Meus pés tocavam o chão, ainda. Vi a rua principal que cruzava a cidade vazia, penosamente familiar; pois só treinava à noite. Os contornos escuros das montanhas além, acendiam uma suposta vontade de viajar pelo mundo. Quem sabe, futuramente. Concentrei meu chakra nas solas do pés, austero. Faria apenas um aquecimento para começar. Tomando impulso já com o chakra visível debaixo dos pés, corri até a direção da árvore que estava centralizada ao meu corpo. A perna direita foi primeiro, grudando-se como uma cola na superfície do caule, sucessivamente a perna esquerda. Mantendo o fluxo do chakra constantemente e o enviando para a região necessária, percorro rapidamente até o topo da árvore sem qualquer problema. Logo, dou uma espécie de mortal para trás e caio de pé no solo.
- Não posso me gabar, isso é uma técnica acadêmica. - Disse inaudível. Minha Katana estava embainhada às costas, imponente. - Preciso aprimorar meu Kenjutsu, já me foi provado que este é de tamanha importância. - Respondi para mim mesmo que retirara a espada num movimento circular hábil, fazendo-a cortar o ar.
- Posso usar uma das árvores como uma espécie de boneco, já que não o tenho. - Indaguei, colocando-me na posição de batalha. Corro e utilizo minha velocidade para dar mais enfase e força ao meu ataque, e a golpeio manejando-a cento e oitenta graus da esquerda para a direita. Contudo, aquilo não fora suficiente para partir a árvore num só golpe. Massa muscular nunca fora o meu forte, logo não tinha tanta força nos braços. Isso era um empecilho.
- Se eu usar o Shunshin posso atingir uma velocidade mais elevada, logo, me impulsionaria com mais precisão. Eu acho. Basta tomar um distância favorável. - Calculei, imaginando minha trajetória mentalmente até o "talo gigante" da árvore.
- Muito bem! - Rugi, já iniciando a técnica fazendo o chakra circular mais rapidamente. - Agora! - Berrei, enquanto percorri o caminho até o objetivo principal numa velocidade considerada, para mim, rápida. Toquei o pé no solo, e me impulsionei na metade do caminho e novamente repeti o movimento anterior com a lâmina, porém agora, com os dois punhos grudados nela. A árvore tremeu, sua superfície ficara com uma espécie de corte até a metade, não caíra, todavia.
- Já é um começo. Posso tentar derrubá-la até o fim de semana. - Costumava fazer desafios a si mesmo, como um meio de motivação.

Desde criança já sabia da habilidade que havia sido herdada pelo meu clã. E sempre me senti privilegiado por isso, afinal, era uma vantagem muito importante que eu queria desenvolver. Entretanto, decidi que treinaria as minhas habilidades naturais e básicas, tanto na área motora quanto cognitiva; para depois começar a manipular com liberdade a minha estatura óssea.

Retirei a Katana da árvore, e coloquei-a novamente no ar. Iniciei uma sequencia de movimentos aleatórios que me vinham em mente e começara a golpear a brisa que pairava. Observava a lâmina trespassar as minúsculas gotículas ou partículas de água que se agregavam junto do ambiente, formando uma camada fina de nevoeiro. Utilizava meus reflexos para além de deixar minhas movimentações mais ágeis. Troquei-a rapidamente de mão e golpeei novamente o ar, desta vez às minhas costas. Em seguida, finquei-a no chão.

Sentei-me na grama rasteira, ao lado da espada. E comecei a observar a árvore que havia golpeado anteriormente. Depois de alguns instantes levantei-me de novo, disposto a parti-la ainda naquele dia.
Resolvi fazer o mesmo processo novamente, manipulei meu chakra para os pés e utilizei o shunshin para me movimentar rapidamente, no caminho pegara impulso extra no solo e tentara golpar a árvore num movimento agora de cima para baixo. A lâmina trespassara rapidamente, porém ficara presa.
- Porra! - Trovejei, enquanto retirava a lâmina abruptamente. - Quem sabe num outro dia eu consiga, não posso esquecer de treinar o resto de minhas habilidades em desenvolvimento. -

Embainhei a espada novamente, e voltei para casa. Após chegar, tomo um banho imaginando uma maneira de como melhorar meu controle de chakra e afins. Após de alguns minutos, já havia algo em mente, me seco, me visto e vou para o dojo que tinha dentro de casa mesmo.

Com o auxilio de minha mãe, coloco um espelho ao centro do dojo, ele ficaria ereto com a ajuda de um suporte que fora colocado junto a este.
- Ok, vamos fazer uma espécie de jogo. Você diz alguma pessoa, e eu me transformo nela. Assim tu me diz se está parecido ou não. E com o espelho tiro realmente a prova disto com os próprios olhos. - Minha mãe concordou, um pouco entendiada. Sabia que para ela não interessava muito, mas mesmo assim concordou.
- Transforme-se no Mizukage, filho! - Murmurou, enquanto se ajeitava para sentar numa cadeira um pouco afastada de mim. Acenei com a cabeça. Fixei-me firmemente ao chão memorizando cada detalhe da aparência do líder da vila, distanciando um pouco ambos os joelhos, um do outro; assim, comecei a me concentrar, realizando um único selo. No mesmo momento em que fechava os olhos. De acordo com que os milésimos de segundo passavam uma pequena aura começava a se manisfestar à alguns centímetros de meu corpo. Abri os olhos, fazendo os selos restantes e assim liberei uma quantidade de chakra comum de um estudante, gerando uma pequena cortina de fumaça que me envolveu por completo. Relaxei os músculos de meu corpo; ainda coberto pelo fumo, aliviado. Após a fumaça dissipar-se era possível notar um homem com vestimentas semelhantes a um kimono com detalhes azuis e um chapéu típico de Kage.
- Muto bem. - Aplaudiu orgulhosa.

Continuei fazendo o mesmo procedimento por mais alguns minutos transformando-me na aparência que era equivalente as ditas, até perceber que minha mãe já parecia mais aborrecida do que o normal. Então, resolvi cessar o treino por ali, agradecendo-a.

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não sei se está dentro dos conformes; qualquer coisa desculpem-me. Grato, abs.

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