Sem conseguir evitar nem prever aquelas explosões, Broly sofreu alguns ferimentos nas pernas. Suas botas estavam já sem solas e suas calças estavam rotas e/ou queimadas deste os pés até acima dos joelhos. Nem fugir do lago, nem aproximar-se de Keith, nem mesmo tempo de concentrar chakra nos pés para dar um salto maior tinha. Sua única opção era fugir para não perder as pernas.
- Tenho de fazer algo e rápido. – Pensou Broly. Estava a perder muito sangue pelas pernas, teria de fazer algo, e rápido.
Enquanto Broly saltava, efectuava selos. Tinha pouco tempo para canalizar seu chakra, por isso tinha de empregar grades quantidades em pouco tempo. Proferindo as palavras “Yomi Numa”, a água começou a afundar, até desaparecer por completo, sendo substituída por um grande lago de lama.
- Pareces estar confuso, mas deixa que te explique: Este lago estava aqui porque, por baixo dele, havia camada impermeável de terra que impedia que este afundasse, como tornei esta em lama, a água foi absorvida. – Gozou Broly, e de que maneira. Keith entendeu perfeitamente o que Broly fizera, mas mesmo assim este fez questão de o explicar claramente como o capitão sempre fazia, era este o tipo de pessoa que Keith era: tudo o que ele fazia e todos os planos que magicava, tinha de os explicar posteriormente ao pormenor.
-Com quem pensas que estas a falar idiota?! – Gritou ele, antes de começar a ser engolido dela lama.
Keith tentava desesperadamente manter-se sobe a dita lama, mas era complicado, este já tinha as pernas enterradas quase até ao joelho e o konibiri fazia pouco efeito naquele terreno. Keith começou a ver as pernas ensanguentadas de Broly a acercarem-se dele, quando já estava próximo o suficiente, o capitão sacou a sua espada e tentou perfurar o abdómen do jounin de konoha, mas este segurou na lâmina com uma mão, mesmo sem o ferro corporal e, por fim, destruiu a espada de Keith apenas por espreme-la com força.
- E a esta reacção eu chamo de Hagane hen'i (transmutação de metal).
O capitão de Hoshi ficou fulo e agarrou fortemente na gola do colete de Broly, mas não demorou muito até ficar atónito ao ver o seu olhar. As pupilas dos olhos de Broly estavam alongadas, como as das feras, ou melhor, como as dos vampiros. Broly agarrou no braço de Keith com seu braço direito e retirou-o da lama e, seguidamente, empregou-lhe um violento murro com a mão livre, entre o seu olho esquerdo e o seu nariz, arremessando-o para bem longe até ser travado pelo solo.
Keith levantou-se lentamente e com a mão na zona onde levou o golpe, seus olhos encarnados ficavam mais brilhantes a medida que se erguia e da sua boca parecia cair uma baba que causava ferimentos nos lábios. Depois, o capitão retirou uma seringa e injectou-se, não era preciso ser um génio para concluir que ele tramava alguma. Depois da injecção, Keith parecia cuspir mais baba, tanta que este até vomitou um liquido estranho que perfurou o solo aos seus pés com toda a facilidade.
- Acido? – Pensou Broly, controlando-se para voltar ao normal.
- Uma mas minhas mais recentes experiencias, consigo fazer com que o meu organismo produza um ácido tão corrosivo, tão reactivo que, o mínimo contacto, irá causar sem falha a destruição ou desintegração da minha vitima - Disse ele, tentando manter a calma, apesar de em vão. Broly conseguiu tira-lo do serio, e aquele jutsu causa vários danos no interior do usuário. – SHINÊ!
Dito isto, um fortíssimo repuxo de ácido foi lançado pela boca de Keith para cima, onde adquiriu uma forma estranha e caiu, como se fosse um extenso chuveiro, sobre Broly. Frente a este incomum ninjutsu, definitivamente de Rank S, não havia escapatória. Concluído o jutsu, um vasto vapor impedia de enxergar seja o que fosse.
- Eu… - Depois de proferida a palavra, Keith caiu de joelhos, vomitando sangue e vestígios de ácido. – Eu sou diferente dos outros capitães, a minha arma é a minha cabeça. Eu não tinha qualquer talento para ninja, minhas únicas habilidades dependiam só e unicamente dos meus conhecimentos, estratégias e experiencias, por isso, são sagradas para mim, e odeio quando não funcionam, entendes Broly?
- Sim – Proferiu o jounin, aparecendo por entre o vapor. – Realmente não pareces emitir muita energia, o que não impede de seres um dos homens mais perigosos que possa haver. Tudo o que fazes é ponderado e tens sempre uma estratégia na manga, para nao falar que sabes sempre como vou atacar e como impedi-lo. Para vencer-te só há uma maneira: Seguir o instinto. Tentar ser mais inteligente que tu, é suicídio.
[Flashback] Durante a queda de toda aquela “chuva” de acido, Broly, em fracções de segundos, utilizou a Doton Kekkai (Barreira de Terra), envolvendo-se sobe um pequeno invólucro de terra e, automaticamente, transformou-o em metal. [/Flashback]
- No fim de contas isso foi uma estratégia, mas estas de parabéns, é rara a luta que dura mais do que aquilo que prevejo: Kuchyose no jutsu! – Proferiu Keith, injectando-se com outra seringa, desta vez para recuperar algum chakra, e invocando milhares de mosquitos. - Meus mosquitos carreguem consigo vírus. Uma única ferrada e eles infectem os seus oponentes da doença que eu quiser, desde que tenha um mosquito infectado com esta. Tenho-as aos montes, deste gripes até a graves epidemias que, se libertadas, lançariam uma nova praga de risco mundial. – Disse Keith, dando uma gargalhada maléfica no final, parecia estar louco.
- Numa situação normal não acreditaria, mas ele não é do tipo que faz bluff, ele pode até fazer algo assim? – Pensou Broly que, frente aquela nuvem de mosquitos, via-se encurralado.
- Basta. Até a nós nos metes em risco se libertares todos os mosquitos. – Proferiu calmamente uma alta mulher de vestido vermelho, cor dos seus olhos e cabelo, que surgiu do nada, dando um valente estalo a Keith. – Tal como disseste, a tua arma é a tua cabeça, por isso não a percas.
- Melody-sama. – Proferiu, efectuando novamente uns selos e fazendo todos os mosquitos desaparecer. – Perdoe-me, não sei o que me deu.
- Vai descansar, são efeitos colaterais das drogas que usas, agora trato eu do meu sobrinho.
- Sobrinho? – Proferiu Broly, sem conseguir evitar um forte estremecer em todo o seu corpo e um grande regalar de olhos, lembrando-se de algo que Tsuki já o dissera. – Tu és a Melody…Ginkise.
A irmã da mãe que Broly nunca teve estava agora a sua frente, ela e só ela podia contar-lhe aquilo que ele há muito anseia saber. Era incrível como ela aparentava ser tão jovem, e era tão bela, mas mesmo assim era assustadora e libertava uma aura sufocante.
- Alto, musculado, atraente. És um belo rapaz, há muito que desejo conhecer o meu outro sobrinho. Dizer que és idêntica ao Chrono é um exagero, mas de facto és quase igual. – Disse ela, mirando-o dos pés feridos até a cabeça. – De facto, a nossa família é proprietária de muito bons genes.
-É, e parece que vieram todos para mim. – Disse Broly, esboçando um sorriso convencido.
- E presunçoso pelos vistos. – Afirmou ela, virando as costas para ele, dirigindo-se ao campo de batalha onde o que restava dos jounins vampiros e hunters se enfrentavam.
- A Melody vai lutar? Ai não…pessoal! – Gritou Keith, fazendo uns gestos para os seus.
De alguma maneira, os vampiros, incluindo Artemisa, entenderam o gesto de Keith e, rapidamente, taparam os olhos. Broly, desconfiado, fez também um sinal a Yami que também os enfrentava, apesar desta não entender o porquê, obedeceu.
- Saiminjutsu (hipnotismo) – Disse Melody, olhando para os hunters restantes, que fintavam seu olhar naqueles olhos bordeaux arrepiantes. – Ordeno-vos: Morram.
Proferidas tais palavras, os olhos dos hunters perderam a cor, como se tivessem perdido a conscientes. E, enunciando em coro “As suas ordens”, suicidaram-se.