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O rapaz distraído arrumava o mapa na mochila, seguindo sempre atrás de Akari. Quando se volta para a frente, bate no braço estendido da jovem, impedindo-o de prosseguir.
Akari - Temos companhia. - Explica ela enquanto retira uma kunai.
Música
Akari lançou a kunai para o meio de uns arbustos e de lá apareceram dois vultos envolvidos em mantos negros. Acabavam de se revelar e já atacavam o duo de Konoha, Kadmos e Akari separaram-se e cada um ficou com um atacante. Sem ter conseguido livrar-se do peso da mochila, desviou-se com dificuldade dos primeiros pontapés de que foi alvo, até o oponente conseguir acertar com um Dinamic Entry mesmo no peito de Kadmos e o projectar vários metros para dentro da floresta.
Afastado da sua companheira de viagem o Gennin tentou levantar-se do chão. Contudo a pesada mochila enganchara-se nos destroços da árvore que parou a viagem de Kadmos e impedia-o de sair dali. Quando o oponente o voltou a encontrar, rapidamente fez alguns selos e quando Kadmos estava quase a conseguir partir as farpas de madeira que o prendiam, começou a ver-se noutro local.
O que era uma floresta densa, começava a ganhar um forte nevoeiro, que passados uns segundos desaparecia e mostrava uma sala rectangular. Todas as paredes de pedra, sem uma única janela e o rapaz estava ali sozinho.
Kadmos - Isto até o Kazumi reconhecia! Genjutsu, só pode. - Com um único selo e a concentrar uma grande quantidade de chakra fez o Genjutsu no Kai. A sala permaneceu intacta e a floresta teimava em não aparecer. -
Mais chakra - Repetiu o processo de concentrar o seu chakra, mas foi distraído a meio. As paredes laterais da sala começavam a mexer-se e o espaço diminuía rapidamente. Entrou em estado de pânico e começou a rolar pelo chão de pedra, bateu no que era suposto ser a parede e com a dor recuperou um pouco de calma - Baka! Baka! Concentra-te! É um Genjutsu! Kai!
Lentamente a floresta voltava... Durante o tempo do genjutsu, tinha sido preso e desarmado pelo seu adversário e estava a ser carregado às costas pelo mesmo. Enquanto era levado aos saltos, pelo vulto negro, baloçou-se no ombro do seu carregador e com o impulso deu uma forte joelhada no peito dele. Solto, mas ainda com as mãos presas, desequilibrou-se ao aterrar e procurou logo por algo que lhe conseguisse cortar as cordas.
Kadmos - Nada... Nada cortante ou que consiga danificar estas pu**s de cord...
O seu resmungo era parado por várias bolas de fogo, com origem num Housenka no Jutsu do adversário. Este último tentava aproximar-se dele, de maneira a não o ferir mas também não o deixar escapar. Lançava mais bolas de fogo à medida que Kadmos se desviava dos projécteis, parecia um sapo a saltar de um canto para o outro. Depressa a vegetação começou a ganhar uma cor diferente e pequenas labaredas ganhavam vida na relva e em pequenas árvores. Assustado com a possibilidade de um grande incêndio e encurralado por não poder usar os braços, correu como um doido pela floresta. Shurikens passavam rentes ao seu corpo, mas mais uma vez o corpo magrinho de Kadmos o safava de levar cortes desnecessários.
Continuou a correr até encontrar uma árvore imponente, concentrou chakra e esperando que o seu perseguidor não o estivesse a ver, usou o Kinobiri para subir até um ramo a seis metros do chão. Do cimo da árvore, viu algo negro a passar e deduziu ser o seu inimigo. Ficou quieto e esperou que ele se fosse embora, ao mesmo tempo esperava que ele não fosse como a forreta da sua sensei que depois de cada treino, recolhia todas as shurikens que encontrasse. Afinal, era a única hipotese do rapaz se libertar das cordas, era usar a shuriken enterrada no tronco da árvore dois metros abaixo do seu ramo. Preparou o Kinobiri mais uma vez e quando o manto negro decidiu sair dali, o rapaz avançou. Mal pôs as cordas em volta do metal afiado, um Endan veio e acertou mesmo atrás das costas.
Apesar de não ser um impacto directo, o dano estava feito. O calor do jutsu e a força da explosão, queimaram e projectaram Kadmos, respectivamente. Ia agora em queda livre contra o chão, quando o manto negro que antes tinha visto se abria e mostrava o seu interior. Um corpo de madeira era revelado e o que ele pensara ser o seu oponente, era apenas uma marioneta! A arma controlada por uma mão do oponente, retirava uma lâmina brilhante do braço e apontava-a a Kadmos.
Kadmos -
É agora... Adeus Miu-sensei... Adeus Yoh-sempai... Adeus Maiko-san e Kazumi-kun, foram uns oponentes duros de roer seus sacanas... Adeus mundo cruel! - Imaginava-se já empalado pela espada, quando ao ver-se a desistir sem lutar pela sua sobrevivência, rodou o corpo de tal forma que apenas sofria um corte um pouco profundo na perna esquerda.
Caído, com as costas a darem-lhe um ardor intenso e a ferida da perna a começar a doer-lhe, Kadmos via a Marioneta a apontar-lhe a lâmina ao peito. Entretanto o rapaz que agora não tinha o manto, aproximava-se para ir buscar Kadmos.
Kadmos -
Ao peito? Ninguém aponta a espada ao peito do seu oponente, a não ser que não o queiram matar. - Um flashback do que se acabara de passar corria na sua cabeça e ele via como a espada empunhada pela marioneta era rapidamente deslocada para lhe apenas cortar a perna. -
O genjutsu, o prender-me, agora as feridas com que apenas me quer imobilizar... Não sei o que queres, mas matar-me não é a tua missão. Será... Não! Não me digam que vão atrás de Akari-chan!Movido não pela sua situação, mas pela preocupação no estado da Chuunin que viajava com ele, num movimento rápido levantou os braços! Ao mesmo tempo, tirava a lâmina que lhe tocava no peito, como cortou levemente as cordas que o impediam de lutar. Com um esforço de força, acabou por conseguir quebrá-las e com um movimento da perna esquerda desviava para longe os braços da marioneta. Ainda deitado de costas no chão e com o seu alvo parado a olhar, fazia selos curtos e rápidos. Água começava a ser drenada das plantas das redondezas e formava-se uma bolha enorme à frente do Gennin.
Tentando impedir a formação de qualquer jutsu que aquilo fosse, o rapaz loiro lançava a marioneta contra a bola de água, apenas para a ver separar-se e depois juntar-se, tudo a custo de chakra de Kadmos. O Gennin levantou-se apoiado à àrvore e com novos selos invocou dois clones de água. A formação dos clones esgotara aquela pequena reserva do liquido transparente e enquanto um deles corria na direcção do alvo de carne e osso, outro fazia um combo de Taijutsu na marioneta, acabando por a partir no chão.
O loiro, estupefacto por numa questão de segundos perder a sua arma, fazia selos desleixados e lançava um Goukakyuu a "meia-potência". O clone que o ia atacar, acaba por levar com o jutsu, mas quando a poeira e o vapor de água assentam, revela-se um Kadmos a finalizar um Suiton: Hahonryu! Esferas de água eram lançadas a grande velocidade contra o peito do oponente, atingindo-o com a fúria que Kadmos tinha por aqueles dois desconhecidos lhe estarem a fazer aquilo sem razão aparente. Lançara o oponente contra uma árvore e com mais uns ataques, a pressão das bolas de água acabara por pô-lo inconsciente.
Com o seu chakra gasto, as dores das suas feridas a percorrerem com mais força o seu corpo e a sua mente a vaguear pela floresta à procura de algum som ou algum sinal de vida de Akari, o rapaz de Konoha acaba por desmaiar naquele campo de batalha.
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Treino mesmo... Blargh!
Cumps