"Pode-se dizer... que é um gajo porreiro"

Kazuishi chegou à Academia Ninja de Amegakure. Passando pelo portão principal entrou para o edifício onde imediatamente viu um placard no chão com uma folha afixada. Folha essa que continha informações sobre as salas às quais os novos Gennins deveriam dirigir-se. Achando o seu nome na lista, olhou para a respetiva sala a dirigir-se e varreu rapidamente as suas memórias sobre as salas do edifício. Depois de se lembrar aonde esta ficava caminhou até às escadas e percorreu-as até ao andar onde a sala se situava. Foi dar a um corredor e atravessando-o, rapidamente chegou à porta da sala, à qual bateu três vezes. Segundos depois a porta abriu-se revelando a sala de aula.

À sua frente estava um homem que desconhecia. Apresentava uma estatura mediana e tinha um bom físico. Este tinha o tom de pele mais claro que ele alguma vez vira, parecia um fantasma. Possuía um cabelo diferente do normal, pois era de um azul berrante e apanhado atrás num rabo-de-cavalo. Em ambas as orelhas era possível ver-se vários brincos, um deles tinha uma cobra pendurada. Os seus olhos eram de um tom esverdeado e perto de um deles havia um piercing que lhe perfurava a pele uns milímetros e depois voltava a ver-se. No seu nariz havia uma argola que tapava parte de uma das narinas. No seu lábio inferior era possível ver-se o mesmo. No lado esquerdo do seu pescoço conseguia distinguir-se uma tatuagem, mas não era possível ver de que se tratava. Por trás do uniforme de Jounnin, nada usava senão uma fina camisola branca de manga cava, que lhe fazia sobressair os definidos músculos atravessados pelos desenhos de tatuagens. Usava uns curtos calções de cor militar e também era possível ver-se tatuagens nas suas pernas. Nos seus dedos, longos e finos, tinha anéis de todos os tipos e formas. Kazuishi nunca vira ninguém com uma aparência daquelas. Achava-o assustador. O individuo olhou para ele e disse:

- Ainda bem que chegaste, estávamos à tua espera. – O moreno olhou para trás do sujeito e viu dois colegas da sua turma que haviam passado também no exame final da Academia. Um deles era Ugaka um rapaz que passava as aulas distraído, a conversar com os amigos, mas ainda assim era um dos melhores alunos da turma. A outra pessoa era uma rapariga, Namoshi. Kazuishi nunca falara com ela, pois era uma rapariga muito reservada, que apenas falava com o seu grupo de amigas intimas. Era uma rapariga pela qual o Gennin não tinha o mínimo de afeto. – Senta-te, por favor. – Disse o Jounnin deixando-o passar, fechando a porta depois nas suas costas. O moreno sentou-se à beira de Ugaka e cumprimentou-o com um aceno de cabeça. Depois de se acomodar na cadeira o sensei começou a falar:

- Então aí! Tudo bem? Eu chamo-me Taraki e serei o vosso sensei. Juntos formaremos a Team Taraki. – Falava numa voz calma, mas sempre com um sorriso por mais ténue que fosse. Não se parecia importar se eles ouviam ou não o que dizia, enquanto isso ele abria e fechava os olhos lentamente. Com isto deixou-se cair numa cadeira e soltou um claro bocejo de cansaço. - Desculpem-me mas estou muito cansado. – Com isto prosseguiu o discurso. – Eu irei acompanhar-vos nas vossas missões, mas não esperem que ajude muito, em vez disso estarei mais atento a observar o que fazem. Serei eu também quem deverá reprimir ou premiar-vos pela qualidade dos vossos trabalhos. Compete-me a mim também ensinar-vos as coisas que não aprenderam na Academia. É basicamente isso, mais coisa menos coisa. Topam? – Eles responderam acenando com a cabeça. – Ainda bem. Assim sendo gostaria de saber o que vocês querem fazer para o futuro e quais as vossas capacidades ninjas. Ta bom? – Perguntou. Os Gennins entreolharam-se não sabendo o que fazer. Ninguém queria ser o primeiro a falar. Segundos depois, tomando a dianteira Ugaka falou.

- Meu nome é Ugaka Rimogi. - Enquanto ele falava, Taraki aproximou-se de uma mesa e apoiou-se com os cotovelos, segurando a cabeça entre as mãos, nas bochechas. Pelo que Kazuishi conseguiu ver, o sensei estava com os olhos fechados. – Gostava de me tornar um ninja de elite e se conseguisse gostaria de vir a ser o líder da vila, mas… hã… o meu verdadeiro “sonho” é ter o meu próprio… harém… - “Só podia!” Pensou Kazuishi, tinha-se esquecido do lado perverso de Ugaka. Taraki deu uma risada, como que acordando, elevando a cabeça e encarando o jovem, mas logo de seguida devolveu-se à mesma posição. – O meu estilo de luta é mais baseado no Ninjutsu, apesar disso também gosto de Taijutsu.
- Tá bom. Já chega! – Falava na mesma posição em que ouvira Ugaka, com as mãos nas bochechas a apoiarem a cabeça, e por isso não se ouvia muito bem o que dizia. Contudo ele não se esforçou de maneira alguma para que o ouvissem melhor. – Esse teu sonho não é muito comum, mas respeito. Até porque eu não recusaria se me oferecessem um harém. – Disse muito divertido, piscando um olho a Ugaka no final. – Ora bem, quem é o próximo?

- Ladies first. – Disse Kazuishi, fazendo Namoshi corar.
- Hã… bem… eu… - Falava aos solavancos, as palavras custavam a sair. – Eu chamo-me Namoshi… e gostava de poder mostrar… ao mundo… o poder das kunoichis. – Disse ela apreensivamente. Com isto o sensei mudou de posição e desta vez encarou a jovem, fazendo aumentar a sua tensão. – O meu… meu estilo de luta… é generalizado, mas prefiro ficar atrás… para ajudar os meus parceiros.
- O problema será quando não tiveres parceiros para ajudares, aí terás que enfrentar os adversários diretamente. O problema é que tu tens medo de lutar… - Alegou Taraki pensativo. Kazuishi notou que a kunoichi ficou alarmada com as palavras do sensei.
- É ver…verdade… - Balbuciou ela começando a tremer. Isto pareceu divertir o sensei, pois exibiu um ténue sorriso.
- Então porquê? Porquê tornares-te ninja, sabendo disso? – Replicou o sensei olhando cada vez com maior intensidade, que parecia que os olhos iam sair das orbitas.
- Por… porque… - E a rapariga desfez-se em lágrimas. Ugaka e Kazuishi levantaram-se, mas o sensei disse.
- Pessoal, como é que é? Vão ver que ela vai ficar melhor sem a vossa ajuda. Deixem a rapariga! – Eles não ficaram muito convencidos, então o Jounnin acrescentou. – ‘Perem um pouco e verão. – Kazuishi nunca fora amigo de Namoshi, mas naquele momento até estava com pena da rapariga. Namoshi estava de cabeça virada para baixo, mas Taraki não desviava os olhos dela. Nos minutos que se seguiram apenas se ouviram os soluços da rapariga e assim se manteve durante mais algum tempo. Quando já não tinha mais lagrimas, ela levantou a cara toda vermelha e molhada. Tirou um lenço e limpou a face. Depois disso o sensei voltou a insistir. – Por favor, responde à minha pergunta. Porque queres ser ninja? – Pela primeira vez, desde que Kazuishi o ouvira, o sensei falou num tom sério. Quando ele fez a pergunta, pareceu que Namoshi ia ter outro ataque de choro, mas conteve-se e fez aquilo que lhe pediram.
- Porque… porque os meus pais foram mortos por ninjas… e eu… eu quero vinga-los! – Respondeu ela. Com isto pareceu ter ganho alguma confiança e continuou. - O problema é que não consigo ver as pessoas sofrer e por isso é que prefiro ficar a ajudar os meus colegas. – Depois de ter dito isto pareceu mais aliviada.
- Isso mesmo. – Disse o sensei voltando ao seu tom de voz normal. – Não te sentes melhor agora?
- Sim. Obrigada. – Agradeceu. Kazuishi e Ugaka entreolharam-se pois nenhum deles estava a perceber o que se passava.
- Vam’bora despachar isto, tenho coisas a fazer. Podes começar parceiro. – Informou Taraki olhando para o moreno e depois voltando para a sua cadeira onde se debruçou sobre a mesa.

- O meu nome é Kazuishi Mogori. – Enquanto falava parecia que o sensei estava a dormir, mas ele sabia que era o contrário. – Não tenho a certeza daquilo que quero fazer no futuro. – O sensei levantou a cara da mesa e olhou para ele como que dizendo “Assério?” O jovem acenou com a cara afirmando que era verdade e depois prosseguiu. – O estilo de luta que mais gosto é o Kenjutsu. Mas quando é necessário posso lutar de qualquer modo.
– Interessante, não conheço muita gente que use o Kenjutsu como o estilo principal. E também não conheço muita gente que não tenha objetivos na vida. Deves ter cuidado com isso, pode ser algo bom, como também mau. – Advertiu o sensei. Agora falando para todos disse. – Muito bem já tenho as informações que necessito. Pelo que me apercebi, acho que vou gostar de trabalhar com vocês. – Fez uma pausa e de seguida continuou. - Queria marcar um treino, para ver-vos em ação. Consoante os resultados do treino começaremos a fazer missões ou não. – Depois Taraki indicou-lhes a hora e o ponto de encontro antes do treino. – Até lá, espero que aproveitem, convenientemente, o tempo que dispõem. – Disse ele piscando o olho no final. Segundos depois desapareceu instantaneamente numa nuvem de fumo branco.

Os três Gennins permaneceram na sala a olhar para o local onde o sensei desaparecera. De seguida o moreno perguntou a Ugaka o que ele achava do sensei.
- Pode-se dizer… que é um gajo porreiro… - disse ele encolhendo os ombros. “Não tenho a certeza…” Pensou Kazuishi. O Jounnin havia impressionado o trio, pois era uma pessoa misteriosa, assim o achava o moreno. Os companheiros reuniram-se e saíram da sala. Já fora da Academia trocaram as devidas despedidas e de seguida cada um seguiu por caminhos diferentes. Durante o percurso, o jovem foi pensando no sensei e no treino que se avizinhava. O sensei tinha-o surpreendido bastante, “Não era aquilo que estava à espera…” pensou lembrando-se da sua maneira de ser e vestir. Estava tão embrenhado nesses pensamentos que se enganou no caminho várias vezes.

Minutos depois Kazuishi chegou a casa.


Continua...

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Espero que tenham gostado e que desta vez não tenha deixado escapar muitos erros

Acho que eu simpatizaria bastante com este sensei, a personalidade dele assemelha-se ao Raiden-senpai da Tora *yaoming* Não avançaste muito na história, até porque o filler foi somente uma apresentação de outras personagens, então fico à espera do próximo

Gostava de apanhar com esse nigga como sensei . Sinceramente, cheio de brincos, com aquelas palavras todas loucas que nem sei como raio lhes ei de chamar. Bora masé comer biskoitos!

Bom Filler, a Hinata é mais uma sem pais, olha é mais uma, continua ^^

Desde já obrigado por comentarem!

Eve escreveu:

Acho que eu simpatizaria bastante com este sensei, a personalidade dele assemelha-se ao Raiden-senpai da Tora *yaoming* Não avançaste muito na história, até porque o filler foi somente uma apresentação de outras personagens, então fico à espera do próximo

Para já não avançarei muito com a história. Eu tenho planeado o que quero fazer, mas apenas não sei quando começar. Por isso acho que os fillers se manterão assim, durante algum tempo. Sorry

Tio Russo escreveu:

Gostava de apanhar com esse nigga como sensei . Sinceramente, cheio de brincos, com aquelas palavras todas loucas que nem sei como raio lhes ei de chamar. Bora masé comer biskoitos!

Bom Filler, a Hinata é mais uma sem pais, olha é mais uma, continua ^^

Grande sensei mesmo! Não se vê um destes todos os dias.
Verdade mais uma Hinata, mas quando estava a escrever nem dei por essa semelhança.

Consegui! O nosso tio pусские não detetou nenhum erro no meu filler! Agora também não vais ler outra vez o filler só para encontrar um de propósito -.-

PS: O sensei é inspirado num prof que eu tenho, tirando a maneira de vestir. Grandes aulas que são!