Encostados a uma rochas, a cerca de cem metros da entrada de Iwagakure, estavam os dois Gennins, Kenichi Okamoto e Keisuke Daichi, ambos com feriddas potencialmente letais, das quais estavam a esvaziar-se em sangue, e prestes a perder as suas forças. O Okamoto olhou para o seu colega e viu que ele já estava com os olhos praticamente cerrados, ele que era dos dois quem tinha a ferida mais perigosa. Kenichi estava prestes a perder a esperança quando ao longe ouviu sons de passadas vindas da direcção da vila, e em direcção a eles. Com algum esforço o Gennin virou a cabeça na diecção da origem do som e viu duas figuras a aproximarem-se deles: Shizuka e Sachiko. As duas Kunoichis ao chegarem ao pé deles e sem pensarem duas vezes, pegaram cada uma num dos rapazes, Shizuka em Kenichi e Sachiko em Keisuke e levaram-nos às cavalitas até a vila. A Sensei dos rapazes então reparou que o pupilo que ela estava a carregar, estava a tentar dizer-lhe alguma coisa, e a Kunoichi tentou descobrir alguma coisa do que se passou antes que o rapaz perdesse as forças.

-Que se passou Kenichi? – Perguntou Shizuka.

-Rig...a e Han...ako... – Balbuciou Kenichi.

-Que têm elas? – Insistiu a Jounnin

-Ata...caram..nos – Revelou o Gennin, fazendo com que a sua Sensei ficasse algo transtornada com a revelação.

-O que é que ele disse? – Perguntou Sachiko tentando descobrir tudo o que podia sobre o paradeiro da sua filha.

-Nada de tângivel. O melhor é perguntar-lhes outra vez quando acordarem, porque agora nada do que eles nos digam irá ser fiável – Respondeu Shizuka, escondendo a verdade de Sachiko, com medo da reacção dela face à possível traição da sua filha.

-Então vamos levá-los rapidamente ao hospital! – Exclamou a Chuunin, acelerando o passo, para saber o que os rapazes tinham para dizer o mais rápido possível.

As duas Kunoichis aceleraram rapidamente o passo e em cerca de cinco minutos já estavam a chegar ao hospital shinobi de Iwagakure. As mulheres então entregaram os dois rapazes aos Iryo-nins da vila que se apressaram em levar os rapazes para dentro com urgência, mas Kenichi antes de ser levado chamou Shizuka ao pé dele.

-Hanako...ferida – Balbuciou o Gennin mais uma vez, apontando para a bolsa onde ele costuma guardar as suas armas.

-O que é que ele disse? – Perguntou Sachiko alarmada.

-Nada que eu conseguisse perceber – Respondeu Shizuka algo alarmada com a revelação do seu pupilo – O melhor é esperarmos que eles fiquem bem.

-As senhoras não se preocupem – Exclamou um Shinobi médico que estava atrás das duas Kunoichis – Embora aparentem, as feridas que ambos os rapazes têm não são de todo graves. Eu diria que em cerca de uma hora, depois de algum descanço, os rapazes estarão como novos.

-Muito obrigado! – Agradeceu Sachiko, que estava alarmada com o estado dos rapazes, embora Shizuka já soubesse que a situação deles não era algo minimamente grave – E agora o que fazemos? – Perguntou ela, dirigindo a pergunta a Shizuka.

-O melhor que temos a fazer é esperar, mas tambem não há nada que possamos fazer aqui – Respondeu Shizuka – Vai para casa, e procura algum sinal ou alguma pista que nos possa ajudar a encontrar a Hanako – Sugeriu a Jounnin, tentando afastar a Chuunin para ela não perceber o que se passava, ao sugerir que ela fizesse o mesmo que Shizuka já tinha feito umas horas antes.

-Ok, então! Quando eu encontrar alguma coisa venho logo para aqui avisar-te! – Exclamou Sachiko saindo a correr do hospital.

A Jounnin então fez um compasso de espera, para deixar a Chuunin afastar-se do hospital, e então ela própria saiu a correr do hospital em direcção ao gabinete da Tsuchikage, para a informar daquilo que Kenichi lhe disse, tendo a certeza que ele não iria gastar as suas palavras em informação incoerente. Shizuka rapidamente se pôs no gabinete da sua antiga Sensei, quase atropelando algumas pessoas pelo caminho, e entrou no gabinete dela bruscamente sem qualquer tipo de anúncio ou pedido para entrar lá dentro.

-Diz-me qual é a gravidade da situação – Exigiu logo Kurotsuchi, embora num tom calmo, sabendo que a sua antiga pupila lhe ia trazer más notícias – É tão mau quanto pensavamos?

-Pelo que pude apurar a situação pode ser pior ainda que originalmente pensávamos – Respondeu Shizuka.

-O que aconteceu? – Perguntou Kurotsuchi, agora já com o seu habitual tom alto de voz, encarando Shizuka com uma expressão séria.

-Segundo o que pude apurar das palavras do Kenichi – Começou Shizuka – A Hanako aliou-se à Riga e ambas atacaram os rapazes, deixando-os no estado em que estão – Respondeu ela, esperando que Kurotsuchi já soubesse do estado dos dois Gennins.

-Ahhhhhh!!! – Gritou a Tsuchikage com raiva, dando um murro num dos cantos da sua secretária, arrancando-lhe um bom bocado de madeira – Ninguem trai esta vila e sai impune! O quão longe poderão estar elas neste momento?

-Não muito! – Revelou Shizuka – O Kenichi fez questão de me informar que ele tinha ferido a Hanako com uma das suas Kunias, durante o embate que eles tiveram com as raparigas, por isso a mobilidade delas deve ser reduzida.

-Eis a tua nova missão – Anunciou Kurotsuchi – Vais perseguir as agora duas Nukenins, e trazê-las de volta à vila, ambas vivas! Elas sabem mais do que aquilo que nos revelaram.

-E eu irei nesta missão... Sozinha? – Questionou a Jounnin, levantando as sobrancelhas, tentando sugerir algo.

-Sim. Vais nesta missão... Sozinha – Respondeu a Tsuchikage num tom mais calmo, e de seguida piscando um olho à sua antiga pupila.

Shizuka então saiu a correr novamente do gabinete de Kurotsichi, dirigindo-se rapidamente para o hospital, não querendo perder mais distância para as duas raparigas que estão fugidas. A Jounnin não entrou no  edifício no entanto, optando por usar o Kinobiri e trepar até à janela do quarto onde os seus dois pupilos estavam a descansar. Keisuke estava já com cor de volta à sua cara, sentado na sua cama com os pés pendurados de lado, olhando para Kenichi, que estava deitado de lado na sua cama, com uma expressão na sua cara de algum sofrimento.

-Knock-Knock! – Anunciou-se Shizuka, ao abrir à janela do quarto.

-Sensei! – Exclamou Keisuke algo alegre por vê-la.

-Shhhh! Pouco barulho! – Ordenou a Jounnin.

-Desculpe! – Pediu Keisuke, desta vez sussurrando.

-Já estão prontos para outra? – Perguntou Shizuka, aproximando-se dos dois rapazes.

-Depende – Respondeu Kenichi, com uma voz grossa e um ar bastante sério, algo nada costume nele – Qual é a outra?

-Uma missão: Perseguir e capturar a Hanako e a Riga e trazê-las de volta para a vila – Explicou Shizuka.

-Eu quero ir! – Exclamou Kenichi, imediatamente levantando-se da sua cama, e mantendo o seu ar sério e algo raivoso.

-Pois claro que queres! – Exclamou Shizuka – E vamos todos!

-Só uma pergunta – Interviu Keisuke – Como é que é suposto encontrá-las?

-Não te preocupes – Respondeu Kenichi – Eu sei exactamente onde começar a procurar!

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Num outro local, em Tsuchi No Kuni:

Kohai e o seu grupo mantinham-se pacientemente à espera, quando finalmente Riga surgiu ao pé deles, carregando Hanako, ferida, às suas costas. A Nukenin rapidamente atirou a rapariga ao chão, e Aya apressou-se a ir ao encontro dela.

-Rápido Aya! – Ordenou Kohai – O Ichiro não aguenta muito mais tempo. Já curaste a ferida dele, não devias demorar tanto tempo a curar outra ferida exactamente igual.

-Pronto já esta! – Respondeu Aya, com a sua voz suave – Tu consegues ser tão má pessoa às vezes!

-Vamos continua o processo antes que o Ichiro perca o controlo – Continuo Kohai a ordenar.

Aya então sacou de um scroll das suas costas, desenrolou-o no chão e dele invocou uma marionete com um tronco largo, que se abriu, e de seguida Riga empurrou Hanako lá para dentro. Aya então fechou a sua marionete e deixou Hanako presa lá dentro. Quase imediatamente, Ichiro que estava de joelhos no chão, caiu para o lado exausto.

-É melhor vocês tirarem-me daqui de dentro imediatamente, se não eu juro que dou cabo de vocês! – Ameaçou Hanako de dentro da marionete.

-Para onde vamos agora? – Perguntou Kohai, ignorando Hanako – O Ichiro tem de descansar não podemos continuar com ele neste estado.

-Vamos para o meu antigo esconderijo – Sugeriu Riga – Só mais quatro pessoas é que sabem onde é: uma está connosco, outra deve estar ou no hospital ou na morgue e os outros dois devem estar presos onde ninguém vai ligar à insignificância deles.

-Ok, vamos lá então – Consentiu Kohai, enquanto Hanako usava Jutsus Katon para se tentar libertar da sua encarceração, mas em vão.