Pessoal, queria pedir desculpa por duas razões. A primeira é a frequência com que posto, os fillers. Um todos os dias, eu sei que não devia fazer isso, pois não dá tempo para os meus seguidores poderem seguir a história, mas apenas o faço por causa dos Wargames. Segundo, outra razão para postar todos, os dias. Não consigo andar muito rapidamente na história, porque tenho uma grande necessidade de descrever todo o ambiente em meu redor, e isso agravasse na minha necessidade de postar um filler todos os dias. Bom, espero que gostem deste!
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Filler 4 – Amegakure
Caí ao chão, dobrando os joelhos e caindo com a cara no duro chão de pedra. As costas doeram-me um pouco, mas isso comparado com as dores que tinha nas pernas não era nada. Estávamos a caminhar à horas e o Sol já deveria estar no final da descida. É claro que não o podia afirmar, porque há muito que o Sol desaparecera, predominando as nuvens e a chuva. O humano que estava na minha frente ouviu a minha queda e então deu meia volta e veio ao meu encontro. Pegou-me nas mãos e com uma força surpreendente e ergueu-me. Olhei para ele cansado, enquanto as minhas pernas começavam a tremer não suportando o meu peso. O sujeito deixou escapar uma lufada de ar pela boca, sinal que ele também estava cansado. De repente começou a fazer uns estranhos movimentos com as mãos e depois pronunciou uma palavra que eu desconhecia o seu significado. Em meu redor o solo começou a vibrar, quase me fez cair ao chão, então olhei em meu redor e vi algo muito muito estranho. Algumas rochas moveram-se e juntaram-se como se de um líquido se tratasse. As rochas moldaram-se como se uma mão de pintor as manuseasse e rapidamente apareceram duas grandes superfícies de pedra, com quatro rodas, cada. “WOW, mas o que é isto?” pensei olhando para tudo aquilo incrédulo. O meu companheiro sentou-se em cima da pedra plana, e ela começou a mover-se pela estrada fora, sem que nenhuma força lhe fosse aplicada. “Bem, vamos lá ver isto” sentei-me naquela tábua de pedra, que estava muito fria para minha surpresa, e ela automaticamente tomou vida e seguiu a atrás da outra. “Mas que maravilha!” pensei enquanto esticava as pernas ao longo da pedra. A velocidade do transporte do humano diminuiu e assim fomos a par um do outro.
Os quilómetros iam passando, a chuva ia caindo e as planícies iam alargando. Foi o que aconteceu durante a nossa viagem. Não trocamos uma única palavra, a não ser falhadas tentativas por parte do meu companheiro, para falarmos. Ele chegou a dizer algo, que como tudo o que ele dissera não percebi, algo do género, “Eu sou Hashiburi Nimai. E tu, como te chamas?” é claro continuei com a boca fechada. Percebendo que eu não lhe respondia, ele fechou-se e nunca mais disse algo.
A noite havia caído e mesmo assim as “carroças”, se é que se pode chamar disso, não haviam abrandado a sua velocidade. Ao fim de tantos lagos por onde passei, vi uma fortaleza na minha frente. Arregalei os olhos tentando ter uma imagem muito definida, mas pouco ajudava, pelo que conseguia ver naquele momento deveria ser uma fortificação. Íamos aproximando lentamente, e cada vez mais tinha a certeza que a minha intuição estava correta. Aquilo era uma forteza, para proteger algo. O meu ânimo ia crescendo dentro de mim, a cada metro que deixava para trás, mas o que estaria para lá daquele alto muro de betão e cimento. As “carroças” de pedra pararam de se mover, quando chegamos à base de um grande portão na fortaleza. Agora consegui notar que no grande portão na fortaleza, havia gravado o mesmo símbolo que o meu companheiro tinha na fita atada à testa. Ele notou que eu estava a olhar para o portão e para a sua testa então exibiu um largo sorriso.
Assustei-me quando de repente, os grandiosos portões abriram-se o suficiente para passar uma pessoa de cada vez. Olhei para o meu colega, não sabendo quem deveria entrar primeiro. Muito amavelmente ele exibiu um sorriso e fez um gesto de mão, que eu percebi como deveria ser o primeiro a entrar. Automaticamente a “carroça” começou a mover-se, encaminhando-se para a abertura dos portões. Tentei olhar através da pequena abertura, mas não consegui ver nada. O meu coração começou a bater fortemente como se quisesse saltar do peito. Com o olhar preso no desconhecido, passei através dos portões e foi assim que a vi.
Nunca antes tinha visto uma cidade, mas já ouvira os Anciões falarem de “super-aldeias”. Olhei para tudo em meu redor. Na minha frente via uma infinidade de edifícios, havia uma loja no andar térreo da cada uma. Persegui com o olhar as várias luzes que emanavam de múltiplas aberturas dos prédios, olhei para cima tentando descobrir o fim, mas o cume era praticamente impossível de ver por causa da escuridão e da chuva. Adorei aquela vila, era tudo preto, ou amarelo. Não havia ninguém na passear rua, mas mesmo assim havia uns altos postes que libertavam luz no seu topo, iluminando a rua. “Pequenos Sois?” foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça. Levantei-me da pedra bruscamente, mas… “Aí, que dores!” Já me tinha esquecido da punição do dia anterior, assim tive de me conter e sentar-me na pedra. O meu companheiro surgiu à minha beira e disse.
-É bonita não é? Bem-vindo a Amegakure! – Disse ele.