Bem-vindos a Cha no Kuni, o país anfitrião do Exame Chuunin!
Ninjas vindos de todos os países e de várias origens juntaram-se para demonstrar que têm capacidades para subirem de rank. Pela primeira vez, foram até permitidos nukenins neste Exame Chuunin neutro! Quem conseguirá o seu objectivo?

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Arena do Torneio:

Mais um dia, mais sol e mais batalhas a serem travadas, e uma vez mais esperava a minha vez de enfrentar o meu oponente, nas meias-finais do Exame Chuunin. Assistira ao seu duelo, na fase anterior, vendo-o derrotar o seu adversário sem a utilização de uma única técnica ofensiva, servindo-se apenas do seu intelecto e armas, convencionais ou não, para tal fim. Seria definitivamente um confronto interessante. O seu nome era Itari Gasaka.

 No balneário preparava-me para o que me esperava, enquanto ouvia o ruído causado pela multidão expectante. Amarrei o cabelo num rabo-de-cavalo, que chegava um pouco abaixo do ombro, deixando cabelos apenas a franja e o cabelo a tapar-me a cara pelos lados. Passei um pano pela Kusanagi, limpando a sua lâmina e devolvi-a à sua bainha. Calcei as luvas e puxei-as para trás, ajustando os dedos nelas. Peguei no sobretudo negro e vesti-o por cima da camisa de rede e abri a porta. Comecei a andar pelo corredor, em direcção à arena. À minha frente, vi um rosto familiar. Era o meu sensei, Itachi Uchiha. Reflecti a minha expressão de surpresa ao vê-lo ali, sendo que ele tinha sido convocado para algo importante e comunicado que não estaria presente.

 - Estou a contar contigo - disse, com um sorriso - Boa sorte.

 - Arigato gozaimasu, sensei! - agradeci ao passar por ele, ganhando uma faceta de sorridente determinação.

 Entrei na arena, quando o meu nome foi chamado, apresentando perante o público. À minha frente encontrava já o homem, que devia ter uma altura perto ou idêntica à minha, de cabelo castanho e olhos azuis.

 - Vindo de Kumogakure, o estratega Itari Gasaka! - anunciava o comentador - Do outro lado, vindo de Konohagakure, Uchiha Kride!

 Olhamo-nos mutuamente, enquanto ouvíamos a contagem decrescente. "San, ni, ichi... HAJIME", gritara o instrutor que desaparecera ao proferir a última palavra, dando início ao combate. Emanei chakra do corpo, reunindo três tomoes rodopiantes em volta da íris escarlate, activando assim o meu doujutsu. Notei que era apenas um clone, mas alinhei no seu esquema. Atirei duas kunais na sua direcção, e desloquei-me num ápice até ele, fingindo uma investida física com o braço direito, enquanto formava um selo e concentrava chakra nos selos dos pulsos. O clone ao receber o golpe, desfez-se em fumo e pressenti movimento atrás de mim. Saltei, dando uma pirueta enquanto rodava o meu corpo, ficando de pernas para cima. Invoquei uma série de kunais e shurikens, atirando-as furiosamente contra as várias cordas que vinham na minha direcção, cortando-as. Endireitei-me enquanto descia até ao solo.

 - Não me confundas com o outro Inuzuka, não vou cair nas tuas esparrelas tão facilmente - disse-lhe.

 - Já o fizeste...

 O rapaz fez um selo e uma Kibaku Fuuda explodiu, sob os meus pés, atirando-me para trás, voando. Girei múltiplas vezes em voo e aterrei de pé, flectindo ligeiramente as pernas. Comecei então a correr na sua direcção, enquanto concentrava chakra e formava selos com as mãos. Assim, criei uma torrente de corvos que voou na sua direcção, impedindo-lhe visão. Enviei chakra a cinco corvos no meio do bando, de forma a que cuspissem pequenas bolas de fogo até ao adversário. No meio dos corvos, o rapaz formou uma barreira de chakra, com as suas cordas, evitando as pequenas esferas ardentes. Aproximei-me ainda por entre uma salgalhada de corvos, saltando por entre eles enquanto esticava o pé, de forma a disferir-lhe um pontapé. Acertei em cheiro no seu rosto, mas vi-o desaparecer no lugar de um tronco coberto de papeis explosivos. Juntei rapidamente as mãos, enviando chakra através do meu corpo criei um clone de corvos à minha frente, que se agarrou ao tronco, absorvendo o impacto da explosão. Pressenti um movimento atrás de mim e servindo-me do clone que se desfazia, usei as suas costas para me impulsionar para trás. Itari tentava um golpe com as suas soqueiras. Agarrei-lhe o braço, absorvendo o impacto do soco, enviando chakra para o selo no pulso, libertando uma corrente do mesmo, que voou em frente, enquanto rodopiava, enlaçando-lhe o braço e continuando depois a sua trajectória rectilínea. Levantei o joelho dando-lhe um golpe no estômago e de seguida enfiei-lhe com um valente murro na cabeça. O Gasaka respondeu criando um braço de chakra, que posteriormente aumentou e me atingiu no estômago, projectando-me num voo para trás. Agarrei-me, firmemente, às correntes com que lhe prendera o outro braço e puxei-as. Estiquei o cotovelo e dobrei as correntes contra o mesmo, aumentando a tensão nas mesmas, fazendo-o voar comigo também. Ainda acima do solo, uma corda apanhou-me desprevenido e prendeu-me uma das mãos. O jovem Itari tentava sobrepor-se às minhas correntes puxando também a sua corda. Libertei rapidamente chakra pelo selo do pulso do membro inferior preso e invoquei uma kunai de três pontas, com a qual rapidamente cortei a corda. Agarrei-a, assim que a consegui cortar, tomando posse dela. Inspirei profundamente, fazendo encherem-se os pulmões de chakra e juntei as mãos num selo, que rapidamente se converteu noutro, e ainda outro, que por sua vez se tornaria em outros três, enquanto moldava a energia acumulada. Em seguida, lancei uma rajada de fogo através da corda, que anteriormente me prendera, que tomou uma forma de um dragão ardente que consumiu a corda incessantemente, num movimento rápido e furioso até ao meu adversário, atingindo-o em cheio, projectando-o no ar, vários metros para trás. Larguei então as correntes que o prendiam, deixando-o voejar livremente na sua trajectória até ao chão.

 O gennin de Kumo levantou-se e eu já corria na sua direcção preparando uma nova investida. O rapaz afastava-se progressivamente, sempre que tentava chegar mais perto, arremessando kunais e shurikens, forçando-me a esquiva-las. Com um movimento rápido, surgi atrás dele e disferi-lhe um pontapé, que o fez rodopiar, ficando de frente para mim, e de seguida espetei-lhe com o pé na cara, enviando contra uma árvore. Após o choque a árvore, o rapaz pareceu ficar inconsciente. No entanto, depois de um pequeno enfraquecimento no seu fluxo de chakra, este parecia voltar ao normal. Aproveitei o momento e enviei chakra através do meu corpo, replicando-o num clone de sombras feito de corvos, deixando-o na minha posição enquanto eu me escondi. Logo se levantara e estava pronto para continuar, ainda que o seu rosto agora mostrasse uma confiança que não estava presente anteriormente. Sacou do bolso uma moeda e começou a brincar com ela, atirando-a ao ar.

 - Fodasse esta merda! - praguejou.

 O clone dirigiu-se na sua direcção, correndo, com uma kunai na mão, mas quando perto de o alcançar, uma camada de fumo preto libertou-se em volta de Itari. O clone recuou. Uma rajada de senbous voando na sua direcção forçaram-no a fazê-lo uma vez mais. Uma outra rajada veio e o clone esquivou-se outra vez, mas desta, cordas saíram do solo e prenderam-lhe os pés. Este baixou-se e cortou as cordas rapidamente. Nesse instante um garrafão de sake ladeava o clone e de seguida explodiu, estilhaçando-se em mil cacos de vidro, que voaram por toda a parte. O clone lançou rapidamente corvos da ponta dos dedos, criando uma protecção rápida. A réplica ficou então parada. Tentei fazê-lo mexer-se, mas sem sucesso. A fumaça negra desaparecera e o Gasaka já lá não se encontrava, mas sim a alguns metros do meu clone, fazendo um selo. Percebi então, vendo a sua sombra estendida no chão até ao clone, que estaria a usar uma técnica do clã Nara.

 - Agora vais levantar a mãozinha e desistir! - disse Itari, levantando o seu braço esquerdo, enquanto olhava para o Kride falso.

 - Talvez não - respondeu-lhe.

 Enviou chakra até à ponta dos dedos e fez apenas um corvo aparecer e bater as asas até aterrar no ombro de Itari, transmitindo-lhe o chakra enviado pelo clone de sombras, imergindo-o num genjutsu. Encheu-se-lhe a mente de mortes horripilantes às minhas mãos e o seu corpo permaneceu imóvel. Peguei então na minha Kusanagi, arrastando a sua lâmina para fora do cabo enquanto a embebia de chakra eléctrico. Saltei detrás do arbusto onde me escondera e com um movimento rápido aproximei-me, tão veloz, que parecia que pulava em ziguezague, e cravei-lhe a espada na barriga, enquanto o clone de sombras se desfazia, atrás de mim. A electricidade percorreu-lhe o corpo, enviando estímulos eléctricos que o deixaram paralisado. Fiz o pé deslizar num movimento circular, acertando-lhe na parte de trás das pernas, fazendo-o perder o equilíbrio e preguei-o com a espada no chão.

 - Ele desiste! - gritei aos árbitros do combate.

 - Ele não o fez ainda! - ripostaram.

 Enquanto ainda segurava o cabo da espada, fiz um selo com a mão livre focando chakra na palma da mesma. Enviei, através da mesma, um relâmpago, e dividi-o com a ponta dos dedos, acertando nos seus membros superiores e inferiores. Eles olharam-me incrédulos com a crueldade com que o tinha feito, mas ainda assim, não terminaram o duelo. O jovem de Kumo já mal se mexia e apenas gemia da dor do relâmpago com que o atacara à queima-roupa. Sem mais demoras, retirei um papel explosivo e agachei-me, colando-o sobre a testa do rapaz.

 - Ele não fez o quê? Não ouvi bem! - gritei-lhes.

 - Está bem, está bem! Parem o combate! - comandou o instrutor, surgindo perto de mim e erguendo-me o braço para anunciar oficialmente o resultado - E o vencedor, que avança para a final é Uchihaaaaaaa, KRIDE!

 O público aclamou-me com aplausos, gritos, incentivos e outros diziam não eram tão simpáticos. Puxei a minha lâmina do torso do gennin derrotado, enquanto sacava de um pano que colocava na articulação do braço, passando depois a lâmina por entre a mesma, ensopando o pano de sangue e deixando o metal a brilhar novamente. Fi-la deslizar pela bainha abaixo e segui em frente, caminhando para fora da arena. Olhei para o público vendo o sorriso no rosto de Itachi e o seu ar de aprovação, e continuei mais motivado que nunca para vencer a final.