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[Mini-Saga: Kyoukan] O HOMEM SANTO EJWNGUN
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[Mini-Saga: Kyoukan] O HOMEM SANTO EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Mini-Saga: Kyoukan] O HOMEM SANTO

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Ozzymandias

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MensagemAssunto: [Mini-Saga: Kyoukan] O HOMEM SANTO   [Mini-Saga: Kyoukan] O HOMEM SANTO Icon_minitimeDom 10 Abr 2016 - 2:32

O HOMEM SANTO



A praia estava deserta naquele final de tarde. As ondas embatiam insistentemente nos rochedos enegrecidos e cheios de musgo, enquanto as gaivotas ruidosas se aninhavam nas árvores logo atrás da extensa camada de areia que agora ganhava tons avermelhados sob o sol poente. Ao longe, as primeiras luzes da aldeia já começavam a acender e de onde estavam os dois ainda podiam ouvir o ruído dos comerciantes fechando seu comércio. Sentado à beira de um coqueiro, Arami e Daisuke aguardavam a hora do encontro. Cabelos espalhados com a leve brisa fria, os dois observavam calados o desenrolar do por-do-sol entre nuvens de chuva que adornavam o horizonte. - Finalmente. Não aguentava mais esperar. - Reclamou a marionete, começando a ver os três vultos que começavam a tomar forma a frente deles até que as sombras começaram a conversar. A Akatsuki se reunia mais uma vez.


- Boa noite à todos. - Cumprimentou Gaina.
- Fizemos nossa parte. - Apressou-se Arami.
- Ótimo. Agora para o segundo passo: - Sorriu curiosamente.


O caos ordenado que provocamos irá nos trazer um troféu que há tempos desejava. Seu nome é Saijin. - Daisuke arregalou os olhos, pois já tinha ouvido falar dele. - E sua vida está destinada a ser interrompida. Com a morte e a incriminação da Vila da Areia, uma reunião entre as vilas será marcada no Mosteiro da Floresta do Sussurro, é onde o alvo está. Este encontro nunca poderá acontecer. Quero que você o mate Daisuke. Enquanto aos outros, eles lhe darão cobertura para que não haja nenhum inconveniente. A morte do monge deverá servir como exemplo. A paz duradoura não me é interessante. Os homens precisam do caos para se agarrar à esperança. Entenderam o que vocês farão? - Todas as sombras acenaram ao mesmo tempo e sem avisar começaram a sumir. O Hiroshi já sabia para onde ir... Afinal, o templo não era tão distante assim de onde estavam.    


***



Naquele amanhecer, a água fluía de uma pequena nascente e deslizava calmamente por um estreito riacho que se perdia de vista na densa folhagem verde da Floresta dos Sussurros. Sentado numa grande rocha achatada pela erosão natural, a longa barba branca do velho monge descansava nas suas pernas cruzadas enquanto suas mãos apoiavam-se nos joelhos em posição de meditação. Com os olhos fechados, o rosto enrugado de Saijin transparecida muita paz e comunhão com a natureza de maneira profunda. Quase não se podia ouvir os escassos e fracos ruídos de sua respiração, nem os lentos batimentos de seu coração que, graças ao estado de transe, acalentava-se com uma lentidão calma e compassada. Não havia nada naquele momento que pudesse interferir naquele lago límpido e tranquilo. Seus oitenta anos de experiência o fizeram alcançar uma sabedoria que poucos religiosos alcançaram. Sabedoria esta que ele não ostentava. Sua fé pregava a abnegação antes de tudo... Estava ali para servir seu propósito e parecia que seu propósito fora alcançado após cansativas negociações de paz do mundo ninja. Contudo, essa quietude parecia frágil e ele sabia que, como um castelo de cartas, um sopro mais forte e o mundo poderia cair novamente. - Hora de retornar. - Balbuciou.  
 
Levantando-se lentamente, Saijin sentiu novamente o peso de sua idade quando suas pernas fraquejaram o suficiente para que ele buscasse o apoio de sua bengala que até então jazia ao se lado. O idoso abriu um singelo sorriso num misto de satisfação e ansiedade. Para a maioria das pessoas, a fraqueza do corpo era considerado algo desagradável, mas para o iluminado aquilo era apenas um lembrete de que o momento de sua passagem estava próximo. Seu descanso estava próximo. - Bom, veremos o que falta nos preparativos. - Sussurrou para si enquanto descia da rocha. Seus pés descalços agora se acomodavam na grama úmida pela neblina da noite anterior. Passos lentos e firmes, o monge começou a descer por uma estreita trilha que circundava o platô a caminho do Templo dos Sussurros, nome dado em homenagem à secular floresta que circundava a região. O caminho não era tão íngreme, mas ainda se podia ver o telhado do último andar do templo que se tornava mais a vista a cada passo e para sua satisfação o local estava repleto de alegria. Vistos naquela distância, os monges mais pareciam formigas apressadas. A recepção para o evento de negociações de paz estava em seus preparativos finais.  
 
Conforme os falcões mensageiros, em poucos dias as comitivas de todas as vilas ninja chegariam para uma reunião de emergência e com ela as festividades que se seguiam após cada dia do encontro. O Templo dos Sussurros já era conhecido por sua posição neutra. Situado num ponto estratégico exatamente na fronteira do País da Cachoeira, o local era protegido por grandes pilares de pedra encobertos por musgo originários de um passado desconhecido, pois não havia registros de como aquela peculiar região fora formada. Mas isso era trabalho para historiadores e não para o "costureiro-da-paz", como Saijin era conhecido. Aquela fama trouxe grande prosperidade à sua ordem. - Realmente magnífico. - Confidenciou ao atravessar o portal de pedra e vislumbrar as inúmeras luminárias enroscadas nas dezenas de cerejeiras floridas que recepcionavam aqueles que adentravam pelo portão sul, numa majestosa prévia do que seria visto dali em diante. Sustentado por grandes colunas de madeira-de-lei, tão fortes quanto rocha, o templo tinha três pavimentos numa rica obra de engenharia. O prédio principal estava cercado por um espaçoso jardim que dividia espaço para o dojo e salão de reuniões, tudo já ganhando o enfeites de bandeirolas com os símbolos de todas as vilas envolvidas.  
 
- Mestre Saijin, os preparativos estão adiantados. - Aproximou-se um dos monges.  
- Fico feliz por isso, Kato. Estarei no salão de orações. - Respondeu o mestre, sempre sorridente.    
 
Prosseguindo na direção do salão, Saijin aproveitava a caminhada para inspecionar o local. - O carregamento de comida já chegou? - Perguntou ao monge responsável pela cozinha. O homem acenou positivamente, apontando na direção de uma pequena fileira de empregados que carregava os suprimentos na direção da cozinha. Ótimo. Já no segundo pátio, os alunos começavam a se posicionar para mais uma aula marcial ao ar-livre. Havia jovens talentosos naquele ano. Vindos de toda parte do mundo, eles procuravam primeiramente a paz interior que só podia ser alcançada através do exercício do corpo, mente e alma. Maneando a cabeça, Saijin agradecia a reverência dos alunos enquanto passava na direção dos primeiros lances de degraus até a área de oração. Ele já começava a ouvir os gongos das primeiras horas do dia e o murmúrio das dezenas de religiosos indicando que em poucos minutos o ritual começaria. - Bom dia, mestre Saijin. - Sorriu Harumo, seu braço direito. - Seu desjejum está pronto. - Completou, apontando uma pequena mesa logo ao lado do santuário principal. Sabendo de suas obrigações logo mais, Saijin agradeceu primeiramente aos deuses e se ajoelhou enquanto Harumo começava a lhe servir o chá.  
 
A água borbulhante logo escorreu da chaleira na direção da pequena vasilha de porcelana onde algumas folhas secas jaziam no fundo quando de repente a porcelana rachou num fraco ruído que chamou a atenção do homem-santo e de seu companheiro. Escorrendo pela rachadura, as gotículas já escurecidas pelas folhas secas manchavam o lenço branco formando um débil e estranho desenho de uma serpente que, sinuosa, ia na direção do emblema do Templo dos Sussurros. Com os olhos arregalados pelo mal presságio, Harumo substituiu a vasilha rapidamente tentando apaziguar os ânimos quando ouviu seu mestre falar com fria calma: - Reforce a segurança. - Comandou ao ajudante. O monge acenou e sem dar-lhe as costas saiu em disparada na direção do corpo de defesa do templo. Vendo-o se afastar, Saijin tentava imaginar qual seria a grande provação que ele e os seus passariam para manter a paz. Talvez essa fosse sua última missão. A última antes de fazer sua passagem. Os deuses sempre foram bons com ele e por isso, sejam quais forem seus planos, ele os agradecia por ter sido mais uma vez avisado da aproximação do perigo. Não há paz sem certos sacrifícios. - Pensou ao se levantar e caminhar calmamente na direção do grupo de oração.  


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