“ – Hayato – disse uma pequena menina, que estava na margem dum rio, ao lado de um menino – sabes uma coisa?
- O quê? – inquiriu o moço, atirando um calhauzito para o rio.
- Amigo mesmo, é aquele que sabe o pior a teu respeito e assim mesmo continua a gostar de ti – disse a rapariga de cabelos escarlate.”

Eu, Akane e os dois ninjas que nos vieram informar que Loki queria falar connosco avançávamos na floresta densa em direcção à posição do Hokage. Eles os dois pareciam estranhos… aquelas máscaras davam-lhes um ar extremamente frio. Mas assim era a ANBU, secreta.
- Mas vocês sabem alguma coisa do que o Loki quer? – perguntou Akane, mexendo ao de leve nos seus cabelos compridos. Um dos ANBU virou-se para ela, mostrando-lhe um pequeno papel. A rapariga abriu o pequeno papel dobrado e nele leu:


- Isto é estranho… - disse ela entregando-me o papel. Olhei para aquilo e estranhei também, pelo menos um pouco. Mas com isto da guerra, tudo era possível. A Akane já era Chuunin, mas eu era apenas um singelo Gennin, o que poderia eu fazer para pôr fim a esta guerra? Sim, porque era esse o objectivo de Loki, ou pelo menos, é o que eu espero.
- O que achas que é? – sussurrei-lhe ao ouvido.
- Não faço a mínima… mas esperemos para ver.

Avançamos floresta adentro, cada vez a passo mais apressado. Tanto os ANBU como nós olhávamos para todos os lados, com medo de que alguém nos fizesse uma emboscada. Após cerca de meia hora aos saltitos, avistamos o Hokage e todo o seu esquadrão a uns quantos metros de um posto. Deviam ter iniciado a marcha pouco antes de ali chegarmos.
- Monodearu! – disse um dos ANBUs. O Hokage virou-se para trás e acenou, aceitando a espécie de palavra-chave. Os dois ninjas de elite aproximaram-se assim como nós os dois, singelos principiantes – trouxemos-lhe os dois ninjas que nos pediu, Loki-sama.
- Obrigado… podem voltar aos vossos postos – disse. Dirigiu-se para nós e entregou-nos um pequeno papel, a cada um, que continha umas coordenadas, umas quantas informações e a ficha de um shinobi – esse vai ser o novo membro da vossa equipa. Ele é de Sunagakure, como podem ver, e a vossa missão é essa que está aí escrita – eu e Akane olhamos um para o outro, com caras de desconfiados, mas acatamos as ordens do Hokage e desaparecemos dali, em direcção ao sul do País do Fogo. Avançamos pelo caminho traçado no mapa, ou pelo menos, as poucas indicações nele dado… continuamos a nossa viagem durante cerca de meia hora, ou talvez um pouco mais, até ouvirmos alguns estrondos no meio de uma zona um pouco aberta no meio da floresta densa.



- O que se passará? – perguntei à rapariga de cabelos vermelhos. Ela encolheu os ombros, mas apontou na direcção de duas silhuetas humanas em conflito. Aproximamo-nos mais um pouco deles e observávamos uma rapariga com o hitaite de Suna a lutar contra um ninja qualquer, não dava para ver bem o seu hitaite, estava no braço e este não parava de se mover. A moça de olhos esbranquiçados fazia um jutsu qualquer Raiton que nem cheguei a perceber o que era e deitou o outro ao chão. De katana em punho, avançou para o executar… e ia, se não fosse eu a meter-me à frente. Senti, como se fosse em câmara lenta, a lâmina a romper a minha roupa, a pele e por fim a carne e tudo o que estava por dentro.
- Urgh – contive o meu grito de dor e agarrei naquela espada típica dos ninjas e retirei-a da carne, um pouco mais abaixo do ombro, entre este e o pulmão, mas sem chegar às costelas. Ela arregalou os olhos mal me viu, mas a sua reacção imediata foi dar-me um violento pontapé que me fez arrastar os queixos por aquele solo infestado de relva e musgos.
- Quem raio é este palhaço? – murmurou a rapariga, cumprindo finalmente o seu objectivo. Fiquei estupefacto com o que estava a presenciar. Roubou uma vida ao mundo como se de uma pedra se tratasse. Levantei-me, violentamente, mas Akane apareceu à minha frente e interpôs a sua mão entre mim e a rapariga.
- Este palhaço é o teu novo membro de equipa… como eu.
- Qual é o teu problema?! – berrei-lhe – era preciso aquilo!? – questionava, tentando fazer a voz mais irritada possível. Agarrei-lhe pelos colarinhos e por pouco não fiz mais do que isso.
- Eu fiz o que me foi assinalado – afastou-me com um empurrão – a minha ordem era ultrapassar a fronteira sem que fosse vista. Estes viram-me, tive que acabar com eles – a sua voz era fria apesar da sua aparência. Retirava a katana do peito daquele shinobi, e sacudiu o sangue onde esta estava embebida, colocando-a de seguida na bainha.

– Eles ter-me-iam morto também.

Bom filler, sem dúvida!

Agora que nos conseguiste deixar intrigados com a rapariga, não páres (não que eu tenha grande moral para falar)

Continua Kiba, está óptimo como sempre. ^^