Karasuemo (em simultaneo com o Treino)
-- Como é que a Akiko está? – perguntava Tsuma a Natsame. Ambas caminhavam pelos corredores com as suas batas. Natsame mantinha a sua espada por perto, não fosse algo descontorlar-se.
-- Continua no mesmo estado. Em coma, com os sinais de vida em baixo. Sem nenhuma alteração... – dizia Natsame. – O Keitaso?
-- O Keitaso foi buscar uma ficha...
Ela foi interrompida por diversos gritos de dor. Ambas entreolharam-se e correram na direcção dos gritos. Era impossivel não saber de onde vinha os gritos. Um rasto de corpos, com um orificio fino, rectangular, cravados nas suas testas, indicava, convidava, a que elas se dirigissem áquele local.
A porta abriu-se rapidamente e as duas comandantes entraram em simultaneo na sala de arquivos.
Á sua frente encontrava-se um rosto conhecido. Uma bela mulher, de longos cabelos negros, com quatro finas tranças. O seu vestido era peculiar no minimo. Negro, bem trabalhado e decorado com muitissimos cintos que telintavam com o minimo de barulho. A mulher encontrava-se a ler uma ficha, e ao seu lado levitava um pequeno olho de cristal.
-- TU! O que fazes... KEITASO! – Tsuma nem queria acreditar. Keitaso encontrava-se caido sobre um cadeirão com um cinto a perfurar-lhe as vias respiratórias.
-- Nem mais um passo. – disse calmamente a mercenária. – Ou acabam como ele...
Natsame e Tsuma pararam, mas mesmo assim não baixaram as suas defesas.
-- O que estas a fazer e o que é isso? – perguntava Natsame apontando para o olho que a fitava.
-- Bem... Digamos que pertencer á Karasuem nunca foi um dos meus sonhos... Para falar a verdade nunca gostei muito de cá estar. Simplesmente aparecia para alimentar a minha curiosidade. Até que ele me convidou.
-- Ele? Quem é ele? – perguntava Natsame
-- Alguem muito mais importante e interessante que tu... – disse a mercenária friamente. – O que são voces? Um bando de soldados a cumprir ordens de uma pessoa que vocês nem sabem o nome. O que ela vos prometeu? Poder? Protecção? Fertilidade?
-- Cala-te! Não sabes o que eles são capazes! – gritava Tsuma. Poucas pessoas sabiam que Tsuma era infertil e isso era algo que a feria muito.
-- Mesmo assim... Não me interessa. Não me interessa mais o que esta “Organização” é capaz de fazer. – disse a mercenária colocando uma ficha que estava a ler na estante. – Tenho mais que informações para saber o que ela IRÁ fazer. Informações que voces nem sonham em conhecer. O futuro é incerto mas talvez com um pouco de sorte as coisas... Desculpe. – disse Lulu ao perceber que estava a falar de mais.
-- Haha... Olha para ti! Chamas-no de soldados mas és tu que te estas a submeter a essa coisa, esse olho...! – dizia Tsuma. Lulu fingiu ignorar. O olho começou a cristalizar á sua volta.
-- Não... Você não deve! – dizia Lulu. O processo continuava, e agora o olho tinha um rosto, ou pelo menos uma fracção dele. Um olho, um pouco do nariz e meia boca flutavam ao lado de Lulu. Feitos de cristal, mantinham um corte pouco polido.
-- Dêem a ela este recado. “Eu não morri...” – disse a voz de um modo calmo e sereno, pronunciando cada palavra com uma pequena pausa. Depois estelhacou-se e Lulu desapareceu com um aperto dos seus cintos.
-- Merda! – disse Natsame batendo com a mão numa das paredes rachando-a.
Tsuma correu em direcção a Keitaso e puxou o longo cinto que este tinha na sua garganta.
-- Respira... Respira... Honra o teu apelido! – gritava Tsuma tentando reanimar Keitaso.
De subito Keitaso levantou-se tentando apanhar o ar que á tanto era privado dos seus pulmões. A ferida começava logo a fechar-se e este ganhava novamente um pequeno brilho nos seus olhos.
-- Ela... Ela...- dizia Keitaso rouco segurando o pescoço com a mão.
-- Nós sabemos. Temos de os informar. – disse Tsuma virando-se para Natsame
Campo de treinos, Konoha
Maiko estava a arrumar as ultimas coisas que tinha deixado espalhadas pelo campo de treinos quando sentiu alguem a observa-lo. Olhou para trás e viu nas sombras uma jovem mulher, com longos cabelos negros e uma pele clara, a olhar fixamente para ele.
-- Quer alguma coisa? – perguntou educadamente Maiko, esboçando um sorriso.
A mulher movimentou os lábios, em algumas palavras mudas.
-- Desculpe? – disse Maiko.
-- Adeus... – sussurou a mulher esticando um pouco a sua mão em direcção a Maiko, num gesto calmo e pachurrento desaparencendo instantaneamente.
-- Uau... Aquilo foi rapido... – disse Maiko. Mas ignorou e continuou o que estava a fazer. Estava cansado para pensar em alguma coisa.
A mulher caminhava pela floresta, indo pelas sombras, observando um pequeno pendente que tinha num fino colar. Parou iluminada por um pequeno raio de sol e observou o seu relogio.
-- Estranho... – sussurou ela. O mostrador do relogio tinha parado. – Parece que...
Ouviu-se um estranho barulho vindo por detrás dela. Ela virou graciosamente a cabeça para observar quem ali estava.
Era Serena. Estava ... diferente. Tinha o cabelo curtado curto, e usava roupas mas praticas. Mas não era só isso que estava diferente. No seu olho direito, uma ténua marca aparecia. A marca de uma Lua que girava lentamente. Uma marca de água, uma marca fantasma...
-- Quem és tu? – perguntou Serena, num tom monocordico...
-- Uma amiga... mas para ti, a tua morte. – Disse com um sorrido desafiador a mulher. Depois desapareceu envolvida numa explosão de luz palida que a “abraçou” e desapareceu, fazendo um pequeno e rapido som. A luz palida iluminou aquela pequena area e Serena caiu no chão inconsciente, lacrimejando um pequena gota de sangue do seu olho direito...
Maiko, morada desconhecida
Maiko batia á porta enquanto retificava constantemente a morada. A porta abria-se lentamente. Quem a abria era uma jovem mulher de cabelos azuis-escuros, de olhos brancos.
-- Ohayo. – disse Maiko fazendo uma vénia. – Desculpe se a estava a incomedar mas mandaram vir a esta morada.
-- Quem é que te enviou? - perguntou a mulher doce e calmamente.
-- Hmm Toriyose Naomi. – disse Maiko mas com um tom de duvida.
-- A Naomi... Então é com o Naruto-kun. – disse ela sorrindo.
-- Naruto... cabelo preto, olhos bran... OH MEU DEUS! Você é a Hinata-sama! – disse Maiko fazendo logo uma profunda vénia.
-- N-Não necessitas de fazer isso. – disse esta corando um pouco. – Entra Entra...
Maiko entrou e pouco depois apareceu-lhe á frente um rapaz loiro de cabelo espigado.
-- Então o que fazes por aqui Maiko? Aprendeste o Umo Kage em quanto tempo? – perguntava Naruto.
Maiko estava palido, surdo e mudo. Paralizado no mesmo local...
-- “OH MEU DEUS!!! É O NARUTO! OH MEU OH MEU OH MEU!” – gritavam todas as personalidades de Maiko e Maiko em coro...
_____________
Mistérios, Traições... Só faltam aparecer os anões e os cavalos e a minha historia passa a ter tudo xP
Comentem (e não lopes, a rapariga nao é a avo do Maiko)