A espera parecia ser interminável, ainda só tinham passado cerca de quarenta minutos desde o momento em que Nami se tinha acomodado na sala de espera da mansão do Mizukage. Ao seu lado jazia o seu irmão, Kyou.
Encontravam-se os dois silenciosos, fixos num certo pensamento. Reflectiam sobre o quão importante era o que estava para vir:
Se os dois não conseguissem a aprovação do Mizukage para serem Genins da vila, a sua família não teria permissão para viver em Kirigakure.
Um relógio de ponteiros encontrava-se no topo da porta que separava o gabinete da sala onde os rapazes se encontravam, e a cada segundo que passava, este mesmo anunciava a sua presença com uma badalada nostálgica.
A rapariga detestava este tipo de relógios, sentia que o tempo estava a correr, tempo este que nunca mais poderia ser recuperado na sua vida limitada.
Após outros minutos de espera, levantou-se frustrada e dirigiu-se a uma mulher que permanecia sentada atrás de uma secretária, e educadamente perguntou-lhe:
- O Mizukage-Sama... - Parou por uns momentos para estruturar a frase. - Quando é que ele estará disponível, viemos para algo importante.
- Okashii está a tratar de assuntos que poderiam corromper a segurança da vila se fossem esquecidos, desculpe, mas é preciso ter calma.
- Pois... - Com um olhar cabisbaixo, pensou na sua próxima acção. - Então... qual é o objectivo exacto de um Kage?
A mulher ficou ligeiramente espantada, e depois afirmou com grande entusiasmo:
- Então, vocês são as crianças do clã Shiokaze... Prazer conhecê-los.
Um sorriso escapou do coração da rapariga, e correu até chegar á sua cara, local onde se manifestou.
- Sim. - Disse sem saber bem o que fazer.
- Qualquer grande vila é protegida por um Kage... Este tem de tratar não só de grandes papeladas, como também tem de dirigir a diplomacia e outros assuntos internos das vilas, é neste que está concentrado quase todo o poder, desde o legislativo ao controlo militar.
A porta que levava ao gabinete do Mizukage abriu-se, magnetizando instantaneamente o olhar de todos os presentes. Uma figura que vestia um manto negro espreitou, e então atravessou o arco que formava a passagem de uma sala para outra.
As suas roupas eram bastante misteriosas, era uma capa que o cobria desde os pés até ao pescoço, e só não tapava a cara por ter um capuz preso nas costas. Portava no cinto um Kanji que simbolizava a paz, e ao lado desse Kanji, um pino de largas dimensões, feito num metal polido e brilhante com o símbolo de Kirigakure. Pela aparência do metal, podia-se calcular que o símbolo não tinha sido feito à mais de três dias.
A cara do rapaz era masculina e o seu cabelo era castanho, este dirigiu-se à secretária, ficando ao lado de Nami.
- Okashii disse-me para falar consigo, para procurar nos seus registos por alguém de nome Dri Uchiha. – Exclamou calmamente, depois olhou para o lado, e ao reparar na rapariga que estava ao seu lado, disse-lhe:
- O Mizukage também disse que os dois Shiokazes podiam entrar, calculo que sejam vocês.
A rapariga olhou para o seu irmão gémeo, e de certa forma fez um sinal que este compreendeu, assim estes dois dirigiram-se até ao gabinete do Kage, onde iriam decidir o futuro da sua família.

Spoiler:

Ena, o Dri metido ao barulho Cheira-me que o Ralfui deve andar por perto
É um enche chouriços, sim, mas sendo necessário é na mesma interessante.

Keep it up!