Acabamos de almoçar e, para nenhum do nosso espanto, voltamos ao dojo com os nossos monges senseis. Tinha ficado novamente com o Ichiro e aparente o tema do nosso treino, seria também o mesmo, mais Genjutsu.
- Hayato, prepara-te. Vamos começar imediatamente - disse o monge. Vários caules de ervilheiras começaram a surgir à minha volta, e o meu Doujutsu activou-se instantaneamente. Com uma pequena concentração de chakra e, em combinação com o Sharingan, consegui para o fluxo da substância que dava vida aos jutsus de me chegar ao cérebro por momentos. Desfiz a ilusão e parti para a ofensiva. Fiz alguns selos e, ao contrário de há pouco, concentrei agora chakra no cérebro. Desapareci em corvos (gen) e apareci à frente dele, concentrando rapidamente alguma quantidade de chakra e transmitindo a minha intenção assassina para Ichiro. Este viu-se paralisado e, depois de levar com uma kunai minha, desapareceu num fumo branco.
- Nani!? - disse eu quando me vi envolto numa escuridão tremenda. Um monstro vermelho surgiu perante mim, e eu desatei a correr. Enquanto o fazia, outra figura, desta vez azul, surgiu por baixo de mim e agarrou-me o pé, fazendo-me cair. Por um lado foi bom, olhei de relance para o meu tronco e vi que todo o meu chakra estava desregulado. Juntei ambas as mãos e fiz com que o meu fluxo de chakra parasse para me tirar daquela ilusão -chega disto, porra! - berrei. Ele olhou para mim com uma cara extremamente surpreendida, aparentemente eu não tinha cara de quem se revoltava muito.
- É só mais um pouco Hayato, não te preocupes... - ele desapareceu em traças que se juntaram a mim, tentando-me sufocar. Eu não queria mais isto, o meu cérebro parecia estar a sufocar, e eu não conseguia mais continuar com esta porcaria. Senti um latejar na cabeça e um fino fio de sangue escorreu-me de um dos meus olhos, quebrando o Genjutsu por si.
- Acabou o pouco - disse eu. Parti em direcção a ele e concentrei algum chakra, fazendo com que vários corvos me rodeassem. Cheguei perto dele e, confundindo-o com os corvos, desviando-me com um shunshin para trás dele e aplicando-lhe com força um Konoha Senpuu o que o elevou no ar, mas o desfez em fumo pouco depois. Agora era a vez dele de aparecer atrás de mim, e a minha vez de levar porrada. Deu-me um potente soco nas costas e eu voei até embater na parede. Mas estava consciente, muito consciente. Os corvos juntaram-se com um sinal de chakra meu e formaram um clone que explodiu a seguir, com mais uma dispensa de chakra meu.
- Muito bem... - disse Ichiro aparecendo à minha frente. Estava paralisado, mas já conhecia o Genjutsu, tanto eu como o meu Sharingan. Quebrei a ilusão, mas manti-me imóvel, parecendo que ainda estava sobre o efeito da técnica. Ele aproximou-se de mim e, entre chakra e faíscas, criei uma bola de electricidade à minha volta. Finalmente consegui apanhá-lo sem que ele se desfizesse em fumo, mas o gajo era rijo. Ele viu que eu não estava ali a brincar, pelo menos, já não estava ali simplesmente para levar porrada. Parou à minha frente em posição defensiva, coisa que nunca o tinha visto a fazer - Ikkuso - disse ele avançando para mim. Tentou-me dar um soco rápido e sólido no peito, mas bloqueei cruzando os meus braços. Quando reparei, já estava atrás de mim pronto para me lançar com um pontapé rotativo. Desviei-me agilmente graças ao Sharingan e afastei-me, enquanto concentrava chakra e fazia alguns selos.
- Katon - Endan! - disse lançando algumas bolas de fogo, cujas ele defendeu apenas com os punhos. Porém, já eu preparava algo com outro nível. Juntei chakra nos pulmões e lancei desta vez uma grande bola de fogo. A uma velocidade incrível, Ichiro fez uma grande quantidade de selos e lançou uma enorme rajada de vento contra a bola. Desafiando as leis do mundo ninja, o vento, em vez de aumentar o fogo, extinguiu-o - Kuso! - já estava cansado, mas não desisti. Concentrei chakra na palma da mão e dei-lhe uma forma esférica. Corri para ele, mas ele simplesmente... levitou.
- Acho que por agora chega, Hayato - disse ele pousando graciosamente. Ainda tinha chakra, mas por alguma razão ele não me queria desgastar demasiado. Isso parecia-me confuso, mas foi assim que aconteceu.