Neste tempo que passara o jovem Lamperouge aprendera a confiar mais em seus companheiros, a trabalhar melhor junto a eles. A pequena Mitsukubane passara a se portar melhor em batalha, tendo maior domínio de seus movimentos corporais. E o Kioya, por sua vez, conseguira dominar um pouco de sua personalidade, assim se transformando em um ninja extremamente aplicado e centrado, no entanto, ainda costuma libertar seu estranho jeito quando está sobre uma forte pressão.

Desde a noite seguinte ao dia em que Akira visitara sua antiga moradia ele passara a ter somente noites de paz, dominadas por uma calmaria que por muito tempo não se sentia.

Os três genins que compunham o time 2 da Academia Ninja se dedicaram severamente a treinos individuais e em equipe, todos feitos por conta própria, visto que não detinham de uma sensei para supervisiona-los e para dar-lhe assistência.

Dois meses após os pequenos shinobis se recuperarem totalmente, Shunrei fora mandada para uma missão especial, por ordem direta do Kage – alguns pequenos vilarejos estavam sendo constantemente saqueados. O objetivo dela era capturar os responsáveis pelos roubos e, em seguida, ajudar os chefes locais a reestruturarem suas vilas – desde então nunca mais retornara a Kumogakure, porém se pôs a mandar periodicamente a seus alunos mensagens comunicando o seu estado, aproveitando o mensageiro que ficara responsável por levar seus relatórios até Darui. Ela prometera em uma de suas cartas, voltar, para torná-los os melhores ninjas do País do Trovão.

No entanto, neste meio tempo, Akira perdera sua paciência. Agora que ele já treinara por todo um ano, ele se sentia mais forte e mais consciente de seus atos. Julgava-se capaz o suficiente para poder sair da vila e iniciar sua busca pelo homem que sobrevivera a luta contra seus pais. Resolvera partir em três dias.

Entre acontecimentos do cotidiano destes três dias, o pequeno se organizara. Comprara novas kunais, shukirens e, por fim, alguns fios shinobi caso venha ser necessário ele utilizar a Ayatsuito no Jutsu. Além destas armas básicas ele separara também sua kusanagi – a qual ele precariamente aprendera a manejar – e a garra que adquirira em sua primeira missão.

Sucederam-se as noites, o genin estava preparado. O jovem ninja – que já não parecia tão jovem assim – decidira esperar pelo levantar da Lua. Despedira-se de Huey na noite anterior e, não comentara sobre sua partida com Luna, pois a pequena já deixara bem claro que tentaria impedi-lo de partir, ou, pelo menos, de que ele partisse sozinho.

Eis que a Lua alcança seu ápice no céu noturno. Akira já se aprontara. Vestira sua roupa habitual: A parte superior de uma espécie de kimono cinza com alguns detalhes roxos, sua calça surrada de tanto treinar e suas sandálias padrões, semelhantes a da maioria dos ninjas. O pequeno, ao contrário de no passado, não cobrira seu corpo com faixas, naquela altura as marcas em seu corpo já não significavam uma lembrança triste e horrenda de crises e danos por genjutsu, mas sim representavam uma conquista, o fato de ele ter sobrevivido a todas estas tormentas.

Em seguida, o jovem pegara suas armas – que já estavam separadas – e ainda se preocupara em pegar um pouco de comida, afinal, ele não sabia por quanto tempo teria que caminhar até encontrar alguma informação sobre o paradeiro do homem que ele resolvera buscar.

Ao terminar seus preparativos finais, o genin partira sorrateiramente pela janela de seu quarto. Tudo corria bem, até que ele acidentalmente batera a ponta da bainha de kusanagi na borda da telha lateral que existia entre os dois andares de sua casa, fazendo com que parte dela se quebrasse e caísse ao chão, provocando um barulho que poderia acabar acordando sua irmã.

Akira continuara a andar em frente, sem demostrar receio algum, enquanto torcia para que Luna não tivesse despertado.

Logo que saíra da área onde ele vive, o pequeno a logo se pôs em direção a Floresta das Almas, lá ele seguiria por uma trilha que era um pouco mais longa do que o caminho normal para outra das vilas do País do Trovão, ele resolvera seguir por este caminho devido o fato dele ser mais seguro, fazendo isto provavelmente conseguiria evitas quaisquer abordagens vindas dos ninjas que estavam a saquear as vilas vizinhas e alguns mercadores e habitantes que costumavam circular pelas rotas principais de conexão dos vilarejos.

Chegando ao pé das montanhas de Kumo, o jovem fora em direção à passagem por onde faria seu percurso. Na noite anterior o genin ouvira – de um membro de sua vila – que este caminho poderia ser encontrado ao leste do lago da Floresta, tendo como ponto inicial a parte sul do o espelho d’água – lugar onde as águas se encontravam sempre em calmaria.

Alguns minutos de caminhada e pronto, o pequeno chegara até aquele “espelho natural”.

Ao olhar para as águas, o Lamperouge fica intrigado. Em meio ao perfeito reflexo de sua pessoa e da paisagem a sua volta, ele pudera reparar uma longa marca vermelha ao topo de uma árvore, que se realçava em meio a todo aquele verde. Para seu desgosto era Luna, que vinha seguindo-o silenciosamente até então. – provavelmente despertara com o barulho que ele fizera ao sair de casa.

Em segundos, Akira resolvera chama-la.

– Luna, apareça! – gritou o jovem.

Então a pequena descera, indo até seu irmão.

– Por que está me seguindo? – questionou o menino.

– Eu disse que não deixaria você simplesmente partir assim. – respondeu a kunoichi, um pouco receosa.

– Luna, não adianta me seguir, posso despista-la rapidamente, o melhor seria que você ficasse. Huey preci- – fora interrompido por uma kunai que raspara em seu rosto.

Os dois irmãos olham para a esquerda – direção de onde viera à arma - e avistaram um homem de expressão fria, com um bocado de cabelos brancos, longos e bagunçados, além de possuir uma barba um tanto quanto mal feita. Ele estava acompanhado por outros dois que aparentavam ser um pouco mais jovens. Os três ninjas misteriosos estavam à frente do que parecia ser uma fenda entre as montanhas que estavam à volta de todos.

Sem chance de conversas os pequenos ninjas – que não sabiam direito o motivo – logo se viram sendo atacados pelos três estranhos homens.

Os inimigos iniciaram a batalha, o guerreiro mais velho começara a concentrar chakra rapidamente, em poucos segundos soltara seu ataque.

– Katon: Hibashiri – disse o homem, sem perder sua fira expressão.

Eis que os genins se viram presos, a técnica daquele ninja fizera com que chamas os cercassem, ficaram sem saída. Em seguida, os dois ainda são surpreendidos pelos dois outros adversários que se lançaram em um ataque em direção a eles.

Akira ficara a esquerda, enquanto lutava arduamente contra seu oponente. Pegara sua kusanagi e estava a defender-se de seu inimigo extremamente ágil, que estava a ataca-lo com uma kunai. O jovem defendia bravamente com sua espada, as investidas que lhe eram feitas, no entanto sua postura com a mesma ainda era muito mal feita, ou seja, possuía diversas aberturas.

Em consequência, o pequeno teve o lado direito de seu corpo cortado – o que fez com que uma grande marca de sangue aparecesse em sua roupa.

Seguindo na batalha, o seu inimigo mirara em sua cabeça com a kunai, porém, em reflexo, Akira abaixara sua cabeça rapidamente, sentindo a lâmina da arma passar rente a seu pescoço. Ao levantar sua cabeça o jovem reparara que uma grande quantidade de cabelo fora arrancada de sua cabeça. Aparentemente a arma passara tão rente ao seu pescoço que acabou levando o pequeno rabo-de-cavalo que ele tinha.

A batalha não parara por ai, o ninja misterioso resolvera derruba-lo, afinal ele já estava bem fraco e, naquele ponto dificilmente ele conseguiria se levantar.

Então ele fizera isto, o pequeno agora se encontrava caído ao chão, sem energia alguma, somente observando o homem que estava de pé a sua frente, com sua kunai em mãos e com uma cara extremamente amedrontadora.

Enquanto isto, do outro lado, Luna estava a esquivar-se agilmente dos golpes de seu adversário. No entanto não estava a prestar atenção a sua volta e acabara recuando demais, assim, quase adentrando as chamas. Estava encurralada.

Então a pequena não conseguira desviar mais dos ataques que lhe eram feitos, assim tomando uma sequencia de golpes. O oponente lhe acertara um soco em seu rosto, uma cotovelada em seu estomago, a derrubara com uma banda e, por fim, chuta a parte superior de seu corpo e a deixa completamente desacordada.

Tudo parecia perdido, a menina estava desmaiada, já seu irmão estava impossibilitado de fazer quaisquer coisas. Os dois morreriam por lá se não fosse por um acontecimento inesperado.

De súbito, tudo foi tomado por uma grande quantidade de fumaça, o fogo que os cercava se apagara e os dois inimigos simplesmente caíram ao chão.

Em alguns poucos segundos a fumaça começara a se dispersar, revelando a imagem de alguém um tanto conhecida.

– O que vocês estão fazendo aqui, crianças? – era Shunrei que estava em meio a sua missão, aparentemente o homem que cercara os genins com chamas era o líder do grupo de bandidos que estavam a saquear as pequenas vilas vizinhas de kumogakure.

– Ela está desacordada? – perguntou a sensei.

Akira acenava que sim com a cabeça.

– Bem, agora não temos tempo para conversas. Vamos dar um jeito nisso!

Ao olharem em direção ao chefe dos guerreiros caídos os dois ninjas de kumo percebem que mais quatro ninjas inimigos haviam surgido e se unido ao homem restante. De acordo com Shunrei aqueles eram os últimos ladrões que ainda estavam à solta.

– Deixe comigo Akira, fique ai deitado, em pouco tento estarei tratando suas feridas e as de sua irmã.

Então gente, acho que deu para todo mundo perceber que este foi um filler bem "corrido". Devido meu tempo ausente eu quis dar um jump na história para acelera-la, então optei por pular um ano na mesma para que eu pudesse ter como me livrar, ou melhor, reduzir determinadas características de alguns personagens sem que eu tivesse que entrar em muitos detalhes dentro de um filler e acabar fazendo "6167235" fillers só com enrolação.

Bem, espero que eu não tenha ido rapido demais e que isto não acabe prejudicando a compreensão da história.

Sugestões e críticas são mais do que bem vindas. (: