Rima chega à pensão exausta e dorida após mais uma missão. Esta até correra bem e tivera a oportunidade de fazer uma missão com Kiba novamente, este já graduado Jounin. Rima perguntava-se a si mesma se conseguiria chegar ao mesmo nível de Kiba, e aproximar-se do seu sonho: ser uma Sannin. Além disto, conhecera Masaki e Youshiyuki dois gennins da sua vila e reencontrara Dri após o seu duelo.
Entrou na pensão deu um beijo à sua “avó” e subiu para o seu quarto, a fim de tomar um banho relaxante e enfiar-se na cama logo em seguida.
Dia seguinte.
“Rima corria no meio da escuridão, não sabia porquê, para quê ou por quem. Apenas sabia que tinha de correr, não podia parar, não podia. Ao fundo, viu um ponto luminoso e correu cada vez mais depressa para ele. Ouviu um choro, ouviu vozes a chamarem o seu nome, começou a sentir tudo a andar à roda e acabou por cair no chão.”
Rima acorda subitamente, toda suada e com o coração a bater veloz. Aqueles sonhos começavam a intensificar-se e a ficarem cada vez mais confusos.
Levantou-se, tomou banho e vestiu-se. Havia combinado ir almoçar com Shizuna e aproveitava para dar um passeio e visitar Sora. Desceu para ir tomar pequeno-almoço com a sua “avó” e saiu. Pensativa passeava pelas ruas de Suna pensando nos seus sonhos.
- Rima-chan! – Chamou uma voz conhecida… Demasiado conhecida. Rima virou-se.
- Sasame? O que fazes aqui? – Pergunta Rima, quase a medo.
- Vim passear com o meu irmão. – Respondeu a kunoichi com um sorriso e olhando para o rapaz que estava ao seu lado. – Genji, esta é a Rima. Rima, este é o meu irmão Genji.
O shinobi aperta a mão de Rima, esta sorri-lhe mas ele olha-a com indiferença e superioridade.
- Genji nii-san! Não sejas mal-educado. – Reprime Sasame, puxando a orelha do irmão mais velho fazendo-o curvar-se.
- Sasame! Calma ai! – Queixa-se o rapaz, tentando libertar-se da mão da irmã. Rima sorria, divertida com a cena dos dois irmãos.
- Rima! Rima! – Chamava uma voz, era Shizuna que corria para Rima com uma expressão alarmada no rosto.
- O que foi amiga? – Pergunta Rima preocupada. Os dois irmãos também param de discutir.
- O teu pai está no hospital. Esteve em coma durante uns tempos e acordou à pouco. – Disse Shizuna, por fim, retomando o fôlego.
Os olhos de Rima abriram-se e foi tomada por um turbilhão de emoções. Por um lado era muito bem-feita, por outro era o seu pai, que a havia criado.
- Queres que vamos contigo? – Pergunta Sasame.
- “Vamos”? – Diz Genji virando-se para a irmã, esta dá-lhe uma cotovelada e olha-o ameaçadoramente. – Pronto, já percebi. Queres que vamos contigo?
- Não. – Responde Rima.
- Eu vou. – Diz Shizuna.
- Deixa estar Shi, ajuda a Sasame e o irmão a instalarem-se. Eu vou sozinha. – E dizendo isto, vai para o hospital em passo largo.
- Vocês têm onde ficar? – Pergunta Shizuna, voltando-se para os dois irmãos.
- Não. Tens alguma sugestão? – Responde Sasame.
- Podem ir para a pensão onde a Rima está instalada, é barata e muito acolhedora.
- Por mim pode ser! Tens alguma coisa contra mano?
- Não.
Shizuna leva os dois irmãos à pensão enquanto conversa alegremente com Sasame, Genji olha a irmã com um olhar paternal e protector.
No hospital
Rima entrou no hospital com uma sensação estranha no estômago. Dirigiu-se à recepção e perguntou por Koromaru, a recepcionista informou-a que o seu pai havia feito um golpe bastante feio na cabeça e acabara por entrar em coma, após esta explicação indicou-lhe o quarto. Rima parou em frente à porta com a sua mão suspensa sobre a maçaneta, engoliu em seco e entrou no quarto.
O seu pai dormia, uma ligadura cobria grande parte da sua cabeça. Rima sorriu e aproximou-se do seu pai, olhando a expressão pacífica que lhe preenchia o rosto, subitamente este acorda, fitando Rima com os seus olhos verdes. Esta recua.
- Pai?
- Eu não sou o teu pai.
- Eu sei que estás desiludido por eu ter estudado às escondidas e me ter tornado Gennin, mas…
- Eu não sou o teu pai. – Corta Koromaru.
- Como assim? – Pergunta Rima confusa.
- Eu não sou o teu pai biológico. – Responde este, frio, os olhos de Rima abrem-se de espanto e cobre a boca com as mãos.
- Estás a mentir. Diz-me que não é verdade! – Diz Rima agarrando nas mãos do homem.
- O teu verdadeiro pai não sou eu, tu para mim eras apenas a vã recordação da mulher que amei e que me abandonou, deixando-te à minha responsabilidade. – Respondeu o homem libertando-se das mãos de Rima.
Rima recua até à porta, horrorizada com o que ouvia.
- Espera. – Diz o homem, Rima olha para ele. – A tua mãe não morreu.
- O-o que queres dizer com isso?
- Ela abandonou-te, ela ainda está viva. – Responde ele maldoso. Os olhos de Rima enchem-se de lágrimas e sai do quarto batendo com a porta. A kunoichi sai do hospital a correr e acaba por chocar com Sora.
- O que é que tens Rima? – Pergunta esta preocupada, Rima abraça-a e Sora, apesar de atrapalhada, abraça-a também. – Anda almoçar comigo. Vais te sentir melhor. – Rima fez que sim com a cabeça. E dirigiram-se à casa de Sora.
No Hospital
- Tu contaste-lhe! – Grita uma mulher de cabelo ruivo.
- É melhor tirares a peruca, ou ela não te vai reconhecer. Oh, espera! Ela não te conhece. – Troça Koromaru. A mulher tirou a peruca ruiva e jogou-a à cara do homem.
- Filho da P*t*! O nosso acordo não era este! Era para a criares até ela ter 18 anos! – Grita-lhe a mulher.
- Tu usaste-me, o que esperavas?
- Disseste que não havia problema! Que a ias criar como se fosse minha filha e tua.
- Mas ela não era minha filha. E eu só queria que gostasses de mim como gostavas do pai dela.
- Eu expliquei-te tudo, eras o meu melhor amigo!
- O melhor amigo que apenas servia para tu protegeres a gaiata de ter uma mãe e um pai. Em vez de ficares comigo e vivermos como um casal normal, deixaste-me e abandonaste a tua tão amada filha.
- Eu disse-te logo que não gostava de ti dessa forma!
- Pelos vistos, não sou o único de quem não gostas. – Respondeu um sorriso trocista.
A mulher não se deu ao trabalho de responder, começou a apertar o pescoço do homem, até este perder o sorriso trocista e começar a ficar sem ar. Nisto ouve-se a maçaneta a girar, e quando a enfermeira entrou no quarto já a mulher havia desaparecido, juntamente com a peruca. A enfermeira olha desconfiada para o homem que respirava com dificuldade.
Olhando para a janela o homem murmurou:
- Orihime…
Em Suna, noutro lugar
- Ele contou-lhe! Aquele cabr** de m*rd* contou-lhe! – Explodia a mulher que se chamava Orihime. - E agora mãe? Ela vai odiar-me!
- Tem calma, arranjaremos uma solução.
Fim
Que acham? ^^
Acho que já deu para perceber o que se passa.
Continua no próximo filler.