-Ah! – Suspirou Kimera de alívio ao portão de uma pacata vila sem características ninjas. A rapariga esticava os seus braços o máximo ao alto acompanhando o movimento ao esticar de igual forma a coluna vertebral sentindo um leve estalar da mesma acompanhando por um breve momento de prazer.
Tsutao permanecia calado e olhava em se redor. Desde que se tornara Nukkenin que não achava seguro andar aí a dar a cara e aquele disfarce que tinha era estupidamente perfeito. As pessoas passavam a olhavam para eles, não pelo facto de eles serem Nukkenins, mas sim pelo facto de ambos estarem vestidos com trajes completamente diferentes dos que os moradores da vila estão habituados a ver. O Uchiha continuava a olhar em sua volta e Kimera já estava a vasculhar nos seus bolsos à procura de algo.
-Olha que merda… - Disse a adolescente loira retirando um isqueiro do bolso e prendendo a atenção do ex-Chunnin com um olhar de soslaio – Acabou-se o tabaco… Vou comprar mais!
-Tudo bem. – Aprovou Tsutao apontando posteriormente para uma taberna não muito longe da loja para onde Kimera tencionava ir comprar o tabaco – Estarei exatamente ali!
-UI, parece que alguém está a querer ter umas brincadeiras sujas! – Troçou a Nukkenin virando costas ao companheiro e dirigindo-se para a loja recebendo um olhar ameaçador do Uchiha que esta não tinha visto – Não gastes todas as nossas poupanças!
O Uchiha acabava por suspirar e virava as costas para a rapariga de igual forma. A passo lento e confiante, este aproximava-se da taberna até ver um placar por cima do edifício. Numa sequência de luzes onde estas se desligavam ou ligavam em sincronia e automaticamente, podia-se ver uma mulher seminua a fazer poses pouco impróprias. Ainda era pleno dia logo estes tipos de lugares nunca estariam muito cheios, pelo menos era o que achava o ex-Chunnin quando olhava de soslaio da entrada.
Era um local pouco iluminado, a única iluminação eram os poucos candeeiros situados em cima de mesas, espalhadas de forma aleatória, e que proporcionavam um ambiente descontraído e sensual. Para combinar, estavam organizados ao longo do pavimento, sofás de diferentes portes que eram usados para as típicas danças das “senhoras” e para os “senhores”. Em relação à clientela, não parecia haver alguém muito perigoso. Umas quantas criadas seminuas a servir os clientes, homens sem-vergonha a beber, apalpar cada criada que veem, ou a atirarem-se à primeira loira ou ruiva que vissem.
O Uchiha só dá dois passos e rapidamente se tornara o irritante centro das atenções. Suspirou e repensou como odiava ser o centro daquela maneira, mas também podia censurar. Sem grandes palavras este encaminhava-se para um dos sofás, acompanhado por uma mesa, mais próximo que estava e, de preferência, vazio. Lá sentou-se e retirou a sua lâmina das costas encostando-a à superfície rugosa e gasta do canapé. Este notava como as criadas começavam a murmurar entre si e tentavam tapar as caras com os tabuleiros de madeira que portavam consigo. Obviamente a discutir sobre quem seria a sortuda que serviria o mascarado.
-Aqui está! – Murmurou um homem não muito longe do Uchiha que acabou por lhe apanhar a atenção – Este será o local onde a troca vai acontecer…
Na escuridão não se notava mas dava para reparar como era um adulto, na casa dos trinta e que portava também uma espada consigo. Estava virado para uma mesa particularmente pequena que continha dois homens a beberem sake nela, um de cabelos grisalhos e múltiplas cicatrizes na cara e outro com um pala à pirata no olho direito e cabelos negros. Tsutao ainda se apercebia de como o adulto lhes entregava um envelope.
-O dinheiro e as armas vão lá estar, certo? – Perguntou o cara de pirata mediante abria o envelope e dava uma olhada no conteúdo lá dentro.
O adulto nada disse, acenou positivamente com a cabeça e colocou um capuz azul-escuro sobre a cabeça. Olhou ao seu redor e apressou-se para sair da taberna. O pirata e o companheiro trocavam palavras entre si enquanto o que recebera o envelope guardava-o num dos bolsos da jaqueta e começava a gritar que queria que as “senhoras” dançassem para ele, sendo respondido por uma morena que já se encaminhava sensualmente na direção dele.
-Estás com ciúmes dele? – Sussurrou Kimera ao ouvido do Uchiha recebendo um susto por parte dele e, posteriormente, um olhar de raiva – Eu também te faço uma dança, queres?
-Não e não… - Respondeu Tsutao olhando para a loira de alto-a-baixo recebendo sempre aquele sorriso trocista que ela adorava-lhe fazer. Esta estava sentada ao lado dele com um cigarro na boca e com um isqueiro na outra mão pronta para acender-lhe – Mas quero que me faças um favor… - A rapariga acabava de acender o cigarro e levantava a mão bem alto para pedir um pouco de sake, só depois é que dava atenção ao Uchiha – Aquele homem que se parece com um pirata, ele tem um envelope interessante.
-Fotografias sujas não é? – Perguntou a rapariga de olhos verdes não retirando o sorriso trocista da cara dando inspirando o conteúdo do cigarro e depois expirando para o ar.
-Traz-me o envelope e verás… - Pediu Tsutao mais uma vez.
-Eu já volto – Avisou Kimera dando o cigarro para as mãos de Tsutao, este que recebeu de mau agrado visto que não fumava, e encaminhou-se sensualmente para o par de homens que estavam sentados não muito longe deles.
O Uchiha olhava para as costas da rapariga e vi-a a aproximar-se dos homens. Uma empregada morena havia chegado à mesa dele e tossia para chamar a atenção do Nukkenin. Este não ouvia e voltava a tossir conseguindo por fim olhá-lo nos olhos negros.
-B-bom-dia senhor. Aqui está… - Tremelicou a empregada pegando na caneca enorme de sake e colocando-a por cima da mesa. Tsutao esboçou futilmente um sorriso esquecendo-se de que a máscara lhe tapava a cara. A empregada, como não vira o sorriso, pensava que tinha feito algo errado retirando-se sem dizer nada, cheia de medo.
O Uchiha abria a câmara que tinha na máscara para depois conseguir colocar a caneca na boca e beber um pouco de sake. A bebida ardeu-lhe na garganta e, enquanto descia, dava-lhe ténues voltas ao estômago. Era a segunda vez que bebia e o sabor era igual, bom mas igualmente amargo e revoltante. Aí é que se lembrou que, mesmo estando completamente encapuçado, este era menor de idade. Contudo o facto de estar todo coberto, de andar com armas e a postura davam-lhe uma idade mais adulta, provavelmente seria a causa de lhe terem deixado entrar na taberna e não questionarem o facto de este estar a beber álcool.
-Olá garanhões – Cumprimentava Kimera sentando-se delicadamente por cima da mesa e piscando o olho para o pirata enquanto a empregada se afastava e aproximava-se do homem de aspeto mais selvático.
-Olha quem nos veio dar a visitinha! – Grunhiu o pirata bebendo um demorado golo de sake e depois pousando a caneca violentamente contra a mesa, tremendo por completo a superfície deixando escapar algumas gotas do conteúdo da caneca – Hoje é o nosso dia de sorte, o que uma garina boa como tu está aqui a fazer?
Kimera ainda olhou de soslaio para Tsutao vendo-a a beber da sua caneca, mas ainda com o cigarro na mão. Não escondeu um sorriso e sentou-se ao colo do pirata envolvendo o pescoço dele com os braços e aproximando a cara da cara feia dele, quase o beijando.
-Ah sabes como é. Entrei no bar, cheia de tédio e ando à procura que uns verdadeiros homens me satisfaçam – Explicou a rapariga passando as mãos suaves pelos espessos e sujos cabelos do homem. Este ia para beijá-la e é aí que Kimera se estende ao longo do sofá deitando-se por completo só ficando o tronco, e alguma parte dos seios, por cima do colo do homem. A cabeça quase que perturba a dança da empregada no homem de cabelos grisalhos – Não te importas de me satisfazer?
O homem babava-se por completa enquanto os seus olhos passavam por todos os traços do corpo da rapariga e contemplavam cada pedacinho. As suas mãos estavam prestes a passar pela pele macia dela, mas esta voltava a mover-se bruscamente agarrando as bochechas dele com as mãos e apertando-as virando a cara dele para a sua mais uma vez.
-Bebê, vamos já ali para um cantinho para uma rapidinha! – Exclamou agressivamente e a Kimera limitou-se a dar um sorriso de aprovação, contudo o homem ainda olhou de soslaio para Tsutao que não tirava os olhos deles, e não tinha intenções de disfarçar, bebendo sempre um pouco de sake – Mas ali o teu namoradinho parece estar incomodado.
-Ah não te preocupes lindo! Ele não é meu namorado, e é gay! – Disse-lhe ao ouvido com uma voz sensual lambendo-lhe a face e depois voltando a fitá-lo. A excitação percorreu logo o corpo do homem e este não tirava os olhos de Kimera, sem se aperceber a mão dela revistava-lhe todos os bolsos até entrar pela jaqueta a dentro e remexer nela encontrando um bolso oculto. Depressa sentia o envelope, retirava-o e escondia-o num dos bolsos das suas calças negras.
-Kimera VAMOS! – Gritou Tsutao levantando-se de rompante quase atirando a mesa ao chão e recebendo alguns gritos histéricos das empregadas que pensavam que ele iria atacar alguém. Ao mesmo tempo este deixava cair o cigarro que Kimera pedira para segurar, sem se preocupar muito com ele.
A loira suspirou, agora que se estava a divertir e o ciumento do Uchiha já a estava a mandar ir embora. Esta retira-se do colo dele beijando-o muito perto da face e retirava-se para perto do companheiro Nukkenin deixando ambos os homens a olharem-lhe para o rabo. Esta colocava-se perto dele e ambos saíam do estabelecimento para grande alívio das empregadas, estas que nem se importaram pelo facto do ex-Chunnin não ter pago a conta.
Cá fora o movimento das ruas permanecia igual e os constantes olhares para ambos os Nukkenin também. Tsutao caminhava pela rua, calado e a fechar a câmara na sua máscara voltando a tapar a boca. Kimera não tirava uns olhos semicerrados e um sorriso trocista dele.
-Ficaste roído de ciúmes não foi? – Perguntou retirando o envelope do bolso e estendendo-o à frente do peito. Este que o retirou da mão delicadamente e abriu, retirando depois um papel sem responder à pergunta da companheira – Então o que tem de tão especial para que eu tivesse que seduzir um cara-de-bacalhau?
O Uchiha limita-se a esboçar um sorriso e volta a guardar o papel dentro do envelope – Hoje vamos ganhar o dia… Vamos estar cheios de dinheiro ao final do dia! – Festejou guardando o envelope dentro de um bolso e virando para um atalho estranho.
-Boa vamos… Para onde vais? – Perguntou a loira olhando para o companheiro a desviar-se da direção.
Ele nada lhe responde limitando-se a levantar uma mão ordenando que ela o seguisse. Não houve reclamações e Kimera seguiu de bom grado mediante acendia um novo cigarro e se despachava a fumá-lo. Tsutao parava à frente de uma parede que lhes afirmava que tinham vindo parar a um beco sem saída.
-A tua orientação avariou-se ou vieste dar uma mijinha? – Perguntou a rapariga inspirando mais um pouco do seu cigarro e voltando a expirar.
-Olha para trás idiota! – Advertiu o Uchiha quase num tom de grito.
Kimera assim o faz e olhava de soslaio para as suas costas vendo o par de homens do bar há uns momentos atrás. Os seus semblantes agora eram diferentes, de felicidade estes agora traduziam um pouco de raiva num misto de deceção.
-Acho que tens algo nosso, loiraça! – Gritou o pirata revoltado por ter sido roubada por uma rapariga tão bonita.
-O quê? Os vossos culhões? Desculpa mas eram tão pequenos que confundi-os com tomates. Acontece! - Respondeu soltando depois um sorriso trocista e fumando mais um pouco do seu cigarro, Tsutao sorriu de igual forma apesar de o sorriso se esconder timidamente por detrás da máscara.
-COMO TE ATREVES? – Grunhiu o homem de cabelos grisalhos retirando umas matracas da fivela e correndo na direção da loira, contudo, o que pensava que ia acontecer, acabou por não acontecer. Sentia-se paralisado, os seus músculos não lhe obedeciam. Olhava para o lado e via que o seu companheiro também não se mexia por muito que tentasse.
-Genjutsu Shibari… - Murmurou Tsutao caminhando na direção deles aproveitando que estavam paralisados. Kimera deixava-se ficar para trás continuando a fumar e olhando, nunca retirando o sorriso, para o Uchiha que tanto o gostava de ver em ação – Por alguma razão as pessoas desta vila têm medo de nós não acham palhaços?
Obviamente que os homens não lhe responderem, o ex-Chunnin nem ligou e concentrou toda a sua força na poderosa cotovelada que espetou na barriga do homem cheio de cicatrizes na cara usando o Erubō. O homem, agora livre do Genjutsu, contorceu-se e desmaiou deixando o seu corpo jazer no chão à frente do Uchiha. Kimera atirava o cigarro, que acabara de fumar, e já estava a atingir com uma joelhada na barriga do pirata, obrigando-o a abaixar-se, e depois a atingir-lhe com as “costas” do joelho direito por detrás do pescoço dele arremessando a cara dele contra o chão colocando-o inconsciente.
-Porque é que eu tenho sempre mais estilo quando acabo com eles? – Perguntou a rapariga revistando o corpo dos oponentes moribundos.
-Porque se calhar és mais bonita… - Limitou-se Tsutao a responder caminhando para fora do beco – Anda, esses otários não devem de ter nada de especial.
-Awww, és muito mais fofo quando me elogias, porque não o fazes mais vezes? – Perguntou correndo para acompanhar o Uchiha que caminhava para nenhum local em especial.
-Porque se o faço ficas mais convencida do que já o és.
-Oh lindinho, não sou convencida, sou realista! – Gracejou a rapariga – Quando é que ganhámos o dinheiro?
-O assalto vai ser esta noite. Até lá vamos aproveitar o que esta vila nos pode oferecer.
E assim o foi. Enquanto a noite não chegava Tsutao e Kimera andavam por toda a vila, não cumprimentavam ninguém, para eles só o outro é que existia. Por muita picardia que Kimera passava ambos conseguiam se entender muito bem, ocorrendo poucos momentos de silêncio na estadia. Kimera, sem mais nem menos, apeteceu-lhe beber já que na outra taberna isso lhe fora impossível. O Uchiha, por muito que tentasse, nunca a conseguiria impedir sendo arrastado por ele para outra taberna, sendo que esta já não era para adultos.
Lá dentro o ambiente era quente mais ainda assim desconfortável. Contudo Kimera mostrava-se feliz, rapidamente se dirigia para o balcão onde pedia duas canecas de sake, só para ela ou então para ele e para ela, o companheiro não tinha a certeza. A rapariga, depois de as receber, encaminhava-se em direção a ele com uma cara sorridente já bebericando um pouco da sua. E assim a tarde passou, Kimera acabou por se juntar a um grupo de homens e mulheres que já estavam bêbados, mas felizes e festejavam a tarde, em vez da noite, com canções, danças entre outras coisas estúpidas. A obrigação da Fukeru, Tsutao viu-se obrigado a participar, mas mesmo assim este acabou-se por divertir.
E finalmente a lua deu a cara na vila. Kimera e Uchiha saíram da taberna, não muito cansados mas com as mentes bem refrescadas, com um bafo a cheirar a álcool mas totalmente divertidos. Com uma moral tão em alto, o que lhes vinha a seguir poderia ser um duelo sangrento.
-Vamos agora ganhar o nosso dinheiro? – Perguntou o Nukkenin já começando a andar na direção do local misterioso que estava no envelope.
-Claro, dinheiro é o meu terceiro amor! – Festejou a rapariga recebendo um olhar de Tsutao que esta interpretou mal – Não te preocupes, és o meu quarto amor. O tabaco e álcool estão à frente, lindinho.
Tsutao suspira e olha em seu redor. Alguns postes de eletricidade já se começavam a ligar para iluminar as ruas escuras da aldeia. O movimento da aldeia continuava cheio e alguns estabelecimentos preparavam-se para fechar enquanto os noturnos abriam naquele exato momento. Uchiha continua a caminhar em direção ao local marcado mediante a companheira se mantinha calada e fumava mais um cigarro olhando para todo o seu redor. Para ela aquela era o tipo de aldeia onde ela conseguiria ficar uma semana a viver, tinha tudo o que ela mais amava tornando-a perfeita.
-Chegámos – Avisou Tsutao retirando o envelope de um dos bolsos e olhando para o papel lá dentro para se certificar que estavam no exato local.
Kimera acorda do seu transe mediante olhava para todo o seu redor e reparava que estava num local fora da vila, bem distanciada para constatar. Era um pequeno clarão, coberta por escassas árvores e à beira de uma cascada com uma pequena lagoa no seu desaguo com rochas a limitarem a área que a água desaguada cobria. A água era cristalina e podia-se ver perfeitamente o reflexo, tal como se via o brilhar da lua que estavam a atingir o seu clímax no céu.
-Ainda não está ninguém – Comentou Kimera olhando ao seu redor e acabando de inspirar o que restava do conteúdo daquele cigarro, atirando o que restava para o meio do chão.
-Chegamos mais cedo, mas não tarda não estarão a aparecer ambos os gangs para a troca de armas e de dinheiro… - Revelou por fim o Uchiha aproximando-se da rapariga – Vou agora contar-te o plano, não te esqueças!
Vinte minutos passaram-se e o clarão encontrava-se sozinho quando cinco homens chegavam ao clarão. Todos tinham aspetos diferentes, mas havia algo que os fazia iguais. Era a marca de dois círculos amarelos adjacentes entre si e tatuados na bochecha esquerda de cada um. Sem grandes demoras, o outro gang apareceu na direção oposta ao gang anterior. Os novos membros eram também de diferentes aspetos, contudo a marca deles estava tatuada mesmo por cima da pálpebra do olho esquerdo e era uma folha cinzenta, ficando incompleta quando a pálpebra se abria.
-Muito bem, mostrem-nos as armas! – Gritou um dos homens do gang das bolas amarelas.
Um dos homens do gang com a marca da folha cinzenta dava um passo em frente. Ajoelhava-se no chão e fazia um par de selos, depois batia com a palma da mão no chão recebendo alguns “kanjis” de invocação à volta da zona. Uma nuvem de fumo surge e, quando esta se desvanecia, algumas armas de diferentes portes, tamanhos, pesos e qualidade deixavam-se mostrar.
-Estas são algumas, mostraremos o resto quando virmos metade do dinheiro combinado! – Gritou o homem que invocara as armas levantando-se e transmitindo a sua expressão de desconfiança, algo que todos mostravam e que era típico neste tipo de trocas.
Outro homem do gang que combinara dar o dinheiro abria a boca e preparava-se para falar. Mas todos os que ali estavam presentes assustam-se quando assistem a um jovem encapuçado a surgir das entranhas da terra e a desembainhar uma espada negra. Era Tsutao e, acompanhando-o, encontravam-se mais cinco Kage Bunshin que surgiam da terra igual a ele.
-Katon: Gōkakyū no Jutsu! – Gritou o ex-Chunnin mirando a sua bola de fogo para o gang da marca das bolas amarelas, estes que se viram obrigados a afastarem-se da bola, misturando-se assim com as árvores que circundavam o clarão – Agora é contigo Kimera! – Pensou virando-se para o gang que sobrara acompanhado pelos seus clones.
O inimigo nem demorou muito a reagir, todos desembainhavam katanas e corriam na direção do Uchiha. Um clone saltara ao encontro deles cuspindo bolas de fogo, mas fora facilmente derrotado com um corte horizontal do inimigo que ia a frente. O fumo que cobria o desaparecimento do clone era útil para Tsutao que surgia dele e raspava com a sua lâmina na carne da perna direita do primeiro, este que grunhia de dor e se atirava ao chão incapacitado. Um inimigo surgia de um dos flancos do Uchiha, mas este recebia um Erubõ certeiro na cara e que o atirava para um pouco longe, recebendo depois um corte superficial no peito mas que o iria dificultar-lhe um pouco a luta.
-Katon: Gōkakyū no Jutsu! – Gritou um dos oponentes no flanco direito do Nukkenin antes de lhe atirar com uma imponente bola de fogo.
Tsutao apercebe-se dela a tempo e usa um Sunshin para escapar da bola e surgir por cima da água da cascata mantendo-se de pé graças ao Mizu no Kinobiri. Contudo os clones não tiveram a mesma sorte e receberam todos os golpes de mau agrado, desaparecendo numa enorme nuvem de fumo. O Uchiha não dera muita importância, lamentando-se apenas pelo chakra desperdiçado.
- Magen: Jigoku Kōka no Jutsu! – Pronunciou antes de completar os Jutsus e ficando estranhamente invisível.
Os três inimigos que sobravam estranhavam o estranho desaparecimento do seu adversário. Assustaram-se quando ouviam um dos seus companheiros a engasgar-se no seu próprio sangue, com um corte profundo no pescoço. Por detrás dele estava o encapuçado de há pouco, com a sua lâmina sangrenta a pingar sangue para o chão.
-Cabrão! – Gritou um dos gangsters elevando a sua lâmina e correndo na direção de Tsutao numa corrida lenta.
O Uchiha ainda não havia ativado o seu Sharingan, não achava necessário para os adversários que estava a enfrentar. Vendo o avanço de um novo inimigo, este obrigava a que a sua lâmina negra começasse a entoar uma aura azul. Varrendo o ar com ela, um feixe de chakra é disparado na direção do oponente, este que se consegue desviar com custo. Contudo o oponente não contava com a surpreendente rasteira que Tsutao lhe atingia nas pernas deitando-o ao chão. Num ágil movimento de braços e pernas, o ex-Chunnin já estava de pé e a atingir com um forte murro na cara dele debilitando-o. Assim este olhava ao alto vendo que só um sobrava da pequena formação que viera à troca.
-P-por favor, não me mates! – Pedia o homem deixando a katana que portava cair no chão.
Tsutao nada dizia, virava-se para o que sobrava e começava a caminhar na direção dele lentamente. Este olhava pelas aberturas dos dedos que lhe cobriam a cabeça e, vendo que não iria ter a misericórdia, levantava-se e começava a correr na direção oposta ao ex-Chunnin.
O Nukkenin invocava shurikens, cada uma atada com um pouco de fio Shinobi, e arremessava-as na direção de ambos os flancos do oponente que fugia. Estas iam em grande direção, passando ao lado dele e cruzando uma árvore, nesse exato momento Tsutao dedilha um pouco para controlar a direção das Shuriken e obriga-as a darem a volta à árvore e voltarem na direção do oponente que ainda se encontrava na sua fuga. O Uchiha volta a dedilhar e as shuriken desta vez cruzam as costas do oponente e retomam o caminho contra a árvore. Um último dedilho e as estrelas começam a circundar a árvore em poucas voltas ao tronco arrastando o corpo histérico do oponente. As costas do mesmo embatem contra o rugoso tronco da árvore e as estrelas-ninja acabam o seu trajeto cravando-se nos membros do oponente prendendo-o à árvore enquanto grunhidos se soltavam e espirros de sangue escorriam dos membros do adversário à beira da morte.
-P-por favor não me mates! Por favor! – Suplicava o adversário ao mesmo tempo que a sua visão ficava turva e o seu corpo fraquejava.
-Não te preocupes. A pedido de uma pessoa especial não te vou matar, nem a nenhum dos teus companheiros – Esclareceu Tsutao encontrando-se por fim perto do corpo do inimigo enfraquecido.
É aí que Tsutao agarra no pescoço do adversário com uma das mãos, recebendo um ligeiro guincho histérico dele, e uma aura azul invade-lhe o braço. Sem que se apercebesse, as reservas de chakra do inimigo esvaziavam-se a um ritmo alucinante mediante as reservas de chakra de Tsutao chegavam a completar-se. Com o chakra restaurado e o adversário totalmente fraco, não faltando pouco para desmaiar, Tsutao vira-lhe as costas e começa a correr para a frente da cascata.
-Então lindinho, porque demoraste tanto? Os meus nem chiaram! – Chamou Kimera enquanto acenava alegremente.
Tsutao por fim colocava-se à beira dele e guardava a sua lâmina sangrenta apesar de receber uma expressão descontente por parte de Kimera mediante o punho da sua mão se encostava ao lado da barriga descoberta e um pé batia contra o chão incessantemente.
-Eu pedi-te para não matares ninguém! Eu não quero a minha cabeça a prémio! – Refilou Fukeru mantendo o seu semblante nada satisfeito.
-Não se preocupem crianças! – Bramiu uma voz grossa que ecoou por toda a área apanhando Tsutao e a loira num susto. Estes viravam-se e olham ao seu redor numa tentativa de encontrar o adversário – O único local onde as vossas cabeças irão estar será na minha cabeça!

Os sentidos dos companheiros Nukkenin ficaram em instantâneo alerta quando ouviram a voz oculta a falar. Kimera mantinha-se numa postura defensiva agachando-se e colocando os punhos em riste para usar qualquer tipo de Taijutsu. Tsutao, pelo contrário, mantinha-se descontraído mas com a sua lâmina negra na mão.
Um monte de poeira misturada com pedras começa a aglomerar-se por detrás dos companheiros sem que estes se apercebessem. Só quando os ruídos começam a aumentar é que o Uchiha olha de soslaio para as suas costas e via uma onda de pedras e areias a precipitarem-se sobre eles.
-Kimera SAÍ! – Gritou Tsutao dando um forte empurrão na rapariga afastando-a do ataque que engolira por completo o seu companheiro.
-SABAKU KYUU! – Gritou outra vez a voz e as pedras e poeiras apertaram-se contra o corpo do ex-Chunnin esmagando-o por completo.
-TSUTAO! – Gritou a loira olhando para o seu lado e vendo agora o homem que havia falado há pouco.
O homem que havia matado Tsutao encontrava-se de pé a olhar para o local onde perecera o Uchiha com um grande sorriso. Tinha um chapéu de palha sobre a cabeça que lhe cobria o cabelo castanho. A sua cara era oval e as pupilas dos olhos intensamente negras. Vestia roupas de um camponês casual, curtas para afastarem o calor do trabalho dos campos. Mesmo parecendo um agricultor, não deixava de ter uma presença de um ninja muito forte, ou pelo menos um criminoso.
A Nukkenin olhava para ele com rancor apesar de a sua face trair com uma expressão calma e descontraída. Num ápice esta já estava perto do homem e a atingi-lo com um pontapé na barriga. Contudo a barriga fora revestida com algumas pedras, quebrando quando atingidas pelo forte pontapé de Kimera. O homem então elevou a mão e voltou a baixá-la num forte pulso, uma lança de pedras formou-se no ar e desceu no mesmo momento visando matar a loira. A rapariga não era fácil de matar e esticou o seu tronco para trás pousando as mãos no chão e conseguindo fazer um pino à retaguarda desviando a lança que se cravou contra o solo. Após o pino Kimera conseguiu voltar a colocar-se de pé. Arremessou uma kunai e depois voltara a correr na direção do inimigo.
-Coitada… - Murmurou o homem começando uma sequência de selos.
Antes do ataque dele a Nukkenin continuava o seu desenfreado ataque. Rapidamente a sua perna direita deslizava pelo solo e atingia a pedra que protegia as pernas do oponente. A sua mão varreu o ar até atingir a barriga, que também fora protegida por pedras. Esta rodou o seu corpo virando o rabo para a cara dele, pousou a outra mão no chão e com o pé livre tentou atingir-lhe na cara com um “coice”, mas uma pedra defendeu-o do ataque.
Ai é que Kimera viu uma abertura. Por entre as suas pernas, uma que estava no chão e a outra perto da cara do homem, esta esticou os seus braços e agarrou nas pernas dele antes que as pedras agissem. Num movimento felino, ela puxou-as mediante as suas pernas se abriam e o corpo dele caía de costas entre elas. Então a Fukeru voltou a levantar-se e afastou-se pelo meio de cambalhotas e mortais até estar numa distância segura. O homem levantava-se mediante as pedras pareciam derreter-se deixando montes de poeira alastrarem-se à sua volta.
-Um nível de Taijutsu incrível minha amiga – Comentou o homem esticando ambos os braços em opostas direções – Mas vais morrer igual ao teu amigo!
Kimera voltou a agachar-se para a mesma posição defensiva de há pouco. As poeiras que estavam em torno do homem começam a rodeá-lo revestindo o seu corpo até formarem uma grande esfera.
-Nikudan Sensha! – Bramiu começando a rodar, tempos a seguir e a esfera já rolava pelo solo visando atingir Kimera.
Esta conseguiu saltar por cima da esfera, segura que tinha escapado, não se apercebera de como a esfera estava a dar meia-volta e a atingi-la nas costas e depois passando-lhe por cima pisando por completo o corpo mas sem fazer danos graves. O homem desfazia a esfera em seu redor e olhava para trás vendo a sua oponente inconsciente.
-Ahaha, estavas condenada desde o início beleza – Voltou a bramir enquanto se aproximava dela a passo lento.
Sem dar conta de imediato, quatro Shuriken surgiam pelos seus flancos, todas elas a trazerem consigo harigane, que começavam a rodeá-lo visando prendê-lo. Montes de pedras rapidamente fazem o cerco à volta dele em duas fileiras, uma que bloqueou os projéteis e outra que cortou o fio que traziam consigo.
-Quem vem lá? – Perguntou o homem olhando para as costas esperando um novo inimigo.
É então que o solo por debaixo de si começa a mexer obrigando-o a atirar-se para um lado a tempo de esquivar um punho que surgia de dentro da terra. É então que aparece depois Tsutao a pousar no solo.
-C-como é que ainda estás vivo? – Perguntou o homem levantando-se após se ter atirado para o chão.
-Usei o Doton: Domu para suavizar a maior parte do dano… Diria que nem fez arranhões! – Confessou o Uchiha olhando de sobreolho para a Kimera inconsciente a alguns centímetros de si – Bem, parece que contigo terei que lutar a sério!
-Oh, com que então és um Uchiha? – Questionou o homem com a pele cinzenta mediante via o Sharingan de Tsutao a ser ativo e a fitá-lo.
O Uchiha nada diz limitando-se a cuspir um fluxo de fogo que esvoaça pelo ar quase atingindo o inimigo. Este é que rebolou para o lado e começou a correr em direção a Tsutao criando duas espécies de braços com a poeira que se levantava em torno deles.
-Gen no Kirigakure! – Bramiu o ex-Chunnin criando imediatamente um nevoeiro de ilusões à sua volta cobrindo por completo a sua posição e obrigando ao inimigo a cessar o ataque para que não caísse no Genjutsu.
Um vulto surge no meio do céu. O homem olhava para ele visando Tsutao a descer a alta velocidade com uma espada negra na mão. Com um gesto brusco com as mãos, um dos braços que havia criado atinge um dos flancos do Uchiha, mas este limita-se a desfazer numa fumaça branca.
-Um clone? – Pensou o homem olhando em frente vendo Tsutao a surgir mesmo diante dos seus olhos proveniente do nevoeiro que acabara de criar – N-nani?
- Erubō! – Gritou atingindo a barriga do homem com uma potente cotovelada. Contudo o ataque era para supostamente ser aliviado com as pedras, mas estas foram facilmente quebradas tornando o Taijutsu certeiro e obrigando o oponente a colocar os braços na barriga dolorosa. Então o homem olha para o Nukkenin vendo que a sua pele estava acastanhada, a sua força aumentara graças a Doton: Domu - Heddo Batto! – Voltou a gritar impulsionando-se para a frente e atingindo a cara do inimigo em cheio com uma forte cabeçada fortalecida pelo Ninjutsu Doton e projetando o corpo do inimigo para longe até este aterrar na lagoa da cascata salpicando algumas gotas de água.
-Este é inteligente. Usou o nevoeiro para me confundir, o clone para me distrair para ter tempo para fortalecer a sua pele e conseguir usar Taijutsu para me atingir. Uma bela tática – Pensava o homem levantando-se da lagoa deixando pequenos rios escorrerem do seu corpo – Eu ainda consigo vencê-lo!
Tsutao estava com a lâmina negra de novo na mão e encarava o oponente com o seu Sharingan ainda ativo. O adversário levantara a mão e uma lança feita de pedras surgia em pleno ar, a mesma lança que esvoaçava em direção ao Uchiha. É nesse momento que este se atira para o lado esquerdo desviando-se da lança, mas não conseguindo esquivar-se dos pequenos pedregulhos que varriam o ar e lhe atingiam em diversos locais do corpo com incomodativas dores.
Com golpes precisos e potentes, a sua lâmina negra rapidamente quebrava as pedras e o corpo do ex-Chunnin levantava-se encarando um homem que corria na sua direção. Tsutao apressava-se a fazer alguns selos. Um flash de luz momentâneo aparece nas costas do Uchiha cegando temporariamente o homem que visava ataca-lo (Raigen Raikōchū), o homem, não conseguindo ver nada, parava o seu ataque e ficava quieto remexendo nos seus olhos numa tentativa de conseguir ver.
-Katon: Hinotama! – Gritou Tsutao concentrando chakra na palma da mão e criando uma pequena esfera de fogo, que era posteriormente arremessada na direção do inimigo.
A esfera era como uma pequena bomba, quando chegou perto do oponente esta rapidamente explodiu numa onda de chamas expansiva que voltou a projetar o oponente para longe mediante chamas se alastravam consumindo a relva em seu torno.
Um braço feito de poeiras surgia de lado nenhum e levitava no ar até atingir em cheio a barriga do Uchiha, este que se contorcia cuspindo um pouco de sangue para o chão. O braço afastava-se, mas voltava a aproximar-se rapidamente atingindo o corpo do inimigo com as costas da mão e arremessando-o contra as poucas que árvores que existiam ali perto.
Tsutao levanta-se e afasta-se da poeira que se alastrava no local onde este caíra. Voltava ao clarão onde o homem com aspeto de agricultor já lhe esperava. A luta continuava e ambos os lutadores já se encontravam ofegantes e com algumas feridas, contudo a vontade de ganhar persistia.
-Tenho chakra suficiente para o ataque final! – Refletiu o Uchiha fazendo um selo especial e criando quatro Kage Bunshins em seu redor.
O oponente já se preparava para o pior, um dos clones criou uma rápida esfera de fogo com o Katon: Hinotama e o oponente disparava uma pedra contra a mesma esfera obrigando-a explodir no centro de distância entre ambos os oponentes. As chamas que se alastravam criavam uma densa nuvem de fumo. Tsutao surge da mesma e tenta atingir o pescoço do oponente com a espada, mas uma pedra interseta o ataque. Então outro clone aparece e tenta atingi-lo na virilha mas também vê o seu ataque bloqueado. O terceiro clone dá a cara pelas costas e crava a sua espada negra na pedra que se formava nas costas do oponente.
-Merda não me consigo defender mais! – Pensava o homem já vendo o quarto clone a surgir pelo flanco que faltava e a raspar-lhe a arma no braço direito deixando um corte estranho lá formar-se e vendo já um fio de sangue a escorrer de lá –AFASTEM-SE! – Gritou levantando uma enorme nuvem de poeira que obrigou aos clones e ao mestre e afastarem-se da posição dele – Agora v… UGH! – Preparava-se para falar mas uma dor repentina surgiu-lhe no braço que o obrigou a ajoelhar-se no chão, este olhava para a ferida anterior e via que esta se tinha aberto ainda mais e o sangue escorria ainda mais depressa e em maior quantidade – O quê?
-Chama-se Estigma! – Bramiu Tsutao numa pose orgulhosa olhando para o oponente e desativando o Sharingan – Quanto mais te mexeres mais ela abre e mais sangue irá sair. Aconselho-te a ficares aí parado!
-Como se um pouco de sangue me fosse parar! – Gritou o homem levantando-se e obrigando a ferida a abrir-se ainda mais com mais sangue a sair dela. Mas o seu avanço foi bloqueado quando um clone surgia do seu flanco a raspar-lhe a perna com um corte e outro clone surgia do outro flanco a acertar-lhe com um corte mais profundo no lado esquerdo dos abdominais. Os ataques foram fortalecidos com estigma e as feridas depressa surgiam com ainda mais sangue a sair – És um demónio! I-isto não pode estar a acontecer!
-Com essas três feridas já és um homem morto. O sangue não irá parar de escorrer, se ficares quieto as feridas saram mas morres por falta de sangue e não há ninguém aqui para te ajudar! – Explicou o Uchiha virando-lhe costas e aproximando-se do corpo de Kimera com algumas dores.
-Eu vou morrer, mas o resto do meu gang vai acabar contigo! – Gritou o homem ainda a tentar mexer-se mas espirros de sangue manifestavam-se mediante o seu corpo enfraquecia e a morte se antecipava.
-Acorda boneca. ACORDA! – Gritou Tsutao mexendo bruscamente no corpo da Fukeru, esta que abriu calmamente os seus olhos verdes e analisou a máscara do seu companheiro que, afinal ainda estava vivo.
-Estás vivo lindinho – Falou com algum custo levantando-se com o apoio do Uchiha. Agora de pé esta via como o inimigo se contorcia em dores intermináveis e uma poça de sangue se alastrava em seu redor – Agora que ninguém nos impede, vem que eu mostro-te o “pagamento”.
Tsutao estendia-lhe a mão para ajudá-la, mas fora recusado pelo orgulho de Kimera que, mesmo cheia de dores no dorso, conseguia correr o suficiente para passar pelas árvores até chegar a uma carruagem com dois corpos inconscientes à beira.
-Não tarda nada todos eles irão acordar. Não quero estar aqui para ver o que vai acontecer, vamos pegar no dinheiro e pirar! – Ordenava Kimera correndo para a carruagem e pegando em tudo o que conseguia.

FIM