O frio era de matar e o silencio nas ruas era apenas quebrado pelo silvo do vento gelado o qual vinha com tamanha força que arrancava das arvores as folhas.
Datte caminhava por aquelas ruas vazia com as mãos nos bolsos e um agasalho em seu corpo, o frio era muito, mas a vontade de ficar só superava sem dúvidas a sensação. Porque queria ficar só? Impossível responder, apenas queria.
Os dias seguintes ao encontro com Rakimera passaram-se meio que sem emoção, já fazia quase um mês desde aquela noite em que fez o contrato e nada de anormal aconteceu desde então, Shounan ficara cada dia mais ausente desde que fora morar em sua casa, pois, a guerra estava tomando quase todo seu tempo e como era um jounnin quase sempre participava das reuniões para planejamento.
Uma leve bruma se fez ao lado de Datte, uma mão em seu ombro repousava e a dura e familiar voz de shounan uma vez mais ressoava.
- Datte, ô rapaz, estava te procurando, o mizukage-sama o está chamando, venha.
- Mizukage...?
A mão do gennin repousou sobre a maçaneta fria e lentamente reforçou o aperto dos dedos, pouco a pouco a girou e com pouca força empurrou a porta, tinha um péssimo pressentimento sobre aquele chamado.
Quando Datte adentrou a sala seguido de shounan logo viu Okashi sentado sobre a mesa provavelmente lhes esperando, finalmente quando entraram o homem logo estirou um largo sorriso e levantou-se apertando a mão dos presentes.
- E então meus garotos, como estão? – Ele parecia feliz, mas indiscutivelmente educado e neutro. Não parecia ser uma pessoa incrivelmente boa, mas também não parecia ser mal.
- Por favor, okashi-sama, eu sou mais velho que você. – Shounan tirou as mãos dos bolsos e cruzou os braços. – Vá logo ao ponto. – O homem de certa forma parecia incomodado com o jeito do kage. Este por sua vez respirou fundo e fechou os olhos em sinal de cansaço.
- Tudo bem Shounan, paciência nunca foi seu ponto forte mesmo. – Ele voltou a sentar-se na mesa. – Voce deve ser Uusaki Datte, certo? – Ele olhou para o garoto.
- Sim senhor mizukage-sama. – Datte disse apressadamente.
- Okashi, por favor. – Ele calmamente disse. – bom, como sabe senhor Datte, estamos em guerra e eu fui designado como comandante da aliança shinobi, portanto tenho muitos assuntos e coisas a tratar. Eu vou ter de pegar seu sensei emprestado por um tempo sabe, ele esta prestes a ir a uma missão para mim, portanto receio que ficará sem ele por uns tempos.
Datte olhou ao kage meio que confuso, não seria problema algum ficar em casa só.
- Senhor mizu... Okashi-sama, porque está tratando isto comigo? Tipo, não seria problema algum ficar só por uns tempos...
- Ótimo! Bom, então já pode ir shounan-chan, seu papel aqui já terminou. – o mizukage sorriu novamente de modo a trespassar o que queria dizer.
O jounnin rapidamente captou a mensagem e consentido com a cabeça desapareceu em uma leve bruma esbranquiçada.
- Bom, agora estamos sós Datte-san, podemos tratar de assuntos mais delicados. – Ele levantou-se, andou lentamente em volta da mesa para no fim sentar-se na poltrona de kage. – Eu sei tudo o que esta acontecendo com você... Seu pai, sua mãe, onde está morando, seus problemas e sua vida no geral... – Ele disse olhando o gennin firmemente.
Enquanto isto Datte retrucava o olhar do kage igualmente decidido a ouvir tudo sem explodir ou faltar o respeito, apenas fechou forte a mão e guardou o desejo de responder.
- Conheço o velho Uusaki, seu pai, e sei que ele nunca foi muito sentimental, mas é um ótimo ninja e um excepcional estrategista, realmente muito bom...
- Onde você quer chegar, Okashi-sama? – Datte interrompeu-o meio que bruscamente.
- Bom, que seja, eu quero enviar-lhe em uma missão especial em meu nome, sei dos seus problemas com o velho Uusaki, portanto será ótimo para você passar um tempo fora da vila... Não acha?
- S-sim senhor, eu aceito a missão mizikage-sama, só gostaria de saber sobre minha equipe e quando irei sair senhor. – Datte fez uma breve reverencia mostrando respeito.
- Bom, sobre isso... Será uma missão meio que diferente, é claro, você é apenas um gennin, mas estarei mandando você a uma missão de rank indeterminado... – Seu comentário foi interrompido por um leve bater na porta. – Pode entrar! – Ele disse levantando a voz.
E, naquele momento duas pessoas que Datte nunca iria esquecer entraram pela porta, um deles tinha um cabelo espetado laranja, era realmente muito alto, e a outra era a mais significante, uma mulher cujos cabelos ruivos soltos escorriam sobre os ombros, seu óculos quadrados alinhavam-se com seus olhos e suas roupas soltas combinavam com o tom de sua pele. Em contrapartida o homem mais alto entrava calmamente pela porta, ele usava roupas normais, algo como umas jeans e uma camisa com listras.
- Nos chamou mizukage-sama? – O mais alto falou tão calmamente que irritou Datte apenas por existir.
Okashi levantou-se e serenamente se dirigiu aos dois recém chegados.
-Datte, estes são Karim e Juugo, eles serão seus parceiros na sua próxima missão. – O kage disse sorrindo. – Como dizia vocês irão prestar auxilio ao pequeno congregado ninja de Otogagure, no pais dos campos de arroz, não são nossos aliados mas seria ótimo firmar aliança com eles. Por isso, quero que vão em meu nome prestar auxilio.
- Ma-Mas seremos amas dele? Eu protesto mizukage-sama! – A ruiva dizia arrumando o óculos. – Não há mais ninguém?
Datte enrubesceu por um segundo e olhou para o chão embaraçado.
O kage olhou com desaprovação para Karim e retrucou.
- Datte é um excelente ninja e irá prestar muita ajuda a vossa missão, agora vão! Quero que saiam o mais rápido possível, e também quero que voltem dentro de um mês quando já tiverem resolvido todas as questões de negociação com Oto.
- Hai! – Karim disse prontamente.
Datte se dirigia para a porta de saída e ia embora à frente ainda embaraçado, tinha se encantado por karim mais que tudo.
O mizukage olhava o garoto sair seguido de Karim que dirigia-se a sua casa para preparar-se.
- E então, o que acha? – o kage perguntou para juugo que permanecia calado com os braços cruzados.
- É uma bomba de nervos, qual seu objetivo nos pondo juntos okashi-san? – O jovem homem disse calmamente com os olhos fechados.
- Voce já imagina, não juugo-chan? Quero que o treine a se controlar, ele é um ótimo garoto, mas realmente viver com o velho Uusaki é desgastante para qualquer um, e pelo que ouvi de shounan ele precisa de alguém para compreender sua raiva, esse alguém é você.
- Entendo... Deveria ter me dito antes, não precisava de todo este teatro. – ele sorriu.
- Juugo, tenho um pedido ainda maior a fazer...
Juugo abriu os olhos e mirou a face do kage.
- Faça-o forte juugo, ele será útil para mim.
Assunto: (Datte) Filler 8 - Inicio 
Sáb 5 Fev 2011 - 2:21
Espero que também ajude o datte a controlar melhor a raiva e frustração que sente 
