Duelo escrito por Ichinose Zef (Tali)

O sol brilhava alto no céu, sobre as ondas escaldantes ficava um paraíso verde de erva serena, e de uma pequena brisa fresca que fustigava aquele mar verde de tempos a tempos. A toda a sua volta erguia-se uma plateia que rugia ao ar, pessoas vociferavam palavras irreconhecível enquanto outras debatiam qual seria o vencedor daquele duelo. As apostas caíam todas sobre o adversário de Tali, pois toda a gente aclamava que o sharingan não podia ser vencido.
Sobre um dos corredores que dava acesso a arena reinava o silêncio até este ser perturbado pelo característico som que uma pedra de amolar fazia sobre a superfície metálica de uma katana. Sentada sobre o chão frio empedrado jazia Tali com o seu enorme cabelo vermelho solto sobre o chão, nas suas pernas estava confortavelmente aconchegada a sua katana, só ar ao seu redor pairava o cheiro a tabaco.
O seu olhar estava fixo na tarefa que estava a executar, movimentado a pequena pedra de amolar para cima e para baixo, repetidamente. O cheiro que no inicio tinha sido nauseabundo para a samurai tinha-se tornado amigável e confortante, de alguma maneira ter ali o Keita dava-lhe alguma segurança, ela tinha-se habituado a viajar sozinha e ter encontrado um companheiro de viagem tinha sido bom, irritante e mesquinho algumas vezes mas bom. Ambos sentiam isso, mas nenhum dava o braço a torcer para o admitir.
O cigarro caiu no chão e foi rapidamente apagado pelo pé de Keita, enquanto esticava o braço para Tali.
-Está na hora.
A samurai guardou a pequena pedra dentro da sua pequena bolsa juntamente com o resto dos seus utensílios e aceitou a ajuda de Keita pondo-se de pé, rapidamente. A katana, essa deslizou para dentro da bainha que ficava na sua cintura. Dando mais uma vista de olhos a sua indumentaria, Tali voltou a apertar cada pedaço da sua pequena armadura, levou a mão ao lenço ao redor do seu pescoço e puxou uma ponta para cima tapando a sua boca. Os seus pés moveram-se ligeiramente sobre o chão, sempre acompanhados pelos passos de Keita atrás de si, a sua frente abria-se a arena e o rugido da multidão já se conseguia ouvir por todo o lado.
-Tem cuidado com o teu adversário, ouvi dizer que possui um poder extraordinário e umas capacidades fora do comum, dizem que faz parte dos Uchiha tens de ter cuidado com os olhos dele.
Tali acertou com um pequeno soco no peito de Keita.
-Não vou perder…
O samurai sorriu para a rapariga, enquanto levava o seu único braço ao bolso das suas calças retirando um cigarro colocando-o na boca e acendendo-o.
Quando a samurai se preparava para entrar na arena o corredor ficou frio de um momento para o outro, um vulto negro passou pelos dois samurais, a rapariga apressou-se a olhar para ele apenas vendo dois olhos vermelhos e um sorriso. Depois de este entrar na arena é que Tali se apercebeu do enorme poder do seu adversário, aquilo falou mais alto do que qualquer dor e suores frios percorreram todo o seu corpo, os seus olhos cinza ficaram petrificados olhando o chão também este de cor cinza.
Keita atirou o cigarro para dentro da arena e olhou a samurai.
-Onde é que esta a Tali que eu conheço, que não se acobarda e que responde a qualquer provocação. Tu viste o olhar dele, aquilo foi nada mais do que isso. A Tali que eu conheço já estava ali dentro a lutar.
Disse o samurai apontando para a arena. Tali subiu o olhar, encontrando a cara do seu quase parceiro de viagem, e uma súbita vontade de lhe bater apareceu, mas esta guardou-se e cerrou os dentes fazendo uma expressão confiante.
-Assim é que é falar!
Gritou o rapaz vendo a samurai entrar na arena pronta para lutar.
Os dois adversários olharam-se mutuamente assim que o silêncio caiu sobre a arena, a mão de Tali deslizou indo encontrar a a tsuka da sua katana, mantendo a mão aberta sobre esta. O seu adversário continuava a olhar para ela, com aqueles dois olhos vermelhos penetrantes, eboçou um sorriso pestanejou e os olhos voltaram ao normal.
-Pareces demasiado fraca para que use o meu sharingan.
Este encolheu os seus braços e permaneceu com o olhar sobre Tali, que se tinha enfurecido com tais palavras. Uma brisa soprou sobre eles e uma voz soou.
-Lutem!
Tali não perdeu tempo como era habitual, cabeça quente e rápida a agir. Partiu para o adversário com uma data de shunshins e com um leve e fluido gesto desembainhou a katana num golpe ascendente visando o abdómen deste, com uma agilidade tremenda o corpo do adversário deu um rápido passo atrás desviando-se do golpe.
-Rápido, mas não o suficiente.
A samurai tentava-se controlar para não explodir, mas continuou com uma série de golpes com a sua katana. Depois do golpe ascendente veio um horizontal, mais um passo para trás e o rapaz voltou a esquivar o golpe, sempre com um sorriso na cara.
AO golpe horizontal veio um grito de fúria e um poderoso golpe vertical, que foi bloqueado com uma Zanbatou.
-Merda!
Barafustou Tali cerrando os dentes e mantendo a força sobre o oponente. Este sorriu e disse.
-É a minha vez de ripostar.
Um poderosissimo pontapé voou contra a barriga da rapariga lançando-a para trás sem ar e ofegante. O pé direito dele pousou no chãoe o seu corpo moveu-se de encontro a rapariga. Com a enorme espada na mão desferiu um golpe enormissímo, que Tali teve apenas tempo de bloquear com a sua katana sendo projectada para trás com extrema força, a sua katana voou no ar e cravou-se na terra longe dela, o seu corpo estava dormente no chão e os seus olhos presos no seu adversário.
Este não perdeu tempo e Tali sentiu a grande circulação de chakra a aumentar e a concentrar-se na sua mão, a isso seguiu-se um conjunto de selos a uma velocidade estonteante e uma faísca acendeu-se na sua mão direita assim como um chiar absurdo e irritante.
Tali continuava no chão, ao ver aquilo surgiu-lhe uma ideia na mente iria usar as suas senbons para tentar prender o seu adversário naquele sitio e depois ripostar. Retirando uma data de agulhas da sua mala começou a colocá-las sobre o chão onde estava enterrando-as posteriormente, quando acabou já o seu adversário corria para ela com grande velocidade. Vendo a velocidade a que este se movia Tali calculou que não fosse capaz de mudar de trajectória, por isso esperou até ao mais ínfimo segundo antes de se mover com um rápido shunshin para o sitio onde a sua katana estava.
Quando chegou a esse sitio, usou o jutsu Gyoraishin fazendo as senbons prendam o adversário ao solo que outras tantas sejam disparadas sobre ele. Usando esta distracção a samurai corre na direcção deste de katana em riste executando um grande golpe descendente fazendo um ligeiro corte no abdómen deste, depois disso Tali iniciou uma outra combinação de golpes com a sua katana. Este como estava preso não tinha grande margem de manobra tentou desviar os golpes o melhor que podia, mas a samurai tinha aumentando o seu ritmo enquanto inspirava e expirava furiosamente, com isto o adversário teve de activar o seu sharingan, movendo os seus olhos a grande velocidade e acompanhando cada movimento da rapariga.
Esta ficou surpresa por ver tal destreza, ele conseguia acompanhar cada movimento dela com precisão extrema. Vendo que aquilo era uma investida sem sucesso levou a sua mão livre ao seu bolso ninja retirando dois chaveiros explosivos, colocando-os na roupa do adversário com velocidade e dando um salto para trás. Depois da explosão uma data de corvos saíram do local onde o seu adversário tinha estado, aquilo intrigou Tali.
-Corvos…
Sussurrou esta e sentiu uma mão pesada sobre o seu ombro.
-Sim corvos.
O seu sistema de chakra ficou alterado de um momento para o outro e sentiu algo a perfurar a sua barriga, uma enorme katana ensopada em sangue. O seu olhar tremia assim como as suas mãos deu meia volta dando de caras com o seu adversário que lhe espetava mais uma katana na barriga, suave e lentamente saboreando cada momento daquilo. Uma vaga de sangue veio-lhe a boca cuspindo para o chão, outra katana se juntou as outras duas. O seu corpo tremia a dor era insuportável, tentou fugir e tentou arrancar uma das katanas mas acabou por se cortar na lâmina. Quando a quarta lâmina ia ser espetada, Tali tentou-se controlar e organizar a sua mente.
“Isto não é possível, eu não ia ser capaz de perder tão facilmente”
Com isto os seus olhos abriram-se para a arena, ainda a sentir a mão sobre o seu ombro, com um rápido movimento baixou o seu corpo fazendo-o deslizar sobre o chão com a perna esquerda esticada na tentativa de provocar a queda do adversário mas os olhos deste foram mais rápidos proporcionando um rápido salto para trás esquivando-se do ataque.
-Nunca serás capaz de me tocar com estes olhos.
Praguejou o adversário de Tali com um sorriso nos olhos. Tali por sua vez levantou-se lentamente olhando o chão enquanto levantava o seu braço mostrando o seu punho na direcção do seu adversário, a mão roodou sobre o seu pulso e o dedo do meio apareceu sozinho.
-Isso é o que vamos ver!
Gritou a samurai começando a correr ao redor da arena pelo lado direito, guardando a sua katana na cintura. Os olhos sempre atentos dos seus adversário não pararam de a seguir. Enquanto corria Tali começou a montar tudo na sua cabeça, ele era capaz de prever cada movimento dela ao mesmo tempo que os olhos dele se moviam, logo os olhos seriam capaz de prever os movimentos, desde que estes estivessem focados nela, mas se ele não fosse capaz de a ver, não seria capaz de prever os seus movimentos.
Enquanto pensava nisso já dois shurikens voavam na sua direcção, Tali estava decidida a ganhar, quando viu os dois projecteis a aproximarem-se reparou que cada um tinha uma harigane presa a cada um e que numa fracção de segundo se enrolaram ao seu corpo, o seu adversário com uma rápida combinação de selos e concentração de chakra expeliu uma vaga de fogo que seguiu as linhas de chakra explodindo com o corpo de Tali que se mostrou ser apenas um…
-Kawarimi!
Exclamou o o seu adversário vendo-se rodeado por uma espessa névoa quente que começara a involver toda a arena.
-Vamos ver se agora me consegues ver!
Rugiu Tali atirando uma salva de kunais e shurikens que apareseram no meio da névoa de encontro ao adversário, este conseguiu-se apenas desviar com um salto.
O calor começava agora a aumentar, fazendo o seu corpo suar, cada passo pareciam mil e a sua respiração começava a ficar difícil.
Outra salva voltou a voar na direcção dele, o salto foi atabalhoado sendo que alguns projécteis acabaram por acertar no seu lado esquerdo, este retirou a sua enorme espada á espera de outras salva de projécteis.
-É só isso que sabes fazer?!
Praguejou olhando para todos os lado apenas vendo uma mar de névoa branca quente. Se ele tivesse um jutsu de fuuton seria fácil combater aquilo mas assim não conseguia fazer nada, ao seu redor apenas via uma névoa azul de chakra, nem o seu sharingan o podia ajudar ali.
O silêncio tinha caído sobre aquele lugar, várias kuanis voltaram a voar na sua direção até aparecer a tali a sua frente, com um rápido ataque esta desfez-se num pequeno jacto de vapor que o confundiu, outra apareceu imediatamente ao seu lado sendo destruída e trazendo uma nova vaga de vapor a sua cara, uma terceira apareceu nas suas costas explodindo noutra vaga de vapor quente até uma quarta aparecer e iniciar um combo de taijutsu. Um soco voou sobre o abdómen do seu adversário fazendo-o dobrar-se sobre sim mesmo, uma joelhada contra a sua cara fé-lo endireitar-se e depois a lâmina reluziu sobre a névoa caíndo sobre a garganta do mesmo enquanto o braço esquerdo apontava para o nada. Quando a névoa desceu o Uchiha seguiu o braço da samurai tendo uma vaga de kunais flutuantes apontadas as suas costas.
Os dois ninjas estavam suados e exaustos graças ao calor.
-Desistes?
Perguntou a rapariga por entre uma respiração ofegante. O seu adversário sorriu deixando cair a sua espada.

-Desisto…

                Era um dia de especial animação em Cha no Kuni. Uma enorme excitação e esperanças ao rubro faziam o ambiente que se vivia entre os espectadores, que aguardavam, ansiosamente, o quarto e último combate da primeira ronda do Torneio do Exame Chuunin. Os participantes eram Tali Masamune e eu, Kride Uchiha.
                Esperara, pacientemente, pelo momento de poder lutar e assim que chegou, lá estava eu, sendo o primeiro a comparecer entre os instrutores que organizavam o torneio. Momentos depois, chegava a kunoichi destinada a ser minha adversária. Tinha cabelos ruivos, apanhados num rabo-de-cavalo, deixando uma franja. Vestia um quimono amarrado à cintura e um rosto de determinação, que se intensificava no brilho dos seus olhos. Fomos formalmente apresentados por um dos instrutores e aproveitei para começar a provocar, enquanto andávamos lado a lado, em direcção à arena que seria palco de espectáculo.
                - Então, estás pronta para perder? - perguntei, claramente com um tom de troça, com um sorriso convencido estampado na cara.
                - Oh caramelo, estás com pressa de levar na boca? - vociferou, mostrando um lado mais explosivo da sua pessoa.
                Anotei tal característica mentalmente e prossegui em frente, soltando uma gargalhada.
                - A sério, foste engraçada agora - respondi-lhe - Alta comédia. Devias dedicar-te a isso, depois do combate!
                Vi a expressão de raiva na sua cara, mas esta não se deixou levar pelas provocações e simplesmente virou a cara, fingindo ignorar as minhas palavras. Ao chegarmos ao centro da arena, fomos aplaudidos pelo público, enquanto podíamos ouvir o comentador a falar sobre nós.
                - De um lado, a jovem kunoichi, Tali Masamune! Do outro, vindo de Konohagakure, Kride Uchiha! - gritava, apresentando-nos aos espectadores - Este vai ser certamente um combate interessante!
                - Aos três vou dar a partida - informou o instrutor entre nós - Três, dois, um... HAJIME!
                Assim começou o combate. Não me mexi, apenas libertei algum chakra do fluxo, fazendo surgir os três tomoes do Sharingan, em cada uma dos meus olhos, e, de seguida, olhei a kunoichi como quem a convidava a atacar. Esta aceitou o convite e aproximou-se, tentando disferir um soco. Evitei-o com relativa facilidade, tendo em conta que conseguia prever os seus movimentos. De seguida tentou outro, e depois outro, sem sucesso. Voltou a tentar e desta vez, ao esquivar, aproximei-me demasiado e a kunoichi moveu-se rapidamente de modo a atingir-me com o outro braço. Bloqueei o golpe com o meu braço esquerdo e então a ruiva tentou um pontapé, rodando todo o seu corpo, perpendicularmente ao meu, com o pé esticado de modo a acertar-me na cabeça. Agachei-me e rapidamente a rapariga usou o seu pé de equilíbrio, para tentar um pontapé rápido, mas consegui para-lo com a mão direita, e empurrando-a para trás, fazendo a cair com o rosto no chão uns metros à frente. Ainda assim, Tali disfarçou a queda, rebolando e erguendo-se em seguida. A sua expressão mostrava a fúria de ter acabado de provar a relva do chão.
                - Saladinha é boa para a saúde! - trocei.
                - Já vais ver! - ameaçou.
                A rapariga atirou meia dúzia de kunais e eu, enviando chakra até às pontas dos dedos, criei alguns corvos que levaram com as armas arremessadas. Aproveitou-se disso como distracção e apareceu rapidamente atrás de mim com a sua katana desembainhada, tentando um golpe. Pouca sorte. Previ o seu movimento e travei-o com parte da lâmina da minha Kusanagi, apenas parcialmente fora da bainha, enquanto ainda me encontrava de costas para a Masamune.
                - Vais ter de tentar mais arduamente - sugeri.
                Rodopiei, retirando completamente a espada da sua bainha e com manuseia de forma a acertar na katana da Tali. Assim, começou um duelo de esgrima. O metal de ambas as armas guinchava à medida que as últimas colidiam, incessantemente. Como a minha mestria com a espada era superior, ia encostando a Masamune, cada vez mais, à pequena lagoa que que havia na arena. Com um golpe mais forte, obriguei-a a recuar, colocando um pé sobre uma pedra que constituía a borda dessa mesma lagoa. Era o momento perfeito. Estiquei a perna, para um pontapé na sua cabeça, mas a garota esquivou-se, agachando-se. De imediato, respondi com uma rasteira, concluindo o Konoha Daisenpu, fazendo-a perder o equilíbrio e cair ao chão, com a força do pontapé rasteiro. Com o pé afastei a sua espada, pontapeando-a para a água. Juntei as mãos e formei uma combinação de três selos, focando chakra na mão esquerda e depois disferindo-lhe um soco no estômago, libertando o chakra no seu fluxo de chakra, subjugando-a a uma das minhas ilusões. Na sua mente surgiriam as visões mais assustadores de como eu lhe retiraria a vida ali, naquele local, sem que ela nada pudesse fazer para o evitar, trespassando-a com a Kusanagi e deixando-a depois como jantar para as minhas aves negras.
                - Isto acaba aqui! - disse-lhe.
                - Não... Não, não me mates. Por favor, eu não quero morrer! Por favor! - implorava - EU NÃO VOU MORRER!
                Surpreendentemente, a rapariga reagiu não ficando imóvel como era de esperar, mas sim criando um clone que se atirou a mim, rapidamente se desfazendo, soltando vapor quente. Afastei-me, usando o meu sobretudo como protecção do vapor, enquanto saltava para trás. Ainda que não tivesse sido danificado pela técnica, tinha perdido o controlo do genjutsu, deixando a ruiva livre dele. Esta levantou-se, imediatamente, voltando ao combate. Atirou umas quantas senbous, as quais eu evitei pulando para trás e para os lados. Corri então na sua direcção, com intuito de a atacar fisicamente, mas ao longo do caminho fui atingido por senbous, vindas de baixo!
                - Toma! - gritou a kunoichi à minha frente.
                Usando um kenjutsu, Tali fizera as senbous cravarem-se no chão, permanecendo escondidas e saírem disparadas, assim que pisei o terreno armadilhado. Entusiasmada com o seu sucesso em atingir-me, fizera já umas quantas kunais levitarem e voarem na minha direcção. Tentei evadi-las a todo o custo, mas uma delas conseguiu cravar-se no meu torso. A Masamune aproximou-se como uma flecha, lançada a mim.
                - Adeus! - disse ao alcançar-me, soltando uma grande quantidade de vapor, que formou uma névoa.
                Era uma nuvem densa de vapor, impossibilitando-me de ver em meu redor e a sua temperatura, conjugada com a humidade do próprio vapor, fazia com que respirar não fosse tão fácil, ficando gradualmente mais difícil. Ouvi um som à minha direita, virando-me na mesma direcção e recebi um chute nas costas. De seguida, ouvi o mesmo som. Guizos!? Rapidamente, me virei para o lado contrário do guizo e para minha admiração, recebi novamente um golpe nas costas, disferido pelo pé da maldita rapariga, que desta vez aproveitara para cravar também uma kunai no meu torso.
                - Acabou-se a brincadeira! - grunhi, ao receber a dor do golpe.
                Coloquei um papel explosivo no chão e de seguida, juntei as mãos, formando a devida combinação de selos enquanto libertava chakra na forma de corvos que criavam um clone de sombras à minha imagem. Enviei então chakra para as extremidades dos dedos e criei um enorme bando de corvos que voaram em toda a minha volta, mascarando a minha fuga. Escondi-me numa árvore ali ao pé, recapturando o fôlego, podendo finalmente respirar ar puro. Esperei até que a kunoichi de rabo-de-cavalo atacasse o clone no meio da névoa e quando o atacou, este desfez-se, trazendo-me a informação de que ela se encontrava no centro da massa de vapor. Com um selo fiz o papel explosivo explodir e pude assistir ao voo da rapariga, saindo do vapor, e aterrando alguns metros ao lado. O manto de vapor começou então a desfazer-se. A kunoichi levantava-se ainda, meio tonta, quando surgi ao seu lado e lhe disferi um soco na barriga. Seguiu-se mais um soco, desta vez na face e depois um pontapé, no estômago mais uma vez. Reuni uma quantidade de chakra mínima e cuspi-lhe uma bola de fogo mesmo em direcção ao rosto, causando-lhe queimaduras ligeiras. Esta sequência de golpes rápidos, deixou-a ainda mais desnorteada, ficando aberta a novos ataques. Voltei a sacar da minha Kusanagi. Concentrei chakra ao longo do meu corpo e comecei a foca-lo no meu braço e a encaminha-lo para através do cabo da espada para a sua lâmina, na forma de electricidade. Cravei a espada no ombro da rapariga ruiva, com um movimento subtil, deixando-a paralisada. Reuni chakra no selo que tinha no pulso da mão livre e invoquei uma harigane com várias shurikens atadas a ela. Saltei para trás, puxando a espada para fora do corpo da jovem ninja e atirei-lhe a harigane, de modo a prendê-la. O fio shinobi enlaçou-a e as shurikens cravaram-se na sua pele. Variando a posição das mãos, enquanto enchia os pulmões de chakra e o moldava posteriormente, cuspi um dragão de fogo através da ponta solta da corda, que tinha nas mãos. A criatura de fogo seguiu a corda como um agarrado segue uma linha de cocaína e atingiu a Tali, provocando-lhe queimadura e projectando-a vários metros para trás.
                - Que golpe! - gritava o comentador. Só agora me tinha apercebido da sua voz, em todo o duelo - Pobre coitada, será que vai resistir?
                Assim que o fumo se dissipou, era possível avistar a rapariga a contorcer-se de dores no chão. Todos examinavam os seus movimentos, tentado perceber se o duelo estaria terminado.
                - Eu não vou... - balbuciava enquanto se tentava mover - Eu não vou... - repetia, virando contra o chão e começando exercer força contra o mesmo, de modo a tentar erguer-se de novo - Eu não vou perder!
                - A jovem é rija! Já está de pé! - anuncio o comentador, criando excitação entre o público.
                Mal viam eles que a pobre rapariga estava a ir bem além do seu limite na tentativa de vencer. Não estava se quer em condição de vencer.
                - Desiste! - pedi-lhe - Não estás em condições para combater.
                - Não! Nunca! - ripostou, determinada.
                - Não vais conseguir sair daqui vitoriosa, nesse estado!
                - Eu não vou desistir! Só saio daqui se me fizeres sair! - fez saber.
                Começou então a deslocar-se na minha direcção. Atirei-lhe várias kunais para perto dos pés, para que estas a fizessem cair ou desequilibrar-se, mas evitou-as a todas e continuou a correr. Aglomerei chakra nos pulmões em grande quantidade, enquanto fazia vários selos, a uma grande velocidade, enquanto ela continuava a chegar mais perto. Por fim, libertei uma gigantesca bola de fogo contra a rapariga.
                - Katon: Goukakyuu Chakra no Jutsu!
                - OH MÃEZINHA! Ele carbonizou a rapariga com aquela técnica! - dizia bem alto, o irritante homem que relatava o combate - Mas que besta que é este rapaz!
                Por entre o fumo, conseguia ainda ver o seu fluxo de chakra. A rapariga erguia o braço no ar, ou pelo menos tentava. Fui até ela, enquanto o fumo esvoaçava para longe.
                - Eu... não... - tentava dizer.
                Olhei-a nos olhos, enquanto concentrava chakra nos meus e o envia até aos dela, fazendo uso do genjutsu do meu doujutsu.
                - Aceita a tua derrota. Isto já acabou... - supliquei-lhe - Por favor.
                O seu corpo ficou imobilizado pelo meu genjutsu e então, peguei-lhe ao colo.
                - Médicos! - chamei bem alto.
                Vários ninjas surgiram rapidamente, com uma maca e prontos a tratar dos seus ferimentos. Deitei-a sobre a maca e eles levaram-na. Não consegui evitar reparar que alguns iryo-nin me olhavam de lado, por ter sido tão bruto neste golpe final.
                Um instrutor apareceu ao meu lado e ergueu-me o braço anunciando a minha vitória ao público.

                - E o vencedor deste combate é, Uchiha Kride! - proclamava o comentador - Já está na próxima ronda! E por hoje é tudo, meus senhores e minhas senhoras!

Avaliação de Tali Masamune:

HN:
Ninjutsu: 5,75+0,5=6,25
Taijutsu: 4,5+0,5=5
Kenjutsu: 7,5+1,5=9
Genjutsu: 1
Selos: 3,25
Trabalho de Equipa: 1,25

HC:
Força: 5,5+0,25=5,75
Agilidade: 8,5+0,75=9,25
Controlo de chakra: 7,5+1=8,5
Raciocínio: 3,75+0,25=4
Constituição: 6,25+0,5=6,75

Total avaliado: 5,25/7
Total de Habs.: 54,75+5,25=60


Avaliação de Caramelo:

HN:
Ninjutsu: 32,25+1=33,25
Taijutsu: 11+0,75=11,75
Kenjutsu: 16+1,25=17,25
Genjutsu: 15,25+0,25=15,5
Selos: 21,75+0,5=22,25
Trabalho em Equipa: 2,5

HC:
Força: 6,25+0,25=6,5
Agilidade: 16,75+0,75=17,5
Controlo de Chakra: 31,25+1,5=32,75
Raciocínio: 5,25
Constituição: 17,25+0,75=18

Total avaliado: 7/7
Total de Habs.: 185,75+7=192,75

Comentários: Ok, what? A Tali teve três lâminas espetadas na barriga? Ao início pensei que era Genjutsu e acredite que reli diversas vezes à procura daquilo ser uma ilusão ou algo assim, mas não foi?! Ter três lâminas cravadas na barriga? A Tali morria imediatamente! Achei isso bastante incoerente…
Achei o duelo do Boss melhor em todos os aspetos. Escrita, coerência e luta em si. Gostei de como usou ambas as personagens e como demonstrou a determinação de Tali a nunca desistir (adoro estas demonstrações de determinação ). Fiquei espantado quando de repente foi aquele parágrafo enorme em que o Kride usou ali uma quantidade enorme de ataques sobre a pobre ruiva que nada pôde fazer.
Com tudo isto dito, o meu voto vai para o Kride Uchirra.

Well no que disseste quanto a Tali ser alvo de três katanas era só uma ilusão causado pelo genjutsu do adversário, na minha mente parecia explicito, mas se não ficou a culpa foi minha. Tenho de dar os parabéns ao BigBoss pelo duelo soberbo e pela forma como usou a minha personagem, que acho que foi muito boa, por isso o meu voto vai para ele.

Eu gostei bastante do duelo do Zef, teve uma boa fluidez e teve bons momentos, sendo que achei o final um pouco fraco e pouco coerente, tendo em conta o leque de jutsus que podiam ser utilizados naquela situação para escapar e continuar a batalha. Mesmo assim, o meu voto vai para Ichinose Zef e a sua Tali Masamune.

Foi um duelo bem parelho, creio - em termos de escrita - mas meu voto foi influenciado - infelizmente - pelo grande contraste em habilitações de ambos - não esquecendo do sharingan - que não pude deixar de perceber, logo meu voto irá para o Boss, apesar de que, gostei bastante do texto do Ichinose, principalmente nessa parte: ..."levantava o seu braço mostrando o seu punho na direcção do seu adversário, a mão roodou sobre o seu pulso e o dedo do meio apareceu sozinho."  EAUHEAOHEAUHEOAHE

- parabéns pelos textos, btw.

Bem, na escrita as coisas ficaram bem acirradas. Tive dificuldades de escolher para quem iria meu voto, porém notei que mesmo que os textos tenham sido muito bons o Boss teve uma melhor batalha. E sem contar que claramente a uma diferença de habilidades entre os dois personagens, habilidades quase que gritantes que levam mais um ponto ao Boss no meu conceito. Zef trabalhou bem no texto, gostei da forma que ele o fez e a forma que a luta foi desenvolvida, entretanto o meu voto fica com o Boss =D

Parabéns aos Dois e Boa Sorte!

Votação terminada!
Resultados: 1-4 (para a Kride Uchiha)

Cada voto neste torneio do Exame equivale a 5 habs adicionadas ao total do shinobi.
Total da Tali Masamune: 60
Total do Kride Uchiha: 185,75

Resultados:
Tali Masamune: 60 + 5 = 65
Kride Uchiha: 185,75 + 20 = 205,75

Vencedor: Kride Uchiha!