Filler 4 – “Reecontro com Ayame”
Nagatsu acordou para mais um dia do seu caminho ninja em Kumogakure no Sato. A Vila Oculta da Nuvem. Vestiu a sua roupa e colocou a hitayate ao pescoço. Saiu com um propósito em mente. Caminhou pela vila até ao outro lado. Chegou perto de um edificio que já conhecia e bateu à porta. Ouviu o trinco a rodar e a porta abriu-se. Uma senhora com perto de um metro e setenta apareceu, usava um avental branco e vermelho escondendo-lhe o resto da roupa, mas fazendo notar a camisola rosa. Os seus cabelos eram castanhos e chegavam-lhe aos ombros. A sua cara estava apática e por momentos Nagatsu duvidou se perguntava ou não.
“Diz lá rapazinho?”, perguntou a mulher a sorrir.
“O… Olá, eu queria falar com a Ayame-chan, ela está?”
“Está sim, queres entrar?”
“Não obrigado, podia chamá-la por favor?”
“Claro.”, disse a mulher com um novo sorriso. Desencostou a cabeça da porta e mergulhou dentro da casa. Nagatsu conseguiu ouvir na mesma. "Ayame, está aqui um rapazinho todo jeitoso à tua procura, é o teu namorado?”
“Mãe.”, respondeu Ayame embaraçada. A rapariga apareceu de rompante e corou ainda mais quando viu Nagatsu à sua porta. Ela não sentia nada por ele, mas mesmo assim ficava embaraçada com o que o rapaz lhe tinha dito há uns dias.
“Olá Ayame.”
“Olá Nagatsu, então tudo bem?”
“Sim, queria-te pedir um favor.”
“Sou toda ouvidos.”
“Lembras-te da missão.”, não esperou pela resposta. “Vi-te lutar com a ajuda da tua marioneta, estava a pensar em adquirir uma também.”
“Oh… Que boa ideia, ia a caminho da minha oficina de marionetas, queres vir comigo e escolheres uma.”
“Isso é um convite?”
“Nagatsu, já falamos disso.”
“Desculpa estava a ser parvo.”
Assim que chegaram à oficina, Ayame entregou-lhe uma espécie de catálogo. Nagatsu foi-se entretendo a folhear as páginas com as imagens, enquanto a rapariga preparava algumas coisas. Ao folhear reparava nas junções e articulações, ia percebendo como funcionavam e como as montavam. Chegou à última página. Não econtrou nenhuma que gostasse a um preço razoável. Todas as que achou divinais tinham um preço elevadissimo.
Ayame parou o que estava a fazer e olhou para Nagatsu que estava por ali sentado.
“Então já escolheste?”
“Não, são todas muito caras, preciso de algo barato, e para ser sincero nenhuma me agradou.”
“Oh, percebo que queiras uma especial, eu também não gosto de nenhuma foi por isso que fiz a minha própria marioneta.”
“Interessante, achas que posso fazer a minha também?”
“Acho que sim.”
“Estava a pensar num corvo por aí com os seus 50 centimetros, que atirassem senbous pela boca.”
“Humm, é uma ideia interessante, futuramente poderias adicionar mais armas escondidas e seria uma bela arma.”
“Era mesmo isso que queria.”
“Então vem comigo, vamos à floresta buscar um bocado de madeira para criares a marioneta. Madeira da boa se é que me percebes.”