Filler 24 – Desaparecimentos
A seguir a receber a notícia meti-me logo a pensar no Monda. Akuchi e ele tinham ido juntos dar uma volta. Será que também ele estava desaparecido. O meu coração quase que explodia de nervosismo com a ideia do Monda também ter desaparecido, corri para o quarto dele, a porta estava encostada e dei-lhe um empurrão enorme, que o fez sobressaltar.
— Hei, o que se passa, deixem-me dormir. – Queixou-se o Monda.
— Felizmente. – Suspirei com alivio. – Monda, acorda.
— O que foi, o que foi?
— O Akuchi-san desapareceu, não sabemos dele, não estiveste com ele?
— O quê? – Deu um salto da cama. – Estive com ele até meio da tarde, ele depois arranjou uma menina e pediu-me para ficar a sós com ela.
— Essa rapariga diz que ele foi para um beco, depois ouviu um grito e nunca mais o viu.
— Vamos fazer buscas, ok? – Pediu o Monda, talvez a sentir um pouco de culpa.
— Está bem, eu vou ao sítio especial dele, talvez lá tenha ido, quem sabe. – Disse-lhe.
— Faz isso Nagatsu. – Disse o Monda. – Taka, se puderes vai ao palácio, lembras-te onde inscrevemos o Nagatsu do torneio?
— Sim sim. – Respondeu ela.
— Lembro-me de ver aí alguns cartazes de pessoas desaparecidas, procura informações aí.
Entretanto a Taka foi ao posto de informações, recolher informações e talvez colocar a foto de Akushi ao lado dos outros. Pelo caminho veio-lhe uma vaga memória do quadro com os cartazes que o Monda falara. Talvez três ou quatro rostos que ela não conhecia apareceram-lhe na memória estampados numa folha branca. Subiu a mesma escadaria que no primeiro dia que ali chegara também subira. Lá em cima viu os mesmos guardas com as mesmas lanças a barrar o caminho.
— Desaparecimentos? – Taka acenou com a cabeça à pergunta do guarda. – Por ali.
— Arigatou. – Disse o Taka sem perceber como é que o Guarda sabia o que ela procurava.
Deu uma curva contornando um pilar e deparou-se com aquilo, algo problemático, algo nunca esperado. A parede de procurados que apenas continha três pessoas no primeiro dia, estava pejada de rostos, femininos, masculinos, idosos e crianças, entre vinte cinco a trinta cartazes. Ainda espantada Taka dirigiu-se para a mulher que costumava ficar ali sentada. Bateu à porta e entrou.
— Bom dia. – Disse Taka.
— Bom dia, em que posso ajuda-la?
— Trago mais um cartaz para juntar aos outros.
— Dê-me cá a foto. Como se chama o senhor? – Disse a mulher depois de verificar a cara do homem.
— Momoki Akuchi. – Pausa. – Desculpa, estes desaparecimentos todos são muito estranhos, sabe-me dizer mais sobre isto.
— Pois é menina, cada vez mais e mais pessoas andam a desaparecer, no principio achamos que seriam desaparecimentos voluntários, fartos da vida aqui ou de algo, mas agora temos mais certezas que não são. Ainda para mais, começou-se a estabelecer um padrão de desaparecimentos. As vítimas são sempre ultimamente vistos perto da parte inabitável.
— Aquela parte em que se passa para vir para o centro?
— Essa mesmo. E o seu conhecido onde desapareceu?
— Não faço ideia, apenas sei que se foi divertir às meninas e não regressou.
— Exactamente, os bares de meninas ficam situados perto da zona inabitável.
— Oh. Algo se passa.
Como tinha dito ao Monda, foi ao sítio que no dia anterior Akuchi nos tinha mostrado, o jardim onde eu e a Taka “festejamos”. Novamente vi o aro enferrujado que parecia emoldurar a fonte num quadro. Aproximei-me com sede, e bebi água quando reparei que um cidadão me vigiava. Olhei pelo canto do olho à espera que ele passasse e depois coloquei a mão sobre a pedra cinzenta. Concentrei chakra nela o que activou o mecanismo. A água deitada pela fonte voltava para trás entrando pelo canudo de onde saltava. Esse mesmo canudo também rompia a parede e a seguir a ele toda a fonte entrou pela parede, de seguida foram os tijolos cinza-escuros. Era a segunda vez que via este acontecimento, que não me parecia um jutsu, mas sim magia. Entrei pelo buraco deixado e com um Kaze Shunshin no Jutsu movi-me rapidamente atravessando o túnel. Vi todo o jardim mais uma vez, mas nem sinal de Akuchi.
— Akuchi-san! Akuchi-san! – Gritei desesperadamente sem obter resposta.
Desci os degraus de relva, dei algumas voltas e curvas e voltei a chamar pelo homem.
— Akuchi-san! Akuchi-san! – Nada, ali ele não estava de certeza. Voltei para trás, fui ter com a Taka ao posto de informações. Ao subir as escadas e deparar-me com todos aqueles cartazes de desaparecimento tive a mesma sensação que ela. Entrei e lá estava a Taka a falar com uma outra senhora. A Taka contou-me tudo e fiquei ali à conversa a discutir o assunto com elas.
A passos curtos, andava pelas ruas da vila pequena até que alguém lhe barrou o caminho e lhe perguntou:
— Sabes quem foi o Rikudo Sennin?
— Quem? – Nisto, quem soltara a pergunta desmaiou com um cheiro envenenado que saiu do hálito do rapaz que perguntara quem era o Rikudo Sennin. Esse mesmo rapaz pegou-lhe nos pés e arrastou o corpo pelas ruas de calçada, com ca cabeça em sangue de raspar nas pedras.
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De quem é o corpo arrastado pelo chão?
Assunto: Filler 24 – Desaparecimentos 
Dom 20 Jun 2010 - 12:57
