<<< Atmosfera Negra [2/3]
Ventos de Bonança
Chapter VII
Atmosfera Negra [3/3]
Anteriormente - Citação :
- -- Shintenshin no Jutsu! – dizia a Yamanaka perdendo o brilho dos seus olhos. Maiko permanecia imovel. (...)
-- Podes ter evoluído fisicamente lá fora, mas cá dentro a tua mente continua a ser o mesmo que era antes... minha! – disse Ino e com um gesto rápido agarrava o branco da sala. A “realidade” da sala moldava-se à vontade da mente mais forte e era a Yamanaka que estava a ganhar. – Sabes... nem mesmo com tudo o que te ensinei, que te proporcionei para melhorares, consegues evoluir. – dizia Ino. Rodava a sua mão e os pés de todos afundavam na sala. – Agora que estás parado... Foge... Esquece os jutsus, esquece tudo. Há algo que não estou a confiar em Konoha. Algo que o meu pai está a esconder-me sobre ti.
Aquela noticia alarmou Maiko. Era algo... invulgar.
-- Bluff? Agora? – ria-se Maiko. – Estas a “ganhar” ou conseguiste ver pela minha armadilha?
Ino mostrava-se surpresa e preparava-se para dizer algo a Maiko quando algo a apanhou.
Agora...https://www.youtube.com/watch?v=MkYYAK4IKJM
Uma mão agarrava o braço erguido de Ino. Possuía uma longa túnica que lhe tapava quase a mão um pouco engelhada e com algumas marcas da passagem do tempo. Arata, trajando uma longa túnica de uma seda branca com pequenas malhas e pontos que formavam diversos pequenos pássaros. Ino mostrava-se surpreendida com aquilo.
-- Outra personalidade? – Perguntava Ino visivelmente preocupada com tudo aquilo. Ela sabia bem que a mente de Maiko já estava desfragmentada o suficiente, não precisava de mais uma para ajudar à festa.
-- Tu sempre me ensinaste que as emoções são a nossa melhor arma para combater estes tipos de jutsus, que tu própria foste derrotada pela Sakura-ue apenas pela sua forte convicção e força de vontade. – Maiko parecia estar satisfeito com a sua evolução e pelo rápido raciocinio. As figuras monstruosas que Ino tinha criado começavam, gradualmente, a fundir-se novamente com as paredes brancas da sala, desaparecendo.
Ino sorria ao ver a evolução do seu aluno mas, mesmo tendo sido apanhada de surpresa por um boneco com a forma de Arata isso não queria dizer que o Chunnin estava pronto para lhe ser transmitido as técnicas do Clã Yamanaka.
-- Eu penso que estou pronto para as aprender... – disse Maiko. A Jounin ficava surpreendida com aquilo e pensava “Impossível...”. – Não o é. Estamos neste momento a partilhar algum tipo de ligação mental... penso eu. – dizia Maiko sem perceber bem como. – Da mesma forma como tu consegues saber o que eu estou a pensar, de alguma forma, eu também o consigo fazer agora. – Dizia Maiko. Sem este ter notado ou sequer querido olhava para a sua sensei com o seu Doujutsu activado. Mostrava agora três estrelas de quatro pontas, separadas à mesma distância e a sua íris, agora transformada num pequeno pássaro, fixava o seu olhar em Ino.
-- Mesmo assim Maiko... não me cabe a mim decidir se posso ou não ensinar-te tais técnicas. – Dizia Ino agarrando ligeiramente o seu braço esquerdo com a mão direita. – Cabe ao meu pai e... não me parece que ele queira-te ensinar seja o que for. – concluía Ino desviando ligeiramente o seu olhar para o chão. Maiko tinha sido apanhado de surpresa. Estava pronto para treinar mais e fazer o impossível mas... desistir de todo aquele trabalho? Sim Maiko tinha evoluido muito como ninja e pessoa com a ajuda de Ino mas todo aquele esforço pareceria perder-se se não aprendesse aquelas técnicas.
-- Não me podes fazer isso! – dizia Maiko agitando as mãos libertando algumas chamas para o chão. Akiro colocava a sua mão no ombro de Maiko “sugando” algumas das chamas, acalmando o Chunnin. Maiko respirava fundo e tentava pensar mais claramente. – Como sabes disso? Ele nunca me pareceu opor-se aos treinos.
-- Ele escondia isso de todos no clã, até mesmo de mim.
-- Então como é que tens a certeza do que dizes?
-- Ele escondeu... mas ele é meu pai. Conheço-o melhor que ninguém. Sei quando ele esconde algo. – Dizia Ino. Suspirou e continuou. – Ainda por cima, estes últimos acontecimentos têm vindo a piorar tudo. O ataque da Karasuemo, a revolta da tua avó, a Guerra eminente, as traições... Maiko? – A Yamanaka parou de falar, sendo interrompida pelao gaguez do seu aluno.
-- Re-re-revolta da minha avó? Guerra? – Questionava Maiko confuso com aquilo tudo.
-- Espera... tu não sabes de nada? – Dizia Ino. Com um gesto rápido sobre a sala, criando um rasto de linhas verdes, a Yamanaka leu as memórias mais recentes de Maiko.
-- Não! O que aconteceu!? – dizia Maiko alarmado.
-- Aconteceu há pouco tempo, pouco mais de um mês. A tua avó, durante os exames Chunnin, perguntou aos Kages se lhes davam ordem para ela organizar uma investigação global sobre a Karasuemo. Para tentar ajudar e proteger todas as vilas do que aconteceu a Iwagakure. – Explicava Ino apressadamente. – Mas os Kages disseram que não e impediram-na.
https://www.youtube.com/watch?v=UJd5ldQXJdo&NR=1 (replay da OST até ao final)
-- Não. – diziam um a um os Kages. Estavam receosos do poder que sem saberem colocaram em Arata.
-- Muito bem. Sendo assim irei investigar sozinha, á minha maneira. – disse Arata virando-se de costas para os Kages, dirigindo-se para a porta.
-- Não! Toriyose Arata a partir deste momento irá afastar-se dos seus serviços. Quero dentro da vila a qualquer altura. Brevemente será condecorada pelos seus serviços e...
-- Não... Agora é a minha vez de dizer que não. – Dizia Arata ainda de costas, apenas virando ligeiramente a sua cabeça, fazendo movimentar a sua longa trança. – Não faço isto por Konoha, faço isto por todos vós.
-- Se sair desta porta desrespeitando ordens directas dos Kages virará uma Nukenin! – dizia Okashi.
-- Que assim seja se necessário. – disse Arata num tom calmo mas provocador. – Mas lembrem-se, não querem fazer de mim um adversário. Tenho mais informações sobre as vossas vilas que todos vocês juntos. – disse Arata abrindo a porta. No momento a seguir o aço frio de uma katana era pressionado contra o seu pescoço sem a fazer sangrar.
-- Desculpe-me Arata-sama mas não posso permitir isso. Pense no seu clã, na sua familia. – dizia Denkou num tom quase misericordioso e sereno.
-- É por eles que eu estou a pensar. Pela sua segurança. – dizia Arata.
-- Não posso deixa-la escapar... pelo menos sem a magoar. – dizia Denkou agarrando com mais força a sua katana.
-- Estou desapontada consigo Denkou-sama. Era um dos poucos que eu pensava que me poderia apoiar nesta nova era de sombras... – Suspirou um pouco. – Infelizmente eu sou um espírito livre, um espirito curioso... Como o vento. – disse ela sorrindo. – Por favor, solte-me... – Novamente um silêncio por parte de todos. Desta vez era um silêncio confuso. Nenhum dos Kages sabia ao certo o que fazer. Denkou agarrou firmemente na sua katana e com a mão livre colocou-a a alguns centímetros do pescoço de Arata. Um toque e Arata ficaria inconsciente. Se esta escapasse teria a espada no seu pescoço, se não se protegesse teria um demorado sono. – Desilusão... – disse Arata inspirando profundamente uma ultima vez. – Veremos qual a espada mais rápida... A sua ou a minha. – disse Arata. Os olhos de Denkou abriram-se rapidamente. Naquele instante todos se moviam em câmara lenta. Todos menos Arata, que permanecia calma. Fez um selo tão rápido que praticamente nem se viu e bem por cima da cabeça de Denkou uma espada, bem decorada apareceu do nada. A mão de Denkou movimentava-se em direcção ao pescoço de Arata, mas aquela espada era mais rápida do que Denkou alguma vez vira. Retirou a sua katana do pescoço de Arata e num movimento rápido desviou-se da trajectória da espada. Esta cravou-se na sua omoplata, obrigando-o a recuar-se de Arata.Maiko caía de joelhos no chão. Não queria acreditar. Todo este tempo ele, a sua mãe e tia, juntamente com outros membros do clã tinham ficado cada vez mais preocupados com a matriarca do clã. A ultima vez que Arata tinha visto na Mansão Toriyose tinha dito às suas filhas que ia fazer uma missão mas... era mentira?
-- E a guerra?! O que tinhas dito sobre a guerra?! – Perguntava Maiko erguendo a sua voz.
-- Não sei muito. Sobre esse assunto o meu pai tem guardado tudo muito bem. – dizia Ino. – Mas já o vi a encontrar-se com o Hokage e com o Shikaku Nara. Parece-me algo importante para a vila. Nem o Shikamaru sabe o que se passa. As defesas têm vindo a aumentar e tudo. – Ino sentia algum desconforto na sua cabeça. Parecia estar a sofrer algumas picadas e levou a sua mão á cabeça. Ao fazê-lo um pequeno, quase indetectavel, rasto de luz verde surgiu, por instantes. Maiko olhou para Midoro que fixava a sua atenção em Ino. Sem verbalizar nada, disse, num tom mudo “O que estás a fazer!?” para Midoro mas esta colocou um dedo sobre a sua boca mandando-o calar.
A dor desaparecia e Ino encarava Midoro com alguma severidade. Não parecia satisfeita e Midoro recuava um pouco.
-- Tu?! O que estas a esconder dele? – dizia Ino visivelmente zangada. Todos os olhares se focaram naquela rapariga, de oculos e cabelos verdes, produto da imaginação de Susumo Maiko.
-- Eu? Nada! – dizia Midoro, mas recuando um passo. Ino esticava a sua mão na sua direcção e diversas cordas brancas restringiam os movimentos de Midoro.
-- Consigo ver algo... Um papel... Mas não consigo ver o que está escrito. – Disse Ino mas Midoro não iria facilitar as coisas. As cordas de Ino desprendiam-se de Midoro e prendiam-se a uma das paredes brancas daquela sala.
-- O que estas a fazer! – Exclamava Maiko para Midoro sem saber o que fazer.
-- Vais mesmo confiar nela? Isto tudo... A desconfiança do pai? A caridade dela? A aparente “falha de segurança” da vila? – dizia Midoro. Ela era, afinal de contas, a parte mais intelectual de Maiko. Nada se passava á sua volta sem que ela percebesse ou focasse a sua atenção.
-- Tu! – Dizia Ino com um olhar de repulsa. – És tu que eu sempre senti a prejudica-lo. Essa aura... essa... crueldade. – Erguia a sua mão criando diversas lanças que apontavam para Midoro. – Eras tu que eu sentia a observar-me nos treinos. – E aí tudo se revelou. - Agora percebo! MAIKO! Prende-a! – dizia Ino mas toda aquela situação tornava-se cada vez mais confusa para Maiko. E subitamente, com todos aqueles gritos, houve um que se destacou. Uma voz masculina, grave, bem reconhecida por ambos.
-- INO?! Ino o que aconteceu! – dizia a voz. Vinha de fora. Alguém que se encontrava fora da mente do Chunnin. Maiko e Ino sentiam uma mão a bater-lhes no peito com alguma força. A respiração foi cortada a ambos e a sala desafazia-se como um nevoeiro branco. Tudo voltava ao “normal”. Ino deitada no chão perto de Maiko que ainda permanecia na mesma pose ofensiva. Mas entre os dois encontrava-se Inoichi Yamanaka. O patriarca do Clã.
-- O que fizeste á minha filha?! – gritava Inoichi olhando para Maiko. Ino possuía algum sangue a sair da sua narina e ouvido esquerdo e parecia estar fraca...
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Shit is getting serious now D=