Fomos atirados para uma cela coberta pela humidade e musgo que enfeitava as paredes de um verde enfadonho. A luminosidade era reduzida e apenas se viam o escasso brilhar do metal das grades à nossa frente, o silêncio era geral, apenas se ouvia a respiração ofegante de alguém por entre a escuridão.
- Está aí alguém? – Perguntou Cuh Eka na escuridão, mas não obteve resposta. – Ei, eu consigo ouvi-lo a respirar, sei que está aí alguém. – De súbito, todo o espaço foi iluminado, revelando um amplo corredor de celas, todas elas ocupadas por 2 ou 3 homens, todos eles magros e com aspecto cansado.
- Mas que raio andam a fazer com estes homens? – Perguntei estupefacto, parecia que haviam sido submetidos a terríveis torturas tal não era o seu aspecto desgastado.
- Sexo… - Olhamos para um canto da cela, um homem de barbas brancas compridas encontrava-se lá sentado, com os joelhos junto ao peito e o queixo apoiado nos mesmo, nem havíamos dado pela sua presença, oculto na escuridão, ali permanecia, baloiçando para a frente e para trás.
- Sexo? Onde é que me inscrevo? – Perguntou Cuh Eka de imediato, entusiasmado com a ideia.
- Pensam que estou a brincar? Pois enganam-se. – A voz do homem era fraca e cada frase era intervalada por ataques de tosse. – Estas mulheres são terríveis, ela obrigam-nos a fazer coisas que vocês nem imaginam, somos tratados abaixo de cão. – Tremia-lhe a voz a cada palavra, o que andariam estas mulheres a fazer?
A porta ao fundo do corredor abriu-se, uma das mulheres mais belas que alguma vez havia visto entrou por ela, aliás, tirando a líder, todas as mulheres era detentoras de uma beleza incrível. Trazia consigo um tabuleiro cheio de pequenos frascos de plástico, assemelhavam-se aos fracos de comprimidos dados nos hospitais e outro conjunto de fracos vazios dentro de sacos de plástico.
- Está na hora dos doces seus vermes. – A mulher ia distribuindo um par de frascos a cada um dos homens, que se aproximavam das grades para os receber e de imediato recolhiam a um dos cantos da cela. A mulher chegou finalmente à nossa cela, e verificou que não havia feito conta connosco.
- Não tenho rebuçados para vocês, homens… só dão é trabalho. – Entregou o último frasco ao nosso companheiro de cela e voltou a sair pela mesma porta, provavelmente ia buscar o nosso conjunto de comprimidos.
- Para que servem esses comprimidos? – Perguntou Ankuko aproximando-se do homem.
- Este vermelho é um suplemento de adrenalina, o azul é viagra, o branco é um induzidor de pânico e o outro branco maior é um calmante. – Respondeu o homem tomando os 4 de uma vez.
- E para que raio vos dão esses comprimidos todos? – Perguntei curioso com aquele cocktail medicinal.
- Primeiro a adrenalina começa a fazer efeito, ficamos irrequietos e hiperactivos, a seguir segue-se o viagra que faz praticamente o mesmo efeito, após estes 2 terem feito o seu efeito, actua o induzidor de pânico que permite às mulheres controlar-nos através do medo e por ultimo os calmantes que nos colocam neste estado vegetativo em que nos encontramos.
A porta voltou a abrir-se interrompendo o homem que se calou de imediato e se encolheu de novo no seu canto. A mesma mulher trazia agora mais 3 pares de frascos, 1 para cada um de nós.
- Tomem. – Atirou os frascos para dentro da cela com desprezo e virou-nos costas imediatamente.
- Ficas tão bem de costas. – Cuh Eka não resistiu mandar um piropo ás nádegas firmes e delineadas da mulher. Esta voltou-se imediatamente e aproximou-se da cela. – Também não ficas nada mal de frente.
- Achas-te muito engraçado não achas? – A mulher aproximou a cara ás grades.
- Não me digas que me vais dar um beijinho. – Disse Cuh Eka, rindo-se, mas rapidamente parou de se rir ao ser atingido por um escarro em cheio na testa.
- Porca do caralho. – Respondeu Cuh Eka entre dentes.
- Logo verás quem é a porca, não esperas pela demora. – Dito isto dirigiu-se até à saída fechando a porta com grande estrondo.
- Vaca de merda.
Olhei para os frascos, e perguntei-me para que serviria o frasco vazio.
- Ói, para que serve o frasco vazio? – Perguntei ao ar.
- Usa a tua imaginação. – Respondeu um homem na cela ao lado.
- Urina? – Perguntei.
- Mais abaixo… - Respondeu outro.
- Para que raio querem elas isso? – Questionei alarmado.
- Para testarem a tua fertilidade.
- . . .