...Após a formação da N.I.S.O., foram distribuídas as primeiras tarefas aos vários membros. A Senshou foi-lhe encarregue uma missão de "última hora", requisitada pela primeira pessoa a pedir ajuda ao grupo, no mesmo dia em que este iniciou a atividade. Trarava-se de uma mulher desesperada, e Ikuza decidiu que o gennin seria capaz de lidar com o assunto sozinho. Enquanto tudo isso, Yasumi ficou encarregue de tomar conta do estabelicimento...O que Yasumi mais estava a gostar naquele espaço era o sossego. Conseguia ouvir vozes distantes de mulher vindas da rua principal, se o tentasse. Por vezes grupos de teenagers passavam por aquela ruela, mas só dois tiveram curiosidade em ler a placa metálica.
Enquanto Yasumi estudava toda a organização escritorial do espaço, ia anotando uma lista de algumas "faltas" para comprar.
Um casal de shinobis experientes passou por lá e entrou.
Meteram conversa com a gennin e ela tentou falar-lhes da N.I.S.O. o mais corretamente possível, contida, para não arriscar criar conflitos ou equívocos com as tarefas e missões da ANBU e do Kazekage. Eles apreciaram a iniciativa e despediram-se desejando "boa sorte".
- Vejamos... - Murmurou olhando para a sua lista. - Carimbo da N.I.S.O., esferográficas, corretor, sublinhadores, lápis, borracha, afia, impressora fotocopiadora e uma pequena mesinha para a colocar ali no canto junto à tomada. - Retirou algum dinheiro. - Por agora deve chegar. - Concentrou-se e efetuou um selo com as mãos:
- Kage Bunshin no Jutsu! - Surgiram dois clones. - Sabem o que têm a fazer!?
- Hai! - Responderam as duas. Viraram costas e saíram porta fora, um delas com o dinheiro, a outra com a lista.
~
- Ei!!! - Gritou Akira, ainda longe, correndo por verdes prados. - Shanko! Matêkure shikodasai!
Mas "face de caveira" prosseguiu com a sua caminhada e só falou quando Akira estava ao alcance do seu normal tom de voz:
- Estava a ver que não vinhas.
- Eles conseguiram! - Colocou-se ao lado dele a passo rápido. - Selaram Vulcano em Nendo!
- Se estás assim tão entusiasmado, volta para trás e pede-lhes o teu "tamagochi". Eu cá prefiro arranjar os "meus"...
- Ah! Para quê o mau humor!? Sabes que somos uma equipa!
- Escolhe a tua equipa, eu já não tenho idade nem paciência para aquelas atitudes juvenis, mas não te censuro.
- Vá lá, não sejas assim. Sabes bem podes contar comigo. Um dia quando eles morrerem ainda seremos vivos! Tu és um mestre nessa tua arte! Estou confiante que brevemente consigas adaptar a técnica de Sasori.
- Pois... - Pareceu acalmar-se. - Ainda assim ainda não sei uma forma para que o meu coração se mantenha vivo muito tempo. Talvez não seja essa a solução. - Virou-se para Akira. - É bom que aprendas a dominar a tua habilidade, talvez venhas a ser a minha única esperança.
- Eu nunca me esqueço disso, estou em dívida para contigo, mas sinto que há algo de errado comigo, talvez exista um limite para descendências do meu tipo...
Há dois anos atrás, não muito longe de Takumigakure no Jutsu...- Gomen! - Dizia desesperado nas sombras.
- Que estás a fazer!? - Gritava o homem em pânico, muito mais desesperado que aquele que lhe tinha golpeado as pernas.
- Eu já não consigo controlar a minha sede. Eu já não sei quem sou...
- Eu digo-te quem és: És um maluco!!! Um insano!!!
As presas revelaram-se brilhando no escuro.
- Mas às vezes... Acho que fui destinado a acabar com gente reles como tu. Afinal, já não lamento. - A face de Akira revelou-se à luz do candeeiro daquele beco. - Itadakimassu!!!
- Tasketerureeee... - O grito foi interrompido quando os dentes de Akira se cravaram na garganta do homem.
Outra personagem tenebrosa caminhava naquelas ruas com suas compridas vestes e pinturas corpurais de acordo com as suas feições esqueléticas.
- Cadávers... - Murmurou. - Já é o segundo que encontro. Alguém me está a poupar o trabalho de arranjar personagens para o meu teatro. - Desenrolou um grande croll por cima do cadáver do homem degolado. Ergueu o sobrolho. - Mas estas mortes... A ferida no pescoço... a falta de sangue no chão... Será isto obra de um...!?
- Itadakimassu!!! - A voz surgiu por cima dele. Akira mergulhou e cravou as suas garras metálicas, mas estas ficaram presas num contentor de latão pelo qual Baa-Han Shanko se substituiu. - Ah!? Que signigica isto!?
- Então é mesmo verdade. - Falou Shanko, aproximando-se a passo de Akira. - Um descendente Kyozuchi!
- Quem pensas que és, bakemono!? Não sabes com quem te estás a meter.
Shanko sorriu:
- Bakemono!? Eu!? Olha para ti! No entanti, pareces bastante imaturo, aposto que nem sabes quem és, e o poder que tens, felizmente para mim, ou poderia ser um combate complicado...
- Que estás para aí a balbuciar!? - Sacudiu o braço contra a parede, sacudindo as garras. Quando avançou para Shanko, o velho já lá não estava.
- Curioso. - Surgiu ao seu lado após um shunshin. - Nem sequer mostras habilidades shinobi apesar do hayate que tens na testa. Nem sei se conheço essa vila...
- És um shinobi!
- Isso é uma forma extremamente vaga para me definir, mas isso agora não importa. O que importa é saberes que tu és um Kyozuchi, um "vampiro", se preferires. Vou poupar-te a vida já que me poupaste o trabalho de arranjar uns cadávers para o meu espetáculo de mortos-vivos.
Akira ficou sério.
- Parece que sabes muito sobre mim, falas como me conhecesses melhor do que eu mesmo! Fala velho cadáver ambulante! O que é um Kyozuchi!? O que tenho eu haver com isso!?
- Parece que ganhei a tua atenção! - Shanko ouviu movimento na rua principal. - Segue-me. Aqui não é o melhor local para esta conversa. - Virou costas e começou a caminhar, afastando-se da luz dos escassos candeeiros. - Mas eu vou precisar que me contes a tua história.
- Afff... - Akira seguiu-o para a escuridão. - Os meus primeiros sintômas surgiram antes de entrar na academia. Eu acabei por fugir pouco tempo depois de me tornar gennin, quando estava tudo a... "piorar"!
- Não, meu caro. Eu preciso de saber tudo, desde o momento em que nasceste!
- Lamento. Não tenho muitas memórias de infância, mas vou contar tudo o que me lembro...
Akira:
- Spoiler:
Descrição física: Pálido de pele lisa. Cabelo curto, preto. Costuma usar um comprido casaco preto e calças pretas.
Descrição psicológica: Apesar de ser bastante alegre e ativo também consegur ser calmo, mas ameaçador quando liberta o seu lado mau. No passado era violento, enquanto não compreendia o seu estado de vampiro. Antes disso, em criança, era igualmente alegre, calmo e divertido, apesar de um pouco individualista e solitário.
Breve História: Mãe é descendente de sangue de vampiro, logo, ele também é. Nasceu e cresceu humano e só na puberdade começou a sentir os sintomas do seu vampirismo. Nunca conseguiu desenvolver a sua linhagem, pois nunca a entendeu muito bem, nem teve quem lhe ensinasse.
Shanko:
- Spoiler:
Descrição física: Cara pálida com pinturas negras lembrando uma estanha caveira. Veste uma capa-colete até aos pés, com vários símbolos negativos. É careca na nuca e tem pouco cabelo junto às orelhas. É bastante magro.
Descrição psicológica: Mórbido, sério, calmo, individualista, estratega, pensador, teimoso.
Breve História: Fã da habilidade de Sasori, membro da Akatsuki oriundo do país vizinho. Sempre foi bastante isolado, com uma vivência de experimentações solitárias. Seu sonho de infância é ser conhecido por alguma faceta da sua autoria.