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- Spoiler:
- Citação :
- “-- Bravo… – dizia Harumi. – Morte limpinha e golpe perfeito… Um dez em dez… - dizia ela sádicamente.
-- Já fiz mortes melhores. – dizia pensativo Desu. As suas mãos voltavam a sua cor carnea como era normal, e a neblina negra que circundava-o lentamente voltava a vesti-lo. – Deixo estes para ti? Ou preferes ir tu á procura dos putos?
Harumi mantinha-se pensativa por instantes.
-- Morte fria e sem lucro nenhum a não ser pelo gozo… ir á procura de putos ranhosos… hum… escolha dificil… - dizia ela colocando as duas mãos a baloiçar uma ao lado da outra como se fossem balanças. – Morte fria e sem lucro … - disse esboçando um sorriso doce para os guardas.
Estes tremiam bastantes. Confusos e sem saber recuavam o mais que podiam, afastando-se daqueles dois seres…
-- Perfeito. – disse Desu. Olhou para o seu lado direito de onde os seus olhos tinham visto algo a reluzir no mais perfeito branco.”
https://www.youtube.com/watch?v=M1tZ8-1pCAY&feature=related
Desu arrastava uma porta rasgada, abrindo caminho para a casa. Ao fundo ouviam-se os gritos dos soldados enquando Harumi começava a sua matança a sangue frio. Não seria dificil encontrar aqueles dois. Pequenas sombras mexiam-se, formando o que pareciam ser pequenas mãos diformes que tentavam agarrar a sombra de Desu sem sucesso. A acompanhar as sombras, a luz que algumas chamas debeis emanavam pareciam esticar-se, como se pequenas agulhas quisessem formar.
-- “Tenho de ter cuidado…” – pensava Desu. – “Seria o que uma pessoa normal diria” AHAHA! – ria ele um pouco maniacamente. – Sáiam de onde quer que estejam escondidos. – dizia Desu estiando a sua mão e cortando em cinco uma porta que dava entrada a uma divisoria muito bem arrumada. – Nada… - concluia ele. Deu um passo entrando na sala e algo captou a sua atenção. Permanceu imovel ouvindo tudo o que o rodeava. Um pequeno suspirar entrava pelo seu ouvido direito. A respiração ofegante pelo esquerdo. Apontou a sua mão direita para o chão, dividido em paineis quadrados perfeitamente alinhados de uma madeira clara, com um pequeno padrão estampado circular. A sua mão começava lentamente a ficar negra, e Desu permanecia em constante silêncio, apenas perturbado ocasionalmente pelo som abafado de Harumi a alguma distância de si. Dois dos seus dedos negros começavam a deformar-se, esticando e tornando-se mais afiados até que – o som rapido do ar a ser cortado era intercortado pelos dedos perturberantes de Desu no chão, cortando-o logo em seguida. Recuava os dedos e algumas gotas de sangue caiam. No solo podia-se ver um rato, ainda vivo a contorcer-se com dores. – Falso alarme. – disse ele suspirando. Subitamente uma dor lacerante atingiu-o na perna. Uma adaga negra estava bem cravada na sua perna, muito mais funda que outra arma similar áquela. E num movimento feroz a adaga afundava mais na carne de Desu, obrigando-o a lançar um rápido grito antes de a arrancar da sua perna, algo que não deveria ter feito. Ao faze-lo sentia o seu chakra lentamente a sair do seu corpo. Sentia? Não! Desu conseguia ver o seu chakra a sair do seu corpo, como se uma pequena neblina se tratasse, saindo do golpe causado pela adaga. Depois algo o alarmou. Um misto de luz e escuridão invadira as paredes daquela pequena sala. Uma parede coberta por sombras formando adagas e laminas negras; a outra incadescente como mil sois impedindo Desu de sair da sala. Sentia o seu chakra a sair do seu corpo e o seu casaco negro começava a desfragmentar-se no chão, com pesados bocados que caiam e desapareciam.
-- Não… - dizia Desu preocupado. Fechava os olhos tentando minimizar os riscos daquela luz e começava numa dança frenética com as suas “garras” por toda a sala. Sentia aquelas laminas negras nas pontas dos seus dedos, mas não as conseguia cortar, antes pelo contrário. Pareciam retirar-lhe o chakra a cada golpe que sofria nos seus dedos resistentes como diamante. Ofegante Desu levava as suas mãos – agora normais mas negras – á cabeça tapando os seus olhos e com um grito ofegante gritava por ajuda, por Harumi!
Podiam-se ouvir as laminas a moverem-se e Desu parecia imobilizado. Aquela luz não era normal… era… paralizante. Sem conseguir fugir da sala Desu desesperava até que tudo… ficou calmo, silêncioso. Uma suave mão erguia o queixo de Desu, enquanto outra puxava as suas mãos para longe dos seus olhos. Uma rapariga de cabelos loiros, quase brancos parecia aparecer á sua frente. Mas algo diferente acontecia com o seu corpo. Parecia encoberta pela neblina negra que rodeava Desu, e podiam-se ver promenores do seu casaco na sua pele, na sua anatomia. Olhava para Desu com um meigo e sereno, com brilhantes olhos claros. Parecia protege-lo no que parecia ser uma enorme esfera de fumo que começava a sofrer os danos das adagas que atravessavam-na, desaparecendo em sombra em seguida. Apesar de não estar a chorar, a sua expressão mostrava uma profunda dor. Desu agarrou na cara daquela “rapariga” com a sua mão, muito amavelmente. Parecia de certa forma emocionado, apesar de não estar a chorar ou mostrar emoções fortes.
-- Obrigado mana… - dizia Desu esboçando um leve sorriso. As adagas começavam a formar pequenos buracos naquela defesa e via-se a neblina a desaparecer muito rapidamente. O chakra que Desu perdia através da sua perna mostrava-se mais luminoso, parecendo fumo. Desu respirava fundo ignorando as adagas a entrarem pelo escudo quase a atingi-lo. Fechava os olhos e os seus braços começavam rapidamente a ficar negros até que por fim, Desu “quebrou”. Os seus olhos viravam brancos, o seu sorriso aumentava drasticamente. As adagas cortavam o seu corpo mas Desu parecia não sentir nada. Uma mão de água, coberta por diversos chicotes de água puxavam-no para fora da sala, embora relutantemente este tentasse atacar o seu inimigo ausente.
Duas chapadas faziam acordar Desu daquela transe causada pela fatiga e perda de chakra em excesso.
-- Encontrei um deles! – dizia Harumi visivelmente ferida com golpes grandes e ensaguentados a manchar-lhe a sua tez perola. – A rapariguinha consegue-me ferir… Cuidado com… - Os olhos de Harumi reflectiam uma pequena luz branca que se encontrava ao fundo do corredor. Uma esfera de luz deformava-se e centenas de agulhas brancas partiam na direcção de Harumi. Esta esticava a sua mão, deformando-a em água, criando um escudo resistente travava quase todas as agulhas. Aquelas que não conseguia travar manchava aquela parede de água com pequenos pontos vermelhos que rapidamente se deformavam em sangue. A mão de Harumi voltava ao normal, mas com pequenos buracos profundos. Desu sorria sarcasticamente.
-- O puto consegue cortar as nossas veias de chakra… Estamos fodidos. – disse este rindo-se tentando-se colocar de pé.
-- Não é altura para rir! – dizia Harumi vivivelmente preocupada. Já não estava habituada a sentir dor á muitos anos, e conseguir faze-la sangrar enquanto água era algo realmente impossivel.
Passos calmos ouviam-se no corredor. Desu e Harumi estavam encurralados por figuras de quase um metro de altura. O rapaz, caminhava lentamente com os olhos negros e veias pulsantes fundindo-se com as sombras que alastravam com grande rapidez para os dois membros da Karasuemo. A rapariga por sua vez aparecia no ar quase como se teletransportasse para lá num rapido flash branco.
-- Vamos sair daqui! – gritou Harumi agarrando num pequeno cristal que tinha no seu pulso. Desu agarrou em Harumi, impedindo-a de destruir o cristal, começando a rir maniacamente. – MERDA DESU! – gritou esta visivelmente assustada e zangada.
Desu levantava-se com a ajuda do seu joelho e agarrando em Harumi pelo seu pulso projectou-a em direcção ao rapaz. Harumi caía em cima dele, transformando-se em água mal embateu nas sombras, encharcando o rapaz.
-- Tag Team… You’re IT! – gritou um demente Desu enquanto atacava a rapariga com as suas garras que se juntavam parecendo uma enorme lança…
https://www.youtube.com/watch?v=LUk0IcdtYgg
Tinham-se passados alguns dias desde que Arata enviara aquele pombo á procura do propriétario daquele tecido rasgado. Permanecia sentada naquele pequeno café que possuia quartos para alugar. Naquele pequeno espaço de tempo a simpática velhota tinha feito amizade com os empregados e até com um senhor idoso simpático. Apesar disso Arata abstraia-se muito nos seus pensamentos e os donos do estabelecimento começavam a pensar na verdadeira origem daquela estranha mulher.
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O que faz uma ninja aqui? Será uma criminosa?! – perguntava alarmada a dona do estabelicimento, uma mulher forte, de cabelo atado num carrapito e com uma verruga no queixo, que tapava a sua boca com um pano pesado, para que Arata não ouvisse.
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Não faças demasiadas perguntas. Limita-te a servi-la como se tudo fosse normal. Já mandei o rapaz á cidade mais próxima. – dizia o dono do estabelicimento. Um homem com um bigode farto, com alguns sinais de calvice mas um sorriso desdentado cómico e meigo. O rapaz, um estafeta conhecido de ambos partira á cidade mais próxima á já três dias. Arata sabia disso. Sem que este soubesse um pequeno colibrí viajava com ele seguindo todos os seus passos. Arata suspirava profundamente. Estava sentada ao pé de uma grande janela, com a sua mão enrugada a segurar o seu queixo enquanto mexia a sua chavena de chá com a outra mão. Algo parecia traze-la de volta á “realidade” quando viu um pequeno pombo branco, cansado e um pouco sujo a esvoaçar em direcção á porta. Levantou-se para abrir-lhe a porta mas o pombo, completamente estafado da sua viagem entrava estabelicimento adentro, rebolando para perto de uma das empregadas. Arata apressou-se a agarra-lo. Na sua aterragem forçada o pombo tinha deixado um pequeno rasto de cinzas que cobriam todo o seu corpo. Arata ergueu-o e colocou-o no seu colo. Caminhou para o seu lugar calmamente, ignorando as preocupações e murmurios que os utentes da loja começavam a formar.O pombo olhava para Arata e com um ligeiro piar mostrava-se pronto. Um flash invadiu a sua mente. Várias imagens entravam na mente de Arata: florestas verdes, cidades e vilas, pequenas aldeias, um enorme lago e uma área montanhosa bastante longa e finalmente uma colina cinzenta com um sistema de grutas complicado. Ao fundo da gruta uma casa podia-se ver. Melhor, uma enorme casa, bem no centro da gruta, iluminada por algumas torchas. O pombo desaparecia do seu colo numa ligeira nuvem de fumo. Arata deixava a sua cabeça descair, mostrando-se cansada.
-- Olá… Arata-chan. – disse uma voz á frente de Arata. Esta erguia a sua cabeça alarmada olhando em frente. Um homem, nos seus cinquenta, sessenta anos estava sentado á frente dela. Os dois entre-olhavam-se, embora o homem chamasse a empregada com a sua mão acenando no ar. Arata observava a sua cara. Uma rente barba branca, mal feita, uma grande cicatriz na face direita que quase lhe apanhava o olho e um pequeno brinco feito de ouro branco com um kanji estranho na sua orelha. – Como tens estado? – disse ele. Arata recuou na sua cadeira, afastando-se instintivamente.
-- T-tu? – disse alarmada mas esboçando um sorriso. – C-como? – dizia Arata gaguejando um pouco.
Lentamente a cor dos olhos de Tsuma voltavam ao normal e com um sorriso inundado de dor dizia “Encontrei-o” antes de cair, sendo segurada por quatro braços.
-- Desu… seu idiota! – barafustava Harumi batendo com o pé no chão sacundindo as mãos. – Quase me matavas! – dizia esta. O cenário de devastação era enorme. Árvores e corpos secos, sugados de toda a energia e água, cadaveres espalhados pelo chão e os vestigios do que antes era um palácio antigo. Ao lado de Desu o corpo de duas crianças a respirar penosamente permaneciam imoveis. Desu mantinha a sua bota a fazer pressão no peito do rapaz. Tanto Desu como Harumi estavam feridos, com roupas rasgadas, mas sem golpes fundos. Desu mantinha um sorriso sádico no rosto.
-- Dizias tu que seria algo facil… Ainda bem que estavas enganada. – dizia Desu.
-- Não percebo o teu interesse tão subito por esta missão… Ninguem nos pediu nada até. Nem eles… - dizia Harumi um pouco cautelosa com as palavras.
-- Keitaso morreu… é preciso um novo pedaço de carne a ocupar o lugar dele. Quem sabe se não sou eu… - dizia Desu friamente. Apesar de ser um companheiro seu durante alguns anos mostrava-se até feliz pela morte de Desu. – Quem sabe se eu entrar para Comandante não te coloco tambem como Sub-Comandante… que me dizes? – dizia Desu rindo-se.
-- Whatever…. – dizia Harumi visivelmente saturada daquele dia, partindo o seu cristal que começava a cristalizar formando um espelho enorme.
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Pronto!!! Filler postado
Só demorou... Quase 3 meses
Recomendo a leitura na diagonal dos ultimos dois fillers para apanharem tudo... Vou tentar escrever o proximo filler ainda esta semana, para ver se começo a apanhar o RPG ^.^''