Anteriormente...- Spoiler:
- Citação :
- -- ... ela encontra-se estavel e está a recuperar. O cristal que apanhava a sua mão direita esta a quebrar-se e em breve teremos mais noticias. – dizia Tsuma. Mantinha uma postura formal, mantendo uma mão atrás das costas, numa ligeira vénia, que deixava o seu longo cabelo ruivo soltar-se e tapar-lhe um pouco a cara.
-- Tsuma, á quanto tempo dizes isso? – questionava-se uma voz masculina num tom monotono.
-- Eu... Nós estamos a fazer todos os possiveis. – Dizia Tsuma esquivando o olhar o espelho. – Mas algo correu mal e com todos estes precauços ainda não tivemos...
-- Tiveste tempo de ires á procura dele? Mas o que te impede de ires? Agora, melhor que nunca é que o deves procurar. – O tom na voz masculina era suave mas agressivo. – Ouviste a sua voz, considera isso uma enorme ajuda. – continuava ele. – Saí da sala e reune a tua equipa. Saí de Iwagakure o maís rapidamente possivel...
(…)
Nalgum País Feudal Menor…
-- Aqui tambem não… - dizia Tsuma acabando de esmagar o ultimo guarda entre duas enormes raizes.
-- Já procuramos por seis países e ainda nada… Poucas pistas, nada relativo… - dizia Nadjia, uma bela mulher de longos cabelos castanhos e olhos sedutores. – Esteja onde ele estiver está bem escondido… aquele rato…
-- Não o substimes… Esse “rato” é o suficiente para magoar a tua linda pele… - dizia um homem quase todo tapado, aproximando-se de Nadjia. Usava uma faixa em frente aos seus olhos e um enorme lenço que lhe cobria a boca. Nadjia recou com nojo do homem.
-- Sechi larga o pobre homem. Já está morto desde á cinco minutos… Já podes parar de brincar com ele… - dizia Tsuma terrivelmente aborrecida.
Do outro lado do corredor encontrava-se uma figura toda encapussada, com uma enorme cauda de escorpião de metal a sair-lhe das costas com um homem trespassado no peito por ela. Sechi cortava-o lentamente com as suas duas enormes pinças. Quando ouviu a ordem de Tsuma puxou-o para fora da sua cauda com a pinça, acabando por lhe desmembrar o braço direito. O local daquela luta não era de todo agravavel. O sangue formava poças no chão, que alimentavam pequenas arvores que ali tinham sido criadas…
- Citação :
- -- Desculpe-me Arata-sama mas não posso permitir isso. Pense no seu clã, na sua familia. – dizia Denkou num tom quase mesericordioso e sereno.
-- É por eles que eu estou a pensar. Pela sua segurança. – dizia Arata.
-- Não posso deixa-la escapar... pelo menos sem a magoar. – dizia Denkou agarrando com mais força a sua katana.
(…)
– Desilusão... – disse Arata inspirando profundamente uma ultima vez. – Veremos qual a espada mais rapida... A sua ou a minha. – disse Arata. Os olhos de Denkou abriram-se rápidamente. Naquele instante todos se moviam em camara lenta. Todos menos Arata, que permanecia calma. Fez um selo tão rapido que praticamente nem se viu e bem por cima da cabeça de Denkou uma espada, bem decorada apareceu do nada. A mão de Denkou movimentava-se em direcção ao pescoço de Arata, mas aquela espada era mais rapida do que Denkou alguma vez vira. Retirou a sua katana do pescoço de Arata e num movimento rapido desviou-se da trajectória da espada. Esta cravou-se na sua omoplata, obrigando-o a recuar-se de Arata.
- Citação :
- Era como se Keitaso tivesse o triplo ou o quadruplo do peso de uma pessoa. Arata cuspiu sangue quando uma segunda mão lhe agarrava o pescoço, danificando a sua traqueia.
-- Dou-te os parabens. Tenho de usar dois de mim para te combater sua velha! – disse Keitaso com uns olhos pocessos de furia.
-- “Dois?!” – perguntava-se Arata, mas a sua resposta era-lhe agora respondida ao ver Keitaso a juntar as suas duas mãos originais e uma massa cor de carne começar-se a formar. Uma esfera deformada com dois braços que lhe agarravam o seu pescoço caia no chão, mas continuava a prende-la, e em breves instantes umas pernas ainda com ossos visiveis apoiava-se no solo. O tecto destruia-se sendo projectado para cima por culpa dos ventos fortes, mostrando o inicio da Noite e o fim do Dia. Aquela massa de carne soltava-se de Keitaso e este era projectado alguns metros para trás, mantendo-se contudo de pé. Aquela massa de carne e osso, rodeada de sangue começava a mutar-se e por fim um cranio era expulso, num acto vil e horrendo, rodeando-se rapidamente de musculo, pele e olhos e lábios. Era um segundo Keitaso. Não era um clone no termo figurativo. Era um clone bem real, de carne, osso e sangue, proveniente de Keitaso. Roupa começava a moldar-se á sua volta. Arata estava incredula para tal habilidade…
(…)
Hosshi! (Ossos) – disse finalmente. As mãos agarravam nos membros de Keitaso e quebravam-nos, como se simples e frageis galhos se tratassem. Keitaso contorcia-se de dor, mas mantinha um sorriso. (…)
Do solo, por baixo de Keitaso começava-se a formar uma mão, um pouco cadavérica, de longas unhas negras. Uma mão maior que Keitaso, que lentamente se fechava sobre o mesmo. Arata soltou o selo e aquela mão fechava-se em instantantes sobre Keitaso, puxando-o lentamente para o solo, mergulhando no mesmo, desaparecendo.
ActualmenteUma mão desastrada empurrava objectos e um tubo de ensaio pequeno, enquanto procurava por uma pequena lamela. De olho posto no seu microscópio Natsume investigava uma peculiar deformação de células de aspecto animal. As células multiplicavam-se a um ritmo estupidamente acelarado, mas a cada reprodução o seu nucleo desfazia-se.
-- Hmm Interessante. – pensava Natsume. Tirou o seu olho do microscópio e agarrou num pequeno molho de folhas, e começou a escrever algo nelas. Parecia interessada ao escrever aquilo, não reparando até que as células em estudo continuavam a duplicar-se, saindo já da lamela. Parou de escrever e olhou em volta. Estava tudo tão sossegado. Sem Tsuma a tratar das plantas e das suas longas e demoradas palestras sobre a vida vegetal, e sem Keitaso a entrar e a sair da sala, aborrecido com tudo, parecia que a Base tinha ficado mais silênciosa. Apesar de alguns gritos das experiencias em curso, e dos ocasionais ataques, nada parecia prencher a companhia daqueles dois.
-- BAH!!!!! – Disse Natsume bem alto. – Tenho de parar de pensar neles… tenho mais para me preocupar. – disse ela esboçando um ligeiro sorriso. Bateu com o molho de folhas sobre a mesa metálica, para acertar as folhas com as margens e colocou-as direitas na bem organizada secretária que ainda tinha a experiência a “mexer”.
Abriu a porta do laboratório. Passavam uns ninjas, com batas e mascaras brancas por ela, e tentaram não olhar directamente para ela. Não era algo invulgar dado o cargo de Natsume. Mas depois algo despertou a sua curiosidade.
-- Ouvi dizer que um dos comandantes morreu. – sussurou um para o outro. – Penso que fora o Keitaso-sama.
-- A sério? Logo eu que pensava que seria um dos ultimos a morrer… tu sabes, dado ás suas habilidades. – disse o outro. Natsume ficou espécada a olhar para os dois ninjas á medida que eles avançavam pelo corredor. Sem mover o olhar levou a sua mão ao cabo da sua espada, concentrou o chakra mais quente que conseguia e arremessara-a na direcção de um dos “médicos”. A espada trespassou o abdomem do homem com uma facilidade avassaladora, como se fosse manteiga. Depois com um movimento rápido surgiu lado a lado com o que se encontrava ainda bem. Agarrou o homem pelo colarinho, pressionando o pescoço. Erguia-o na parede enquanto o seu selo surgia na sua pele, e o seu olho esquerdo ficava negro, com a irís cinza-fogo.
-- Quem te contou isso?! – exclamou Natsume confusa e irritada. Ao faze-lo bateu com o pescoço do homem na parede. Este tossiu um pouco de sangue. Com dificuldade respondeu “Foi Desu-sama. Foi ele que me deu esta notícia á cerca de dois dias.” – disse ele.
-- “Desu… aquele canalha…” - Com uma força quase sobre-humana atirou o homem para longe dela. Agarrou no cabo da sua espada ainda quente e tirou-a do corpo do homem. Limpou a lámina com um movimento rápido e voltou a coloca-la na sua bainha. Sentia-se traida e confusa.
Percorreu o corredor sempre fazendo a mesma pergunta a todos os que via: “Keitaso está morto?!”. A resposta ou era afirmativa, o que levava a um golpe fisico intenso contra a parede mais proxima, ou de total desconhecimento, que levava tambem a um golpe fisico intenso contra a pessoa mais próxima.
-- “Keitaso morreu… Não, não pode… Os lideres não me contaram nada… Mas contaram ao Desu… será… Não, é impossivel. Estou a fazer um bom trabalho…” – um misto de pensamentos asolava Natsume. – “Tenho de contar á Tsuma… É o mais indicado”
Correu de volta ao laboratório. Lá dentro procurou por dois frascos que Tsuma tinha deixado para se fosse preciso enviar alguma mensagem. Um dos frascos tinha um pequeno brilho verde. O outro tinha um liquido verde-avermelhado. Sangue e chakra de Tsuma.
Natsume saíu do laboratório e entrou na estufa da segunda comandante. Parecia uma autêntica selva, e a entrada pela estufa provara ser algo muito mais complicado do que esperado. Finalmente aparecera o centro da estufa. Era claramente o sitio de descanço de Tsuma.
Natsume afastou algumas plantas do caminho, retirou alguns vasos e limpou o chão das folhas caidas com o pé. Revelava então umas linhas e kanjis escritos no solo. Natsume bateu com as mãos no solo e pilares de terra surgiram.
-- Bem vamos ver se isto resulta. – Esticou a mão revelando os dois tubos que recolhera e mais uma pequena injecção. – Tenho de tomar o antidoto logo em seguida. Não posso deixar o sangue venenoso da Tsuma correr muito pelo meu corpo.
Agarrou no frasco que tinha o chakra liquido de Tsuma e despejou-o no centro daquele circulo de kanjis. As palavras brilhavam e iluminavam a sala. Embebeu a ponta da kunai no sangue de Tsuma. Segurou a kunai com os dentes enquanto fazia selos.
-- “Kuchiyose no Jutsu” – disse ela enquanto formava os selos necessários. Terminada a sequência o brilho dos caracteres focou-se todo em Natsume. Arregaçou a manga e com a kunai embebida no sangue de Tsuma escreveu uma pequena mas importante mensagem. “Mataram o Keitaso! Os lideres ocultaram-me isso!”
O seu sangue escorria pelo seu braço. Espetou a agulha da injecção no seu braço logo em seguida, espalhando o antidoto pelo seu corpo.
-- Espero que isto resulte… É o mais rápido neste momento.
Algures no mundo Shinobi quatro ninjas descansavam numa grande pedra, que se situava numa longa pradaria. Tsuma lia um mapa tentando encontrar um próximo local para investigaram, quando pequenas gotas de sangue vermelho cairam no mapa. Em seguida uma dor alastrou-se pelo seu braço esquerdo.
Pequenos traços formavam-se, cortavam o seu braço. Cada traço envolto num sangue que não era o seu. A mensagem ia-se formando.
-- Mata…ram… o … Kei…ta…so… Não. – Disse Tsuma em choque. – Impossivel…
-- Keitaso morreu? Lorde Keitaso está morto? – disseram dois dos acompanhantes de Tsuma.
-- Sim… E os lideres esconderam isso de mim e da Natsume. – disse a bela mulher com uma pequena lagrima nos olhos. Conhecia Keitaso á anos, decadas. Naquela organização eram dos poucos que estavam ligados directamente a experiencias de Orochimaru. Era algo que sempre os mantivera unidos…
Tsuma fechou os olhos, tentando parar a dor e estancar a hemorragia usando o seu chakra. Uma lágrima caí no seu decote. Abriu os olhos de imediato.
-- Estou farta! – disse espantando todos. – Vou encontrar aquele homem nem que tenha de percorrer todas as plantas do globo. – Disse enfurecida. Começou a fazer selos e a libertar uma quantidade de chakra tão bruta e grotesca que se tornava visivel. Terminou os selos e bateu com as mãos no solo:
-- Mokuton: Shindai no Gaia (Cama de Gaia). – Tsuma enviava uma quantidade tão grande de chakra para o solo que este deformou, criava ondas e deformações na terra. Rapidamente arvores começavam a aparecer e a envolver o corpo de Tsuma. As arvores interligavam-se criando uma estranha e peculiar infrastrutura, semelhante a um templo natural.
-- Sou capaz de demorar algum tempo… Protegam-me. – disse Tsuma. Alguns troncos afunilavam-se criando o que parecia ser agulhas que se espetavam superficialmente na pele de Tsuma. Por detras do seu pescoço surgiu uma das maiores agulhas que espetou-se e cresceu unindo-se á pele de Tsuma. Um grito de dor ecoou pela planice. Os olhos de Tsuma ficavam profundamente verdes, iluminados por chakra.
Por toda a planicie e por daí em diante uma onda de chakra poderia ser sentida, e com essa onda uma suave brisa que agitava ao de leve as folhagens de todas as árvores.
-- E o que vão… vai… vão… hmm… desejar? – perguntou uma simpática rapariga.
-- Bem para começar um chá de camomila. Depois quero três
dangos e pode tambem trazer uma fatia do melhor bolo que tiver. – dizia uma velhota de uns sessenta anos com um amavel sorriso na cara.
-- E para… as outras pessoas? – perguntava a rapariga confusa, apontando a sua pequena caneta na direcção de mais três Aratas que se sentavam naquela mesa, naquele restaurante.
-- Já estamos atendidas. – disse uma das Aratas mostrando o mesmo sorriso.
-- Muito bem. Trago já tudo então. – disse a rapariga ainda confusa.
Assim que a rapariga se afastou as quatro Aratas debatiam algo. Em cima da mesa encontravam-se vários pergaminhos abertos, uns bem maiores que outros.
-- Bem como estava a dizer, acho que só pode ser ela…
-- Sim mas não faz sentido. Ninguem viveria tanto tempo…
-- Sim mas já viste as lendas?
-- E se analisarmos as informações que já obtivemos e com a deste comandante parece bater tudo certo…
-- É pena não termos um nome. Este parece estar selado em tudo o que é memoria…
As quatro Aratas ponderavam sobre o assunto. A rapariga aparecia trazendo o pedido e servindo todas as Aratas. Agradeceu e foi-se embora.
-- E em relação ao que tinha pensado? – continuou uma das Aratas.
-- Não vejo outra alternativa. O nosso corpo já está mais que saturado…
-- Mas… teremos de fazer uma troca. Sabemos como ele é.
-- Egoista, louco… mas sempre leal e nunca quebra a sua palavra.
-- Ele vai querer a vida de alguem em troca…
-- Ou de mais pessoas…
-- Tenho de pensar melhor sobre isso, mas está decidido. Podem ir. – disse Arata com um sorriso. Os clones acabaram de comer ou beber o que fora pedido e desapareceram numa nuvem de fumo e penas.
-- Uffa… estou cheia. – dizia Arata passando a mão sobre a barriga. – Agora só me resta combinar com ele. Só espero que ainda o encontre. – Puxou da sua tunica um pequeno pergaminho e invocou um pedaço de tecido vermelho. Parecia desgastado e velho. As letras do pergaminho estavam sujas, distorcidas com o tempo. Arata tentava ler melhor as letras.
-- Penso que seja este… Sim deve ser este. – disse esta com um sorriso. Invocou um pequeno pombo com uma marca preta no olho como se fosse uma luneta. Atou o pedaço de tecido á sua pata direita e afagou-lhe ao de leve a sua cabeça- Vaí lá meu querido. Força… - disse a anciã.
O pombo levantava vôo e desaparecia. Arata levantava e esticava o braço em direção á rapariga.
-- Olhe! A conta!! Se faz favor! – disse Arata. A rapariga acenou e entrou na cozinha para fazer as contas. Arata baixou os braços, mas ao faze-lo queixou-se das dores. – Bolas… arrebentei outra vez os pontos. – disse ela colocando a sua mão sobre a ferida ensaguentada.
Duas crianças fugiam apressadas de maos dadas. Ambos tinham menos de dez anos, ambos tinham acastanhado e olhos verdes. Uma era uma rapariga que usava uma tunica de Verão colorida com tons claros. O outro era um rapaz que calçava umas sandálias pretas e trajava-se de cores mais escuras.
Atrás deles ouvia-se os gritos de vários homens, e os horreres de várias mulheres pedindo ajuda.
Alguns metros atrás deles duas figuras apareciam. Um rapaz de cabelo curto ruivo que usava um longo casaco negro que revelava os seus peitorais e abdominais defenidos. Ao lado dele uma mulher que usava uma tunica azul e que parecia um pouco molhada. O cabelo azul, cobria-lhe um pouco o seu belo rosto. Caminhavam sem grandes pressas. Atrás deles um rasto de sangue e homens caídos. De uma das portas saía o que parecia ser um soldado com uma longa lança.
-- Se vais atacar suas majestades vais ter de passar primeiro por mim! – disse o homem tremendo como varas verdes.
As duas figuras entre-olharam-se e riram-se.
-- Então vai ser rápido! – disse ele rindo. As suas mãos ficavam negras e de subito vários pequenos orificios apareciam no corpo do homem. Dezenas de láminas trespassavam o homem e voltavam a recuar. Essas laminas eram os dedos daquele homem misterioso.
-- Desu despacha-te vá… daqui a pouco tenho de correr.
-- E eu sei como tu odeias correr. Não a iriei fazer perder tempo, “madame” – disse ele rindo. Juntou dois dedos e com um movimento rápido decapitou o guarda. – Bem agora é só… - Desu esquivou-se por pouco. Uma lamina negra quase que acertava na sua face, mas Desu conseguiu esquivar-se a tempo. Quando a lamina embateu na parede mais proxima, desaparecendo, fundindo-se com as sombras novamente. No fundo do corredor uma luz branca surgia. Uma esfera de luz que iluminava duas pequenas crianças. De subito essa esfera imitia o que parecia ser senbous de luz. A mulher que acompanhava Desu criou uma barreira de água que depressa parou os senbous.
-- Eles sabem controlar minimamente os seus poderes? – pensou alto Desu. – Interessante… - disse rindo.