A manhã havia chegado á já muito tempo, no entanto o treino do dia anterior tinha sido muito duro, e Shijun decidiu prolongar o seu sono por mais algum tempo, visto que achava que mereçia um bom descanso. No entanto o barulho do treino matinal dos monges não o deixava dormir, e assim Shijun teve que, com algum custo, levantar-se da sua cama e preparar-se para abandonar os dormitórios. Retira então um baú de baixo da cama, de onde retira a sua veste de monge. Vestindo-a rapidamente, Shijun apressasse para a saída. Era uma manhã ensolarada, acompanhada por uma leve brisa. O terraço do Templo do Fogo era enorme, estando rodeado de imensas flores de todos os tipos e feitios, varias árvores, grande parte delas contendo ninhos onde familias de pássaros chilreavam alegremente, e um pequeno lago onde nadavam alguns peixes. Shijun, ainda um pouco ensonado e ligeiramente cansado observa atentamente o treino dos monges, que sempre o tinha fascinado, devido á grande disciplina e fortaleza destes. Ele próprio adorava treinar com os eles, visto que tornar-se mais forte sempre havia sido a sua grande ambição. Desde pequeno que fazia estes treinos. Aprendia rápido e cometia poucos erros, o que o fazia receber elogios de outros monges. Distinguia-se principalmente nas áreas de Ninjutsu e Taijutsu, e era hábil a lutar com a sua katana. Genjutsu, porém, não era a sua especialidade. Shijun desloca-se a uma pequena fonte, onde lava a cara e refresca-se. Porém, quando se ia juntar ao outros, o seu estômago começa a roncar, relembrando-o que ainda não tinha tomado o pequeno almoço.
-Bem, creio que um pouco de comida não será um problema... -pensa Shijun, enquanto se desloca ao refeitório com a esperança de ainda ter sobrado alguma comida. Pelo caminho, observa também alguns monges a rezar. Estes rezavam pela deusa Guanshiyin, considerada a protectora do templo. Shijun chega ao refeitório, tnedo a feliz surpresa de encontrar um resto de comida, que devora imediatamente. Shijun preparava-se então para os treinos quando se depara com o monge chefe.
-Shijun! -começa o monge chefe, com a sua típica voz rude- Vem comigo, precisamos de falar.
-Hemmm...claro!-responde Shijun, um pouco atrapalhado, visto que não sabia a razão daquela convocatória. Ambos se deslocam ao gabinete pessoal do monge chefe, um local grandioso e habilmente ornamentado, local digno de um senhor feudal. Ambos arranjam assento, e então o monge chefe começa a falar.
-Shijun, para já, quero dizer-te que estou muito orgulhoso de tí e do teu progresso. Foste sem dúvida um grande aluno. No entanto - diz o monge chefe, de uma maneira um pouco tristonha, seguido de um suspiro - este será o teu ultimo dia.
-Compreendo mestre - exclama Shijun - foi uma honra ser seu aluno!
Ahhhh... Ainda me lembro de quando eras uma criança... e da primeira vez que nos conhecemos...-diz o monge chefe, com alguma nostalgia- E tú Shijun, ainda te lembras desses tempos?
Shijun não responde... estava agora afundado nos sues pensamentos. Não estava morto, mas estranhamente a sua vida passava-lhe repentinamente em frente dos olhos, recordando-o de tudo o que tinha ocorrido á muito tempo atrás.