Após a luta Ankuko prosseguiu a sua caminhada, ainda um pouco atordoado e cansado, mas isso não o impediu de continuar. A um ritmo continuo Ankuko avançava pelo deserto, contemplando o enorme manto cor-de-areia que se estendia à sua frente.
- Nunca mais há sinais de verde, só castanho e amarelo. E as minhas pernas começam a perder a força. - Ankuko parou um pouco, tirando a botija com água da mochila. Tirou a tampa e quando a inclinou para beber água, nada caiu. - Ahhh, fiquei sem água, e ainda nem vou a meio caminho... preciso de encontrar água o mais rapidamente possível. - Ankuko deitou-se no chão de braços abertos, olhando para o céu. Estava no meio do deserto, sem água e as pernas teimavam em continuar. Foi então que uma nuvem lhe deu uma ideia. - É isso! Kage Bunshin no Jutsu! - aparecem 3 clones - Ouçam, eu não tenho já muito chakra disponível, por isso não vos vou conseguir manter por muito tempo, por isso quero que procurem o mais rápido possível por um oásis, uma poça de água, o que quiserem, desde que haja água. Agora despachem-se, vão! - Os três Bunshins abalaram cada um para uma direcção. - Vamos lá ver no que isto dá. A última vez que usei isto, a sorte estava do meu lado, e não sei bem como, funcionou, mas não me posso fiar na sorte para sempre.
Ankuko olhava para a nuvens tentando não se lembrar da cede que lhe arranhava a garganta, os minutos pareciam horas, mas o sol mal havia saído do mesmo sitio. Ankuko tinha esperanças que algum dos Bunshin encontra-se água, e depois apreendesse o local, mas não tinha muitas esperanças. De súbito, um borrão surgiu-lhe na mente, um dos Bunshin havia desaparecido, mas a informação apreendida não era distinguível, o que de nada lhe serviu. Uma outra sensação de conhecimento inundou-o mas mais uma vez nada de nada, as esperanças de Ankuko recaíam sobre o único Bunshin que ainda aguentava. Passaram-se mais alguns minutos, quando uma imagem algo desfocada invadiu a sua mente, via-se uma pequena mancha azul….azul? Água, era água. O Bunshin havia descoberto água. Ankuko levantou-se a custo, e começou a sua caminhada, a direcção do suposto oásis era uma pouco confusa, mas Ankuko não tinha mais alternativas. Começou a caminhar para Este, a passo lento, após percorrer algumas centenas de metros virou para sul e após mais algumas dezenas para nordeste olhou em redor.
- Mas que raio? Onde está a água… onde? Raios, eu já sabia que isto ia acontecer… a minha experiencia com os Kage Bunshins ainda é pouca… mas isso agora não interessa…o que interessa é que estou perdido, e não faço a mínima ideia para onde tenho de ir agora… - Ankuko olhou em redor mas só via areia, quando de súbito desfocado pelo calor, surge um homem transportando uma carroça. – Uma miragem? Não… é mesmo verdade. Olhe, desculpe? Aqui! – Ankuko começou a correr em direcção ao homem. Quando o alcançou perguntou:
- Desculpe, será que me arranja uma pinguinha de água para matar a sede? Não é preciso muito, apenas o suficiente para eu conseguir sair do deserto. – O homem olhou para ele e disse:
- Olha rapaz eu não trago água comigo, o mais que te posso disponibilizar é uma pinguinha de vinho tinto se quiseres. – Disse rindo-se. – Pode ser, já que não se arranja outra coisa. – O homem passou a garrafa a Ankuko e este bebeu dois goles sem respirar. Devolveu a garrafa ao homem e este seguiu viagem.
- Bem, ao menos já não tenho a garg… *Hicc* ..anta seca. *Hicc*. Mas que soluç.. *Hicc* os são estes? – Um calor percorreu todo o seu corpo, o álcool reagiu com o seu sangue, provocando uma produção de chakra repentina. Ankuko sentiu o chakra a rondar o seu corpo, e num ultimo acto de lucidez, chamou Scyth.
- Olá Scyth *Hic*. Se não for incómodo podias encontrar o caminho para fora daqui?
- Tás bem? Não parece… vá anda, segue-me.
Ankuko seguiu Scyth aos tropeções á medida que um manto de verde aparecia no horizonte. Quando finalmente atingiram a floresta, Ankuko deitou-se sobre a relva fresca.
- Bem, vou andando. Vê-se descansas, á um rio a nordeste daqui. Adeus.
Ankuko ali ficou deitado, com um sorriso parvo na cara.