Estava uma noite chuvosa em Kumogakure, as nuvens estavam altas, destapando a cidade e expondo-a ligeiramente ao mundo exterior às nuvens. Na vila apenas se ouvia os trovões a ecoar pelas ruas, uma escuridão eterna dava um aspecto sombrio à vila, tirando-lhe a vivacidade e energia do dia. As ruas lamacentas serviam de tapete vermelho para aqueles que desejassem percorre-las, três vultos aproximavam-se da vila, os guardas ficaram alerta, atenciosos ao trio que se aproximava.
- Quem vem lá? – Perguntou um dos guardas. O trio continuo a caminhar não parando às ordens do guarda. – Identifiquem-se! – O grupo parou a escassos centímetros do guarda, tirando cada um deles o seu respectivo passe, e mostrando-o ao guarda. – Bem Vindos a Kumogakure.
Os três homens entranharam-se na escuridão da vila, deixando o portão de entrada para trás.
- Parece que as tuas cartas ainda servem para alguma coisa. – Disse o da esquerda, um homem alto e robusto.
- Até parece que só servem para isto. – Disse o homem do meio, mais baixo e menos robusto que o da esquerda.
- Não, também servem para jogar à sueca. – Desta vez fez-se ouvir uma voz feminina, era de uma mulher de cabelos compridos, á direita dos restantes membros. Os três elementos riram-se, á medida que devolviam 2 Jokers ao homem do meio.
- As cartas são muito mais que um jogo, é um erro se olharem assim para elas.
Os três continuaram a caminhar pelas rua de Kumogakure, até chegarem a uma casa em ruínas, os três fizeram um pequeno selo, á medida que sussurravam um “Kai”, revelando uma casa completamente intacta.
Entraram na casa, era constituída apenas por 4 pequenas divisões, 2 quartos, 1 sala e uma casa de banho. A mulher entrou de imediato na casa de banho.
- Preciso de um duche, venho toda enlameada. – Os dois homens sentaram-se no sofá, colocando os pés sobre a mesa à sua frente.
- Ace, qual será o nosso próximo movimento? – Disse o homem mais robusto.
- Pelo que sabemos, ele está aqui em Kumogakure, agora teremos de o encontrar. – Respondeu Ace.
- Como, nem sabemos onde ele se encontra!
- Paciência, mais tarde ou mais cedo ele aparecerá, basta termos… sorte! – Respondeu Ace, retirando de uma bolsa um baralho de cartas. – Uma partida?
- Não obrigado. – Respondeu, levantando-se e dirigindo-se para o quarto.
- Vá lá, não sejas assim Vull.
- Não me chates.
- Chato és tu.
Ace tirou as cartas da bolsa, e baralhou-as colocando-as em seguida sobre a mesa.
- Ka-Do - Kouzou no Jutsu. (Estrutura de Cartas) – As cartas ganharam vida, empilhando-se umas em cima das outras, terminando por formar um castelo de cartas.
A mulher saiu da casa de banho, com uma toalha enrolada na cabeça, e apenas em roupa interior, sentando-se ao lado de Ace.
- Ao menos podias vestir algo mais tapado…
- Gosto de andar confortável.
- Podias pensar um pouco no conforto dos outros…
- Estas a querer insinuar algo?
- Nada, nada.
A mulher tirou de dentro de uma bolsa ao seu lado, uma pequena bola saltitona que atirou contra a parede, fazendo esta voltar para si, repetindo este movimento vezes e vezes sem conta.
- Gomuton – Sutorecchi (Libertação da Borracha – Esticar) – A bola alterou a sua forma, esticando e adoptando agora a forma de um Shuriken, atirando-o contra a parede, mas mantendo sempre um filamento de ligação entre a mulher e a Shuriken, uma espécie de pega-monstro em forma de Shuriken, acabando por se espetar na parede.
- Tu e essa engenhoca da borracha ainda me fazem impressão, Makai.
- É um brinquedo engraçado não é?
- Então não é… - Ace, pegou numa das cartas, e atirou-a como uma Shuriken, cortando o filamento de ligação de borracha.
- Ei, para quer foi isso? Gomuton – Yuugou (Libertação da Borracha – Aglutinação) – Os pedaços de borracha uniram-se, como se fosse plasticina, formando uma nova bola.
- Ouvi a vossa conversa à pouco, que vamos fazer? – Disse Makai, adoptando uma postura mais séria.
- A vida é um jogo… vamos ver se temos sorte ou azar. – Disse Ace olhando pensativo para um Ás de Ouros.
Fez-se silêncio na casa…
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Aqui temos mais algum misterio ^^
Gomuton ainda vai dar muito que falar