- Citação :
- - Nani!? – uma parte do chakra concentrada no jutsu que fazia a sua pele ser envolta por uma camada mais dura que esta, faz com um portal de cristal se abra perante eles. Kiba despropositadamente tenta entrar nele, mas apenas conseguiu ver uma mulher jovem que estava com um ar um pouco surpreendido, mas fraco ao mesmo tempo. Apesar disso, esta mantinha uma mão esticada como se estivesse a parar Kiba, e realmente estava, não o permitindo entrar no portal. Sayure parecia estar com dificuldades em controlar Kiba mesmo assim. Um pequeno fio de sangue descia de ambos os seus olhos, cobertos pela escuridão. De subito uma enorme explosão de chakra abareu-se sobre a sala. Uma explosão bastante brilhante, que surprendeu todos.
- Argh! – grita Kiba de dor, depois de uma enorme explosão de chakra que até atravessou o portal. Uma enorme luz, branca e bela se abate sobre Kiba que começa a paralizar e seguidamente a ficar da cor da luz – mas o que… me está a acontecer? – diz Kiba cristalizado e partindo-se em mais de mil bocados.
O sol parecia subir a uma rapidez incrível, ou talvez fosse ao contrário… era um corpo que descia a uma velocidade incrível até ir ao encontro do areal daquele deserto, com grande impacto.
- “Onde estão todos?” – diz Kiba abrindo os olhos – “Onde estou?” – diz ele levantando-se lentamente e olhando à sua volta, não vendo ninguém nem nenhum oásis. Começou a andar lentamente em direcção a Suna, sentia-se dorido e mal conseguia andar devido a algumas tonturas. Ia olhando para todo o sitio por onde passava, mas não reconhecia algumas coisas como pequenas estacas ou árvores solitárias naqueles locais – “Onde estou?” – perguntava-se o ruivo a cada passo que dava. Ao longe conseguiu avistar os grandiosos portões de Suna, surpreendentemente menos gastos que da ultima vez que os viu. Entrou por estes mas foi interceptado por dois Chuunins.
- Quem és tu!? Não conheço a tua máscara de lado nenhum! – diz ele violentamente. Para surpresa de Kiba, este nunca tinha visto este shinobi na vila. Tinha uns quarenta e poucos anos e ostentava uma grande espada.
- Nani…? Sou o Kiba – diz Kiba ainda mais surpreso. Era bastante reconhecido naquela vila, sendo considerado um bocado prodígio e detentor da grande linhagem de Youton.
- Kiba!? Não conheço nenhum Kiba, apenas ouvi falar de um de Konoha!
- Então deixe-me apenas falar com Arashi-sama… - diz Kiba levando a mão à cabeça, com sinais de enxaqueca.
- Arashi…? Aquele putozito de nove anos, o prodígio? Porquê que queres falar com ele? - Kiba arregalou os olhos e ficou boquiaberto, mas tentou não disparatar.
- O quê? Estamos a falar do Kazekage, respeito. Deixe-me falar com o Gaara, então.
- Kaze…? Kazekage apenas há um, o nosso Quarto e acabou. E por alma de quem é que me estás a pedir autorização para falar com ele?! – diz o homem desembainhando a sua espada. Kiba não reagiu, e apenas respondeu.
- Porque sou um ANBU desta vila e quero falar com os meus superiores. E não me irrites, não quero ter de te passar por cima – diz o ANBU com as mãos nos bolsos e com os olhos a ficarem negros por detrás daquela quase impenetrável máscara. Não obteve resposta por parte do homem, apenas um ataque que defendeu com o braço. Kiba pouco se mexia, mas o homem tentava forçar a entrada da espada no ruivo – leva-me lá por favor – o homem ficou hesitante mas com uma cara de poucos amigos, lá cedeu.
- Tudo bem… vais lá ao Yondaime e falas com ele, mas vais acompanhado por nós os dois! – diz ele. Kiba sorriu ironicamente mas ainda bem que o homem não viu a sua face por trás daquela máscara.
Um pequeno rapaz de cabelo curto negro circulava pelas ruas até que dois shinobis vieram chamar por ele. Notoriamente mais velhos, mas pareciam ter bastante respeito por ele.
- Gaara-dono, há uma missão que precisa de bons ninjas… você foi chamado! – ao ouvir aquilo, Kiba ficou pasmado.
- “Nani… Gaara!? Tá bem que não existe só um Gaara mas… é tão parecido, e ainda por cima poderoso… O que se passa? Onde estou?” – questionava-se Kiba à medida que avançava para a mansão do Kage – “pelo menos aquilo não mudou, espero que isto tudo seja um mal entendido” – continuaram a andar, até que passaram por casa de Kiba e para surpresa deste, a sua mãe estava a sair de casa, a fechar a porta mais propriamente. Quando se voltou de frente para Kiba, este quase teve um ataque cardíaco. Shibisata estava com uma barriga enorme, grávida – Mãe!? O que se passa aqui?
- Quem és tu…? – perguntava ela como se nunca tivesse visto o rapaz na vida – Mãe? Porquê que me chamaste mãe?
- “Mas o que é que… se passa aqui?” – Kiba estava cada vez mais confuso. Shibisata abriu a porta novamente, como se se tivesse esquecido de algo mas apenas se limitou a chamar pelo seu amado.
- Hasseki! Chega aqui por favor…! – dizia ela para o corredor já conhecido do ANBU que vivera lá desde sempre. O homem desceu e pela primeira vez na sua vida, Kiba via o seu pai.
- “P-Pai…” – Kiba baixou a cabeça, retirou a máscara e olhou para ambos com os olhos completamente negros – notam alguma coisa?
- Ele é… ele é… tão parecido contigo…! – dizia Shibisata boquiaberta e chegando-se a Hasseki como se com medo estivesse – e ainda por cima – a mulher foi interrompida pelo portador do Youton.
- Ainda por cima tem o doujutsu do teu clã… como é que isto é possível!?
- Quem és tu caramba!? – perguntava o homem a entrar em transe e fitando o rapaz nos olhos, traçando-lhe também as semelhanças que tinha consigo próprio.
- Que nome pretendem dar ao vosso filho?
- Kiba – responde Shibisata. O ambiente estava a tornar-se um pouco hostil e ainda por cima, os Chuunins que ficaram de o levar a Gaara estavam agora a chegar.
- Eu… eu sou o Kiba. Sou o vosso filho… - diz ele deixando novamente os dois boquiabertos – Não sei o que se está a passar aqui. Mas só pode ser uma coisa… - Kiba voltou as costas e continuou com os dois Chuunins para a mansão do Kage.