Este filler tem lugar depois do Treino da Lei nº 4
Sempre a Verdade
O seu corpo estava a tremer, tinha um olho aberto e outro semi-serrado e negro. O corpo de Sora em comparação ao de Manel dava a ideia de que tinha sido uma batalha fácil, mas pelo contrário…
-Sora, diz-me. O que se passa? O que aconteceu entre nós…? Eu…, eu gostava de ti e tu “apunhalaste-me nas costas”…
-…-Sora reflectiu sobre o que Manel dissera - Não tive escolha, eu tenho uma família…
-E o que é que isso tem a ver? Foi a tua família que te mandou matares-me!?... –Disse Manel, num tom de duvida e sarcasmo.
-Não… mas se não o fizesse, pelo menos não da maneira certa, eles morreriam.
-Como assim, morreriam? Estas a ser obrigada? O facto de me teres conhecido foi uma fachada para me matares?
-Sim… -Disse Sora, piscando os olhos, com alguma dificuldade no negro. – Mas há razões maiores… eu tinha uma vida antigamente, vivia numa Vila feliz no norte, e o meu dia-a-dia era normal, nem sequer era uma Kunoichi. Mas um dia, eles chegaram… e de um dia para o outro vi-me presa numa cela, juntamente com toda a minha família. Todas as pessoas da vila já morreram agora.
-Eles quem?
-Um grupo de shinobis. Nunca ninguém lhes viu a cara sem ser eu. -Disse Sora.
-Se isso fosse verdade, já estavas morta também, não serias a única a sobreviver… -Disse Manel, pensado no que disse ao mesmo tempo.
-Não fui a única, pouparam-me a mim e á minha família, e depois usaram-na como garantia.
-Garantia do quê? - Perguntou Manel.
-Garantia que cumpria a minha missão. Eles escolheram-me para que fosse a sua estafeta, para que cumprisse o seu trabalho sujo. De alguma forma, eles tinha medo de entrar em Kumo. Eles treinaram-me, chicoteavam-me se eu parasse e depois de um ano dessa tortura, enviaram-me para Kumo com uma missão, estudar-te. Eles queriam algo de ti, algo que eles podiam utilizar… Por isso, procurei-te por todo o lado e não conseguia encontrar-te. Mas consegui arranjar alarido suficiente com aquele assalto para te chamar a atenção. Sabia que vinhas atrás de mim, fui treinada para te perceber, depois foi só uma questão de tempo para te levar até te analisar.
-Analisar? Como assim?
-Depois de me teres apanhado, eu pus-te inconsciente e levei-te para um esconderijo. Lá estudei a tua estrutura física, mas a única coisa que não consegui decifrar foi o teu ADN. O computador não o conseguia analisar, por isso pensava que iam matar a minha família, quando descobriram que não consegui analisar o teu ADN.
-E a Cela, para que foi isso? – Disse Manel ficando cada vez mais agressivo.
-Para te testar… Um quebra cabeças para tu decifrares mas isso não sei para que foi…
Já me lembro… o sonho, a comichão no braço foi do tranquilizante, e sonhei comigo deitado numa mesa de metal, não deve ter sido um sonho…-Mas agora já acabou… Falhei na missão mais importante, e agora vão me matar… mas a minha família vai ficar em segurança, o chefe deles disse-me. –Disse, sorrindo com aqueles lábios feridos.
Pensando na situação de Sora, Manel disse:
-Isto não tem de ser assim… Para que fizeste isto!? Vieste para uma Vila, pedias ajuda a Elites ou ANBUS, ou ao Raikage, todos te protegeriam. Já estava livre daquel…
Manel calou-se ao ver Sora abrir o fecho do casaco e a revelar uma camisa de kibaku fuudas. Manel ficou assustado.
-O que..
-Como vês, não vim bem livre, eles controlavam todos os meus passos e sabiam exactamente onde eu estava… podia morrer se não fizesse o que eles queriam. –Tirou um telemóvel do bolso preso com um fio a um caderno com a capa gasta e rasgada.
-E agora, como eu sei que a minha família vai ficar bem, posso morrer descansada…
Manel estava chocado e quase a chorar, estava prestes a ver uma pessoa a cometer suicídio por não ter escolha.
-Não tem de ser assim! –E dito isto, avançou para perto de Sora, mas depois, fui elevado no ar com uma mina de impulso de Sora. Manel foi lançado muito alto no céu, conseguia ver Kumogakure, todos os sítios e ruas. Estava prestes a perder a consciência, e os ouvidos doíam-lhe mais do que nunca. Mas depois, tudo á sua volta escureceu, viu num piscar de olhos, Sora, parada em pé, a olhar para ele, e depois, tudo aclarou. Estava a olhar para o céu… a partir do terraço. Estava deitado onde Sora estava deitada, ao lado da cratera da mina de impulso. No céu, podia ver Sora contorcida, a endireitar-se e a esticar os braços, viu os seus dedos a fazer um selo, e começou a chorar, sabia o que significava. Sora explodiu, Manel perdeu-a numa nuvem de fogo e fumo. A explosão ouviu-se em toda a Kumogakure. Se a explosão tivesse sido no terraço, o edifico teria desabado e esmagado várias casas e matado várias pessoas.
Ela morreu, por minha causa… Ela teria sobrevivido se eu não existisse, ela foi enviada para me matar e por não ter coragem de o conseguir, morreu. Ela salvou-me, impedidndo que morresse. Ela era tão boa pessoa, e morreu por causa da cobardia de uns estupores numa tentativa merd@$a de me matar. Eu… amava-a. E ela morreu por minha causa. Não quero que mais pessoas que eu estimo morram, apenas por estarmos num mundo de psicopatas e assassinos…Eu…queria…salvá-la.-Pensou, e foi fechando os olhos, antes de ficar inconsciente, viu Komuro a chegar e a pegá-lo pelos braços, e depois, tudo ficou escuro.
7:30 – Hospital de Kumo—2 dias depois
Acordou, e a primeira coisa que viu foi uma parede branca e desgastada. Depois, ouviu um bip contínuo, e apercebeu-se que estava num Hospital. Ouviu um ressonar, estava, ao seu lado, um velho deitado numa cama, com as costas encostadas ás da cama, e com um livro por cima da cabeça. Levantou-se, fechou as cortinas e fechou as persianas até a meio, deixando entrar pequenos raios de sol, em forma de barras na horizontal. Também ele encostou as costas á da cama. Ainda não tinha superado o choque de á 2 dias, mesmo apesar de estar a dormir desde então, um sono cheio de pesadelos de explosões e de Sora. Olhou para a esquerda, estava uma pilha de cartões de melhoras e flores no chão. Parou um pouco, a olhar para o tecto, e depois levantou-se. Foi procurar ao armário da sala onde estava as suas coisas, tirou de lá a roupa, mas quando puxou o casaco, caiu de lá um telemóvel e um caderno, os de Sora. Olhou uma vez para os objectos, e deu um passo no sentido contrário, mas depois, olhou uma 2ª vez, e decidiu ir vê-los. Estava tudo silencioso, e o velho parara de ressonar, podia vê-los em paz. Sentou-se na cama e fechou as cortinas. A primeira coisa que fez abrir o caderno. Lá dentro, estavam milhares de entradas sobre os dias de Sora. Elas paravam no dia 31, e recomeçavam no dia 8 do mês seguinte:
Dia 8
Consegui ter-te de volta, querido diário. Nem sabes o quanto sofri nos últimos dias… Toda a gente morreu, mas ainda tenho os pais e as minhas irmãs. Estou com medo…Manel foi passando as páginas até encontrar a ultima Entrada:
Hoje vou capturá-lo… Mas penso que não vou conseguir… ele é tão bom rapaz, tão inocente, não faz ideia do que se está a passar… Devias ver a cara dele quando me viu na sua casa, … depois disso, fiquei com vontade de chorar, mas já recebi a ameaça, se não o fizer… eles matam-me.Ficou com um nó no estômago ao ler aquilo. No outro lado da página, estavam umas folhas amarelas, cheias de letras e rabiscos. As folhas eram sobre a sua missão, e falavam do que tinha de fazer e a que horas… Mas uma parte das folhas estavam queimadas, mas ainda se conseguiam perceber algumas letras:
ele é o Canal… tens de o trazer a nós… Estariam essas palavras a falar de Manel, ou de outra pessoas qualquer? Manel matutava nisso e perguntava-se a si próprio o que seria o Canal, mas não leu mais. Depois, abriu o telemóvel e viu os voicemails. Decidiu ouvir o ultimo:
“Não admito que falhes mais, falhas mais uma vez, eu mato-te. Tem-lo na mão, por isso não o deixes escapar, não nos estragues isto. Só tens de trazê-lo, se não nós matamos-te! E como aceitaste a missão, em troca, não matamos os teus pais como prometido, apenas trá-lo cá vivo.” Depois de o ouvir, apanhou um grande susto, o telemóvel tocou. Manel deixou-o tocar, até ir para a voicemail e depois ouviu a mensagem enquanto ela estava ser gravada:
“Não atendes, hum? Sabes, não consegues fugir de nós, não por muito tempo, nem por nos ignorares. Não o trouxeste e fugiste, isso foi uma jogada parva…**ouve-se um barulho de lamina** e isso acabou de custar a vida da tua família.” Manel começou a chorar, Sora morreu com certeza de que a sua família viveria, com a certeza de que eles iriam ficar bem, mas mentiram-lhe.
Manel leu as entradas do diário de Sora a manhã toda, já era meio-dia.
Chegara agora a uma página que continha 5 regras, as do seu clã, estavam lá escritas mais de 100, e todas tinham escrito ao lado e a verde "cumprida" excepto uma, a Lei nº 5: Sempre a Verdade. Manel agarrou numa caneta e escreveu "Cumprida", em honra de Sora, hoje, ela tinha dito a verdade, contando a Manel tudo sobre a missão. Depoi de o fazer, sentiu-se bem, como se tivesse feito Sora descançar em paz.
Depois, andou com s páginas até encontrar uma entrada sublinhada:
IMPORTANTE
Descobri o nome do chefe… ele não sabe, mas eu ouvi, ele chama-se Haku Manel agarrou o lençol da cama com toda a força. Haku, a pessoa que apenas vira uma vez mas que o tentaram sempre raptar, tinha acabado de matar uma amiga sua. Ao ler aquilo, vestiu-se e levantou-se, e saiu a correr do hospital, saltando de uma janela no fim do corredor. Não sabia onde eles estavam, nem se eram muito fortes, apenas sabia, que ia atrás deles.