Na entrada da vila, um homem vestido a piratas, mostrou uma espécie de passe aos porteiros. Completamente vestido de roxo escuro, excepto o chapéu negro e o tapa-olhos no lado esquerdo, o sujeito dá um último maço no cigarro, ainda novo, e atira-o para o ar.
- Finalmente cheguei, agora só falta saber dele.
Raios de sol ofuscantes proibiam Broly de mirar livremente o céu que há muito não contemplava. Depois de ½ semanas de repouso, o jounin finalmente recebeu a sua merecida alta.
Por sentir que a sua forma física já não era o que era, treinou um pouco numa zona deserta o Yomi Numa (Pântano do Submundo) que, para primeira vez até que correu bem, no entanto foi mais fraco do que ele esperava, ainda não estava a 100% e doía-lhe um pouco todo o corpo.
Broly assustou-se quando regressou a casa e, em vez de ver a casinha de um andar que vivia, viu um enorme casarão moderno, que pelas enormes janelas de vidro aparentava ser no interior muito sofisticada.
- Okarinasai! – Gritaram Tsuki e Darko, que o receberam na porta.
- Está linda, não esta? E agora tem mais que um quarto. – Disse Tsuki. – E antes que penses muito, fica sabendo que esta tudo na tua conta.
- O quê? Nem me consultaste! – Disse ele fulo, apesar de estar alegre com o novo look
- C’mon, és um jounin, estás cheio de guita e nunca a gastas, uma casa a nossa altura foi boa ideia.
- "Nossa"? - Pensou - Depois falamos sobre isso, agora queria entender-me contigo. – Disse ele, mudando de tom.
Tsuki e Broly partiram para a floresta, para perto do subterrâneo do pai de Broly, onde ninguém os interromperia. Cada um deles encostou-se numa árvore. Interrompendo o silêncio, Tsuki disse:
- É verdade, eu sou uma Hunter contratada para encontrar o irmão de Chrono, que provavelmente também seria um vampiro. – Começou ela, fazendo uma pausa de alguns segundos. – Cheguei, conheci-te, infiltrei-me em tua casa, tudo conforme a missão que me deram, para encontrar uma aberta para te capturar, mas acabei por não conseguir. Tenho me divertido tanto em konoha, é tudo tão…diferente, tão pacífico, todos os dias são bons e esperamos ansiosamente pelas novidades do próximo…e acabei por desistir desta ideia…de me tornar uma Ruthen.
-Tornar uma quê? Mas vocês casam-se com as vossas vítimas mortais? – Disse Broly.
- Não, depois explico… Mas antes quero que acreditas em mim, tenho gostado muito de viver contigo e…juro-te que a muito que abandonei a ideia!
Broly também se desencostou da árvore e andou na direcção a Tsuki que fechava os olhos, e deu-lhe uma pancadinha com dois dedos na testa da rapariga.
- Aumentar a minha casa com o meu dinheiro sem a minha autorização foi uma má estratégia de reconciliação. – Disse ele, com ar de gozo, mas sem esboçar nenhum sorriso. – Achava que tinhas fugido depois daquilo, mas ainda bem que não o fizeste. Quando fui atacado por Chrono a tua expressão mostrou preocupação, sabia que não querias que aquilo tivesse acontecido. – Continuou ele, voltando a árvore onde estava encostado. – Agora fala-me dos hunter’s.
- Nani? Mas desculpas-me?
- Já fiz bem pior a uma importante amiga minha, e ela perdoou-me, comparado com isso, o que me fizeste não foi nada. Agora, fala-me deles.
Tsuki sorriu, não estava a espera que alguém tão rude a perdoasse tão facilmente.
- Estas a falar daquela rapariga que tu… – Disse ela, engolindo as ultimas palavras.
- Sim, a Kristea… ela já sabe de tudo, ou melhor, quase tudo... não tive coragem de lhe dizer que, depois da mordidela de um vampiro bloodline pure (vs-mode), é inserido na vitima um veneno que, muito possivelmente, tornará todos os seus futuros filhos em vampiros. – Terminou ele, fazendo um buraco na árvore com um furioso murro.
- Disseste-me uma vez que este subterrâneo pertencia ao teu pai, certo? – Disse ela, retomando ao assunto, visto que aquele estava a deixar Broly fora de si.
- Certo… mas quando passamos ao assunto dos hunter’s? – Disse ele curioso.
- Já passamos Broly. Eusébio Ruther…o teu pai deixou a liderança da ANBU há cerca de 30 anos e, desde daí até a sua suposta morte, ele sempre foi considerado por todos os Hunter’s o melhor do clã… o Lendário Vampire Hunter, o melhor e mais terrível de todos os tempos.
Toda a calma que Broly recuperou desde ter falado naquele assunto sensível desapareceu, sentiu-se ofendido e gritou com a rapariga.
- Meu pai era um justiceiro, eu sigo a mesma moral de vida dele, “kill the killer’s”, ele nunca faria parte de um bando de caçadores como vocês! – Berrou ele, seu rosto estava a dois palmos de Tsuki, que o afastou um pouco com as mãos. – Alem disso, o meu nome soa algo estúpido, não vale nem significa nada, não tenho clã, muito menos um de hunter’s, apenas tenho este maldito parentesco com vampiros, mas tudo do lado materno!
- Broly… nunca reparaste no jogo de palavras do teu nome? – Disse ela, deixando-o pensar um pouco sobre isso, mas sem chegar a nenhuma conclusão. – “Nome estúpido que não significa nem vale nada” hum?...Ruther…substitui um dos “r’s” por um “n” e troca a posição de algumas letras, o que é que dá?
- …não pode ser… – Rumorejou Broly.
...