Itari sempre se havia considerado inteligente. O problema estava que a sua definição de inteligencia mudava ligeiramente, cada dia que passava com Kentai. Enquanto fora do seu próprio corpo, Itari conseguia por parte partilhar a mesma mente que Kentai, e vice versa. Quando itari estava em controlo, Kentai estava sempre um passo a frente do mesmo, brincando com o mesmo vocalmente dando voltas de avanço metaforicamente a Itari. “Se souber o que eu estou a pensar, é facil” mentia itari a si proprio diariamente. A verdade, e itari sabia isto, é que não importa a quantidade de informação ou pensamentos que eram fornecidos a Kentai. Para ele… qualquer pensamento que viesse de Itari era simplesmente descartável.
Itari tinha boa memória. BASTANTE, boa memória. Arriscava-se a dizer que isso era a unica coisa que Kentai nunca iria ter, seja porque não sente a necessidade do mesmo, ou porque tanta informação em backlog o iria atrasar. Algo sobre “redundancia” que itari nunca compreendeu bem.
Até neste preciso momento, enquanto Kentai se encontrava deitado, num quarto de um hotel barato de konoha, Itari evitava entrar na mente do mesmo. Ficava-se pelos seus jogos de associação. Baseando-se no metodo de ioci, Itari conseguia decorar textos inteiros em meros segundos. O truque? O cerebro humano regista imagens com muito mais facilidade que palavras, pois imagens teem opinioes inconscientes associadas com as mesmas, dando o exemplo, associando a frase “A selecção natural é o resulto de uma violação num equilibrio. Num estado de estabilidade de uma população onde frenquencias não mudam. Uma população encontra-se neste equilibrio quando tem 5 pre-requisitos:
Uma grande população
Nem entrada nem saida de especies diferentes
Nenhuma mutação genetica
Acasalamento “random”. Ou seja, individuos não escolhem parceiros devido a genes.”
Isto, na mente de Itari era representado como uma simples arvore grande e verde em cima de uma balança, fechada numa gaiola de ferro, isolada de tudo. Os frutos da arvores encontravam-se os pares, cada um de cores diferentes, não havendo ordem.
O truque, para itari, era sempre encontrar uma imagem que englobasse tudo atraves de pequenas caracteristicas, e que fosse unica suficiente para ficar queimada na memoria do mesmo. Se quissese continuar a decorar mais coisas, colocava a avora dentro de uma sala especifica de uma casa que conhecesse bem, e enchia outra sala da mesma casa com mais imagens. Se fosse preciso mais, cidades. Paises… desde que começasse sempre pelo bocado mais basico de informação, não tinha problemas em rapidamente decorar, e, manter a mesma informação consigo durante o resto da sua vida. Mesmo que detalhes lhe fugissem, rapidamente pegando em algo que pertence a imagem maior iluminava a respectiva casa quase instantaneamente.
Contudo, este metodo tem um grande problema. Tal como na vida real, imaginar uma rota, é exactamente isso. Imaginar uma rota. Quando uma pessoa normal quer ver como é que se vai ter a papelaria, não está ao mesmo tempo a visualizar o caminho para o talho, ou para a biblioteca, ou a casa de meninas. Era impossivel para itari, usando este metodo de organização, conseguir procurar dois tipos de informação diferente ao mesmo tempo.
Mas kentai.. Kentai não era assim.Cada vez que tentava perceber o que é que significava aquele rio de simbolos e condições que kentai chamava de pensamentos, Itari não conseguia decorar nada. Não tinham valor para ele, nem conseguia diferenciar seja o que for.
“-Kentai… preciso de te perguntar algo.”
[CONTINUA]