Título: Traiçoeiros na Trilha
Descrição: Carregamentos de dinheiro são constantemente enviados para os oficiais de fronteira do País da Chuva para que estes façam "vista-grossa" aos entorpecentes que a organização de Nero envia para a região. O problema é que alguns destes carregamentos foram interceptados por uma gangue violenta. Seu dever é descobrir o esconderijo desta gangue e acabar com a raça deles de uma vez por todas.
Participantes: Hiroshi Daisuke (Orochi)
Recompensa: 300 ryos + 1 scroll de novo jutsu + 1 ponto de cumprimento

- Está bem, vamos carregar e partir. - Comandou o loiro ao cocheiro, ansioso para ganhar a estrada. O sol acabara de amanhecer e com ele começavam as novas responsabilidades que Nero lhe incumbira: Escolta. Na verdade, segundo seu chefe, alguns carregamentos de dinheiro que eram utilizados para pagar propina a alguns oficiais na fronteira do País da Chuva estavam sendo frequentemente atacados. Conforme informações das poucas testemunhas, os roubos e assassinatos eram perpetuados por uma gangue de perigosos bandidos que conheciam a região o suficiente para atacar, matar e desaparecer na imensidão florestal que dividia os dois países. Diziam até que o seu chefe possuía uma longa espada cuja lâmina era ondulada como uma serpente. Um detalhe sinistro que mais se parecia com uma lenda para assustar crianças do que com a realidade. Assim, suspirando por tédio, Daisuke entrou no galpão para alcançar um barril repleto de peixes em conserva, onde a maleta de dinheiro era escondida. Inclinando os joelhos, o jovem fez força e levantou o pesado barril até a altura do peito, cambaleando até a carroça onde a depositou com cuidado. O cocheiro, por sua vez, buscou outro barril e repetiu o movimento até que os dois acabaram de carregar os oito barris que serviriam como engodo para ludibriar qualquer abordagem durante a viagem.

Com tudo pronto e carregado, Daisuke se animou ao ver que estavam finalmente adiantados no trabalho e saltou numa ágil pirueta até seu lugar ao lado do colega de viagem. Himura era um homem calado que preferia não conversar para não atrapalhar sua "pilotagem". Coisa que o nukenin não entendia. Afinal, o que de complicado há em guiar uma carroça? Porém, preferiu dar de ombros e se acomodar já que demorariam cerca de três dias até chegarem ao local indicado. - Bom que tudo está pronto. Vamos embora. - Concluiu assim que fitou o horizonte para tentar enxergar algo estranho. Nada. Tudo normal. Nesse momento, Himura estalou o chicote e os cavalos iniciaram sua caminhada pela estrada de barro. Como estavam próximos à fronteira do País da Chuva, ao longe já conseguiam ver a escuridão das pesadas nuvens ao longe. Isso intrigava o loiro de certa maneira para saber para onde toda aquela água escoava, mas deixou suas brincadeiras e dúvidas para depois, já que sua missão enfim começara. Mas, com o passar do tempo, já próximo ao por do sol, o balançar da carroça pelos buracos embalavam o jovem para um breve cochilo que o fizeram perder alguns minutos de vigília até que uma parada brusca após um ruído agudo o acordou num salto desajeitado. Himura abriu um sorriso e apontou para uma das rodas de madeira que se desprendeu de sua peça principal, deixando a carroça sem movimento. - Merda. - Reclamou o loiro.

- Melhor acamparmos aqui mesmo. - Concluiu Himura, descendo da carroça.
- Está bem. Apesar de não estar muito seguro. - Respondeu ao olhar em volta.

Já estavam próximos a fronteira com o País da Chuva e faltava mais dois dias para chegarem ao ponto de encontro, contudo, aquela roda precisava ser reparada antes que entrassem no lamaçal que aquele país fornecia em todas as suas trilhas. Acenando com a cabeça, Daisuke desceu da carroça e caminhou até a parte traseira onde pegou a barraca e a jogou para seu colega dizendo que iria buscar alguma madeira para fazer fogueira. Olhando em volta, usou seu chakra para saltar na árvore mais próxima quando juntou energia na tatuagem para trazer uma kunai. Jogando-se de árvore em árvore, o loiro logo se deparou com uma árvore morta, com seus galhos retorcidos e secos voltados ao céu. - Perfeito. - Comemorou enquanto se adiantava num golpe lateral com toda sua força, partindo o primeiro galho num único corte. O galho caiu pesadamente no chão, quando Daisuke o golpeou mais uma vez para parti-lo ao meio. Retornando a lâmina para a tatuagem, ele começou a recolher outros pedaços de galhos que caíram anteriormente e os levou para o acampamento. Não demorou muito até que a barraca estivesse de pé e a fogueira crepitasse para iluminar a noite que caíra rapidamente. Sentando-se à espera da janta, Himura trouxe uma chaleira para começar a esquentar o chá. O peixe já estava pronto para ser comido quando a chaleira piou. O chá estava pronto.

Servindo o rapaz e a ele, o cocheiro buscou o espeto de seu peixe e deu uma grande mordida. Seus olhos fitavam o fogo sem dizer uma palavra. - Você é uma pessoa que não fala muito, né? - Perguntou ao terminar a primeira porção do chá. Himura ficou sem responder, mas sorriu quando o garoto começou a ficar sonolento. Daisuke sentiu-se zonzo e em torpor. Tentando se levantar, ele derrubou a barraca quando cambaleou até a carroça, aparando-se sobre a roda quebrada. Tinha sido drogado. Então, quando pensou em procurar ajuda, o cocheiro se aproximou e desferiu um poderoso soco na sua têmpora, fazendo-o desmaiar de uma vez. "Traidor maldito." - Foi seu último pensamento quando desabou. Ele ainda conseguiria suportar aquela pancada se não estivesse naquele estado. Assim, num estado de sonolência abrupta, o nukenin sentiu seu corpo ser carregado e arrastado. Ouviu barulho e discussão. Algumas vozes e por fim o silêncio até que a droga começou a perder o efeito, fazendo-o começar a abrir os olhos e perceber que não estava mais na trilha. O cheiro de mofo e a fraca iluminação que vinha dos degraus à esquerda indicavam que estava preso em algum porão. Amarrado com as mãos e pés a cada madeira de uma pesada cadeira, Daisuke sentiu a dor de cabeça da pior ressaca que já tivera. Procurando pelo traidor, encontrou-o a conversar com outro à beira dos degraus.

- Quando acordar. Pergunte-o onde está o dinheiro. - Comandou o desconhecido.
- Sim senhor. O dinheiro deveria estar nos barris. - Desculpou-se.
- Não quero saber. Esse carregamento deveria ter passado. - Retrucou.

Feliz por ter ludibriado os bandidos, Hiroshi passou a mão vagarosamente pela cadeira para estudar sua resistência. Era uma madeira enegrecida e velha, porém parecia ser bastante resistente. Forçando um pouco mais ao usar sua força, a madeira estalou um pouco, chamando a atenção de Himura que acabara de retornar de sua conversa com o patrão. - Seu fedelho! Diga logo onde está o dinheiro! - Gritou indignado por ter sido enganado. Daisuke não respondeu. Furioso, o cocheiro juntou o punho contra o rosto do loiro, fazendo-o sangrar. O nukenin sorriu e cuspiu seu sangue na roupa do sequestrador. O traidor não recebeu aquilo muito bem e buscou um pedaço de madeira para atingi-lo mais uma vez no rosto. Dessa vez o rapaz tonteou e sentiu sua cabeça doer ainda mais. - Fale! - Insistiu o meliante. Nesse momento o loiro começou a balbuciar algumas palavras. Eram frases baixinhas que obrigaram o cocheiro a se aproximar e se aproximar tentando ouvi-lo, mas quando sua cabeça estava perto o suficiente, o ninja arqueou o corpo e juntou chakra na região para lhe desferir uma cabeçada com toda sua força. Seu Heddo Batto fez sangrar sua testa, mas foi forte o suficiente para desacordar o cocheiro que acabou por cair a seus pés. Suspirando em silêncio, ele sabia que não teria muito tempo até que os comparsas lhe fizessem uma visita por causa do silêncio repentino.

Levando chakra para as juntas dos braços e pernas, ele aproveitou o boost de força para arrebentar as amarras uma a uma para não fazer tanto barulho e assim, apesar de ainda estar sentindo os efeitos da droga em seu sistema, ainda conseguiu buscar o cocheiro para colocá-lo na cadeira em seu lugar. Pelo menos no porão mal iluminado, quem chegasse certamente pensaria que a vítima ainda estava amarrada. Então, aproximando-se dos degraus de subida, ele pôde ver que estava numa casa abandonada, iluminada apenas por alguns lampiões que faziam as sombras dançarem na parede oposta. - Cinco ou seis. - Desvendou o número de sombras refletidas na parede. - Vá ver se já temos a informação. Se ele não falar. Mate-o. - Comandou outro desconhecido. Daisuke viu suas sombras caminharem na sua direção. Era chegado o momento de lutar. Olhando em volta, não podia ver qualquer saída que pudesse utilizar para não lutar num ambiente fechado, porém, como uma besta acuada, alongou-se rapidamente para então esconder-se nas sombras no lado oposto aos degraus. Ali seria sua resistência. Ou isso, ou morreria nas mãos da gangue. Suspirando em nervosismo, ele aguardou os dois começarem a descer. Seus pés fizeram os velhos degraus rangerem, e à medida que eles caminhavam, o som da madeira denunciava sua exata posição. Agora não havia como esperar. A luta começara.

- Surpresa! - Gritou ao convergir chakra na tatuagem e invocar sua querida tonfa, elevando o braço com toda força que tinha num movimento rápido em arco. O primeiro capanga foi atingido diretamente no peito e "voou" de volta, atingindo o outro que vinha logo atrás. Assustado, o segundo sequestrador não conseguiu ver o que aconteceu e levantou sua lança na tentativa de se proteger. Daisuke não aguardou o bandido se recuperar e direcionou sua energia para os pés, grudando-se na lateral do corrimão para girar o corpo com a desenvoltura felina e chicotear a tonfa mais uma vez num golpe lateral. O estalo ecoou no porão enquanto o homem era jogado violentamente contra a firme parede de pedra. A parede rachou um pouco e o capanga deslizou inconsciente pela escada à baixo até chegar ao fundo. "Menos dois." - Comemorou em silêncio. Porém, enquanto tentava imaginar outra rota de fuga, mais uma leva de capangas começou a descer os degraus até a escuridão que ele se encontrava. Dessa vez não tinha ideia de quantos estavam descendo, mas mesmo assim resolveu agir no momento em que o primeiro inimigo terminou a descida. Saindo novamente da lateral, Daisuke juntou toda força numa rápida investida de sua arma para então atingir o homem num golpe descendente. O bandido gemeu alto, o que alertou os outros quatro que vinham logo atrás.

Brandindo algumas lanças, eles avançaram de dois em dois, aproveitando o pouco espaço que a escadaria lhes permitia. O loiro sagazmente pensou numa estratégia e usou seu chakra para invocar algumas shurikens para sua mão livre, arremessando-as contra o quinto elemento que também já descia. Alvejado, o homem rolou pela escadaria em grande velocidade e peso, atingindo os outros quatro de surpresa, pois sequer tinham percebido para onde os projéteis tinham seguido. Agora a confusão de corpos se tornara caótica. Estatelados no chão, os quatro ainda vivos gemiam para se desprender do emaranhado de pernas e braços, dando tempo para que o nukenin facilmente rodopiasse sua tonfa mais uma vez a atingisse cada um no ponto certo. Os homens agora jaziam inconscientes no chão do porão. Foi nesse momento que um estranho silêncio se fez. - Não tenho tempo para isso. - Reclamou baixinho, buscando rapidamente algumas tarjas explosivas na mochila, Hiroshi começou a grudá-las no teto do porão como um salvaguarda do que o esperava lá em cima. Então, usando sua força para puxar os corpos dos abatidos e abrir caminho suficiente, ele juntou as mãos num rápido selo e espalhou seu chakra pelo corpo quando se transformou num simples gato de cozinha para usar suas leves patas e subir esperando não ser percebido.

- Onde o senhor vai com tanta pressa? - Perguntou o líder, recostado numa cadeira de balanço com sua grande lâmina ondulada. "Merda." - Pensou o loiro, vendo que o chefe voltara muito antes do que previra. Daisuke cancelou seu henge e suspirou fundo ao buscar uma kunai com a mão esquerda, pondo-se numa posição defensiva, afinal, ainda sentia as dores de seu prévio interrogatório. - Muito bem. Você não tem mais serventia para mim. - Concluiu o meliante, levantando-se de sua cadeira para se pôr em posição de combate. Os dois se estudaram por alguns breves segundos, quando o homem resolveu quebrar o silêncio e gritar ao rodopiar a espada com grande velocidade. Daisuke sentiu a lâmina se aproximar num silvo ameaçador, obrigando-o a bloquear o objeto antes que o matasse. Os metais se chocaram e as faíscas iluminaram um pouco a sala onde estavam deixando-os gemer de esforço num impasse entre as duas forças. Contudo, seus ferimentos atrapalhavam sua desenvoltura e Daisuke começara a perder as forças, deixando seu ombro à mercê das ondulações da lâmina inimiga. O bandido sorriu e puxou sua arma rapidamente para cortar ainda mais. O ninja ainda golpeou com a kunai na vã tentativa de atingi-lo antes do recuo, mas não conseguiu. O sangue do loiro escorreu, deixando-o quase sem ar pela dor que sentira. - Você vai morrer! - Prometeu furiosamente.

Ofegante, o rapaz tentava se lembrar da localização das tarjas que instalara para usá-las de acordo com o plano. Nesse momento o bandido chefe arremeteu girando sua lâmina mais uma vez, acompanhando Daisuke que se esquivava agilmente com sucessivos saltos mortais até chegar próximo à parede oposta quando atravessou a janela quebrada em direção ao lado de fora, arranhando braços e pernas ao passar pelos vidros quebrados e antes que aterrissasse do lado de fora, ele juntou as mãos num rápido selo e autorizou a explosão de todas as tarjas explosivas que instalara no porão. O piso da casa abandonada foi fulminado e destruído num grande estrondo, enviando vários destroços contra o nukenin que foi arremessado contra as árvores devido à projeção, machucando seu ombro que se deslocou dolorosamente. - Falei que... Você iria morrer. - Sussurrou enquanto se levantava com dificuldade para jogar o braço do ombro ferido com toda força que tinha para o alto e colocar o membro no lugar num estalo abafado. Seu grito ecoou pela margem da floresta, dando oportunidade para que o chefe descobrisse sua posição. Ele havia assistido a manobra do loiro da janela e quando tudo explodiu, foi jogado mais longe na floresta. - Desgraçado! - Gritou o homem, com várias queimaduras pelo corpo, mas o loiro não conseguiu ouvir, já que seus tímpanos ainda sangravam.

Então, mesmo com suas roupas em farrapos, o bandido girou sua lâmina contra a cabeça de Hiroshi que só teve tempo para utilizar seu chakra e trocar de lugar com um pedaço de destroço que foi partido ao mesmo pela força do inimigo. Com o ombro ainda muito dolorido, o nukenin ressurgiu há alguns metros e preferiu usar sua energia mais uma vez para trazer seu bastão. Ele sabia que tinha que manter aquela grande espada longe dele e assim rodopiou a arma para apoiar-se no chão e saltar sobre o inimigo para jogar o bastão contra sua cabeça. O bandido elevou a lâmina no alto para bloquear, mas seus ferimentos o deixaram muito lento, fazendo resvalar o bastão até seu braço esquerdo. O homem gritou e recuou em poucos saltos para arremessar uma granada de fumaça no chão. Boom. Num estouro, toda margem da floresta agora estava encoberta por fumaça. "Ele está tentando escapar." - Pensou Hiroshi, apertando os olhos que ardiam na fumaça, quando juntou seu chakra fuuton após uma sequência de selos para forma um colchão de ar que expulsou a fumaça num forte jato para o alto. Tática muito inteligente, já que o deixou ver a sombra do inimigo saltando floresta à dentro. Saindo em perseguição, numa rápida sucessão de shunshins, Daisuke saltou por cima dos galhos e usou seu chakra para invocar e arremessar alguns shurikens, mas não conseguia atingi-lo até que invocou uma kunai com fio shinobi, arremessando-a com toda força para que se enroscasse nos pés do meliante.

Desequilibrado, o bandido despencou até o chão, soltando sua grande espada que fincou no chão até a metade. Agora o último elemento fora capturado. - Solte-me idiota! - Esbravejou, debatendo-se para tentar se soltar. Ofegante, o loiro se aproximou com cuidado e para fazê-lo calar girou seu bastão para desacordá-lo. Enfim tinha terminado a missão. A gangue não mais atormentaria as linhas de suprimento ao Buraco. Seu chefe ficaria feliz em saber que havia terminado a missão tão rapidamente, porém, a custo de várias cicatrizes e quase morte. - Foi divertido. - Comentou ao se sentar para descansar enquanto estapeava a cabeça do ladrão fazendo-o balançar como um pêndulo bizarro. Alguns minutos de descanso depois, Daisuke se levantou mais uma vez e deu um pequeno salto para alcançar a linha shinobi e usar chakra para buscar uma kunai e atingir o fio para cortá-lo ao meio. O meliante caiu pesadamente no chão. Inclinando para buscar o corpo do bandido, ele gemeu ao usar toda sua força remanescente e jogar o homem sobre o ombro e o carregou com ele de volta pela trilha para utilizá-lo como prova de seus feitos. Infelizmente o cocheiro não estaria lá para contar sua história. Idiota traidor. Morreu amarrado, num porão escuro.

Avaliação de Hiroshi Daisuke:

HN:
Ninjutsu: 23+0,25=23,25
Taijutsu: 46+0,25=46,25
Kenjutsu: 38,75+1,25=40
Genjutsu: 3
Selos: 12,25+0,25=12,5
Trabalho de Equipa: 2

HC:
Força: 49+1,5=50,5
Agilidade: 57,5+0,5=58
Controlo de Chakra: 54,5+1,5=56
Raciocínio: 11,75+0,25=12
Constituição: 47,75+1,25=49

Total avaliado: 7/7
Total de Habs.: 335,75+7=342,75

Recompensa completa!