Spoiler:

Spoiler:

O rangido do metal pareceu perfurar seus tímpanos apenas para martelar sua cabeça. Dois guardas trajando o negro da cabeça aos pés trouxeram o prisioneiro para dentro daquela cela escura como se fosse um boneco inanimado e ali o homem semi-inconsciente teve seu pulso preso na algema fixada na parede, despejado como um animal. Os dois não fizeram cerimônia, entregaram o cativo ao cativeiro e partiram, mas não antes de um dos dois lançar um profundo olhar na esmirrada loira que sentava em um dos cantos, com a face entre os joelhos. E ao partirem, ambos os dois selaram a única via de acesso a aquela sala com um pedaço de papel escrito em tinta.
- Então era lá que você estava todo esse tempo… - Ela falou sem olhar o ruivo. Seus braços abraçavam as pernas como uma criança amedrontada enquanto sua mão direita brincava com o seu precioso medalhão entre os dedos.
- E onde estamos agora? - Ele respondeu em rouquidão. Seu lábio inferior estava banhado em sangue e o líquido vermelho escorria viscosamente, tal como seus cabelos lhe cobriam os olhos enegrecidos pela escuridão. Um frio infernal lhe consumia os ossos, estava com o torso despido, sem seu equipamento, sem seu braço artificial e seu corpo estava minado de cortes, desde os mais profundos aos menos dolorosos.
“Onde está minha máscara?” Ele pensou.
- Eu não sei. - Ela levantou a cabeça para avaliar o estado patético do companheiro, apesar de evitar ao máximo mirar os ferimentos mais feios. - Depois de termos sido nocauteados por aquela criatura, acordei aqui.
- A quanto tempo eu estive nas mãos deles? - Azura tinha perdido a noção do tempo logo depois de acordar em uma câmara de tortura, desde então esteve sob uma dieta diária de dor e gritos por horas a fio. No fim, tinha obtido muito mais perguntas e respostas que seu interrogador.- Quem são eles, Amaya?
A kunoichi avaliou finalmente os ferimentos do rapaz, e quando seus olhos se encontraram, ela não conseguiu mirá-lo.
- Considerando o padrão de troca dos guardas. - Ela apontou para os homens fora da cela que faziam patrulha. - Se passaram uns 3 dias… Eu pensei que estivesse morto. - Ela concluiu com uma nota de solidão.
- Pensou certo. - Retrucou com frieza. - E você não me respondeu. Quem… - O rapaz foi interrompido por uma crise de tosse. - Quem… Quem são eles?
Amaya voltou a esconder a cabeça entre os joelhos. Ela parecia dividida, com medo, sem esperança. Talvez pensasse que não faria mal contar, já que morreriam ali de qualquer jeito.
- Depois da popularização do nome da Akatsuki. - A sua voz parecia tremer. - A ANBU de kiri teve de lidar secretamente com vários pequenos grupos que se inspiraram em sua filosofia. A Aotsuki nasceu entre cientistas extremistas de kiri, porém eles foram exterminados logo depois de serem descobertos… Ao menos é isso que pensávamos.
- Entendo. - Azura tinha um certo interesse no assunto. Algo anormal. - Então prepare-se. Nós temos de sair e reportar a Amagi-sama a respeito. - O rapaz remexeu a boca até encontrar sob a língua aquela tão importante esfera negra.
- Você é louco!? É arriscado demais, você não tem um braço, seu corpo está cheio de ferimentos e, deuses! Eles tirara suas unhas! - Ela estava aflita, pois tinha acabado de ver os dedos mindinho e anelar do rapaz. - Nós não temos chanc-
“Crack!”
A esfera partiu-se sob seus dentes e um gosto amargo desceu garganta abaixo como o único alimento consumido em um bom tempo, mas mais importante ainda, ele sentiu as propriedades daquela droga acenderem seu chakra, sugar-lhe energia de onde ele não pensou que ainda houvesse para que, no fim, suas forças surgissem como um grito.
- Shuishou Yari! - Sua voz ecoou por toda a prisão. Uma lança de vidro destruiu a porta selada e a lançou longe.
- Mas que merd- Um dos guardas assustou-se com o som, mais ainda, não esperava ver uma peça gigantesca de aço sendo jogada contra o companheiro. Esperava menos ainda ser interrompido por um soco mais duro que pedra atingindo-o sem aviso prévio.
Azura olhou para trás, onde restava apenas uma sela arrombada habitada pela loira kirinin.
- Eu estou indo. Você pode ficar se quiser. - Falou inexpressivo para a kunoichi e virou-se para correr.
A masmorra não era grande, portanto Azura concluiu que a maioria dos prisioneiros acabava por morrer nos primeiros dias, mas apesar disso estivera vivo por todo aquele tempo, e isso no mínimo poderia ser chamado de sorte.
Ao fim do corredor, local que demarcava a saída da prisão, uma mesa de madeira decorava junto a uma estante de gavetas.
“Minha máscara…” Ele pensou, mas ao vasculhar apenas encontrou seus equipamentos normais, além das armas e pertences de Amaya.
O caminho além da prisão era tortuoso, um corredor largo e revestido de ferro. Azura virou a direita, correu direto por alguns segundos, virou a esquerda, mas não achou um guarda sequer, e apesar de estar correndo a um bom tempo sentia que estava sendo conduzido a algum lugar… E de repente ele parou de correr.
Em sua frente surgia uma imagem, uma silhueta, aquela sombra dançava no espaço como um holograma colorido. Um alguém. Ele tinha sido descoberto.
- Uusaki Date. - O holograma não tinha imagem, porém os olhos ainda eram nítidos. - E pensar que você cresceria tanto.
O ruivo não respondeu.
- O que o espera mais a frente é decisivo, você caiu em uma técnica simples de genjutsu, então está dando voltas por todo este tempo… Eu desfarei a ilusão. - A entidade deu um passo para trás. - Você encontrará dois corredores bifurcados. Siga o da direita para fugir, boa sorte. E atenção, O céu não será Azul eternamente.
- Entendo. - O ruivo ainda estava em posição de batalha. - Porque você está me ajudand-
- Azura! - Uma voz elevava-se atrás do kirinin. O inugami teve a atenção atraída, mas quando viu que era só Amaya, voltou a olhar diante de si, e ali não restava nada se não um caminho. - Eu pensei que não alcançaria você! Com quem estava falando? - A loira completou.
- Apenas… Com ninguém.
Os dois seguiram o caminho como o homem tinha aconselhado a Azura, e o corredor dito tinha uma porta em seu fim, uma porta de madeira, delimitando o fim e o início de um ciclo interminável. Amaya e Azura pararam a metros da porta, sentiram um calor sem igual vindo dali enquanto vapor escapava das frestas.
- É nossa única saída… - Amaya se adiantou. Ela pôs a mão na maçaneta e sem rodeios a girou.
Uma massa de vapor escapou da porta e soprou contra a dupla, mas ainda assim eles avançaram para a câmara seguinte.
O local era enevoado pelo vapor, porém com a porta aberta e o vapor fugindo pelo vão, logo a visão se tornava mais nítida. Uma espécie de anfiteatro, mas sem platéia, pois no lugar dos bancos existiam ali grandes cápsulas de vidro, dúzias e dúzia, e dentro delas repousavam várias e várias daquelas criaturas horrendas que os atacara anteriormente, como se dormissem imersos em um líquido qualquer. No centro desta estrutura imensa estavam os dois shinobis em uma espécie de palco amplo, circular e elevado.
- Olhe… - Amaya tocou o ombro de Azura e apontou para o teto de vidro, teto este que exibia uma noite estrelada.
Mas mal os dois saborearam a proximidade com a liberdade, ela tornava-se cada vez mais distante. As cápsulas de vidro abriam-se como se afundassem no solo, o seus cativos ganhavam liberdade mal o líquido que os imergia desaparecia e, para completas, outros shinobis trajando o negro surgiam pelas várias entradas do local.
- Merda! - Amaya escondeu-se atrás de sua kunai. - Essas criaturas novamente!
Azura não podia usar selos, então seus jutsus imitavam-se apenas aos mais simples.
- Fique atrás, vamos apenas fug- Sua visão ficou turva, escureceu e, consequentemente, girou. - O que… -E caiu para trás imediatamente em um estado de paralisia. .
- Idiota! - Amaya segurou o rapaz antes que caísse no chão. - Você perdeu sangue demais!
Os inimigos se aproximavam, cercavam-nos, criaturas e shinobis, o calor que emanava do corpo daqueles monstros costurados e deformados era tanto que ardia os olhos dos dois fugitivos.
Azura estava nos braços da Kunoichi e apenas o que os separava do exército inimigo era a kunai que a loira apontava aos seus algozes.
- SAIAM DE PERTO!
E de repente, como se um farol fosse ligado, um clarão amarelo se fez, e em um piscar de olhos um mar de chamas caiu sobre os shinobis e monstros a serviço da Aotsuki, que criaram um caos em sua dança contra a ardência. Azura estava prestes a desmaiar, mas conhecia muito bem aquele clarão.
“Joumae no Kekkai!” A voz ecoou em meio ao caos, e uma barreira envolveu os shinobis de kiri.
- Angelus… - O tokubetsu sussurrou.
E realmente era ele, suas costas eram como uma muralha demarcando o limite entre o fogo e os kirinins, porém ele não estava só, outro maldito shinobi estava com ele, e esse o ruivo reconhecia como ninguém.
- Acorde, seu maldito! Você não pode morrer aqui! - Zef agaixou-se para ajudar Amaya a erguer o companheiro.
O High Gennin passou o único braço do amigo pelo ombro e o forçou a ficar de pé junto de si, e com a mão restante pôs a katana em riste, pronto para cortar qualquer um que estivesse no caminho.
- Estamos prontos! - Ele gritou a Angelus, que se ostentava uma séria expressão em sua face, do tipo nunca vista antes por Azura.
- Hai! - Ele disse, e abandonou a barreira por um milésimo de segundo para correr até os companheiros. puf!! Eles surgiam sobre um terraço dos prédios de kiri e sob uma chuva torrencial que caia. A água escorria-lhes pela face e, mais ainda, o cheiro de fumaça impregnava suas narinas.
- O que… O que houve aqui? - Amaya olhava aterrorizada os imensos pilares de fumaça negra que erguiam-se aos céus, kiri tinha sido arrasada…

Citação :

Na ala médica estava Azura, ele havia sido colocado em um quarto de quarentena. Já fazia dois dias desde que fora resgatado, desde então esteve só naquele cômodo, e apesar do ruivo gostar daquela situação de reclusão, ele sabia que não duraria muito, pois logo logo o procurariam em busca de respostas. Ele tinh certeza de que não as daria. Seu estado de saúde era grave. Segundos os médicos, ele tinha perdido sangue e chakra demais, fora o fato de seu corpo ter sido levado ao limite, em função disto ele estava no limiar entre o coma e a ciência; os mais realistas apostavam em sua morte após alguns dias… Se sua vida artificial era sustentada pelo seu chakra, aquele quadro era o pior possível.
A porta se abriu suavemente, tempo o suficiente para o ruivo criar uma máscara de vidro sobre a face. Angelus surgiu na sala como esperado, e junto dele Zef vinha a passos curtos. Azura não olhou-os chegar, pois sua atenção estava voltada para a janela. De repente as gotas de chuva batendo no vidro tornaram-se muito interessantes.
- Então? - Zef falou. - Poderíamos começar? - Ele e Angelus ficaram de pé, próximos a cama, olhando o ruivo.
- O que desejam? - O ruivo foi frio, mas direto.
- Queremos respostas. - Angelus cruzou os braços. Parecia incomodado. - Pelos deuses Azura, nós vimos sua face, vimos seus olhos, as rachaduras! O que diabos é você?
- Éee, que tipo de monstro? - Zef parecia gostar de xingar o rapaz. - Você pelo menos é humano?
Azura ignorou, as gotas de chuva eram mais importantes que aquilo no momento, e ele tinha um voto de silêncio.
Porém a porta abriu, algo inesperado, fora dos cálculos. Amagi estava lá. O mestre do seu juramento, o dono de suas ações, aquela cobra que o reviveu. O velho cumprimentou os presentes, deu a volta na sala e se pôs na frente da janela, olhando o céu. Seu objetivo era um enigma, mas Azura não ousava interpretá-lo.
- Azura. - O velho parecia ter a garganta seca. - Conte ao nossos convidados a sua história. Diga-os o que você é e apresente-os nosso inimigo. Creio que precisaremos de toda a ajuda possível a partir de agora, pois estamos em uma guerra.

Filler altamente!!! Gostei imenso de tudo, mas agora queria saber o porque de Zef estar ali. Fico ansiosamente á espera do próximo.

Está todo o mundo em guerra ahah.

Sim, Filler brutal. Escreves tão bem, essas tuas metáforas são certamente as minhas preferidas em todo o Forúm. Até as invejo .

Gosto do rumo da história. Finalmente mais alguém irá saber o que realmente é o Azura além do Katsu. Só acho é que o Angelus é capaz de trazer mais problemas do que propriamente ajudar ahah.

Continua ^^

Está a usar dois char de membros na sua historia (Angelus do Killer e Ichinose do Zef). Bem que poderia colocar o Kyo aí  Brincadeira, o Kyo nem conhece o Azura ainda, a não ser por eu ter colocado que ele era o juiz na terceira fase do Exame Chuunin.
Pelo visto os segredos desse Kirinin vão ser revelados, além de informar quem são realmente esses oponentes que estão a enfrentar. Apesar de que creio que esse Amagi ainda vai aprontar algo, pois não parece que seja um homem que aceita ajuda sem ter um interesse por de trás disso.

Vai lá continua sua historia e não se esqueça de visitar a minha. OK  

Apanhei isto assim a meio, mas acho que percebi no contexto em que me explicaste o ponto da situação da tua história. Adorei o filler, continuas a escrever tão bem quanto eu me lembro, portanto, venha o próximo ^^
Desconheço a identidade desse Amagi, mas não me inspira confiança   

Grande filler, gostei muito das descrições que deu ao ambiente e sobretudo gostei do desenrolar da sua história. Parece que, finalmente, eu vou entender melhor o que o Azura é

Continua mano!

Ichinose Zef escreveu:

Filler altamente!!! Gostei imenso de tudo, mas agora queria saber o porque de Zef estar ali. Fico ansiosamente á espera do próximo.

Que bom que gostaste!  O Zef sentiu a falta do sensei querido :c tem motivo melhor?

Tsu escreveu:

Está todo o mundo em guerra ahah.

Sim, Filler brutal. Escreves tão bem, essas tuas metáforas são certamente as minhas preferidas em todo o Forúm. Até as invejo xd. 

Gosto do rumo da história. Finalmente mais alguém irá saber o que realmente é o Azura além do Katsu. Só acho é que o Angelus é capaz de trazer mais problemas do que propriamente ajudar ahah.

Continua ^^

Oh, Stop it! hihihi  Que bom que gostaste! E não pense que o Katsu ficou sabendo porque eu quis :c aquele enxerido! 

Brunomoraes escreveu:

Está a usar dois char de membros na sua historia (Angelus do Killer e Ichinose do Zef). Bem que poderia colocar o Kyo aí xd Brincadeira, o Kyo nem conhece o Azura ainda, a não ser por eu ter colocado que ele era o juiz na terceira fase do Exame Chuunin.
Pelo visto os segredos desse Kirinin vão ser revelados, além de informar quem são realmente esses oponentes que estão a enfrentar. Apesar de que creio que esse Amagi ainda vai aprontar algo, pois não parece que seja um homem que aceita ajuda sem ter um interesse por de trás disso.

Vai lá continua sua historia e não se esqueça de visitar a minha. OK  

Talvez eu faça ago com o Kyo  Veremos num futuro  E sim, Amagi ainda tem muito a aprontar, espero que gostes do que tem por vir

BigBoss escreveu:

Apanhei isto assim a meio, mas acho que percebi no contexto em que me explicaste o ponto da situação da tua história. Adorei o filler, continuas a escrever tão bem quanto eu me lembro, portanto, venha o próximo ^^
Desconheço a identidade desse Amagi, mas não me inspira confiança   

Damn you D: esperava que dissesse que melhorei na escrita ;-; Que bom que gostaste Bro!

Brian$ escreveu:

Grande filler, gostei muito das descrições que deu ao ambiente e sobretudo gostei do desenrolar da sua história. Parece que, finalmente, eu vou entender melhor o que o Azura é Smile

Continua mano!

Obrigado por ler!  É bom saber que minhas descrições agradam, eu sempre fico com um pé atrás quando as faço, penso sempre que é insuficiente  



Obrigado por lerem o/(o

Excelente filler, claro basta só ter o nome de Angelus para o ser eheheh.

Agora fora de brincadeiras, filler muito bom cheio de pormenores e uma escrita cativante.

Cheira-me que o Amagi é um troca casacas, ainda vai lixar todos....

Nota: O Angelus não é o Katsu, ele é 5* eheheh. O seu melhor amigo (personagem de outro membro, que morreu) nem humano era. Não importa se ele seja um autentico monstro