O dia demorou a clarear em Kumogakure. Nos olhos verde-escuros de uma jovem ruiva refletia-se o céu encoberto por nuvens cinzentas. Ela encontrava-se sentada na janela do seu quarto, com o olhar a vaguear por entre as saliências das nuvens e sentindo falta do silêncio que a rodeava quando vivia na periferia da vila. Ouvindo passados cuidadosos atrás dela, esperou pacientemente pelo que se seguiria.
- Bú! – A voz era de uma menina. – Sora assustei-te, não assustei?
- Se me assustaste? Mais do que isso, ia morrendo! - A irmã mais velha da menina fez o ar mais sério que conseguiu e levou a mão ao coração. – Já sabes como fico sempre que me fazes isto, Naomi!
A menina, que não devia ter mais de 10 anos, passou a mão no cabelo ruivo cheio de caracóis, que era completamente oposto ao da irmã, e ficou logo com um ar traquina, soltando umas gargalhadas. Os seus olhos eram uma mistura de verde-escuro e cinzento e contemplavam Sora, enquanto esta prendia parte do cabelo atrás num novelo, deixando duas mechas mais compridas à frente, e, de seguida, ajeitava o da irmã mais nova.
- A mãe mandou-nos fazer as compras de hoje, por isso é melhor irmos se não ela vai-se chatear. - Mal Sora acabou de falar, ouviram alguém a refilar na divisão ao lado e correram instantaneamente para a porta. Nenhuma delas queria ver a mãe chateada.

Já no meio da rua, Naomi deu a mão à irmã e começou a cantarolar qualquer coisa sem sentido, enquanto Sora falava com alguns lojistas e comprava o que era preciso.
Por fim, abordou um senhor gentil que vendia flores e comprou-lhe uma flor branca, para deixar ao pé da sua antiga casa que tinha sido destruída por uma tempestade e onde tinha visto o irmão pela última vez há meio ano. Contudo, esta compra não estava no plano e, por isso, os pais não podiam saber. Ao entregar-lhe o troco, o lojista misturou um pequeno papel no qual ela só reparou uns metros mais à frente. Alternando o olhar entre o papel e o homem, abriu-o e viu, em letras rabiscadas à pressa, algumas indicações: “Clareira R. Sozinha. 30min.”.
Olhou em volta, com o coração a bater mais rapidamente, e procurou o homem, mas ele desapareceu de súbito. A banca cheia de flores estava abandonada e a rua estava a ficar mais movimentada.
- Sora? Que se passa? – Naomi olhou confusa para a irmã.
- Hein? Ah, não é nada. Bem, é melhor despacharmo-nos, não achas? Parece que vai chover. – Os seus olhos verdes transpareciam perturbação e ela sabia-o.
Sora agarrou a mão da irmã e apressou o passo. Depressa chegaram a casa e viram a mãe na cozinha, com má cara, à espera delas. Sem lhe dar tempo se quer de falar, pousou as compras e apressou-se a dar a desculpa de que se tinha esquecido de algo, saindo porta fora outra vez.

Primeiro caminhava depressa, mas começou a correr instintivamente. Não percebia porque é que alguém haveria de querer falar com ela. Sozinha. Sem se identificar. Principalmente quando apenas uma pessoa lhe dera a conhecer um sitio chamado “Clareira R.”… O irmão. Costumavam brincar os dois lá quando eram pequenos e na verdade não era bem uma clareira, mas sim uma gruta. Sabia que podia ter pegado no papel por engano ou ser alguma partida, mas seriam demasiadas coincidências.
Do céu começaram a cair as primeiras gotas de chuva, que rapidamente se tornaram mais grossas e lhe escureceram ainda mais a túnica azul de mangas largas até aos cotovelos apertando na cintura e lhe encharcaram o corpete branco típico da vila. Mesmo assim aquilo não lhe saia do pensamento. Só se apercebeu que tinha chegado ao local quando quase ia esbarrando numa das paredes da entrada da “Clareira R.”. Perscrutando o que a rodeava, tentou ver através da chuva que começava finalmente a amainar. Inspirou fundo e caminhou para a entrada.
- Hei! Está ai alguém? – Cuidadosamente, tirou a kunai de três pontas e empenhou-a. – É assim, eu hoje não estou com sentido de humor, portanto, é melhor acabarmos já com a piada…
Preparava-se para dar mais um passo em frente, mas alguém, vindo de trás, lhe tapou a boca e prendeu o braço livre atrás das costas. Já tinha a ponta da kunai virada para dentro e pronta para a enterrar na barriga de quem a estivesse a prender, mas uma voz deteve-a.
- Calma, calma! – Sussurrou-lhe uma voz masculina ao ouvido. – Inspira e expira, Sora.
A rapariga deixou cair a arma e virou-se tão depressa que sentiu uma tontura. À sua frente estava um rapaz que mal conseguia reconhecer. A barba não estava feita, o cabelo arruivado estava mais comprido, caindo para a frente dos olhos, e até a pele clara estava bronzeada. A única coisa que não tinha mudado eram os olhos cinzentos, cada um com um traço verde. Pelos olhos tinha a certeza que o rapaz à sua frente era o irmão, Hideo. Lançou os braços para o pescoço dele e abraçou-o, enquanto ele a apertava fortemente e mexia no cabelo. Após um momento ele afastou-a, limpando uma lágrima que caia pelo rosto, e começou a falar.
- Não temos tempo para isto, irmãzinha. – Ele agarrou-lhe nos ombros e olhou-a nos olhos. – Os pais não podem saber que estive aqui, percebeste?
- Porquê? E como é que não temos tempo? Já não sei nada de ti há mais de 6 meses, Hideo! – Sora soltou-se das mãos do irmão e deu um passo para trás. – O que é que se passa?
- Não te posso explicar… Ainda. Eu vou andar por perto. – Baixando os olhos, virou-se para a saída. – Toma conta da Naomi e melhora as tuas técnicas shinobi, podes vir a precisar delas. Lembra-te que possuis chakra Ranton, aprende a usá-lo com cuidado. – Virou-se para encarar a irmã uma última vez e lançou-lhe um olhar doce. - E não podes falar aos pais sobre nada disto, n-a-d-a.
- Hideo, espera! – A rapariga esticou o braço para agarrar o irmão, mas este já tinha desaparecido.
Correu para fora da gruta, olhando para todos os lados e quase caindo por causa da lama. Queria chama-lo, mas não podia. O irmão tinha desaparecido uma vez mais.
De repente sentiu que tinha olhos cravados em si. Voltou a entrar na gruta para apanhar a kunai e escondeu-a no corpete, de seguida encaminhou-se para casa sem voltar a olhar para o local que deixava.

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Well, eu já não escrevo à alguuum tempo u.u Espero que tenham gostado minimamente :3

Uma família repleta de mistérios... awesome
Tens uma ótima escrita, don't worry, gostei bastante. Parece que temos aí uma boa história, continua ^^

Só tenho uma coisa a dizer: HIDEO <3333
Dá-me a tua escrita, sério *_*

Tenho que confessar que desde que comentaste no meu filler estava a aguardar ansioso pelo início da tua história. E acho que estou apaixonado pela tua escrita... Oh Gosh, esperava que isso acontecesse lá para o quarto texto! Ghahahaha
Agora falando sério, levas jeito para tal coisa. Se isso é porque não escrevias há algum tempo, imagina quando aquecer?
Continua por favor e mate minha curiosidade! ^^

Eve escreveu:

Uma família repleta de mistérios... awesome
Tens uma ótima escrita, don't worry, gostei bastante. Parece que temos aí uma boa história, continua ^^

Obrigada! Também me parece e vou fazer um esforço para que a história continue por bons caminhos

Mary escreveu:

Só tenho uma coisa a dizer: HIDEO <3333
Dá-me a tua escrita, sério *_*

Tu e os gajos das minhas histórias Gosh, como se a tua não fosse ótima D: Obrigada M.!

Rods escreveu:

Tenho que confessar que desde que comentaste no meu filler estava a aguardar ansioso pelo início da tua história. E acho que estou apaixonado pela tua escrita... Oh Gosh, esperava que isso acontecesse lá para o quarto texto! Ghahahaha
Agora falando sério, levas jeito para tal coisa. Se isso é porque não escrevias há algum tempo, imagina quando aquecer?
Continua por favor e mate minha curiosidade! ^^

Ahahah, muito obrigada, a sério! Em principio daqui a uma semana ou assim posto o 2º. Obrigada por acompanhar!

Hmm... Cheira-me que ainda vais melhorar. Sei lá, não me pareceu que tivesses no teu melhor (ainda me lembro, vagamente, de Fillers passados), portanto vou aguardar para um comentário mais fofy .

De resto, a história parece interessante, contudo, ainda é o início, podes surpreender ^^

Continua linda D:

Ritta escreveu:

Mary escreveu:

Só tenho uma coisa a dizer: HIDEO <3333
Dá-me a tua escrita, sério *_*

Tu e os gajos das minhas histórias Gosh, como se a tua não fosse ótima D: Obrigada M.!

Não os faças assim... Este tem cabelo comprido. Já sabias que ia ficar fã ahaha

Tio Russo escreveu:

Hmm... Cheira-me que ainda vais melhorar. Sei lá, não me pareceu que tivesses no teu melhor (ainda me lembro, vagamente, de Fillers passados), portanto vou aguardar para um comentário mais fofy .

De resto, a história parece interessante, contudo, ainda é o início, podes surpreender ^^

Continua linda D:

Também achei um pouco isso, mas well, isto com o tempo há de ficar melhor! i hope.. Obrigada bb, vou fazer o possível por a manter interessante

Mary escreveu:

Ritta escreveu:

Mary escreveu:

Só tenho uma coisa a dizer: HIDEO <3333
Dá-me a tua escrita, sério *_*

Tu e os gajos das minhas histórias Gosh, como se a tua não fosse ótima D: Obrigada M.!

Não os faças assim... Este tem cabelo comprido. Já sabias que ia ficar fã ahaha

Tá bom, eu depois mostro-te melhor a descrição dele!

Bom filler introdutório, mesmo sendo apenas o primeiro a história já parece prometer uma boa continuação e com bastante mistério. Não nos deixes muito tempo à espera

Hum, cheira-me que esta história terá pano para mangas. :3

Acho a relação da Sora com a irmã tão amorosa. :3 Faz-me lembrar a minha pirranha.

E bem, well done partner. Espero por mais.

RiD3R escreveu:

Bom filler introdutório, mesmo sendo apenas o primeiro a história já parece prometer uma boa continuação e com bastante mistério. Não nos deixes muito tempo à espera

Muito obrigada!

Hatake Tixa escreveu:

Hum, cheira-me que esta história terá pano para mangas. :3

Acho a relação da Sora com a irmã tão amorosa. :3 Faz-me lembrar a minha pirranha.

E bem, well done partner. Espero por mais.

Eu também a acho amorosa, tinha que meter uma criança fofa aqui algures, ahah Obrigada, partner!