Deixo aqui o meu ultimo filler: http://www.narutoportugalrpg.com/t13070-filler-10-sanr333
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XI
O inicio de um fim
"Informação é sempre uma arma"
Zef corri incessantemente por todos os corredores que encontrava, as suas pernas pareciam duas máquinas automáticas que faziam o seu corpo movimentar-se. A sua capa negra debruada a ouro voava nas suas costas, quem quer que o visse apenas via uma sombra negra colada ás paredes de cor cinza e retalhadas com as falhas entre as pedras bruscamente trabalhadas. Os seus olhos percorriam todos os espaços abertos em busca do seu alvo ou de um dos seus companheiros de missão.
O quartel militar do país do ferro era enorme, por onde quer que olhasse Zef via peças de armamento, espadas, canhões, armaduras e toda a carne para canhão que se pudesse imaginar, Ichinose estava basicamente perante um exercito organizado capaz de tomar um pais de assalto se quisesse, resta saber o porque de não o fazer. Enquanto continuava a correr os seus ouvidos captaram alguns sons que chamaram a sua atenção, o seu corpo então parou onde estava e dirigiu-se para um dos claustros que dava para um enorme campo de treino onde vários samurais estavam já de katanas em riste prontos para lutar com o quer que fosse. No centro erguia-se uma figura conhecida do ninja, cabelo branco e vermelho, um enorme sorriso de dentes serrilhados e um par de olhos assassinos segurava na mão duas katanas que retalhavam os corpos que se aproximavam dele.
"Mas que ca..., bem vou ter de ajudar aquele idiota de merda se ele não quiser morrer"
Zef desembainhou as suas lâminas de pulso e começou a correr na direcção do monte de homens que se amontoavam em volta do insano Naro que ria como se quilo fosse a coisa mais divertida do mundo. Pelo caminho Zef teve de lidar com uns quantos soldados, mas nada de mais, apenas uns meros soldados mal treinados que balançavam as espadas sobre as cabeças como tolos na esperança de cortar o adversário. Com golpes rápidos e precisos as lâminas penetraram na armadura deles e cortes limpos e quase mortais deixaram o sangue preencher os espaços entre o corpo e as armaduras. Tendo estes caido no chão, o ninja aproximou-se de Naro subindo pelo monte de corpos que se amontoavam. Retraindo uma das lâminas levou a mão contra a capa de Naro puxando-o contra si e encarando a cara do psicopata com raiva.
-Que pensas que estas a fazer! A missão era de infiltração não de massacre!
Rugiu Zef na cara de Naro enquanto este apenas sorria olhando para ele com os maiores olhos do mundo, olhos negros, iguais a um tubarão quando sente o cheiro de sangue e com a maior facilidade do mundo atirou Ichinose para o lado como se de uma boneca se tratasse para ser perfurado por uma katana no abdómen.
-A missão esta cumprida, o general esta atrás de mim. Pode ter peças a menos, mas esta vivo dentro do possível, afinal não podia deixar que ele escapasse, não é.
O samurai olhava incrédulo para Naro que continuava com a katana espetada no seu torso e pequenas quantidades de água jorravam desse mesmo sítio, este começou a andar na direcção do soldado que tinha agora as mãos a tremer e cuja katana se enterravam mais e mais no corpo do ninja.
-Sabes, isso doí um bocado.
E com um golpe certeiro do seu braço direito munido de uma lâmina acabou por decapitar o homem que caiu de joelhos jorrando sangue pelo sitio onde antes estava a sua cabeça. E com a maior das calmas tirou a espada que ainda estava presa no seu abdómen. Zef por sua vez dirigiu-se para onde estava o alvo da missão e deu por si a olhar para o homem que rastejava pelo chão deixando um rasto de sangue atrás de si. O homem era bem constituído, tinha a pele escura marcada pelo sol e pela reflexão do sol na neve, a sua cabeça era calva e usava um kimono simples de cor esverdeada, entre soluços conseguia arrastar o seu corpo que como Naro tinha dito ainda estava inteiro tirando um dos pés que tinha sido cortado brutalmente.
-Merda Naro! Ele pode morrer assim!
-Não era esse o objectivo?
Retorquiu o ninja friamente enquanto olhava para Zef e se aproximava dele de katana em riste pronto para matar o pobre homem que se arrastava pelo chão. Com um movimento rápido o pé de Naro caiu sobre as costas do homem que gemeu de dor. logo a seguir a mão do ninja de cabelo peculiar levantou-se no ar pronto para dar o golpe final quando uma nuvem de fumo apareceu do nada e Azura acabou por segurar no braço do ninja.
-A missão mudou. O novo objectivo é capturar o alvo e retirar o máximo de informação do mesmo. Zef ligaduras.
Azura falou frio como sempre, apesar de se conhecerem a algum tempo o ninja nunca pareceu mostrar qualquer tipo de sentimento por Ichinose que supostamente acabou por se tornar seu pupilo, já Naro barafustava a torto e a direito por não o terem deixado mataro homem.
-Zef, névoa, precisamos de sair daqui.
Afirmou o ninja da máscara enquanto punha o samurai no seu ombro. Zef por sua vez iniciou uma combinação de selos que fizeram uma névoa aparecer circundando todo o espaço em redor dos três ninjas e todos com uma data de sunshins rápidos escaparam da fortaleza samurai para o deserto inóspito de neve que se abria diante deles como um caderno em branco. O grupo começou a caminhar na direcção de onde tinham vindo tentando apagar todas as suas marcas, para que não pudessem ser seguidos pelos soldados samurai.
-Precisamos de um sitio seguro onde realizar a operação. O teu pai que a informação o quanto antes e já mandou a Inoue atrás de nós. Por isso vamos até aquele sitio eu crio uma estrutura em terra e deixo-te trabalhar.
Disse Azura apontando para Zef que caminhava a seu lado de olhos postos no horizonte olhando para a grande formação de rochas que se erguia na sua frente. Passos mais à frente o monte de rocha dava abertura para uma enorme caverna natural de onde pendiam estalactites. Azura ficou na entrada da gruta levando as mãos ao solo e criando uma enorme parede de pedra que impediu a luz de entrar. Zef mesmo na escuridão não perdeu tempo, acendeu a sua pequena fonte de luz que tornou todo o sitio sinistro e bizarro. Naro sentou-se num dos cantos da gruta limpando a sua katana enquanto Azura se sentou no lado oposto olhando para Zef.
O ninja retirou um pouco do seu fio ninja e amarrou as pernas e os braços do samurai, depois po-lo em pé prendendo o seu pescoço num pequeno laço de fio ninja que estava preso no tecto da caverna mantendo-o de pé pelo meio da força. Pouco depois abriu na frente do homem um estojo negro, desenrolando-o e mostrando ao velho uma serie de instrumentos de metal brilhante e todos eles com aspectos medonhos e lâminas aguçadas.
-Hiroshi, se este é o seu nome responda.
O velho engoliu em seco e numa voz rouca e fraca respondeu ao ninja.
-S...s...sim, esse é o meu nome.
-Vê não é assim tão difícil, se continuar a falar assim durante as minhas perguntas vai tudo correr bem e sem maleitas para o seu lado, agora se se mostrar um caso difícil devo avisa-lo que não vai ser agradável para si.
Com isto os olhos do homem desceram sobre o estojo negro com as lâminas brilhantes.
-Se fosse a você não estaria preocupado com isso, sei outros métodos muito mais dolorosos.
A cabeça do samurai tremia a cada movimento e suor escorria-lhe por cada canto da sua expressão.
-Então devemos começar.
Anuiu Zef com um sorriso na cara.