(...)
Broly (confuso) – É agora? O quê?
Ouviram do nada um barulho enorme e, a partir do dragão de tinta onde estavam montados, viram o chão a tremer. Enormes fendas abriam-se no solo em todas as direcções. O ruído era de tal maneira intenso que se viram forçados a tapar os ouvidos.
Broly – O que está a acontecer?
Kristea – É o portal, está a abrir-se. Temos que nos despachar a sair daqui antes que volte a fechar. Lembras-te onde foi que entramos?
Broly (controlando o dragão de tinta) – Sim, era por ali, basta ver de onde vêm as fendas.
Dirigiram-se assim a grande velocidade, montados no dragão em direcção a saída, seguindo as enormes fendas do solo.
Finalmente chegaram ao local por onde haviam entrado. Viram lá uma espécie de túnel onde se via ao longe uma luz com tons esverdeados. Era, sem dúvida, a floresta de onde tinham partido.
Broly – Chegamos… Não sei o que fazer agora… Deve bastar saltar lá para dentro, certo?
Kristea não respondeu. Nem sequer olhava para o túnel. Estava simplesmente de cabeça baixa, a olhar para baixo, onde se viam manchas de sangue. Broly pôde ver a enorme ferida que lhe aparecera no pescoço.
Broly – Kristea! Deve ser a ligação dela com aquele maldito…
Kristea – Não é nada… O meu pai está a tentar fechar esta passagem, temos que nos despachar… Oh não!
Tinham chegado alguns demónios que sobreviveram. Eram poucos, mas suficientes para atrapalhar o plano de fuga deles, rodeando o dragão
Broly (tirando o pincel do colar) – Fica aqui em cima Kristea, já volto.
Kristea (resmungando) – Não! Estou farta! Estive o tempo todo encolhida e com medo do meu pai… Não vou depender de ti para o resto da minha vida. Tenho que combater esses medos. Vou enfrentá-los.
E saltou do dragão ao encontro dos demónios.
Kristea – Aian Nakkuru!
Kristea desembainhou Kansho e Bakuya, as espadas gémeas, onde ela adicionou chakra, tornando-as mais longas e afiadas e cortou um demónio na vertical. Um outro estava a tentar atacá-la por cima mas ela atirou uma espada e perfurou-o no peito. Com o Ninpou: Kamaitachi, atirou-os para longe. Ela pensava que tinha vencido, mas rapidamente se apercebeu que eles ainda estavam intactos. Atacaram-na em conjunto, sendo o primeiro da fila derrubado por um tigre de tinta que lentamente o consumia.
Broly (descendo) – Já agora lutamos os dois, não? Choujuu Giga!
Broly criou vários tigres que imobilizaram os demónios restantes e os devoravam aos poucos. Os que conseguiam escapar eram derrotados de seguida por Kristea.
Kristea – Vamos mas é sair daqui, o portal está a fechar-se.
Broly nem comentou a maneira como ela lutou, sair dali era mais importante. Entraram na gruta onde viram uma luz ao longe que gradualmente se apagava. Já estavam a meio do percurso e, para piorar as coisas, Arian estava quase a entrar no portal onde eles se situavam. Kristian estava atrás dele, tentando impedi-lo.
Kristian (a combater Arian) – Corram, rápido! Vai já fechar!
Broly e Kristea correram velozmente em direcção a luz que esmorecia, até que esta se avivou de repente.
Arian – Não pode ser, como é que se voltou a abrir?
Arian escapou de Kristian e dirigiu-se a grande velocidade ao encontro dos dois antes que saíssem de lá.
Broly – Ah, não vais não, Haaaaaa!
Broly controlou o dragão de tinta que tinha montado até aquele local e este foi contra Arian, que teve que recuar automaticamente para se esquivar.
Finalmente, ar puro! Broly e Kristea saíram daquele mundo que tantos problemas lhes havia dado.
Estavam lá Takumi, Makimoro e Hi, com um monte de demónios caídos no chão.
Broly – O Makimoro também está aqui? Já percebi, a Hi segurou o portal cá fora para não fechar, certo?
Makimoro – Não precisas de agradecer, por mim podias ficar lá para sempre. Era menos um para me chatear…
Broly – Não estava a agradecer, Baka! Íamos sair a tempo mesmo sem a ajuda dela!
Takumi – Bom… Já trabalhamos muito hoje e eles já saíram daquela árvore estranha… O que significa que já podemos ir comer alguma coisa, certo? ^^’
Makimoro (preparando-se para sair dali junto de Hi) – Vou mas é treinar…
Broly (rodando um braço para trás) – Eu vou mas é descansar, tenho muito que pensar…
Kristea (interrompendo Broly) – Espera Broly… Queria agradecer-te… Se não fosses tu… Nem sei o que me tinha acontecido. Arigato!
Broly (corando) – Então… Não tens de quê… Afinal, eu meti-me nisso por acidente, não? Só enfrentei os perigos que se encontravam em frente dos meus olhos com sucesso, nada de outro mundo…
Kristea (sorrindo) – Tens vindo a mudar nesses últimos dias, antes nem era possível ter uma conversa de jeito contigo. És muito convencido e fazes-te de antipático mas no fundo até és bem fixe.
Broly (engasgando-se um pouco) – Lá nada! O Angelus já me disse uma coisa parecida, começo a ficar assustado…
Kristea (rindo-se) – Ai ai, tu não existes. Bem, vou indo… Adeus Broly e obrigada por tudo!
Broly – Adeus, sempre que precisares de alguma coisa é só dizer…desde que me dê tanta pica como esse me deu…
Felizmente, Kristea não ouviu a piadinha de Broly, que deixou sair a energia acumulada do esforço que fizera para parecer bem ao pé de todos e desmaiou no meio do relvado, exausto, onde acordou no dia seguinte pela manhã. Era o dia do início do exame Chuunin.