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Os primeiros raios de sol entravam pela janela, mas Kride já há muito tempo estava acordado. Olhava-o tecto pensando em tudo o que tinha acontecido naquela semana. Eram tantas coisas que precisava de processar: a voz que se manifestava na sua mente, a morte da sua família, os assassínios… Mas tanto para ele, como para todos os outros ninjas de Kumogakure, não era um dia normal.
Subitamente, Akira entrou no quarto e interrompeu o descanso de Kride.
- Kride! Despacha-te! – ordenou-lhe Akira e apressadamente continuou – O Raikage está a reunir todos os shinobis da vila.
- Todos os shinobis? – disse Kride levantando-se rapidamente – O que é que se passa?
- Não tenho a certeza – respondeu Akira – Quando lá chegarmos veremos.
Vestiu-se e meteu a Zanbatou às costas e foi com Akira até ao local onde todos os ninjas se reuniam, curiosos por saber qual o motivo da convocação de todos eles.

Uma grande multidão estava reunida em volta de um pequeno palco, onde o Raikage Denkou iria falar. Kride olhou em volta e viu apenas rostos desconhecidos excepto alguns Gennins que reconhecia da academia. Cada um dos ninjas de Kumogakure estava ali: Esquadrões Anbu, Equipas Médicas, alguns ninjas que pareciam ser fortes e os conselheiros do Raikage. Apenas rostos desconhecidos…
- Apenas rostos desconhecidos – pensou – Será possível que depois de tanto tempo não tenha amigos? Bem, sempre tenho o Akira.
- Os amigos não servem de nada – gritou a voz, do fundo da sua mente – Apenas para te atrasarem e para te traírem.
-Tu! Não sei quem és ainda. Seria possível um momento para pensar sem estares a vaguear pelos meus pensamentos? – respondeu-lhe Kride, bruscamente. A voz resmungou qualquer coisa num tom de ameaça mas depois calou-se.
Antes de conseguir voltar aos seus pensamentos, a atenção de Kride foi chamada para a agitação dos outros shinobis ao verem Denkou subir ao pequeno palco.
- Caros shinobis, peço silêncio – ao ouvirem o pedido, os ninjas calaram-se subitamente – Devem perguntar-se qual o motivo de vos ter chamado a todos, ainda por cima a estas horas. Pois bem…a razão pela qual vos chamei a todos hoje, é comunicar-vos que a Aliança Kyodo formada por… – os ninjas ficavam cada vez mais curiosos –declarou guerra a Konoha e Suna!
Os ninjas trocaram olhares entre si e começaram os burburinhos na multidão.

- Guerra? – pensou Kride, enquanto uma raiva enorme o possuía lentamente – O mundo não muda…é só nisto que eles pensam: guerras, guerras e mais guerras. São todos uns inúteis.
- Quem és tu para falar? – perguntou-lhe a voz, provocando-o – Quem és tu para falar? Tu que mataste todo teu clã, tu que explodiste com tantas vidas na tua primeira missão e nem sentiste remorsos?
- Eu não tive culpa! – gritou Kride para o interior da sua mente – E aqueles homens não mereciam viver!
- O que te faz pensar que eles tinham menos direito que tu de viver? – perguntou – Tu que cometes os mesmos crimes que eles?
Ao ouvir aquelas palavras, o tempo parou. Kride ficou preso no seu pensamento. Porque tinha mais direito de viver do que os outros? Por muito que pensasse não encontrava uma resposta para aquela pergunta. Kride olhou dentro da sua mente e procurou a resposta para aquele enigma.
- Tu, vozinha irritante! Eu apenas limpei o mundo! – respondeu Kride, com um tom agressivo, como a voz nunca ouvira antes – Eles apenas causavam dor e sofrimento a este mundo. Eu sou um herói!
Nestas palavras, Kride voltou à realidade e continuou a ouvir o Raikage:
- Esta guerra é uma guerra para a igualdade de todas as nações shinobi! – dizia o Raikage – Suna e Konoha mantiveram-se sempre superiores a nós. As suas acções retiram o efeito das nossas e isto é inaceitável! Não estou certo?
- HAI! – gritou a multidão respondendo ao Raikage.
- Quem está comigo? – perguntou o Raikage – Quem está com a Aliança Kyodo?
A multidão manifestava a sua concordância com a palavras do Kage.
- Mas peço-vos a todos que não subestimem de maneira alguma os nossos Suna e Konoha, pois são adversários fortes. Mas tenham ao mesmo tempo autoconfiança porque nós também nós somos fortes e vamos ganhar isto!
- YOSH! – gritavam a multidão de Kumo, ao ouvir aquelas palavras.
- Peço agora que se preparem todos, gennins, chuunins, jounnins. Depois dirijam-se à bancada onde os estrategas da vila irão explicar-vos os nossos planos. As lojas de armas irão fornecer-vos o que precisarem e peço que os mais velhos e mais fortes ensinem técnicas e que os ajudem a preparar-se para a guerra.
Enquanto começavam todos a movimentar-se Kride permanecia imóvel e algumas palavras do Raikage ainda ecoavam na sua cabeça: Guerra…igualdade…Suna e Konoha…superiores…
-Kride! – chamou Akira, distraindo Kride das palavras de Denkou – Eu vou participar na guerra é o meu dever como Jounin mas deixo te a opção de ficares refugiado em Kumo.
- Eu? Refugiado? – disse Kride, dando uma gargalhada suave – Nem penses não perdia isto por nada do mundo.
- Bem, antes de nos irmos preparar o Raikage quer conversar contigo – disse Akira.
- O Raikage? – perguntou – Porquê?
- A seu tempo saberás – respondeu-lhe Akira.
Caminharam até ao Raikage que os esperava à porta do seu edifício.
- Entrem – convidou Denkou – Conversaremos melhor lá dentro.

No escritório do Raikage, sentaram-se os três e o Raikage começou:
- Kride, estamos a ter esta conversa… porque eu receio que alguns hábitos do passado se estejam a manifestar novamente.
- Como assim? Hábitos do passado?
- Kride é altura de saberes o que aconteceu na noite da morte dos teus pais.
- Raikage-sama, eu já sei o que aconteceu.
Akira e o Denkou olharam-se espantados.
- Como? Desde quando? – perguntaram.
- Bem, o selo ou pelo menos parte dele quebrou-se no dia da graduação – respondeu Kride – As memórias do dia em que matei a minha família voltaram quando toquei na espada do meu irmão – olhava o chão enquanto dizia isto e tinha um olhar triste e sombrio.
- Kride, ouves alguma voz? – perguntou o Raikage.
- Como é que ele sabe disso? – pensou Kride – Se responder sim ele pode achar que estou maluco. Por outro lado, se responder não estarei a mentir ao Raikage.
Kride olhou o Raikage e disse:
- Sim, mas não se preocupe. Não irá afectar a minha participação na guerra. Vou atacar o inimigo da mesma maneira ou talvez com mais força.
- Depois de te ouvir a falar assim, tenho a certeza que não – disse Denkou – Bem, se já sabes tudo, eu e o Akira, não temos nada para te contar. Podes ir preparar-te.
- Hai – disse Kride, desaparecendo numa pequena nuvem de fumo.
O Raikage olhou em volta e disse:
- Akira, mantêm te atento ao rapaz. Não sabemos quais os efeitos que aquele selo pode ter.
- Hai, Raikage-Sama - respondeu Akira - Se me permitir, vou andando também.
Denkou acenou afirmativamente com a cabeça e Akira, como Kride, desapareceu deixando uma pequena nuvem de fumo.

curti
talvez escreva tambem um do género.
ha algumas referências que quero salientar:
Quem és tu para falar? Tu que mataste todo teu clã, tu que explodiste com tantas vidas na tua primeira missão e nem sentiste remorsos?

a nossa missão que assassinamospelo menos 20 gajos e deixamos praí 10 gravemente feridos *.*

Tu que cometes os mesmos crimes que eles?
Ao ouvir aquelas palavras, o tempo parou. Katake ficou preso no seu pensamento.

Andas a sonhar com o katake?

continua bro. ;D

Escrever e conversar no chat nunca mais, depois o katake vem cá parar
A nossa missão rullou

Bom filler, mas as vezes faltavam-te palavras.

Acho que ainda podes melhorar um pouco nos dialogos dando mais movimentos aos participantes, mas nada que com a escrita não resolva
Continua