Nome: Assalto ao Trem Pagador
Rank: A
Descrição: Um colecionador de antiguidades está interessado numa valiosíssima estátua feita de jade em forma de um macaco sorridente, que fora recentemente descoberta nas escavações do País da Lua Crescente. Segundo seus informantes, a estátua está sendo transferida para um museu no País da Chuva e chegará por navio, sendo então colocada no trem que transporta todos os valores dos impostos da região e por isso, estará muito bem guardada. Sua missão será entrar no trem e roubar esse macaco, custe o que custar. Mas cuidado, pois os soldados que vigiam o trem são muito bem treinados e alguns até possuem habilidades ninja.
Recompensa: 1200 ryos + 1 ponto de cumprimento + 1 scroll de novo jutsu
Shinobi: Hiroshi Daisuke

Citação :

Missão: Roubo do Macaco de Jade.
Local: No litoral do País da Chuva.
Horário: 20:35h

Numa noite chuvosa, um vulto solitário vagava pela estrada lamacenta sob a luz de repetidos relâmpagos. Com seus passos abafados pelos ruidosos trovões, o rapaz levava seu chakra aos pés para tentar evitar as numerosas poças d´água, procurando não sujar suas sandálias, controlando as emissões de energia com grande habilidade. Contudo, para seu desgosto, o respingo das pesadas gotas de chuva tornavam aquela missão praticamente impossível de ser completada, deixando seus calçados imundos em muito pouco tempo. - Mas nessa droga de país não para de chover? - O jovem sussurrava reclamações, fechando a pesada capa de chuva bege para se proteger do dilúvio que caía. Buscando um caminho mais seco, pouco a pouco ele cruzava a trilha até dobrar vagarosamente numa curva acentuada para avistar um pequeno vilarejo a beira-mar, onde já se podia ver a sombra de um imenso navio de madeira ancorado em seu porto. "Bem-vindo à Hikogan" - Dizia a placa enfiada na lama. Daisuke sorriu e comemorou, pois pela primeira vez havia chegado ao local do início da missão em tempo. Assim, satisfeito com o horário, o nukenin se preocupou apenas em esconder as tatuagens em seus pulsos com tiras de pano e sua prótese com um fácil henge para evitar chamar atenção desnecessária quando atravessou o primeiro conjunto de casas da Vila.

Apressado para chegar onde queria, ele se esgueirou por entre as calçadas de madeira até parar de frente a um bar de onde se ouvia a voz de dezenas de homens que brindavam o fim de mais um dia de trabalho. Pela pequena abertura da porta corrediça, Daisuke pôde ver um pouco do interior do estabelecimento e não se impressionou. "Que espelunca." - Suspirou. O bar era um local pequeno, porém agradável. Ele possuía uma grande lareira nos fundos, além de várias mesas de madeira abarrotada de pessoas, enquanto dois garçons levavam e traziam os pedidos nas mesas enquanto um barman se ocupava com os homens sentados no longo balcão. - Como pensei... Todos os carregadores estão aqui. - Comentou ao continuar sua caminhada, agora aproveitando a escuridão da noite para contornar o local e entrar no estreito beco lateral, onde se depositava todo o descarte do bar. "Agora é só aguardar." - Pensou o jovem nukenin, esgueirando-se para trás de um grande contêiner de lixo. Não demorou muito até que o trinco da porta dos fundos soou e a madeira velha da porta rangeu. Surgindo lá de dentro, um dos garçons chegou ao beco carregando vários sacos de lixo, gemendo de força para arremessá-los por cima da mureta do contêiner ao mesmo tempo em reclamava consigo mesmo da chuva torrencial que inundava as ruas naquela noite. Mal o percebeu que um ninja se preparava para atacá-lo.

Conduzindo seu chakra para as extremidades mais uma vez, Daisuke atingiu a parede com toda a força dos dois pés para ajudá-lo a ultrapassar o contêiner num ágil e silencioso salto, aterrissando nas costas do garçom que sequer o viu quando o ninja atingiu sua nuca com a mão aberta em forma de uma lâmina cega. O golpe foi rápido e limpo, o homem desmaiou no mesmo instante, sendo agarrado pelo agressor, que usou a força de seu corpo para levantar o sujeito acima da cabeça num gemido de esforço para então depositá-lo no contêiner de lixo, fechando-o silenciosamente em seguida. "Agora o próximo passo." - Daisuke pensou consigo, seguindo seu plano cuidadosamente. Certificando-se de que não havia mais ninguém no beco, o loiro juntou as mãos num rápido selo e moldou seu chakra num desenho específico e logo se transformou no garçom que acabara de abater. "Pronto. Agora só preciso do passe de acesso aos trilhos." - Concluiu ao tentar enxugar o uniforme de garçom, já ensopado com a chuva. Suspirando de ansiedade, o jovem abriu a portinhola e adentrou na cozinha do bar. - Vamos Takeshi! Está parado porque?! Duas garrafas de saquê para aquela mesa! - Gritou o dono do bar que o vira entrar através do espaço entre a cozinha e o balcão. Acenando com a cabeça, Daisuke alcançou a bandeja com as bebidas já postas e passou rapidamente pela porta que lhe dava acesso ao saguão.

"São muitos..." - Pensou ao se deparar com quase cinquenta homens fortes. Maltrapilhos, os homens pareciam gastar mais com bebida do que com suas próprias roupas. Certamente seria impossível buscar o passe no meio daquela confusão, então decidiu esperar o próximo a ir ao banheiro e assim atacaria. - Aqui! - Esbravejou um dos carregadores numa grande mesa. O nukenin se aproximou com receio de que seu chakra falhasse e lhe revelasse, mas isto não aconteceu. Mantendo-se firme, ele começava a servir a mesa até que suas mãos suadas fizeram o último copo cair no chão. Foi quando, usando sua agilidade, ele girou a bandeja vazia para o alto e agarrou o copo num só movimento para despejá-lo na mesa e segurar a bandeja que caía antes que chegasse ao chão. Um movimento instintivo. Mas o suficiente para chamar a atenção dos que estavam à mesa. - He, he. Já trabalhei num circo. - Justificou o garoto ao sair em perseguição de um homem que acabava de se levantar e ir na direção do banheiro. Agora era a hora. Com passos ligeiros ele se adiantou e entrou logo atrás do alvo que nem o percebeu de tão bêbado que estava. Cambaleante, o homem foi direto ao mictório e recostou sua cabeça na parede para se equilibrar. Daisuke não esperou. Elevando a perna num chute lateral, ele atingiu as costas do joelho esquerdo, fazendo o carregador perder o equilíbrio e cair com a testa na borda da porcelana. O estalo vibrou a mictório e a encanação, mas não foi alto suficiente para que seus companheiros do lado de fora pudessem ouvir.

O ninja agora estava satisfeito. Afinal, era só pegar o bendito "passe" para que ele tivesse acesso ao navio. Desativando o henge, o loiro começou a apalpar o bêbado quando viu a portinhola de um dos sanitários abrir. Ele não tinha percebido a presença do cagão. - Droga! - Reclamou de seu azar. Ao ver a situação, o homem se assustou e tentou correr até a saída do banheiro sem se limpar, mas não conseguiu. Nesse momento, Daisuke focalizou seu chakra nas tatuagens e trouxe a tempo sua harigame, arremessando-a em volta do fujão para prendê-lo no laço. Assustado, a vítima inspirou ar para gritar, foi quando o loiro usou toda força de seus braços para puxá-lo de volta e atingi-lo nas costas com uma potente joelhada, quebrando as costelas do sujeito que caiu de dor, com dificuldades de respirar. - Boa noite. - Sussurrou ao dar o golpe final, apagando o moço no chão do banheiro. Rapidamente ele se prostrou diante dos dois e conseguiu buscar os dois passes. Suas mãos fizeram um movimento ágil para rasgar e despejar o segundo passe na privada. Não precisava dos dois. E para terminar, gemeu ao contrair os músculos ao usar sua força para arrastar os dois inconscientes até as duas privadas do banheiro, onde os sentou para que ninguém os incomodasse. Uma boa ideia. Agora só precisava sair dali e esperar o trem chegar. Então, fazendo mais um rápido selo ao moldar seu chakra mais uma vez, o loiro se transformou num pequeno lagarto e escalou a parede até ultrapassar a janelinha que levava ao beco onde tudo começara.

- Agora é só esperar. - Comentou, sumindo na escuridão chuvosa.

- Vamos! Andem logo! - Instigava um dos guardas ao empurrar o nukenin para a fila de checagem. A chuva finalmente diminuíra a uma fraca garoa naquela manhã, enquanto os carregadores formavam fila para a conferência do passe em questão. Só assim teriam acesso para carregar a mercadoria até o trem que chegaria a alguns minutos. Daisuke preferiu não responder àquela truculência, enterrando-se sobre seu chapéu de palha. Passo a passo ele se aproximava cada vez mais do posto de controle. Seu coração batia forte e a sua habilidade de identificar locais de fuga caso fosse descoberto só o fazia mudar constantemente a direção de seus olhos quando enfim se aproximou da mesa. Existiam dez guardas somente na entrada do navio. Oito zanzavam pelos carregadores à procura de qualquer coisa estranha, enquanto dois deles, sentados numa mesa, olhavam os passes e conferiam os nomes. Sendo logo perguntado, o loiro levou a mão no bolso e logo o entregou ao oficial, abrindo um sorriso sem graça. Não estava acostumado com missões de infiltração, muito menos conhecia as sutilezas da emoção humana. Porém, como todos os carregadores estavam com seus rostos sonolentos da festa da noite anterior, o sorriso amarelo do carregador disfarçado não chamou a atenção do fiscal. E para seu alívio, o guarda lhe devolveu o passe e acenou, autorizando que ele entrasse pela estreita abertura na grade de metal, que margeava toda doca a qual o navio do tesouro estava ancorado.

Segurando o chapéu, ele vislumbrava o tamanho daquela embarcação cujo ventre estava escancarado, mostrando pilhas e mais pilhas de ouro e prata. Aquilo certamente lhe deixaria milionário o resto da vida, mas seu alvo não era simples riquezas. Mesmo porque não teria como levar tudo aquilo. Assim, espremendo-se entre algumas dezenas de contratados, ele tentava visualizar o tal macaco de jade, mas até agora não conseguia vê-lo entre as caixas vazias. Droga. - Reclamou para si, ao falhar em ver seu alvo, quando o som de um apito agudo no horizonte indicava que o trem de transporte chegaria em poucos minutos. Não tinha jeito. Teria que esperar até que o objeto aparecesse. O nervosismo começava a fazer suas mãos suarem à medida que aquele monstro de metal chiava contra os trilhos até que freou há uma certa distância. - Carregadores! - Comandava um dos oficiais do porto. E enquanto todos amarravam as mangas de seus quimonos, Daisuke observava a locomotiva se desprender dos vagões vazios e mudar seu sentido para poder se aproximar do porto em marcha ré. Aquilo deve ter demorado alguns minutos, mas aquela máquina estranha deixou o ladrão admirado o bastante para não ouvir que os homens já faziam fila para encher os caixotes com o tesouro. - Já para o trabalho! - Gritou um guarda, atingindo suas costas dolorosamente com o cassetete. O rapaz obteve forças não se sabe de onde para não quebrar a cara do sujeito. A missão primeiro.

Respondendo com uma careta, o nuke acompanhou o restante e arregaçou as mangas, buscando uma pá para se dirigir à pilha de moedas. Um bom aquecimento. Assim, usando os poderosos músculos dos braços, Daisuke impulsionou a pá contra os objetos metálicos, usando sua força para precipitá-los no fundo da caixa de madeira. O trabalho era duro, já que tinham que ser rápidos para que o trem partisse rapidamente. - Vamos fracotes! - Esbravejava o chefe dos carregadores. Sem pestanejar, o loiro terminava de encher sua caixa, contraindo os músculos das pernas para empurrar o objeto pesado pelo assoalho até a rampa onde outros içavam e organizavam dentro de um dos vagões. Aquele serviço repetitivo se estendeu por quase uma hora, deixando os homens exaustos. Ofegante, Daisuke já sentia fome apesar de não ter a mínima ideia de que horas eram, já que a garoa continuava num céu escuro. E quando finalmente empurrava a última caixa para a rampa, o jovem convergiu chakra para a ponta dos dedos e sutilmente selou sua energia num selo hiraishin na madeira. Como ele previra, os homens exaustos mal perceberam sua movimentação estranha. Agora era só uma questão de tempo. Limpando as mãos na água que descia da calha, os carregadores começavam a fazer fila para receber o pagamento quando uma equipe de quase dez homens desceu do primeiro vagão e caminharam até o galpão onde encontraram uma mulher com uma grande maleta de camurça vermelha. Lá está o alvo.

- Mas que porra é aquela? - Perguntou para o carregador à sua frente, enquanto se aproximava da fila do pagamento. Ele tinha ideia do que havia, mas queria quebrar o gelo e parecer natural. Então, o carregador levantou os ombros e acenou negativamente dizendo que não sabia, e enquanto isso, toda fila virava sua atenção para a procissão organizada do grupo uniformizado que caminhava atento de volta ao primeiro vagão. O grupo parecia ameaçador. Armados com katanas à cintura, eles vestiam uniformes militares de cor verde. Suas patentes indicavam seu ofício, mas Daisuke não tinha ideia do que significavam. Contudo, o que mais chamou sua atenção foi a mulher. Olhos negros e pálidos, ela tinha algumas medalhas presas no uniforme e segurava a caixa com cuidado, segurando a fina corrente da alguma que prendia a caixa ao seu pulso. Talvez fossem eles que teriam que enfrentar para obter seu prêmio. Nesse momento o trem apitou indicando que já era hora da partida. Quando mais cinco guardas começaram a subir no vagão do tesouro, indicando vigiariam o vagão durante o transporte. Foi então que o nuke percebeu que teria dois problemas. Existiam duas equipes dentro do trem. Um seria responsável pelo vagão do tesouro, enquanto o outro, mais preparado, vigiaria de perto a estátua no primeiro vagão. Realmente seria muito difícil adentrar no local sem que fosse percebido. - Foda-se. Matarei a todos. - Comentou para si, ao sair da fila com seu pagamento, fingindo ir na direção do alojamento dos carregadores enquanto o trem partia.

Suas mãos doíam pelo esforço recente e seu corpo pedia pelo almoço, mas tentava esquecer suas necessidades para buscar mais informações sobre o trem, já que a segurança era muito maior a que ele previra. Apertando o passo na direção de um grupo de carregadores que também seguia ao alojamento, Daisuke fingiu-se admirado com a locomotiva e interrompeu o assunto deles para perguntar por onde a linha férrea passava. E dentre todas as explicações dos possíveis caminhos, um deles comentou algo que iluminou os olhos do ladrão. "Ele passará pelo túnel nas cordilheiras no horizonte." - Apontou o homem, feliz por mostrar seu conhecimento. Aquela informação parecia inofensiva, mas foi de suma importância para que Daisuke organizasse sua estratégia. Fazendo um rápido cálculo em sua mente, comparando a distância em que a cordilheira se encontrava, o Hiroshi finalmente chegou a conclusão de que em mais ou menos vinte minutos a locomotiva estaria passando pelo túnel. - Ainda dá tempo para tomar um banho. - Sussurrou consigo, terminando por subir dois degraus para entrar no alojamento à procura do banheiro. Porém, quando a porta fechou nas suas costas, logo reconheceu os dois homens que sentavam a beira da primeira fileira de camas. Com sacos de gelo nos locais das pancadas que levaram, os carregadores olharam na direção da entrada quando um deles reconheceu o nukenin os atacara na noite anterior. - É ele! Foi ele! - Apontou com fúria no olhar. Os outros carregadores tomaram as dores e se levantaram ao mesmo tempo. Lascou.

Vinte minutos daria para descansar. - Só que não! - Pensou alto enquanto os numerosos carregadores começavam a cercá-lo. Silenciosos e ameaçadores, Os homens se armavam com vassouras e alguns traziam facas... O garoto estava enrascado. Contudo, ele sabia que sua missão não era ali. Neste momento o seu prêmio estava se distanciando e logo chegaria ao túnel. Sua oportunidade de entrada. Mas como a situação mudara, decidiu recuar para se poupar. Então, quando percebeu que argumentar já não surtiria efeito, Daisuke aglutinou chakra nas tatuagens para invocar várias bombas de fumaça, atirando-as no chão num só movimento. Os estouros espalharam a fumaça no ambiente fechado dando-lhe a oportunidade de efetuar um rápido shunshin através da porta de saída. Os carregadores recuaram um pouco quando ouviram a porta rachar e o vento entrar. Mas logo procuraram saber o motivo de tantos gemidos do lado de fora. O nukenin não percebera que existiam três carregadores encostados na escadaria do alojamento, e assim que atravessou a porta com toda força e velocidade, acabou por esbarrar dolorosamente nos três que caíram embolados pela lama até cessar sua projeção. Machucado nas costas e no braço esquerdo, Daisuke se levantou com certa dificuldade e olhou em volta. Já estava cercado novamente. - Seu idiota! Vai morrer! - Ameaçou um deles, avançando com uma faca à mão. Agora seu descanso tinha ido por água abaixo.

Respondendo com velocidade, o nukenin girou o corpo e agarrou a mão do infeliz. O homem gemeu e logo sentiu seu braço sendo puxado com toda força do ninja para arremessá-lo contra seus parceiros num boliche humano. - QUEM É O PRÓXIMO! - Tentou intimidá-los, mas outro se aproveitou da retaguarda e avançou com uma vassoura. Daisuke percebeu a movimentação e rapidamente virou-se para o atacante, inclinando o tronco para trás para esquivar do ataque lateral da madeira que passou rente ao seu nariz. E quando retornou o corpo, o nuke já fechava o punho para desferir um fortíssimo cruzado de direita contra o rosto do carregador. Seu grito chamou a atenção dos guardas que ainda vigiavam o navio, fazendo-os correr na direção da confusão. Já estava ficando perigoso demais. O ninja sabia que já era hora de partir, mesmo que não tivesse esperado tempo suficiente. Então, juntando as mãos numa rápida cadência de selos, Daisuke moldou seu chakra fuuton em volta do corpo, catapultando-o rapidamente na direção do telhado do alojamento. Seu impulso desequilibrou a turba que se admirou pela velocidade do ninja que escorregou pela outra lateral do teto para aterrissar numa pirueta e disparar num veloz shunshin na direção da praia. Ele só parou quando se sentiu seguro. Entrando numa pequena gruta que encontrara à beira-mar. O nuke aproveitou a água da chuva que escorria pela rocha para lavar-se, descansando por cinco minutos. Agora é que sua missão começaria.

- 3, 2, 1... - Sussurrou tentando compensar o tempo em que o trem atravessava o túnel. Um salto no escuro. Literalmente. Sentindo seu chakra fluir pelo corpo, o jovem começou a escutar os gritos dos carregadores a sua procura quando ele sumiu como mágica. Sem deslocamento de ar, ou qualquer ruído, Daisuke percebeu rapidamente o novo ambiente aonde chegara. Balançando com grandes estalos agudos, o vagão levava dezenas de caixas empilhadas até o teto, deixando somente um bom espaço no centro, onde os guardas distraídos conversavam sob a luz de uma lamparina já acesa. Consegui. - Comemorou ao perceber que a penumbra havia disfarçado sua intrusão. Os homens gargalhavam com suas piadas sem sequer perceber que um ladrão os observava entre os caixotes. A dúvida agora pairava no íntimo do loiro. Pensando no próximo passo a seguir, Daisuke percebeu que assim que adentrasse no primeiro vagão seria recebido com luta e sem dúvida os guardas deste vagão se juntariam aos outros. Ele ficaria encurralado. Era hora de forçar uma saída de emergência. Então, juntando os pulsos numa posição de luta, o nuke disparou contra o grupo em grande velocidade, saltando os primeiros homens ao girar o corpo com toda força e elevar a perna num chute lateral. O golpe atingiu o segurança em cheio, arremessando-o contra um caixote. Sem aguardar a reação de surpresa terminar, o lutador freou sua trajetória e com a inércia elevou o joelho da perna oposta contra as costelas do outro.

Um crack selou o destino do segundo, que caiu inconsciente. Enquanto isso, os outros três terminavam de se levantar e enquanto dois deles avançavam com suas lanças contra o ninja, o terceiro corria na direção do alarme preso na parede oposta. Rapidamente o jovem invocou uma kunai, atirando-a entre os dois seguranças até alcançar as costas do terceiro. A lâmina cravou fundo na omoplata. O guarda gemeu alto, mas não tão alto quando o ruído do trem amplificado pelo eco do túnel, e caiu no assoalho em agonia, tentando retirar a lâmina. Foi nesse momento em que os dois estocaram as lanças. Daisuke gingou com rapidez, escapando do primeiro golpe, quando o segundo cortou o lado posterior de seu braço esquerdo. O sangue espirrou e manchou um dos caixotes quando o jovem raivoso invocou seu bastão condutor e se vingou do quarto adversário ao juntar chakra na arma, desferindo um forte golpe na lateral de seu braço. O alvo projetou-se contra a parede do trem, chegando a rachá-la com choque. Agora só restava um. - Leve tudo o que quiser! Leve tudo o que quiser! - Exclamou o último, largando a lança quando se viu frente a frente com o ladrão. Aquele comportamento indigno fez com que o ninja abrisse um sorriso de desdém, quando finalmente agarrou seu uniforme, trazendo-o contra sua cabeça num fortíssimo heddo batto. A sua testa latejou e um hematoma apareceu na testa do loiro, mas pelo menos fez com que o guarda perdesse a consciência. Agora estava praticamente sozinho no segundo vagão.

Suspirando para buscar ar, Daisuke realmente sentiu o cansaço do trabalho pesado que teve anteriormente. Seus braços e pernas estavam mais pesados e isso ele tinha certeza de que sua velocidade estaria comprometida. Por isso o jovem decidiu agir com um subterfúgio para evitar o combate com a equipe de onze soldados que o aguardavam no próximo vagão. Não havia tempo a perder. A luz logo invadiu as frestas de seu vagão e os barulhos do vento indicavam que tinham acabado de sair do túnel. Abrindo a portinhola que dividia os vagões, Daisuke invocou duas tarjas explosivas para grudá-las na peça de metal que unia os dois carros. Retornando ao local tomado, ele buscou seu pergaminho na mochila e o abriu com rapidez. Logo seu chakra acionou os cinco dos seis selos inscritos no scroll, trazendo suas marionetes à tona. - Agora o toque final. - Comentou ao unir suas mãos num rápido selo ao dividir sua energia irmãmente na forma de um clone da sombra. Fazendo o combinado, o clone tomou o controle das cinco marionetes e aguardou o sinal, quando o verdadeiro saltava numa ágil e silenciosa pirueta para o teto do primeiro vagão. Tudo estava pronto. Nesse momento, o clone enviou seu chakra através dos transmissores para fazer os bonecos funcionarem, utilizando o henge para transformá-los com a mesma aparência dos guardas abatidos. - Vamos começar a diversão. - Sussurrou o clone, comandando que quatro de suas marionetes o atacassem, enquanto a quinta acionava o alarme. A sineta ecoou por todo o trem.

- Mas o que é isso! Vejam o que acontece! - Comandou a mulher, apontando para cinco dos dez homens. O grupo levantou de seus assentos confortáveis do primeiro vagão e abriram a porta dos fundos quando viram a luta dos "seguranças" contra um ninja desconhecido. - Estamos sob ataque! - Gritou o primeiro deles, saltando na direção do segundo vagão sedento por ação. Os outros quatro o seguiram, deixando o resto da comitiva guardando o artefato. A porta se fechou atrás deles. Ótimo.Lá do teto, o verdadeiro Daisuke sorria por ver que seu plano havia dado certo e em seguida efetuou um rápido selo para detonar as duas tarjas explosivas. A explosão fez a locomotiva tremer e consequentemente projetou os dois grupos de soldados para os fundos de cada carro, abrindo dois grande buracos no lugar das portas. Foi por onde o verdadeiro Daisuke saltou, enquanto os vagões se distanciavam. Agora tinha apenas cinco soldados para enfrentar... Números melhores do que antes. Surpresos ao vê-lo, a mulher gritou com os outros quatro para que atacassem, mas o ninja já agia e efetuava os selos ao enviar chakra ao cérebro do primeiro a atacá-lo. Sob o efeito de seu genjutsu o homem tentou defender o lado esquerdo, mas o nuke já elevava o braço direito para agarrar seu pescoço, usando todo o poder de seu braço para levantá-lo com brutalidade até o teto de madeira. Sua força descomunal fez a cabeça do homem atravessar a madeira, deixando o homem a se debater até o momento em que foi chutado contra os companheiros.

Com a manobra, o nukenin derrubou mais dois, deixando apenas um a atacá-lo enquanto os outros dois lutavam para se levantar. O soldado sacou sua katana e gingou lateralmente contra seu braço. Muito rápido e bem treinado. Daisuke ainda conseguiu esquivar-se com certa agilidade, mas não escapou da trajetória da lâmina que riscou seu peito com certa profundidade. Aquilo realmente doeu. O sangue escorreu pelo uniforme, deixando-o enfurecido. Estava na hora de terminar o serviço. - Estou de saco cheio dessa missão! - Reclamou aos soldados. Juntando grande quantidade de chakra no punho, ele o desceu sob o assoalho do primeiro vagão e num grande okashô, estourou o carro ao meio num grande estrondo. O vagão descarrilou num espetáculo de destruição, lançando a todos para fora o veículo desgovernado. Aprumando o corpo, o nukenin fez mira na mulher que gritava em desespero e arremessou uma kunai que partiu a corrente num piscar de olhos. Foi então que ele atingiu um dos pedaços do vagão num ágil baunsubaunsu, projetando-o contra a maleta especial. Ele nem esperou o desfecho da destruição. Envolvendo seu chakra pelo corpo, ele utilizou o selo do segundo carro já distante e ressurgiu ao lado do caixote onde sua cópia terminava de derrotar os outros soldados. - Você demorou! - Comentou a imagem, puxando a marionete contra o último soldado. A peça trespassou o homem com suas katanas e agora não existia mais resistência. Daisuke estava ofegante. Foi uma missão difícil. Mas quando abriu a maleta e viu a estátua estranha, ele conseguiu abrir um sorriso maldoso, já sentindo o cheiro do dinheiro que iria ganhar.

Bumpz

Bumpz x2

Avaliação do Daisuke:

H.N

Ninjutsu: 52,25 + 1,25 = 53,5
Taijutsu: 66,75 + 1 = 67,75
Kenjutsu: 65,5 + 1,5 = 67
Genjutsu: 5,5 + 0,25 = 5,75
Selos: 32,5 + 0,75 = 33,25
Trabalho de Equipa: 6

H.C

Força: 77,75 + 0,5 = 78,25
Agilidade: 83,75
Controlo de Chakra: 98 + 1,5 = 99,5
Raciocínio: 17,5 + 0,25 = 17,75
Constituição: 78

Avaliação: 7/7

Total de Habilitações: 583,5 + 7 = 590,5

Comentários:

Depois você analisa e vê se está tudo certo, pois estou com um baita resfriado e fiz a avaliação de forma bem forçada, desculpa qualquer coisa. Vlw