Após a difícil batalha com o ladrão, Ankuko e a rapariga acamparam perto de um pequeno lago. Ankuko tinha alguns ferimentos e uma pequena hemorragia no braço esquerdo, mas começava agora a recuperar.
- Bem, ficas-te um pouco amolgado.
- Sim, aprece que sim.
- Agora que já não estamos ás turras, podemos falar um pouco?
- Não sei se quero falar contigo… a última vez que falamos perseguiste-me o dia inteiro.
- Não sejas parvo…eu sei que é difícil… mas tenta.
- Eu não sou…. Ah, esquece. Reparei que tens um Hiataite de Kiri.
- Sim, foi onde me tornei ninja, mas…
- Mas… ?
- Já não vou lá á muito tempo.
- Então? Algo que se possa saber?
- Nada de mais, simplesmente apeteceu-me partir em viajem, explorar o mundo.
- É uma boa razão…
- Tão e tu? Pelo que vejo és de Suna, que fazias em Konoha?
- Problemas pessoais… uma longa história.
- Não te vejo em condições de sair daqui nas próximas horas.
- Ok… Como reparas-te à pouco, eu possuo uma linhagem sanguínea, a Ketsueki Soujuu, assegurando-me total controlo do meu sangue. Ao que parece esta Linhagem é bastante rara, apenas detectando-se casos de 100 em 100 anos. O meu tio, irmão de meu pai, não foi abençoado coma linhagem, ao contrário do meu pai. Então anda desesperadamente a tentar apoderar-se da Linhagem à força, o que o levou a tentar raptar-me. – isto é só parte da historia – a outra parte, aconteceu a 2 semanas atrás, quando o meu irmão gémeo, que eu nem sabia que existia, apareceu com uma doença crónica que apenas pode ser curada com uma substituição e incorporação total do sangue… mas apenas o meu sangue o pode curar. Desde os 10 anos que sou órfão, e que fui para Suna, então agora vim a Konoha visitar a campa deles, para ganhar forças neste período psicologicamente desgastante.
- Hum… uma história deveras intrigante, parece que a tua vida é tudo menos calma.
- Podes apostar. Mas pronto, vai-se andando. Então e tu, tencionas continuar a viajar?
- Não sei, acho que começa a estar na hora de assentar, ser útil ao desenvolvimento de uma vila, já viajei por todo o lado, e começo a ficar farta de tanto viajar.
- Ok, ok. Deve ser desgastante.
- Sim muito. Posso-te fazer uma pergunta?
- Acabas-te de fazer… mas faz lá outra.
- Ehe, posso-te acompanhar até Suna?
- Hum? Porque?
- Não sei, ainda nunca fui a Suna, e viajar acompanhada e mais divertido que viajar de sozinha.
- Epa, por mim pode ser, desde que não me atrases.
- Ahaha, eu atrasar-te? Vê-la se não ficas é para trás.
- Duvido…
- Bem, deixa-me dar-te uma ajudinha antes de partirmos. Deita-te.
Ankuko assim fez, deitou-se, e a rapariga colocou-lhe ambas as mãos sobre a hemorragia do seu braço. Uma luz verde emanou das suas mãos… ela era médica!
- Que grande surpresa, depois de a ter visto executar alguns jutsus de água pensava que fosse perita em Jutsus de água…
A rapariga terminou e o braço de Ankuko estava como novo.
- Como é que…?
- Numa das minhas viagens, conheci uma velha senhora em Kumogakure que há muito tempo havia sido uma ninja médica, fiquei 8 meses em casa dela, onde ela me ensinou os princípios da arte médica, consigo curar vários ferimentos, até curar feridas ligeiras em órgãos internos, mas não mais do que isso.
- Bem fixe!
- Bem, já te consegues levantar?
- Acho que sim. – Ankuko levantou-se, deu dois saltos no ar, sacudiu a roupa. – Vamos embora!
- Tens a certeza?
- Sim. Vamos! – Abalando a correr.
- Suna é para aquele lado…
- Eu sabia, estava só a ver se te despistava.