[Filler 27] - "Obrigado...mãe"

Um brilho ofuscava a visão de Vitan, que instintivamente colocou as mãos em frente da cara.

- Que é isto? – Vitan com os olhos semicerrados, via os contornos de algo que parecia distante, a silhueta parecia de uma humano, mas a luminosidade desfocava a visão de Vitan.
- Vitan… - Era aquela voz de novo.
- Estou aqui, espera por mim.
- Vitan… - A voz afastava-se.
- Mer** para isto, foges sempre, como vou encontrar-te assim…

De volta ao mundo real.

- És muito corajoso para um miúdo da tua idade. – Antetsu, colocava a sua experiencia à prova, tentando intimidar o adversário, este não respondeu, limitou-se a, num movimento com o dedo médio, fazer um gentil “.|.” ao seu adversário, que se riu do acto do oponente. – Vamos a isto. – Atirou a sua Kunai contra Ace, e num rapidíssimo conjunto de selos, multiplicou a grande escala a Kunai atirada, criando um verdadeiro enxame de Kunais, Ace cerrou as mãos, e as cartas automaticamente envolveram-no, formando uma barreira esférica em seu redor, que recebeu as Kunais, que se espetaram nas cartas. Quando Ace aliviou a barreira, já Antetsu preparava o seu próximo ataque.
- Goukakyuu Chakra no Jutsu! – Uma enorme bola de chamas avançava contra Ace, que apanhado de surpresa, construiu uma escada de cartas, que subiu, passando por cima do ataque, queimando ainda parte da perna direita. Ao aterrar, caiu de joelhos, incapaz de se suster na perna direita. Antetsu não perdeu tempo, elevou um enorme dragão de lama a seu lado, que disparou várias bolas de lama, as quais Antetsu pegou fogo, contra Ace, este foi obrigado a rebolar sobre si, saindo para a sua esquerda, Antetsu não deu tempo de Ace sequer respirar, e já se encontrava sobre si, com a espada apontada à sua cabeça, se não fosse Ace ignorar a dor da perna direita, e saltado para trás para evitar o ataque, Antetsu havia decapitado Ace num único movimento. Ace soltou um pequeno gemido de dor, que fez Antetsu revelar um pequeno sorriso.
- Ainda mal começamos, e já estás assim?
- Começamos? Eu ia jurar que está a acabar…
- O que? – Antetsu não reparou, mas ao seu redor encontravam-se 4 cartas, que Ace havia deixado antes de recuar- “3” de Espadas, “5” de Espadas e “7” de Espadas, o Ás de Espadas e o Joker Vermelho.
- Acabou. Dança das Espadas! – As 5 cartas, elevaram-se no ar, aumentaram de tamanho, e fecharam-se em redor de Antetsu, ficando o Joker por cima.
- Achas que uma simples prisão de cartas me impede? És muito estúpido.
- 3… - Á voz de Ace, um grito vindo do interior da prisão, ecoo por toda a câmara.
- 5… - Um novo grito.
- 7… - Desta vez nada se ouviu, apenas o som de carne a ser rasgada.
- 9… - Silêncio, apenas um riso sádico, semelhante ao dos palhaços.

As cartas voltaram à sua forma inicial, no chão, Antetsu jazia imóvel numa poça do seu próprio sangue, com os braços, pernas e tronco completamente mutilados, cada respiração de Antetsu parecia ser a ultima.

- Ankuko… - Disse Antetsu, tossindo sangue em seguida. – Ajuda-me…
- Disseste para não me intrometer, é o que farei.
- Não sejas parvo, ajuda-me, é uma ordem. – Antetsu elevou o tom de voz, que o obrigou de seguida a tossir mais sangue.
- Eu não estou mais sobre as tuas ordens, o teu Jutsu perdeu o efeito. – As palavras de Ankuko era um golpe maior do que qualquer um dos que Antetsu havia recebido à pouco. – Achavas mesmo que eu não ia recuperar a minha memória, tu mereces morrer assim, a sofrer até ao último suspiro, perceberes a agonia que o meu pai, a minha mãe e eu próprio sofremos nas tuas mãos.
Antetsu não respondeu, não por não querer, mas por não puder, já não se encontrava ali, havia partido para outro lugar.
- Muito frio da tua parte, ver o teu Tio morrer assim, sem mais nem menos.
- Ele não era meu tio, era irmão do meu pai.
- E não é o mesmo?
- Não, nenhum laço afectivo me ligava a ele, para se chamar alguém de tio tem de haver alguma ligação, nós não a tínhamos.
- Estou a ver. – Hiagushi levantava-se lentamente, agarrado ao braço esquerdo, provavelmente ferido do combate com Vull.
- Onde está o Vitan? – No meio de tanta confusão, haviam-se esquecido por completo de Vitan. – Vitan! – Vitan encontrava-se perto da estátua, já meio quebrada, devido aos ataques, estava pensativo, com os braços cruzados, olhava para o topo da estátua, parecia falar sozinho.

- Finalmente consegui apanhar-te, porque fugis-te daquela maneira. – Vitan olhava fixamente para o topo da estátua, onde, aos olhos dele, se encontrava uma mulher virada de costas para ele. Os seus cabelos longos, de cor castanha, caiam-lhe pelas costas, não era muito alta, vestia um Top verde escuro e uma simples saia também até aos joelhos.
- Eu não fugi, tenho-te chamado desde sempre, mas tu nunca mais vinhas. – A voz da mulher soava triste.
- Eu vim, estou aqui, mal ouvi a tua voz, vim o mais depressa que pude até Kirigakure, acredita.
- Eu sei que sim, não duvido de ti. – A mulher, desceu do topo da estátua, flutuando no ar, colocou-se a alguns centímetros de Vitan. Era uma mulher que aparentava ter cerca de 30 e poucos anos, muito bonita para a sua idade, o seu rosto era familiar a Vitan.
- Eu já te vi em algum lado, tu não me és estranha. – Vitan olhava para a cara da mulher, com uma expressão intrigada.
- Cresces-te tanto Vitan.
- Hum? Como sabes disso? – Perguntou Vitan, ainda mais intrigado.
- Tornaste-te um homem, já tens barba e tudo. – A mulher tocou suavemente na face de Vitan. Tinha as mãos frias, mas transmitiam um calor aconchegante a Vitan.
- Olá… mãe. – A voz de Vitan soou quase infantil, a sua mãe encontrava-se à sua frente, um sorriso doce surgiu na face de sua mãe.
- Olá, filho.
- Como é possível mãe? Disseram-me que tinhas morrido.
- E falaram verdade.
- Eu sei, foi a minha inocência a falar. – Vitan corou um pouco. – Mas então, eu pensava que era parte da minha alma que me chamava, como podes estar tu aqui?
- Todos aqueles que deram a vida por ti fazem parte da tua alma, todos nós, eu, o teu pai, e toda a vila, está presente na tua alma, foi o destino que nos foi reservado.
- Entendo. Aqueles que por mim deram a vida, continuarão a viver para sempre… na minha alma e coração, isso significa que provavelmente também o pai estará algures perdido, à minha procura.
- Sim, todos nós iremos continuar a amar e proteger-te, presentes na tua alma.
- Mas, é diferente de estarem a meu lado, eu queria-vos vivos, aqui comigo. – Lágrimas surgiram no rosto de Vitan.
- Não chores filho, a dor de nada traz de bom a este mundo, esquece a dor, recorda-te dos momentos bons e esquece os maus, enfrenta os desafios e esforça-te para os ultrapassares, era esse o lema da nossa humilde vida.
- Eu prometo-te mãe, ainda irás ver, através dos meus olhos Tanigakure florescer de novo.
- Eu sei que sim, mas agora tenho de partir.
- Para onde? Tivemos tão pouco tempo para falar.
- Não para muito longe, simplesmente ficarei aqui. – Num toque suave, colocou a mão sobre o coração de Vitan, um choque imenso percorreu todo o corpo de Vitan, Ace e os restantes assistiam ao monólogo de Vitan, incapazes de ver a presença de Katsumi, mãe de Vitan.
- Adeus Vitan, virei sempre que precisares. – A voz rebentou na cabeça de Vitan, à medida que este caía de joelhos no chão. Toda a dor desaparecera do corpo de Vitan, sentia-se calmo e em paz. Ace avançou na direcção de Vitan, tal como Hiagushi, deixando os demais para trás, Sophia e Makai haviam-se derrotado mutuamente, e estavam inconscientes no chão, Vull juntava-se a Makai, pegando esta ao colo, enquanto Ankuko continuava de braços cruzados encostado à parede, contemplando o espectáculo.
- Vitan… conseguis-te. – A voz de Hiagushi estava trémula.
- Sim. – Vitan adoptava uma postura séria e confiante, diferente da nervosa que apresentava momentos atrás.
- Está na hora de irmos Vitan, não posso deixar esta jornada continuar, já alcanças-te mais do que devias, não posso permitir que continues. . Ameaçou Ace.
- Não preciso que qualquer organização que seja me diga o que fazer, ou me impeça de fazer o que quero. Eu sei o que é melhor para mim, eu sei o que é melhor para o mundo, e garanto-te que não acabarei com o mundo.
- Palavras fortes, mas sem verdade, não poderás mudar o destino, está traçado, os próprios Deuses o previram, não serás tu, um simples mortal a mudá-lo.
- Nem vocês, que podem vocês fazer?
- Matar-te, isso resolverá tudo.
- É bem provável que sim, mas eu já tomei a minha decisão, venha quem vier, o que vier, eu sei para o que usarei os meus poderes, e garanto-te que destruir o mundo não faz parte dos meus planos.
- Não sabes o que dizes, isto vai acabar, aqui e agora! – Ace, ordenou os 4 Jokers à sua frente, espadas, ouros, paus e copas. – Acabou! – Os 4 Jokers formaram um circulo, e começaram a rodar a grande velocidade em redor do centro, chakra ia-se acumulando no interior do circulo, que teria aproximadamente 30 cm de diâmetro, o chakra aumentava consideravelmente, acumulando-se em grande escala no centro do circulo, ocupando já grande parte do circulo.
- Joker Chakra Redemption. – Uma enorme onda de chakra avançou da direcção de Vitan, a velocidade era enorme, Vitan não esboçou qualquer gesto, a onda atingiu Vitan, provocando uma enorme explosão, um grito de dor e sofrimento fez toda a câmara tremer. Quando a luz do ataque se dissipou revelou uma enorme criatura, com partes do corpo a arder, e várias feridas ao longo do corpo, acorrentada ao chão, e com parte da cintura enterrada no chão, a criatura havia recebido o impacto do ataque por completo.
- Obrigado… mãe. – A criatura desapareceu numa nuvem de fumo. Vitan, completamente envolto em chakra cinzento-escuro, investiu contra Ace, exausto do ataque, e colocando a mão sobre o peito de Ace, gritou.
- Enjin Ho! – O círculo de chamas, envolveu os dois adversários, e elevou-se numa enorme torre de chamas que se estendeu até ao tecto da câmara, num intenso ruído de chamas e labaredas, suprimiu o grito de Ace.
Tudo ficou em silêncio. O ataque havia deixado Vitan exausto. O cansaço venceu, e Vitan desmaiou, ficando tudo escuro em seu redor.

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O meu maior Filler o.O