Baby, I'm back! Vá, mais ou menos.
O filler não está grande coisa, mas espero que gostem. ^^ Pequeno resumo da cena anterior:
Kristea foi numa missão do Bingo Book com Broly até Kirigakure. Kishita Kina acabou por fugir para uma das ilhas que rodeavam Kiri, obrigando-os a segui-la. O estranho ambiente daquela ilha provocava-lhes arrepios. Após a derrota desta e do seu seguidor, Kurino, Broly e Kristea resolveram voltar para Konoha. Ao tocar numa das grandes rochas da área onde haviam combatido, Kristea desmaia e permanece inconsciente até chegar a Konoha.- … e nove horas… Ela já deveria ter acordado!
- Calma! Ela acordará quando estiver bem. O corpo dela não se deve sentir pronto para despertar, mas garanto-te que a saúde dela está a 100%.
-Tretas!
- Kristian! Eu sei que estás impaciente, mas não descarregues na Sakura!
Aquela discussão perfurava-lhe os ouvidos como agulhas. Sabia que estavam a falar dela, mas não conseguia dizer nada. O seu corpo estava rígido, os seus olhos pesados e os seus lábios secos. Estaria desidratada? Provavelmente não… Sentia-se dormente, como se estivesse parada ou adormecida há demasiado tempo. Tentou falar, mas a sua boca não produziu qualquer som.
Umas mãos quentes tocaram na sua face e acariciaram-na.
- Pequenina? – chamou a voz forte e melodiosa de Ryu, ao que esta respondeu com um leve aceno de cabeça.
- Arranja-me um copo de água, por favor – pediu uma voz feminina que Kristea não discerniu rapidamente a alguém que não se pronunciou. Era Sakura.
Passaram um pano macio e levemente molhado pela sua cara para lhe hidratar a pele e verteram um pouco de água nos seus lábios, deixando-a sorver um pouco desta.
- Passaste trinta e nove horas inconsciente, por isso é normal que estejas assim… Agora tens que fazer as coisas com calma até o teu corpo recuperar da dormência por completo. Tenta abrir os olhos – explicou a sensei, tentando elucidar a mente ainda um pouco adormecida da chuunin.
Embora com dificuldade, as suas pálpebras abriram-se, revelando os seus lindos olhos verdes. Estavam baços, algo que não era habitual. Talvez estivessem apenas cansados…
Ryu, Kristian e Sakura encontravam-se no quarto do hospital, com os seus olhares fixos nela. Esta última tentava despertá-la com a ajuda do anjo. O seu irmão ainda permanecia no fundo do quarto a fitá-la, incrédulo e ansioso. Finalmente, ela acordara!
- Kris! – exclamou ele, aproximando-se a largos passos da cama. Abraçou-a, apesar de saber que ela não conseguiria retribuir o gesto naquele momento. – Estava tão preocupado!
- Deu para reparar – disse a rapariga, numa tentativa de voltar a falar normalmente. A voz custava-lhe a sair. A sua garganta ainda se encontrava áspera.
- É bom ouvir a tua voz novamente – declarou Sakura, pousando a bacia com água e a pequena toalha que usara para hidratar a jovem ninja numa mesinha ao lado da cama. – Vou buscar alguma coisa para comeres. Estás a precisar de ingerir algo mais sólido. Volto já!
Assim que a sannin saiu do quarto, Kristian ocupou o seu lugar ao lado da cama. Tinha tanto para lhe perguntar que nem sabia por onde começar…
- Ajudem-me a sentar, por favor – pediu Kristea, tentando colocar-se mais confortável. De imediato, Ryu e Kristian levantaram o seu tronco suavemente, subindo também o colchão para que mantivesse aquela posição. A rapariga murmurou um agradecimento.
- O que é que aconteceu, Kris? Como é que ficaste neste estado? Nem o Broly conseguiu explicar… Disse que desmaiaste assim do nada… - perguntou o irmão, sentado no leito da cama.
Kristea hesitou. Será que deveria contar o que realmente aconteceu? Afinal, ele possuía metade do poder… Mas estaria preparado para descobrir a verdade?
Ryu afastou-se e dirigiu-se lentamente à janela. Tinha-lhe lido a mente devido à sua hesitação.
- Devia ter percebido as falhas… - suspirou ele. Ao reparar no olhar suplicante de Kristea, acrescentou: - Sim, podes contar-lhe… Podes e deves. Mas isto não pode chegar aos ouvidos de algum dos Shirohoshi. Ficarão vidas em risco se souberem disso…
Ela fechou os olhos momentaneamente.
- Antes de mais, quero dizer que tomei uma decisão. Já escolhi qual dos Hoshishuudan vou defender.
O silêncio da sala era de cortar a respiração. A tensão que se acumulara com aquelas palavras acelerava os corações dos presentes de tal modo que eram a única coisa que ouviam naquele momento, amplificando as atenções dadas à rapariga.
- Tendo em conta informações que me foram dadas recentemente, escolhi os Kurohoshi.
- Escolheste bem! Sem dúvida! – exclamou o irmão, com um enorme sorriso desenhado no rosto. Mas este depressa se desvaneceu. – Espera… Informações que recebeste recentemente? Quando?
- Foi… Assim que desmaiei…