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Sai da sucursal subterrânea, indo pelas escadas e fechando a enorme porta de ferro que ser selada se transformou numa rocha, camuflando-se ao ambiente, fiquei surpreso com aquele tipo de jutsu de camuflagem.

Sem tempo para surpresas, voltei aos meus objetivos principais que era: resgatar Inoue e matar Katsumoto. Concentrando chakra nas pernas e nos pés, corri rapidamente num salto indo até a direção da cidade que por sinal estava pouco movimentada (Shunshin no Jutsu). Era noite a propósito. A lua banhava a cidade e o mar da costa, dando uma beleza natural aquele local. Diferentes pessoas, idiomas, etnias e roupas andavam pelas ruas, eram poucas, mas ainda sim diferentes.

" Agora percebo...É um país turístico provavelmente. " — deduzi ao observar o cenário e as pessoas que se mesclavam a ele.

Já no telhado de um edifício, parei a corrida e assim analisei o papel que após algumas dobras se relevou ser grande (do tamanho dos de hoje). Continha referências geográficas e detalhes das forças de defesa primárias, usadas para repelir os invasores indesejados.

Era uma espécie de fortaleza de pedra maciça, composta por quatro torres principais que ficavam posicionadas de acordo com as quatro direções do mundo (Norte, Sul, Leste e Oste); Barracas de pano e madeira guardavam os aposentos dos soldados, salas de armas etc. Possuía apenas um portão de entrada, este guardado fortemente por peças de metais afiados para repelir máquinas de cerco, besteiros e arqueiros nas torres de vigia e nos muros e provavelmente ninjas sensores de chakra na fortaleza.

" Que desafio...Não poderei avançar pelo subterrâneo, os ninjas sensores iram detectar-me assim. Apenas me pergunto, como alguém nada faz contra uma fortaleza militar em um país turístico. " — raciocinei. Que maneira usaria para entrar? Uma ideia me atingiu a mente como um relâmpago.

Usando seu henge se transformou num cidadão qualquer que passava por ali e que transparecia menos suspeitas (Henge no Jutsu). O primeiro passo estava completo, camuflar-se visualmente para os olhos dos soldados mais desatentos. Empunhando apenas seus braçais (Hidden Blades), que não sofreram com as transformações físicas que tive, avancei em direção a fortaleza.

A cada passo que dava esta surgia no horizonte, logo acima estava a Lua, banhando-a e também a cada centímetro, uma chama começava a arder em meu coração e um desejo de vingança surgia em minha mente como se quase enevoasse meus sentidos e meus objetivos.

Diversas tochas espalhadas pela fortaleza, tentando prover boa mira e visão aos sentinelas com suas bestas e arcos, entretanto, isto era quase ineficaz naquela noite. Realizando alguns selos rapidamente e concentrando chakra por toda a extensão de seu corpo, recriou suas qualidades ninjas e físicas, criando um clone de terra (Tsuchi Bunshin no Jutsu).

— Qual o plano? — disse o clone, socando o punho em empolgação, pelo menos, até estranhar o território que estava, as vestes e a fortaleza sombria que se erguia no horizonte.

— Vamos nos infiltrar naquele forte, para isto preciso que crie o caos pelo caos para eu invadir tranquilamente. Use a besta e os selos explosivos para bombardear as torres principais ao lado do portão, em seguida, aproxime-se, atire para o alto um virote com selo explosivo, depois dois com hikaridama. Cada segundo é crucial. — expliquei o plano de infiltração que era: espalhar o pânico e adentrar com calma. Simples, objetivo e genial.

— Hai! — respondeu elevando a mão até a testa, como uma saudação militar.

— Ótimo, quando o fizer, avançarei! Por enquanto irei me preparar. — retruquei.

Correndo até a parte inicial de uma floresta próxima, esta que ficava a um quilometro aproximadamente, desfiz o henge. Puxando o capuz, retirei um makimono de dentro das vestes abrindo e pressionando-o e invocando a besta e a aljava com os vinte virotes.

" Enquanto ele espalhar o caos, irei além, atacarei os sentinelas por trás fazendo-os ficarem dispersos e confusos e assim irei atrás deles. " — maquinei. Retirando minha capa vermelha, uma kunai, oito selos explosivos e todo o estoque de fios, de aço que tinha comigo além dos makibishi  estocando numa algibeira dentro de minhas vestes os botei no chão, tudo estava indo perfeitamente bem.

Rasguei a capa vermelha em pequenos pedaços quadráticos usando a kunai, rapidamente, peguei os trapos e juntando suas quatro pontas fiz uma espécie de algibeira improvisada e então, depositei pequenas quantidades de makibishi (por eu não ter tanto e o objetivo era criar o máximo de munições). Repeti o processo algumas vezes, totalizando oito algibeiras com makibishi, amarradas com fios de aço e atadas a oito virotes, além de um papel explosivo grudado em volta das algibeiras de trapo.

" Perfeito! " — pensei com um sorriso estampado na face. Observei a lua e agucei os sentidos, não demorou e duas explosões atingiram meus tímpanos indicando que o clone tinha iniciado sua distração. Esperei meio minuto, então, após, peguei a besta, a aljava e os virotes, em especial os com a surpresa das algibeira. Executando alguns shunshin me aproximei das muralhas, diversos gritos, ordens, explosões e barulhos de passos. Sorri em escárnio.

Apontando a besta para o alto, visando o interior, em específico os soldados perto do portão atirei os quatro primeiro virotes. A Lua tratou de iluminá-los fazendo-os visíveis somente a mim, já que os soldados estavam dispersos e confusos. As muralhas engoliram os projéteis e então fiz o selo de explosão com minhas mãos, explodindo os quatro primeiro virotes num misto de fumo, makibishis esvoaçando e rasgando superficialmente a carne e as armaduras dos soldados, ferindo-os levemente e gravemente os mais desatentos. Carregando a besta, refiz o processo, atirando para o alto e os explodindo, após isso, larguei a besta no solo.

Executando alguns selos de mãos e concentrando meu chakra doton, afundei no solo, sem causar grandes alterações no mesmo (Doton: Dochu Eygyo no Jutsu). As explosões de distração cessaram, indicando a morte do clone, os soldados dispersos e os ninjas sensores aflitos concentrando seus esforços na área frontal do forte em busca de novos inimigos, assim, me infiltrei.

" Barracas de guerra, depósitos de provisões, depósitos de armas.. Onde está a barraca do líder? Tem calabouço aqui? " — pergutava-me analisando a folha com as informações, que tristemente, apenas citavam os locais que eu desejava mais não os indicava, todavia, meu jutsu me ajudava a ter informações da superfície o que facilitaria o reconhecimento.

— Achei o calabouço! E Katsumoto...porém, onde está Inoue? — perguntei-me, engolindo um seco de receio que senti quase rasgar minha garganta.

Senti um chakra diferenciado, muito fraco e pequeno, porém o senti. Julguei ser Inoue e então o segui pelo subsolo. Surgi do solo observando um soldado morto e me metamorfoseando visualmente nele com o henge (Henge no Jutsu). Abri os panos da barraca e observei-a. Meus olhos se encheram de lágrimas, minhas pernas vacilaram, como se eu já tivesse derrotado a todos e a resgatado.

— Soldado! Vá ajudar os feridos! Continuaremos a pesquisa nela. — interrompeu um homem. Este se referia a Inoue, presa numa espécie de cubo de ferro onde apenas sua cabeça era visível. De sua cabeça, uma fumaça incessante saía e dois homens apontavam as palmas de suas mãos para ela.

" Estão vasculhando a mente dela? " — me enfureci por completo. Desfiz o Henge revelando-me numa armadura completamente negra. Retirei minha kusanagi e com um passo veloz executei um corte limpo e mortal na direção dos corações dos "interrogadores" de mente (Onsorutörai – Investida Iai & Shunshin no Jutsu).

Me aproximei de Inoue, presa naquele cubo. Verifiquei as travas e as quebrei com o cabo de kusanagi, guardando-a rapidamente e tentando abrir o objeto. De repente...

— Vocês da Liga não desistem, huh? — tal voz fez todo o ardor de meu coração gelar num instante, toda a chama do momento e por ver Inoue se desfizera tão rapidamente que me aterrorizei. Era Katsumoto, lá estava ele achando que eu era um membro qualquer da Liga.

" Ele não sabe que sou eu ainda? Ótimo! " — então, interrompi o resgate e me ergui, virando-me encarei Katsumoto. Ele estava em sua armadura vermelha, exuberante e provavelmente muito forte. Estava sem seu capacete e seus olhos de repente, semi cerraram e seu semblante foi abalado.

— Tsk... Como conseguiram essa armadura? — gritou enfurecido, algo que presenciei em situações raras quando ainda vivia com ele.

— ... (Respiração). — não o respondi, o encarei. Para mim, não era mais um traidor recém descoberto. Era agora um inimigo declarado, um alvo a ser apagado, um montante de merda que me traíra. Era minha chance de eliminá-lo.