhas grande esperança de vencer, pois o meu filho vai participar!
Artemiza acalmou-se olhando para o estranho tipo careca que lhe sorria com simpatia. Ela exalou pelo nariz e depois aceitou...:
- Wakata.
- Pois bem, vamos partir agora. - Anunciou Daiko, e todos acentiram em concordância. - Boa sorte Miza! Gambate! - E fizeram os três um selo para se sumirem com um shunshin.
Ela ficou ali, sozinha por um momento, mergulhada em seus pensamentos determinados.