A manhã estava fresca. Os pássaros cantavam e havia uma agradável brisa no ar. O sol estava escondido por entre as nuvens brancas no céu azul.

Era cedo, no entanto, Youichi estava sentado à beira do rio, com uma cana de pesca improvisada. Para a linha, usava um pedaço de corda preso com um nó na ponta da cana, e para isco, uma minhoca recentemente escavada presa num anzol ferrugento.

-Acho que vou desmaiar. - deitou-se de costas ainda mais pálido do que o habitual. Youichi já estava ali desde a noite passada tendo a apanhado apenas 2 trutas pequenas.

Acabou por ceder e apagou, no entanto ainda estava meio atento ao seu redor.

-Meu Deus! - ouviu-se uma voz feminina um pouco longe. - Masu, ajuda!. - a sua voz tremia, mostrando o seu nervosismo. Era uma rapariga linda de cabelos pretos e lisos, os seus olhos castanhos eram profundos e curiosos como os de uma criança que não sabe nada do mundo ainda. Era pequena e de pela morena, quase que como uma deusa na terra.

-O que se passa Yuuma? Estás bem? - uma outra voz preocupada, mas esta era uma voz masculina, doce, mas confiante. - Não te magoaste pois não? - Masu não conseguia correr. Nunca foi grande espingarda no desporto ou em tudo o que envolvia correr ou saltar. O seu cabelo era duro e estragado. Masu era alto e bastante magro, mais parecia uma tábua.

-Precisamos ajudá-lo! Ele está fraco! - Cada vez mais se notava a preocupação na sua voz. - Temos que o levar para a aldeia.

Masu olha para Youichi inanimado no chão, mas demonstra uma cara de um pouco assustado. - Yuuma, ele veste roupas de um grupo de mercenários. Não sabemos se ele não está apenas à espera do momento certo para chamar o resto dos seus amigos.

Yuuma inspecciona as roupas com um símbolo de um grupo de mercenários. - Não me parece. Ele parece estar perdido. Vá, ajuda-me. - acabou de levantar Youichi para que Masu o pudesse carregar até à aldeia.

Já na aldeia, Yuuma ajuda Masu a deitar Youichi num sofá velho. - Não achas jovem demais para ser um soldado da sorte Yuuma? - sussurrou Masu. - Não quero confiar nele, mas tu é que sabes.

-Pára de ser assim Masu! Não sabes pelo que este rapaz passou. Ele estava à pesca no rio onde já nem há peixe. E apanhou 2 trutas! - Yuuma estava espantada. Não havia peixe naquele rio pelo menos há 2 anos.

-Mais uma razão para não confiar nele! - insistia Masu. - Eu vou embora Yuuma. Tem cuidado. Olha, toma, para o caso de acontecer algo. - Masu entrega uma pequena faca com o cabo em osso a Yuuma. - Ele está armado.

-Tenho a certeza que não vou precisar, mas obrigada. - agradeceu Yuuma com uma voz doce.

Masu olha carinhosamente para Yuuma, joga a sua mãe direita ao seu cabelo palha d'aço de cor acastanhada. - Tudo bem. - Masu volta-se rapidamente e vai em direção à saída da habitação.

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Youichi estava agora numa sala vazia. Estava ciente que estaria a sonhar, mas tudo lhe parecia tão real.

-O que é isto? - Youichi observa um vulto diante de si. Consegue ver o corpo do vulto, mas não o rosto. - Onde estou? - Youichi estava confuso. Não entendia como tinha ali chegado nem quem era aquele vulto que o arrepiava.

-Ainda tens muito caminho para andar Youichi. Não podes ir para Konoha ainda. Esta aldeia está um caos. Ajuda-os por favor. - Era uma voz ameaçadora, mas no entanto, as palavras que proferia não mostravam perigo. - Já falta pouco.

-Quem és? - Youichi estava muito confuso, não sabia o que pensar. Tentou tirar a sua katana da bainha mas o seu corpo não se movia. - Não entendo nada e como assim "já falta pouco"? Falta pouco para o quê?

-Sempre foste distraído. - a figura começava a desvanecer. - As irmãs Youichi. Elas são a resposta.

-Mas que irmãs senhores. Se eu soubesse do que estás para aí a falar ainda podia ser que houvesse aqui um entendimento, agora assim. - Youichi já estava irritado. Não entendia nada do que se passava ali e só queria respostas.

-Cala-te. - a figura acabou por desvanecer completamente deixando um leve brilho prateado.

Sim senhor temos mistério. É muito bom quando o primeiro filler introduz uma série de perguntas ao leitor para que este tenha razões para ler os próximos.

Em termos de texto aconselho-te a carregar muito mais nas descrições, não dê ao leitor o trabalho de imaginar o cenário. No trecho em que o descreves, mencionaste apenas o clima e o facto de que Youichi estava sentado junto a um rio mas isso não é suficiente para visualizer o local. Como é o chão? Coberto de areia? Relva? Quais sáo os seus tons? A areia é fina e solta ou composta por pedras mais ásperas? Existem árvores? Qual a altura delas? Como são as suas folhas?
O mesmo se aplica ao aspecto dos personagens e os seus sentimentos.

Gosto do tamanho do filler e do quanto da história este desenvolve, talvez ficava bem se fosse um pouquinho maior, que coincidiria com as descrições adicionadas.
Contínua, quero ver o progresso de Youichi como ninja e de JBalsinha como escritor!