Anteriormente:
Após a cirurgia de inserção da Soul Stone, Zehel travou conhecimento com o espírito ancestral do seu clã, Tsukiko, Uma rapariga muito branquinha de cabelos loiros e aparência de 15 anos.
De seguida, com os conhecimentos de Nemuri, partiu para a localização do 3º General esperando atingir mais uma das forças da Hantâ no me.
Conseguiu com sucesso infiltrar-se na mansão excêntrica do homem, porém foi desmascarado pelo homem antes que o pudesse assassinar. Numa súbita onda de revelações, o shinobi tomou conhecimento que o 3º general era alguém com o mesmo apelido que ele, Matsuri, e que Tsukiko e o general se conheciam.
Em sua defesa contra a ira de Zehel, o homem referiu que era um aliado dele e comprometeu-se a contar-lhe toda a sua história e tudo o que faltava contar.
- Senta-te e acalma-te por favor rapaz. - Pediu Genja movendo o seu kimono vermelho para servir uma xícara de chá.
Sob o tabuleiro de Shogi pousou o recipiente em frente a Zehel tentando não mover nenhuma peça. Sentando-se ele também preparou-se para iniciar um longo conto que parecia ir demorar algum tempo. Bebeu um trago de chá com um sorvo demorado e começou a falar.
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Este conto inicia-se à muitos anos atrás (infelizmente para mim que quer dizer que estou velho) num dia solarengo de julho dois bebés nasceram numa casa humilde, os seus nomes Genja e Serge. Herdeiros directos da Família Matsuri, era-mos quem iria assegurar a continuação da linhagem, eu e o teu avô. Logo desde cedo demonstramos muita habilidade para nos tornarmos grandes shinobis, em tenra idade já dominávamos muito bem artes com um mesmo fim, mas com tão diferentes funções. O teu avô muito destacado em todo o tipo de técnicas curandeiras shinobi e muito dotado com armas, e depois eu que me elevava quando se tratava de estratégias. Sempre lhe ganhava quando tentávamos jogar Shogi ou xadrez e ele derrotava-me sempre que nos enfrentávamos fisicamente. [(Então o velhote também é um shinobi!?)][(Xiu que eu estou a contar a história)]
Assim que entrámos na academia os nossos talentos foram muito bem reconhecidos e o nosso percurso foi excepcional, conhecemos inúmeras pessoas pelo caminho, companheiros, inimigos, superámos duros obstáculos e encontramos as nossas respostas confiando sempre um no outro e completando as nossas fraquezas e pontos fortes. Rapidamente nos tornámos ninjas de elite com a finalidade de passar tais habilidades a outros shinobis mais novos. A nossa primeira equipa foram dois irmãos, um rapaz e uma rapariga, aos quais também outra rapariga se juntou. Os seus nomes... Akira, Mira e Kiyomi. Dois deles tu conheces, a outra irás no futuro conhecer espero eu. Todos eles tinham personalidades que à primeira vista pareciam ser muito opostas. Akira possuía um espírito irrequieto, sempre pronto a superar desafios e a almejar o topo e a excelência, um miúdo que não conseguia estar quieto um segundo que fosse e só fazia porcaria. (Heeee!? O meu pai era assim??) Mira uma rapariga extremamente calma, não introvertida pois ela falava muito bem com todos, mas nada conseguia perturbar aquela paz imensa que vinha dela. Nem o mais aterrador oponente lhe abalava a paz de alma daquela rapariga. Por fim Kiyomi, uma rapariga que não suportava o excesso de energia e movimento de Akira pois o considerava "Um desperdício de energia.", era uma rapariga bastante relaxada e que fazia apenas os movimentos necessários, não por preguiça mas por considerar que devia manter uma perfeição no movimento de modo a poupar toda a mais simples energia que ganhava do seu metabolismo.
Os anos foram passando, missões foram sendo cumpridas e finalmente construímos uma equipa de elite de Kirigakure. Todos nós constituíamos uma equipa de Oinins especializados em destruir organizações criminosas no pais das ondas. Certamente imaginas onde isto iria chegar...
Era um dia chuvoso, todos nós estávamos a seguir uma pequena organização que começava a ganhar grande nome na área de kirigakure e tivemos de os perseguir por alguns dias. Levaram-nos a todos para uma ilha na periferia do pais das ondas e foi lá que desvendámos pela primeira vez o tamanho total da organização. Eles já tinham tomado conta da ilha por completo tendo feito dela a base da organização. Planeámos todos os passos da nossa operação para ser um sucesso e destruirmos com sucesso aquela organização, nessa altura o nosso esquadrão era conhecido por uma grande taxa de sucesso tendo em conta o reduzido numero de shinobis nele.
Avançamos por entre as sombras da floresta tropical que consistia a flora da ilha, assassinando sorrateiramente os guardas que rondavam a ilha impedindo quaisquer intrusos. Sem grande esforço alcançámos o enorme castelo medieval onde estava estabelecida a base da organização, tudo parecia indicar que conseguiria-mos completar a missão sem problema, mas fomos apanhados de surpresa pelo poder deles. Nas suas mãos eles possuíam alguns dos mais poderosos doujutsus do mundo shinobi, pelo que os nossos cálculos foram equivocados resultando no insucesso.
Foi a primeira vez que a Hantã no me fez um movimento tão ousado, revelando já qual o seu verdadeiro objectivo, a recolha de todos os doujutsus para formar um poder tão grande que seria quase equiparável ao do rinnegan. Foi ai que a guerra que tu tanto ouviste falar tomou lugar, foi nessa missão que eles se aperceberam que lhes faltava um doujutsu, o Zetsugan, obviamente que a sede de poder deles fez perseguirem sem escrúpulos todos os que eram do clã ao qual tu pertences. Os detalhes da guerra já tu os conheces pelo que não importam... A destruição do clã, de Valéria e as várias alianças estabelecidas entre clãs durante essa altura.
Nos últimos momentos da guerra houve a morte do antigo herdeiro do clã deixando toda a linhagem em perigo, até tu apareceres. Eu próprio assisti a morte dele, após terem-lhe retirado o doujutsu que era dos mais poderosos do seu clã pelas enormes capacidades regeneradoras. No entanto por muito que me custasse, não podia fazer nada ao ver o pai de Akira ser ali chacinado, toda a organização pensava ter com sucesso infiltrado-se na minha cabeça e tornado-me um deles, todos menos um...
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- Foi dessa guerra que tive o prazer de conhecê-lo. - declarou Tsukiko. - Sem ser seguido Genja encontrava-se com o teu avô adoptivo trazendo-lhe informações que depois eram usadas na guerra. Sem a ajuda dele não teríamos conseguido diminuir o poder de ataque da Hantã no me.
Tudo começava a fazer sentido para Zehel agora, ele sempre achara estranho o facto de a sua família adoptiva nunca ter perguntado nada acerca do seu clã, de facto nada falavam sobre isso. Já para não falar de que o mestre velhote de Zehel se sentira como em casa em Valéria, havia uma peça que faltava no puzzle e ali estava ela. As duas famílias trabalharam em conjunto.
- Tudo faz mais sentido agora. - declarava Zehel satisfeito por saber finalmente a verdade. - Mas no meio disto tudo...
- Como é que eu cheguei a General não é verdade? - perguntou o homem de cabelo grisalho antecipando a questão de Zehel. - O líder desconfiava de mim, a maneira mais simples de manter-me controlado era a de me fazer general, estando eu sempre ocupado nunca conseguiria passar informações e se o fizesse ele saberia.
- Então o facto de nós termos desfeito a hierarquia entre os generais permitiu que tu te retirasses sem problemas. - deduziu o rapaz com certeza.
- Por essa razão temos de atacar o mais rápido possível a organização enfraquecida, eu estarei do vosso lado para vos auxiliar, conheço bem o que se passa dentro da Hantã no me e quase de certeza que eles também se estão a começar a movimentar, não percamos um segundo herdeiro. - falou o homem estendendo a mão humildemente para Zehel como se o convidasse a aceitar a parceria entre eles.
- Espero que possamos contar contigo. Tio-avô Genja. - falou o rapaz sorrindo para o homem apertando-lhe a mão.
Numa onda de chakra fez o seu doujutsu activar-se e realizar uma kuchyose no jutsu, no meio do fumo o Contemplador já sabia o que tinha de fazer, com grande coordenação fez uma invocação inversa transportando-os para Valéria onde Akira, Mira e Nemuri o aguardavam.
- Aya! - exclamou uma voz vinda de trás do rapaz disferindo um golpe poderoso com um bokken na cabeça de Zehel. - Estás a ficar muito mole...
- Muito bem Ivy-chan! Foi um óptimo golpe digno de um samurai. - falava Serge Matsuri com o polegar levantado e um sorriso na cara.
- Queres um espancamento Velhote!? Digno de samurai o meu cu! - gritava revoltado o rapaz por ter sido apanhado desprevenido.
- Fecha a matraca Zehel. - declarou a rapariga enfiando-o bokken na boca do herdeiro que só reclamava. - Temos trabalho a fazer.
Continua