Filler 25 – Buscas !
— Volta-mos Surumo-san. Infelizmente as noticias que temos para si não são as melhores. - Disse-lhe de tom desanimado.
— Já calculava, ai o meu grande amigo o que é feito dele? - Acudia Surumo ali à nossa frente, depois lembrei-me se o Monda tinha trazido noticias.
— E o Monda, descobriu mais alguma coisa? - Perguntei.
— O Monda-kun? Pensei que ele estivesse convosco. - Disse Surumo colocando as mãos na cara.
— O quê? - Gritei em fúria. - Não me digam que o Monda também...
— Tem calma Nagatsu. - Disse-me a Taka reconfortando-me com uma palmadinha suave nas costas. - Sabes como é o Monda se calhar foi às meninas.
— O problema é esse Taka, já te esqueces-te que é aí que as pessoas andam a desaparecer. Temos de ir lá bem rapidamente.
— Tens aquele retrato dele contigo, para perguntar-mos às pessoas se o viram? - Perguntou a Taka.
— Tenho, vamos, não podemos perder tempo.
...................
Passámos horas e horas pelas ruas da vila, em busca do Monda. Com o retrato na mão ia perguntando às pessoas que passavam se tinham visto o rapaz a quem aquele rosto pertencia. Todas as pessoas negavam com a cabeça, outras fingiam não nos ver e quando eram abordadas viravam-se para outra direcção. Decidimos arriscar um bocadinho mais e procurar pelos bares, isso significava entrar-mos lá dentro em busca do nosso amigo. No primeiro confundiram a Taka com uma das artistas e enquanto ela dava porrada nos homens babados eu colocava-me em bicos-de-pés esticando o pescoço para procurar os cabelos escuros e fartos do Monda, mas nada.
Saímos já com os corações aos pulos, cada vez mais temíamos que o Monda se tivesse deixado ser apanhado, mas ele era um bom ninja, já estava bem mais forte do que eu. Quem quer que fosse que o tenha raptado ou era bem forte ou tinha-o apanhado desprevenido. Ao mesmo tempo que procurava por ele começava a preparar-me para algo bem mais forte de tudo o que até hoje tinha enfrentado. Os adversários mais fortes que me tinham dado bastante luta, Sukiro sem dúvida o mais forte e depois Uchiha Dri que naquela altura me derrotou sem dificuldade usando o Sharingan. Entrámos noutro bar, desta vez algo mais simples. Umas cortinas cor-de-rosa faziam de porta, à entrada havia um palco redondo com cadeiras à volta e um varão metálico no meio até ao tecto. Do outro lado havia um balcão preto com alguns adereços brilhantes. Uma senhora bem vestida de cabelos louros e vestido preto, justo ao corpo surpreendeu-nos.
— Desejam alguma coisa? - Perguntou curiosa ao perceber que era a primeira vez que entravamos ali, pois não parávamos de olhar para todo os recantos. - A esta hora estamos fechados, só abrimos daqui a uma hora.
— Desculpe. Apenas precisamos de uma informação. - Taka retirou-me o retrato da mão e pousou-o no balcão virado para a mulher. - Por acaso viu este rapaz?
— Sim sim. Veio cá algumas vezes com Akushi-san, não me digam que também ele desapareceu.
— É o que estamos a tentar saber.
— Lamento, não sei de nada. Como calcula estes desaparecimentos estão a ser muito maus para o negócio, espalhou-se a notícia de que a maioria dos desaparecidos são vistos nesta zona pela última vez.
— Desculpem, - Uma figura escura e alta apareceu por de trás. - não pode deixar de ouvir a conversa, eu vi este rapaz ser levado para um beco ontem, por um homem estranho.
— Diga-nos o que viu por favor.
— O vosso amigo ia a andar, quando um homem lhe fez uma pergunta, o vosso ia a responder quando subitamente desmaiou. O Homem da pergunta pegou nele e levou-o.
— Então e porque não fez nada????? - Perguntei irritado com as veis a saírem-me da pele.
— Estava a fazer o meu show habitual, venham. - Disse-nos o homem levando-nos para o palco, o sítio em que ele estava na altura do desaparecimento. - Vêm aquela janela ali ao fundo, vi tudo daqui e depois o vosso amigo foi levado para aquele beco.
— Desculpe senhor pela maneira como o tratei. - Pedi-lhe amavelmente. - Obrigado por tudo nós vamos pelo beco à procura dele.
Saímos pela porta de cortina a passo apressado, olhei para o lado direito e ali vi o sítio que anteriormente tinha observado pela janela, mais à frente o tal beco. Penetrámos por ele, era semelhante a todos os outros que havíamos passado no dia em que chegámos à vila com Surumo. Por momentos receei perder-me, mas esqueci rapidamente isso, tinha de encontrar o Monda. Calculei que se o encontrasse a ele, também encontraria todas as outras pessoas desaparecidas, inclusive Akushi-san. Ao fim de algum tempo a andar pelas ruas estreitas e sem sinal de vida começou a anoitecer. Agora aquele sitio ainda se encontrava mais escuro.
— Não vão sair daqui com vida, muahahahah! - Gritou alguém, ecoando no beco. Meti-me em posição defensiva assim como a Taka. Uma estranha labareda veio de cima e acertou em cheio na Taka que foi projectada contra a parede com tal brutalidade que não se mexeu mais.
— NÃOOOOOOOOOOO! - Gritei ao ver a Taka inanimada no chão. Depois foi a minha vez, vindo do escuro veio alguém com o punho em fogo com formato de um puma. Não tive tempo para me defender a certou-me em cheio. Caí alguns metros atrás também eu desmaiado. Abri ligeiramente os olhos com algum esforço, via tudo embaciado, consegui aperceber-me da Taka a ser puxada por alguém pelas pernas, arrojando-a pelo chão com a face a raspar pelas pedras. Primeiro Akushi-san, depois o Monda e agora a Taka, não tinha conseguido proteger ninguém, porque é que ainda estava vivo. Chorei uma lágrima de sangue e os meus olhos apagaram-se.