Kumogakure no Sato
Kiba abria lentamente os olhos, e já via múltiplas cabeças ao “fundo” da sua cama. Tentou estender a mão para sair da cama, mas esta ainda estava muito durido do grande golpe que havia sofrido.
- Cuidado Kiba! Não mexa muito a mão, senão a ferida que aqui o seu colega lhe fez não sara tão depressa. – diz uma mulher vestida com uma capa branca, que envolvia a sua mão numa aura verde e passava pelas feridas de Kiba vezes sem conta.
- Desculpa lá Kiba… eheh. – dizia Broly, que também estava noutra cama do hospital, mas sentado e com um aspecto muito mais saudável que o Jounin de Sunagakure. – Não te irrites muito, eu até te arranjei a espada e tudo! – diz ele, atirando a Zanpakutou que se encontrava ao seu lado. Kiba apanhou-a com a outra mão, e com o aceno da mulher de branco (sinal de aprovação, levantou-se da cama.
- Ohayo. – disse Kiba muito inocente, e com uma cara muito pacífica. Uma pequena palavra despoletou imensas gargalhadas. Gargalhadas essas que ainda duraram alguns segundos, até serem interrompidas por Kiba. – Parabéns! – diz o ruivo estendendo a mão. O de madeixas grisalhas sorri e aperta-a. Kiba guincha de dor – Ah, porra! Esta é a ferida!
- Gomen, gomen! – diz Broly bufando para mão de Kiba.
- Isso não está a arder. – diz o ruivo, enquanto uma gota de suor desce pela sua testa. A enfermeira concentrou novamente algum chakra e a ferida, apesar de dorida, já não se notava tanto.
- Bem, e que tal irmos, não?
- Vamos, vamos. Deixa-me só dar-te uma coisa Kiba. – diz Hankei, tirando a mochila das suas cavalitas e abrindo-a lentamente. De lá, tirou duas luvas, mais conhecidas como “aquecedoras de braços”. – Pronto, toma.. – Kiba ficou surpreendido, mas calçou-as. Elas eram compridas, chegavam quase ao cotovelo.
- Agora explica-me para que é isto… - diz Kiba com cara de estúpido a olhar para as luvas. Hankei sorriu, e retirou de uma kunai, tentando, com bastante força, espetar nos braços e na parte de trás das mãos de Kiba. O Jounin de Suna ficou, à primeira, aterrorizado (por estar magoado de uma mão, e mesmo assim, a sua amiga lhe estar a tentar espetar uma kunai na mesma) mas depois, surpreendido por nada ter acontecido. As luvas estavam intactas e nem um pequeno rasgão tinham.
- Agora podemos ir? – diz Saisei, já com pinta de quem estava a apanhar uma grande seca.
- Hai, hai.
- Broly, foi um prazer lutar contigo. Havemos de nos encontrar um dia. – diz o rapaz ruivo, sorrindo para Broly, e expandindo o seu chakra para “chamar a atenção”. Broly fez o mesmo, e ambos se partiram a rir. – Vá, até um dia! Obrigado por tudo, Sra. Enfermeira. – diz Kiba deixando a sala, atrás dos seus colegas de equipa.
Assinaram os papéis devidos perto do portão de Kumogakure, e saíram, em direcção a Suna. Aati fez o mesmo, e fez um pequeno dragão de argila que se expandiu com um selo do membro mais novo da Masoku.
Demoraram cerca de 5 horas, com duas pausas para paparicar alguma coisa, a chegar à cidade do clã Saitobi.
Cidade do clã Saitobi
- Kiba-san! Como correu tudo!? – diz um dos guardas, curioso.
- Conheci e combati grandes shinobis, cheguei à final. E perdi, e tenho orgulho. Prefiro perder com fortes do que ganhar a fracos! – diz Kiba, falando com um ar sério.
- Parabéns na mesma, aposto que estiveste muito bem!
Kiba acenou e fez um Shunshin acompanhando os shinobis da sua equipa, que já se haviam adiantado devido à conversa.
Em poucos minutos chegaram ao templo, e foram logo ter com Uran e Kaiousei. Todos se cumprimentaram e ficaram em silêncio… silêncio esse que foi quebrado por Uran.
- Kiba… é bom que te prepares. – diz Uran, fazendo uma breve pausa. Quando Kiba ia a começar a sua pergunta mais óbvia (porquê), esta interrompeu. – Vais começar novamente com treinos intensivos. Mas desta vez… tudo muito mais organizado. Vais ter uma espécie de horário. Vai haver poucos combates entre vocês e vais ter treinos específicos. Precisamos de ti ao máximo… para libertares o próximo estado da tua espada.
- Isso faz-me lembrar os tempos da academia. Era tão seca… mas ao menos isto é prático, nada teórico. Enfim… mas, espera, próximo estado? – diz Kiba com uma cara confusa.
- Hai. A tua espada, e as nossas. – diz a anciã olhando para Kaiousei – têm, não dois, mas sim três níveis. O terceiro é um nível muito elevado, requer bastante controlo em si e apenas pode ser executado em último caso e, claro, nos treinos com supervisão dos anciãos. Porque, quando acabas de usar o terceiro nível, as tuas reservas de chakra esgotam-se e tens que ser assistido rapidamente. E tenho uma coisa para te mostrar. – diz Uran, retirando um pergaminho de uma pequena caixa. – a tua mãe mandou-nos isto, hoje e... eu queria que o lesses – Kiba pega naquilo, e começa a ler:
“Queridos Uran e Kaiousei,
É com enorme prazer que vos informo que, eu, o meu pai e um membro do clã Kajuimamoto, já vosso conhecido mas que foi mantido em segredo pela sociedade, para bem de todos, vamos passar aí uns dias, até o Kiba completar o seu treino.
Como pediste, o meu pai vai ensinar tudo o que sabe ao Kiba, em termos de Genjutsu do Kokoro o Yomu. Eu vou ensinar-lhe alguns Ninjutsus… e o nosso conhecido, vai-lhe ensinar algumas artes das iguanas, com a ajuda do meu pai.
Em breve chegaremos e acredito que nos receberás com um grande abraço.
Beijinhos e cumprimentos,
Kajuimamoto Shibisata.”
- “Nani… membro mantido em segredo?” Muito bem… assim até é melhor para mim, porque posso ser chamado pelo Kazekage a algum serviço por Suna. – reflecte Kiba, olhando para os colegas como quem diz “missões, missões, missões”.
- Verdade, mas não te esqueças que vais ter treinos bastante duros.
- Tudo bem, tudo bem!
Konohagakure
- Kira… lembraste de mim? – pergunta Shibisata, muito inocentemente.
- Lembro. Se bem que preferia não lembrar mas… enfim. – diz um rapaz ruivo, com uma espécie de máscara.
- Eu não quero que tu fiques zangado. Fiz o que tinha de fazer, e tu sabes disso. Aliás, o meu pai cuidou bem de ti, tal como o meu irmão. Sinto o teu chakra a rondar a casa, és forte e não duvido que estejas à altura de quem te quero apresentar.
- Eu sei quem é que tu me queres apresentar. Eu sei tudo, tudo… sobre ele. – diz Kira com um olhar bastante triste. – não te preocupes, não tenho intenções de o matar… acho eu.
- Não consegues. – diz Shibisata, mexendo na sua Chokuto.
- Ahah! Isso é o que tu, e provavelmente ele pensam.
- Lá está… a vossa diferença. Ele não subestima qualquer adversário… apesar de, em certos combates, seja necessária pressão psicológica. Eu sei que tu não és uma má pessoa… estás numa fase, como ele esteve quando vários entes queridos dele partiram.
- A única que partiste foste tu.
- Tu sabes as razões e sei que vais mudar. – diz a mulher, desaparecendo.
- “Tudo depende do Kiba.” – diz o shinobi ruivo, começando a andar em direcção ao seu quarto.
Cidade do clã Saitobi
- Prepara-te Kiba, amanhã começam os treinos!
- Yosh! – diz Kiba, fechando o punho e estendendo-o no ar. – “Estou tão diferente.”